Os Limites do Conhecimento em Kant.

Os Limites do Conhecimento em Kant.

Acepção fundamental em Kant, como é elaborada o conhecimento, seus limites e possibilidades, a partir exatamente da formulação da sua grande obra: A Crítica da Razão Pura.

Primeiro conceito indispensável ao entendimento, qualquer objeto em si, não é por sua natureza empírica, acessível ao conhecimento absoluto, isso não significa que a coisa observada não venha afetar os sentidos.

O segundo axioma sustentado no princípio que a sensibilidade racional, recebe as impressões sensíveis. Sendo possível devido ao fato que a razão trabalha com formulações a priori, objetivadas em noções do tempo e do espaço, as denominadas sínteses anteriores.

O terceiro aspecto indispensável ao entendimento, à memória funciona por categorias a priori, responsáveis de certo modo pela produção das representações sensíveis, mesmo no campo empírico.

A quarta formulação necessária à compreensão, o conhecimento depende essencialmente de duas combinações: as representações resultadas do tempo e espaço, ou seja, o pensamento já estruturado na memória e a apresentação do objeto em análise. Não é possível conhecer qualquer coisa, com o cérebro vazio.

Último entendimento em Kant, o conhecimento só é possível numa relação dialética, sendo naturalmente indispensavel a experiência sensível, como pressuposto ao desenvolvimento do saber.

Realiza-se o conhecimento por meio da conformidade dialética entre a racionalidade a priori e o objeto em estudo. A relação da sensibilidade com o conhecimento, o uso da memória já estruturada.

Nega com seus pressupostos todas as possibilidades do saber, pelo mecanismo da idealidade, ou seja, o entendimento, realizado pela imaterialidade do espírito. Com efeito, destrói em parte o cartesianismo, como também Leibniz e Espinosa.

Recupera-se a ingenuidade do empirismo radical e salva o que é aproveitável em Descartes. A experiência sem o racionalismo não obtém funcionalidade, do mesmo modo racionalidade sem o objeto empírico.

Para Kant só é possível o conhecimento pela razão, quando a mesma, tiver como resultado epistemológico, ações perceptíveis pelos sentidos.

Nada que esteja além do campo de percepção sensível, ou seja, do mundo experimental, não tem significação para o conhecimento científico.

Com efeito, Deus como elemento imaginativo, não é possível a comprovação da sua existência pela Ciência, apenas um ato de crença. A metafísica é totalmente superada pela racionalidade kantiana.

Para Kant os fundamentos do comportamento humano, não resultam da existência de Deus ou de qualquer outro movimento metafísico. Os princípios éticos são construídos pela lógica racional, atos de convencionalidades.

O ser humano só não será escravo das superstições, se souber aplicar as relações práticas autodeterminativas, ou seja, o uso permanente da razão. Não servindo as motivações místicas.

A respeito da moral, não poderá ser justiçada por princípios divinos ou qualquer forma de lei exterior ao sujeito, o que significa que moralidade é legislativa.

O grande problema para o mundo moderno, é que a moral transformou-se em uma questão institucional como oposição aos diversos sujeitos.

Nesse aspecto Kant é ingênuo, sendo recuperado pela Filosofia marxista na concepção do materialismo histórico e dialético.

Kant estabelece novas regras para o conhecimento da Filosofia e da Ética. A valorização dos elementos apriorísticos do saber por meio da razão, realizada dentro do tempo histórico, a percepção do momento.

Porém, as coisas externas ao homem, as coisas em si mesmas, são parcialmente conhecidas pela razão. O tempo como pressuposto indispensável ao saber.

Por que não conhecemos o mundo pelas ideias das ideias, tais sínteses são também parciais, o que se projetam ao campo experimental.

Significa, portanto, que todo conhecimento, depende dos estímulos materiais ou seja da coisa exterior ao pensamento, só que a materialidade do objeto não pode expor por si mesma, pelo fato de não ter cérebro, muito menos linguagem.

Entretanto, a epistemologia de Kant, pressupõe a existência do mundo e dos objetos. Significa que os fundamentos dos mesmos na realidade só existem para a razão humana, pelo fato de serem convencionadas as mentes racionais. As complexidades das impressões empíricas.

Na verdade Kant procurou negar a imaterialidade da metafísica, sua Filosofia como fundamento da teoria do conhecimento, formulou dupla realidade de análise.

Criando axiomas diferentes, entre a imaterialidade das representações da memória e os pressupostos do desenvolvimento do seu materialismo. O estudo da realidade dos objetos externos ao homem.

No entanto, é importante para o século XX, o entendimento das diferenças nos campos da teoria do conhecimento entre as Ciências da Natureza e as Ciências Sociais. O que é do mundo interpretativo e por outro lado, do campo da compreensão.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/07/2014
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