DOS TEXTOS NA UNIVERSIDADE.

O texto bem organizado é refratário à ausência de regras, bem como ao infinito das possibilidades ou à liberdade total em relação a limites.

Guimarães Rosa

Intenciono, aqui, chamar a atenção para modelos discursivos correntes na seara universitária. Nada, alerto, de reforçar esse “produtivismo” rasteiro, resumido na tolice “publique ou pereça”. Tal tipo de política, quase sempre, brilha como ouro falso já que se pauta pela quantidade. Passarei, destarte, pelos gêneros mais praticados. Antes, porém, algumas pinceladas sobre a Redação Acadêmica.

Neste tipo de redação (acadêmica), temos algumas potências que abrem possibilidades qualitativas tanto no que se refere ao formato, ao conteúdo, ao processo de escrita, à revisão, quanto à própria edição do texto. Salientamos que nossa abordagem pauta-se nas referências catalogadas no final, mormente, no exarado em “Produção Textual Na Universidade”, de Désirée Motta-Roth e Graciela R. Hendeges.

Antes de tudo, do que trataremos? Esta pergunta nos remete ao tópico. É preciso muita leitura a fim de nos situarmos com segurança. Convém, pois, escolher textos que portem peso de reconhecimento. Claro que nossa “inspiração” pode surgir de uma prática, de bibliotecas, da internet etc. O fato é que seleção bibliográfica não pode prescindir dos critérios impostos pela liturgia acadêmica. Isto passa por três vieses: qualidade da fonte, importância dos autores e recência dos textos. No primeiro caso, eis certos fatores qualitativos: impacto, o Qualis-CAPES e a indexação. No segundo, muito cuidado quanto ao fator consistência. No terceiro, devemos utilizar textos atualizados, de preferência, publicados nos últimos cinco anos. Os clássicos são um caso à parte.

Outro tipo de leitura, nesta esfera, não deve ser efetuada senão a Sistemática. Ou seja, a de caráter Exploratória, Analítica e Crítica. Ouso dizer que este nível (sistemática) é a alma quer da necessária compreensão, quer da interpretação. Pular este degrau no processo da escrita conduzirá o sujeito a inúmeros equívocos. Se nossa leitura acadêmica flanar para além da radicalidade (ir às raízes) e do rigor (método no proceder), o fracasso será irrefragável.

Escolhido o assunto, precisamos ter bem claro em mente qual o nosso leitor – acadêmicos, geral, especializados? Sem dúvida, tal proceder nos ajudará em nossos objetivos, nos forçando a trabalhar a receptividade e os graus de informação. Ora, uma coisa é visarmos ao pedagógico, outra é a produção do conhecimento ou demonstrá-lo entre grupos específicos. No dizer de Désirée Motta-Roth, Devemos encontrar o tom apropriado para projetar as expectativas que temos sobre o leitor, bem como os objetivos e o conhecimento prévio que o leitor trará para a tarefa de leitura.

O próximo passo se refere às alternativas de desenvolvimento da tese. Dentre várias estratégias, sugerimos aquelas constantes no livro de Motta-Roth : articular o texto com a literatura da área; estabelecer relações com pesquisas feitas; inserir o estudo num contexto mais amplo e apontar falhas na própria pesquisa.

