O Psicopedagogo frente à avaliação da aprendizagem escolar
Tathiana de Almeida Ferreira
Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional - UniverCidade - 2008, Graduada em Pedagogia - Administração e Supervisão Escolares - UniverCidade - 2005,  Magistério - Curso de Formação de Professores da Educação Básica / EJA/  IERJ - 1998.

Resumo

O presente artigo visa enfatizar a atuação do psicopedagogo frente à avaliação da aprendizagem escolar. Além disso, vislumbra o papel do psicopedagogo institucional na busca de um trabalho efetivo no processo ensino-aprendizagem numa perspectiva multidisciplinar. Este profissional tem como meta re-significar o sistema de avaliação dentro da organização escolar a fim de subsidiar os corpos docente e discente e orientar, por sua vez, pais e responsáveis. O psicopedagogo deve exercer a sua função com ética, comprometimento social e político, buscando novos olhares, desafios, recursos, objetivos, estratégias, metodologias e suporte para viabilizar de forma prazerosa e qualitativa o processo educativo, onde o agir, o fazer, o sentipensar estejam coadunados pela amorosidade, focando o respeito às diferenças individuais e culturais trazidas pelo educando como um ser em formação - aprendente - totalitário.
 
PALAVRAS CHAVE: Psicopedagogia - Avaliação - Acolhimento - Desafio
 
 
 
Abstract
This article aims to emphasize the role of psychopedagogists front assessment of school learning. Moreover, it envisions the role of institutional psychopedagogists in the search for effective work in the teaching-learning in a multidisciplinary perspective. This work aims to re-signify the assessment system within the school organization in order to subsidize faculty and students and guide, in turn, parents and guardians. The psychopedagogists must exercise its function with ethical, social and political commitment, seeking new perspectives, challenges, resources, objectives, strategies, methodologies and support to enable so pleasant and qualitative educational process, where the act, do, sentipensar are integrated for loveliness, focusing on respect for individual and cultural differences brought by a student as being in training - learner - totalitarian.

KEY WORDS: Psycho pedagogy - Evaluation - Home – Challenge

I – A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Nos últimos tempos, as questões que envolvem o processo de avaliação passaram seu foco de atenção voltado para as reflexões que envolvem educadores, professores, pedagogos e psicopedagogos.
Chama-nos a atenção o processo avaliativo que vem sendo utilizado nas escolas e que faz parte de nossa bagagem profissional.
Será que a avaliação da aprendizagem predominante é capaz de avaliar formativamente e dar condições à aprendizagem significativa ou simplesmente é usada como instrumento de verificação?
Devemos assumir que não basta avaliar a aprendizagem de nosso educando, priorizando a questão do aspecto quantitativo, a nota, sobre o qualitativo. “A característica que de imediato se evidencia na nossa prática educativa é a de que a avaliação da aprendizagem ganha um espaço tão amplo nos processos de ensino, que nossa prática educativa escolar passou a ser direcionada por uma pedagogia do exame” (LUCKESI, 2003). O sistema de ensino continua ligado à aprovação, reprovação e os responsáveis pelos alunos querem a todo custo que seus filhos sejam aprovados mediante uma “prova” que não diagnostica nada, somente enfatiza a pedagogia do exame, só rotula e impede, por vezes, que o educando cresça e dê sentido à construção de sua aprendizagem.
Avaliar, qualitativamente, difere dessa pedagogia que vivenciamos: é focar o processo por inteiro, já que a avaliação não é o fim, mas o começo, e se não soubermos levá-lo em consideração, não poderemos analisar o produto final, o que tanto desejamos.
Para que a avaliação seja válida, é preciso que acrescente conhecimento à aprendizagem, assim o educando mesmo perceberá o seu crescimento e desempenho escolares. “A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão” (LUCKESI, 1978), ou seja, avaliar é apresentar um juízo de valor, os critérios, a metodologia para promover a aprendizagem do educando. É mais que o fazer mecânico focado em resultados. É amplo o julgamento: para quê, por que, para onde?
A avaliação escolar tem duas importâncias: a social e a individual. É social porque a sociedade deposita confiança naquele educando que foi avaliado e teve suas aprendizagens e valores escolares graduados e por isso, o avaliador deve tomar muito cuidado quanto aos valores pessoais e sociais que o levam a classificar os alunos em bons ou maus, capazes ou incapazes, e esses preconceitos devem ser deixados de lado para não prejudicá-los posteriormente.
É individual porque o próprio educando pode desenvolver-se pessoalmente dentro da sociedade, buscando sua autorrealização através de suas conquistas, o que nos leva a refletir sobre a questão de mão dupla – o educador e o educando. “É preciso que o educador dê ênfase à construção do conhecimento em sala de aula para que o educando saiba a sua competência” (PERRENOUD, 2002). É preciso que nós, educadores, estejamos prontos para construir junto ao educando às aprendizagens, valorizando as experiências vividas para que este encontre o caminho mais adequado e atinja seus objetivos de forma gradativa.
Ainda hoje existem profissionais que não se desfizeram dos paradigmas em relação à avaliação.
Segundo WERNECK, 2000:
Paradigma corresponde a um conjunto de conceitos formados durante nossa vida. Ante uma questão, respondemos conforme nossa cultura, nossos princípios ou nossos paradigmas. Na vida do magistério existem alguns paradigmas muito comuns que determinam o comportamento dos professores em relação ao ensino, às avaliações, aos conselhos de classe e ao tratamento dos alunos, de modo geral.
 
