Certo ou errado
O erro torna as pessoas vulneráveis e é uma questão desconfortante, que cria culpas e pecados. Para compensar a culpa, normalmente há uma complacência em relação ao erro, ao mesmo tempo que há uma preocupação em não cometê-lo. O erro opõe-se ao acerto, que é considerado verdadeiro e bom.
Do ponto de vista piagetiano, não há nada mais construtivista do que os erros, que indicam as hipóteses que serão analisadas, entendidas e encaminhadas, levando aos acertos.
Os conceitos são construídos num processo de regulação. Regulação é o conjunto de aspectos do processo segundo os quais precisamos corrigir as coisas. Há um objetivo a ser alcançado e algumas ações levam a esse objetivo; outras ações, aquelas que não levam ao objetivo, devem ser repensadas e corrigidas. Assim, a preocupação maior não deve ser o erro; o que importa é a ação e o feedback que o erro desencadeia no processo.
A criança que erra está convivendo com uma hipótese de trabalho não adequada. Nem por isso deixa de estar num momento evolutivo no processo de aquisição do conhecimento.
Ao educador, durante uma ação pedagógica, cabe diagnosticar o erro e, por meio dele, observar com transparência o desenvolvimento de seu aluno. A partir dessa observação ele pode criar conflitos para desestabilizar as certezas e hipóteses não-adequadas que a criança tem sobre determinado assunto e assim permitir seu desenvolvimento cognitivo.
Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, que indicou para nós que “Brincar é algo além de imaginar e desejar, brincar é o fazer", em seu livro A criança e seu mundo, diferencia médicos de curandeiros para trazer à tona a diferença entre professores e educadores.
Leia um pequeno trecho:
" Se um indivíduo está doente e febril e se lhe administram um antibiótico que o põe bom, ele pensa que foi bem tratado, mas, na verdde, o caso é uma tragédia, porque o médico foi aliviado da necessidade de fazer um diagnóstico pelo fato de o paciente ter reagido bem à droga, cegamente administrada.
Um diagnóstico em bases científicas é a base mais preciosa da nossa herança médica e distingue a profissão médica de curandeiros, dos osteopatos e de todas as outras pessoas que consultamos quando queremos obter uma cura rápida."
A nós, professores em sala de aula, resta saber se queremos ser curandeiros ou educadores.
O erro torna as pessoas vulneráveis e é uma questão desconfortante, que cria culpas e pecados. Para compensar a culpa, normalmente há uma complacência em relação ao erro, ao mesmo tempo que há uma preocupação em não cometê-lo. O erro opõe-se ao acerto, que é considerado verdadeiro e bom.
Do ponto de vista piagetiano, não há nada mais construtivista do que os erros, que indicam as hipóteses que serão analisadas, entendidas e encaminhadas, levando aos acertos.
Os conceitos são construídos num processo de regulação. Regulação é o conjunto de aspectos do processo segundo os quais precisamos corrigir as coisas. Há um objetivo a ser alcançado e algumas ações levam a esse objetivo; outras ações, aquelas que não levam ao objetivo, devem ser repensadas e corrigidas. Assim, a preocupação maior não deve ser o erro; o que importa é a ação e o feedback que o erro desencadeia no processo.
A criança que erra está convivendo com uma hipótese de trabalho não adequada. Nem por isso deixa de estar num momento evolutivo no processo de aquisição do conhecimento.
Ao educador, durante uma ação pedagógica, cabe diagnosticar o erro e, por meio dele, observar com transparência o desenvolvimento de seu aluno. A partir dessa observação ele pode criar conflitos para desestabilizar as certezas e hipóteses não-adequadas que a criança tem sobre determinado assunto e assim permitir seu desenvolvimento cognitivo.
Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, que indicou para nós que “Brincar é algo além de imaginar e desejar, brincar é o fazer", em seu livro A criança e seu mundo, diferencia médicos de curandeiros para trazer à tona a diferença entre professores e educadores.
Leia um pequeno trecho:
" Se um indivíduo está doente e febril e se lhe administram um antibiótico que o põe bom, ele pensa que foi bem tratado, mas, na verdde, o caso é uma tragédia, porque o médico foi aliviado da necessidade de fazer um diagnóstico pelo fato de o paciente ter reagido bem à droga, cegamente administrada.
Um diagnóstico em bases científicas é a base mais preciosa da nossa herança médica e distingue a profissão médica de curandeiros, dos osteopatos e de todas as outras pessoas que consultamos quando queremos obter uma cura rápida."
A nós, professores em sala de aula, resta saber se queremos ser curandeiros ou educadores.