A estrutura do texto é ponto essencial. As ideias jamais hão de correr na base de superposições. Na linguística textual, encontramos o que se conhece por Textualidade, isto é, ocorrência linguística que revela um todo significativo. Assim, suas propriedades passam pela coerência – tem a ver com os “conceitos e relações subjacentes à superfície do texto” - e pela coesão - “a manifestação linguística da coerência”, ou seja, é a sua “materialização”. Enquanto a coerência se atém às ideias (falo disto e não daquilo), a coesão se relaciona com a maneira de organizá-las. Só existe conectividade textual se tais elementos (coerência/coesão) estiverem, de fato, bem tecidos num texto. Quais os requisitos de que dispomos a fim de sabermos se nosso texto é mesmo Texto? Charoles concatenou quatro: a repetição, a progressão, a não-contradição e a relação. Prefiro, no entanto, a terminologia de Maria da Costa Val (Redação e Textualidade): Continuidade, Progressão, Não-Contradição e Articulação. Nunca esqueçamos: inexiste texto sem os vazios naturais. Mesmo em nível acadêmico-científico, consoante mestra Irandé Antunes, há um pano de fundo que regula nosso dizer; ora mais, ora menos, explícito. Escrever gramaticalmente correto não representa a condição suficiente de um texto bem escrito. De maneira geral, uma boa estrutura se enquadra no esquema seguinte: introduzir contextualizando; apresentar os procedimentos usados na pesquisa; apresentar os resultados e, claro, interpretá-los com inteligência crítica. O estilo, por sua vez, se amoldará ao assunto tratado, ao público alvo e ao formalismo, à etiqueta deste tipo de linguagem. Evitemos, no entanto, que a precisão dos termos nos engesse e mate a criatividade. Não caiamos, portanto, na ilusão discursiva dos sentidos.

Um ponto crucial consiste na revisão constante de nossa caminhada, principalmente, depois da versão “definitiva”. Distanciamento e olhar crítico nos auxiliarão no enxugamento, no detectar de vícios e no remover dos deslizes de toda ordem. Neste exercício, a pressa é grande inimiga. Afaste-se dele (texto) por horas ou até dias. Revise em voz alta. Leia atenciosamente, pontuando eventuais erros. Leve em conta, no ensino de Motta-Roth, a cultura disciplinar de sua área e as práticas adotadas por seus pares. Os resultados se ajustam à abordagem escolhida? Dê uma atenção toda especial aos métodos de abordagem (indução, dedução, hipotético-dedutivo, dialético etc.), aos de procedimento (comparativo, histórico, monográfico, estatístico, tipológico, funcionalista, estruturalista, fenomenológico, pesquisa-ação etc.). A problemática conceitual pede postura clara, se houver necessidade de reorganizar tudo e reestruturar o texto, não tenha temor, mãos à obra.

Ao falarmos em gêneros textuais, estamos nos referindo a expressões materializadas, construtos, as quais, segundo Marcuschi, apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característicos. De modo que cada gênero possui, digamos, um ser próprio. Seus traços formais e linguísticos não se emaranham e cada um exerce uma função específica. Há infinitos gêneros, não confundir com tipos (narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo-explicativo etc.). Como assinalamos, demarcaremos apenas alguns exigidos no meio universitário. São eles: resenha, resumo, artigo científico, projeto de pesquisa e o ensaio.

Resenhar é corriqueiro, sobretudo, em áreas como as humanidades e ciências sociais. A resenha tem seu ponto de partida em outro texto. Nela, informações avançam até comentários e avaliações. Mergulhamos, sim, em discursos fundamentados. Apresentamos as linhas básicas do texto, rastreando seus pontos fortes e fracos. Uma boa resenha traz à luz possíveis falhas, revela eventuais lacunas e aponta as virtudes de uma obra, é fundamental explorarmos o contexto em todos os sentidos e compará-la com outras que tratem da mesma temática. Sem espírito crítico conhecedor do assunto, é impossível construirmos uma resenha. Quais, então, as condições imprescindíveis deste gênero? A referência bibliográfica, os dados biográficos do autor, o resumo da obra, a precisão dos sentidos das categorias utilizadas pelo autor e a avaliação crítica – razão de ser da resenha. Podemos partir de uma avaliação interna (conteúdo da obra em si, coerência frente aos objetivos levantados, há falhas lógicas ou de conteúdos?) e chegarmos à externa (contextualização do autor e sua obra, tendo-se como referencial um quadro mais amplo – histórico ou intelectual – procurando ver não só a contribuição frente a outros autores, como também o grau de originalidade). Consideremos as dicas de João Bosco Medeiros quanto a análise temática e a análise crítica, em seu “Redação Científica – a prática de fichamentos, resumos e resenhas”: (temática) - De que trata o texto? Sob que perspectiva o autor tratou do assunto? Quais os limites do texto? Qual problema foi focalizado? Como foi o assunto problematizado? Como o autor soluciona o problema? Que posição assume? Como o autor demonstra seu raciocínio? Quais são seus argumentos? Há outros assuntos paralelos à ideia central? (Crítica) - Qual sua coerência interna? Qual a originalidade do texto? Qual o alcance do texto? Qual a validade das ideias? Qual a relevância das ideias? Que contribuições apresenta? O autor atingiu os objetivos propostos? O texto supera a pura retomada de textos de outros autores? Há profundidade na exposição das ideias? A tese foi demonstrada com eficácia? A conclusão está articulada? Enfim, reflitamos no toque de Pedro Fonseca: nada mais deplorável do que uma crítica vazia de conteúdo, sem base teórica ou empírica, que lembre preconceito. Ou elogios gratuitos, que podem parecer corporativismo ou “puxa-saquismo”.

Resumo ou abstract, nos termos da ABNT, é “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Medeiros, a meu juízo, elucida melhor: “é uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas”. O estudioso que não saiba resumir terá imensas dificuldades em suas ações, afinal, ele (resumo) nos poupa tempo, pois contém as informações mais relevantes de maneira compactada. Ao resumirmos, nos “sentamos” em um banco de três pernas: a primeira, corresponde a capacidade de atenção; a segunda, a de síntese; a terceira, a de objetividade. Se uma falhar, o banco virá abaixo. Nesta forma de escrita, como de resto em todo estilo científico, precisamos cuidar da objetividade, da impessoalidade, da concisão e da clareza. O resumo, diz Lucie Didio, “não é um esquema, uma colcha de retalhos, não é uma redução mecânica proporcional, não é um comentário, nem uma crítica, nem uma análise”. Na verdade, há duas formas principais de resumo: o informativo – redigido em apenas um parágrafo, no qual descrevemos finalidades, metodologias, resultados, conclusões -, e o indicativo – bem mais restritivo, podendo se desdobrar em dois ou mais períodos. Outra vez, recorremos a Didio para mostrar as etapas fundamentais de um bom resumo. Primeira leitura; releitura do texto, sublinhando palavras-chave; redação do resumo. Motta-Roth e Hendges propõem o seguinte esquema descritivo: SITUAR A PESQUISA – estabelecer interesse profissional no tópico, fazer generalizações no tópico, citar pesquisas prévias, estender pesquisas prévias, contra-argumentar pesquisas prévias e indicar lacunas em pesquisas prévias. APRESENTAR A PESQUISA – indicar as principais características, apresentar os principais objetivos e levantar hipóteses. DESCREVER A METODOLOGIA. SUMARIZAR OS RESULTADOS. DISCUTIR A PESQUISA – elaborar conclusões e recomendar futuras aplicações. Duas notas: não se deve, no resumo, emitir qualquer juízo ou crítica (isto é da resenha) e o mesmo há de ser compreensível por ele, melhor, um resumo digno de assim ser classificado dispensa a consulta ao original.

Nosso terceiro foco é o Artigo Científico. De primeiro, assim o define a ABNT: “é um texto escrito para ser publicado num periódico especializado e tem o objetivo de comunicar os dados de uma pesquisa, seja ela experimental, quase experimental ou documental”. Nele, qualidade, atualidade e cientificidade são produtos interdependentes, conforme Secafe e Azevedo, das características a seguir: clareza, concisão, criatividade, correção, encadeamento, consistência, contundência, precisão, originalidade, extensão, especificidade, correção política e fidelidade. Sua estrutura exige título do trabalho, autor, credencias, local das atividades, sinopse, corpo do artigo e parte referencial. Medeiros nos dá conta de três tipos: analíticos (descrevem, classificam e definem o assunto), classificatórios (ordenam aspectos de determinado assunto e explicam suas partes). Apresentam como estrutura: definição do assunto, explicação da divisão, tabulação dos tipos e definição de cada espécie. Os argumentativos (enfocam um argumento e depois apresentam os fatos que provam ou refutam o fato). Têm a seguinte estrutura: exposição da teoria, apresentação de fatos, síntese dos fatos e conclusão. A arquitetura formal do artigo científico perpassa pelos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Naqueles (pré-textuais), temos o título e o subtítulo (se for necessário), o nome do autor, o resumo e as palavras-chave. Nos textuais – a partir do que se conhece por modelo IDC (Introdução-Desenvolvimento-Conclusão) -, próprios das ciências humanas e sociais, devemos trabalhar cada parte com esmero redobrado. A introdução, além de delimitar o tema, apresenta o assunto, define conceitos, mostra os objetivos da pesquisa, o problema, as hipóteses, a justificativa e, claro, a metodologia. O desenvolvimento se subdivide em seções e subseções de maneira absolutamente ordenada. Cabe a ele, nas palavras de Hortência A. Gonçalves, descrever, explicar e argumentar sobre a abordagem do tema e o que deseja demonstrar e defender. Nele, quando pertinente, inserimos ilustrações. Na conclusão, podemos comprovar ou refutar as hipóteses, apresentar recomendações e sugestões. Na esteira de Gonçalves, ela representa a concatenação das ideias do autor, após o estudo minucioso e aprofundado do tema, servido para fazer o fechamento do que foi discutido e analisado no texto. Noutro modelo – IRMRDO (Introdução-Revisão da Literatura-Materiais e Métodos-Resultados-Discussão e Conclusão) -, usado nas ciências naturais e congêneres, a introdução estabelece, consoante Israel Belo de Azevedo, entre outros aspectos, a delimitação da pesquisa, o problema de que trata e os objetivos desejados. Justifica-se a escolha do assunto, aponta-se a relevância sócio-científica, o problema e hipóteses. Na revisão da literatura ocorre percuciente debate tanto em nível dos autores estudados como entre estes e o autor do artigo. Em materiais e métodos, revelamos os métodos, as técnicas e os instrumentos de coleta de dados. Nos resultados e discussões, descrevemos, explicamos e discutimos os resultados do trabalho. Ilustrações e tabelas, visando ao entendimento da pesquisa, devem ser utilizadas. Na conclusão, apresentamos, de modo sintético, as descobertas alcançadas. Comprovamos ou refutamos as hipóteses, podemos propor sugestões. Enfim, os elementos pós-textuais são título e subtítulo em língua estrangeira, resumo em língua estrangeira, palavras-chave em língua estrangeira, notas explicativas, referências, glossário (opcional), apêndices (opcionais) e anexos (opcionais).

O penúltimo gênero – Projeto de Pesquisa -, é, sabemos, uma das atividades mais cobradas na vida acadêmica. Ele “é uma conjugação de ações organizadas em torno de um objetivo, que dependem de uma série de passos a serem desenvolvidos em uma ordem preferível, envolvendo determinados objetos e pessoas.” No fundo, o projeto é um planejamento pautado por certas características. As predominantes, ensinam Motta-Roth e Hendges, são o conteúdo de referência ao campo da ciência, o tom formal da linguagem, a estrutura do texto organizado em partes que compõem a pesquisa, a saber: identificação do projeto e do autor, problemas, hipóteses e perguntas, justificativa, objetivos geral e específicos, síntese da literatura relevante, metodologia, resultados e cronograma. É mister levantarmos algumas perguntas norteadoras de nossas sondagens. Fiquemos com as autoras citadas: o que a literatura da área aponta como problemas, metodologias e perspectivas de pesquisa? Que pesquisas estão em andamento? Quais são os conceitos em voga na área em que desejo propor a pesquisa? Quais são os temas relevantes para uma pesquisa? Que problemas de pesquisa são atuais? Que leituras preliminares são aconselhadas? Que abordagem sobre o problema é mais interessante? Quais são as metodologias de pesquisa em uso nesta área? Um ótimo roteiro de “Projeto de Pesuisa” é este a seguir, elaborado pela Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da UFSMA: Estrutura – Capa (com cabeçalho, título, nome dos pesquisadores responsáveis e colaboradores, data); sumário; resumo (300 palavras, com introdução, justificativa, objetivos, métodos); introdução e revisão da literatura; justificativa; objetivos (geral e específicos). Métodos: desenho do estudo; amostra/população alvo; critérios de inclusão e exclusão; análise estatística; aspectos éticos (procedimentos de abordagem do sujeito de pesquisa, riscos e benefícios da pesquisa, autonomia do sujeito de pesquisa, confidencialidade e privacidade das informações); orçamento e fonte de financiamento; cronograma; referências bibliográficas e anexos (termo de consentimento livre e esclarecido, termo de confidencialidade e instrumento de coleta de dados).

Chegamos, então, ao último item de nossa proposta – o Ensaio. Trata-se de uma abordagem escrita – bem estruturada, organizada, construída através de processos racionais – no qual elaboramos nossas próprias ideias sobre assunto específico. Sem dúvida, menos formal, mas contendo profundidade.

O ensaio, diz Duft, “mostra uma mente desenvolvendo uma tese, enraizando essa tese nas evidências, antecipando habilmente objeções ou contra-argumentos e sustentando o ímpeto da descoberta”. Assim, seu fio condutor é a validação da tese defendida, pois outra coisa não pretende senão convencer o leitor.

Em termos de estrutura argumentativa, podemos recorrer à dedução, à indução, à analogia ou a qualquer método centrado, é claro, numa perspectiva dialética.

Sua organização textual pode ser trabalhada do modo seguinte: Introdução-Desenvolvimento-Conclusão.

1 - Introdução:

1.1 - Definir o assunto;

1.2 - Apresentar a tese (Ponto de vista);

1.3 - Razão de escolha do assunto;

1.4 - Principais argumentos;

1.5 – Apresentar a estrutura do ensaio.

2 – Desenvolvimento:

2.1 - Análise do assunto escolhido

2.2 - Desdobramentos da tese;

2.3 - A estrutura deve permitir ao leitor acompanhar a tese e os argumentos;

2.4 - Aponte exemplos, ilustrações e faça analogias;

2.5 - Recorra a bibliografias a fim de justificar ideias e conclusão;

2.6 - Fazer uma subdivisão racional das partes;

2.7 - Indicar sempre as referências bibliográficas (Fontes).

3 - Conclusão :

3.1 - Apresentar os resultados de sua análise;

3.2 - Quais as conclusões a que chegou?

3.3 - Se quiser, faça um comentário pessoal;

3.4 - Poderá abordar áreas relacionadas com o assunto, que seria interessante pesquisar.

4 – Referencial Bibliográfico.

Se for o caso, indicar, nos moldes da ABNT, os livros utilizados para desenvolver o ensaio.

À guisa de conclusão, vale observarmos a assertiva de Katly Duffin: Não existe uma fórmula para um ensaio bem-sucedido; os melhores ensaios nos mostram uma mente concentrada, dando sentido a algum aspecto controlável do mundo, uma mente na qual a percepção, a razão e a clareza caminham juntas.

Duas considerações finais: Mantive uma lógica por tópicos, sem desdobrar parágrafos, visando ao chamamento para a especificidade de cada gênero. O Ensaio, infelizmente, ainda é um exercício praticado por poucos dentro da Academia. Há tempos, estou com aqueles que defendem sua utilização como produto de TCC, sobretudo, nas áreas de humanas e sociais.

REFERÊNCIAS

CASTRO, Cláudio de Moura. Como redigir e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Person Prentice Hall, 2011.

KÖCHE, Vanilda Salton. Leitura e produção textual – gêneros textuais do argumentar e expor. Petrópolis-RJ: Vozes, 2013.

COSTA, Iara Benquerer (Org.). A tessitura da escrita. São Paulo: Contexto, 2013.

DIDIO, Lucie. Leitura e produção de textos. São Paulo: Atlas, 2013.

GOLDSTAIN, Norma. O texto sem mistério – leitura e escrita na universidade. São Paulo: Ática, 2009.

GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de artigos científicos. São Paulo: Avercamp, 2010.

------------------------------------------- Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Avercamp, 2010.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica – a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2012.

OLIVEIRA, Jorge Leite de. Texto acadêmico – técnicas de redação e de pesquisa. Petrópolis-RJ: Vozes, 2007.

MOTTA-ROTH, Désirée & HENDGES, Graciela Rabuske. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 2011.