De um modo geral, podemos citar alguns dos mais freqüentes:
A prova está ótima! A disciplina "X" é a que mais reprova! O professor "A" tira ponto da prova. Esses paradigmas evidenciam uma prática negativa influenciando o educando a não ter mais motivo nem estímulo para continuar o seu caminho dentro de uma instituição formal de ensino, havendo assim, um alto índice de reprovados ou evadidos. “É necessário mudar esses paradigmas” (WERNECK, 2000).
Devemos olhar para a instituição de ensino e todos os mecanismos envolvidos no processo de avaliação e aprendizagem, através da questão positiva de aprender, de criar e promover novos conhecimentos transmitidos por nós, docentes, visando uma escola mais prazerosa, moderna, amorosa, humana que dê subsídios tanto para o educador quanto para o educando, por estarem envolvidos no contexto social.
Há resistência de nossa parte em relação à ruptura do modelo avaliativo e seus paradigmas, mas a mudança é a maneira mais simples de romper barreiras e fazer algo produtivo para o benefício de uma juventude capaz, com perspectivas e chances de adquirir conhecimentos, a fim de que alcancem seus objetivos na vida e no mercado de trabalho tão competitivo e globalizado como o nosso. Assim, poderemos garantir um processo de avaliação mais justo, acolhedor e qualitativo ao educando.
Essa ação nos impulsiona a buscar novos caminhos sobre nossa prática profissional, acompanhando o educando e orientando-o em sua trajetória escolar para a construção de um futuro sólido, justo, digno e promissor já que nós, educando e educador, estamos sempre em constante avaliação.
Na visão de Luckesi (2003), “a avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir e por isso, é necessário que seja usada da melhor forma possível”. Esta forma se torna possível, quando há quebra de paradigmas da avaliação que nos libertam da “escravidão” e nos levam a caminhos mais justos para somar qualidade à aprendizagem do educando.
Avaliar é um ato amoroso; por isso é preciso chamar o educando para dentro do processo-sempre.
 
II – A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO FRENTE À AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
            A atuação do psicopedagogo e suas contribuições frente ao processo de avaliação englobam o ser cognoscente, o educando, e a instituição formal de ensino, a escola, dentro do contexto psicopedagógico - educacional.
Segundo DEWEY, (1979:83 apud LIBÂNEO, 2000, p.75) “a educação não é a preparação para a vida, é a própria vida (...)”. Sabemos que não é a educação que vai preparar o homem para agir em sociedade, e sim o próprio homem a partir do meio em que está inserido.
Com o passar dos anos, a sociedade evoluiu e tal evolução fez com que a Pedagogia, a Psicologia e a Psicopedagogia fossem afetadas em seus aspectos teóricos e práticos, influenciando, também, seus profissionais.
Com essa evolução, nossa sociedade também sofreu influências: suas crenças, habilidades, valores e atitudes tiveram de se adequar às mudanças. Há influências dos meios de comunicação, nos protestos, nos movimentos sociais, nas atividades lúdicas, nos livros e até mesmo da mídia, que nos leva a assumir um paradigma nos modos sócio-econômico-culturais modificando nossos estados mentais e afetivos.
            Atualmente, podemos observar nas organizações e instituições de ensino a necessidade de desenvolver a formação continuada em todos os profissionais visando o aperfeiçoamento e a adequação às mudanças, a fim de que o produto final seja satisfatório à instituição e contribua com a atualização e enriquecimento profissional.
No campo educacional, a evolução tecnológica fez o processo educativo se adequar às mudanças, visto que o mercado de trabalho exige de seus profissionais: competência, habilidade, capacidade, flexibilidade e atribuições fundamentais que nos levam a refletir os meios e veículos de aprendizagem, pertinentes à formação humana.
            A Educação é uma prática social que, atrelada à Pedagogia e áreas afins investiga os conhecimentos filosóficos, científicos, técnicos e a realidade educativa visando à compreensão e à transformação dos problemas sociais, utilizando as ciências educacionais como suporte abrangente, tais como a psicologia e a psicopedagogia.
            Segundo BOSSA, 1994:
A Psicopedagogia no Brasil hoje é uma área que estuda e lida com a aprendizagem e suas dificuldades e, numa ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.
 
A Psicopedagogia, como pesquisamos, ocupa-se de uma educação intencional e contribui para a construção do homem como um cidadão consciente, crítico que faz parte da sociedade e dos processos dessa formação. Todo o resultado desse processo serve como base de orientação da ação educativa, dos compromissos éticos, morais, culturais, além de oferecer direções e alternativas à atividade de educar.
Nós, psicopedagogos, não podemos dissociar teoria de prática. Compreendemos o educando - aprendente como sujeito desse processo. Lidamos com fatos, contextos, situações, reflexões e atuamos nos campos institucional e clínico.
            No âmbito institucional, contamos com a parceria escola x família (pais, parentes, amigos), visto que este apoio é indispensável na busca de meios e instrumentos para resolvermos situações dentro da instituição escolar.
Nossa prática é tão importante quanto à de um educador que planeja suas aulas, pois buscamos novos conhecimentos, pesquisando, quando aprimoramos o olhar mais clínico e crítico do processo em que estamos inseridos.
            Nossa atuação exige comprometimento, habilidade, capacidade de agir, de intervir e de executar as competências exigidas em prol de uma sociedade em constante transformação.
            Temos em vista que o psicopedagogo é fundamental dentro de uma instituição, porque visa melhorar a qualidade de ensino populacional, levando em conta os fatores psicológicos, sociais e culturais tanto nos problemas de aprendizagem, especialmente, na avaliação, quanto na utilização e escolha de recursos, métodos, conteúdos, objetivos a serem abordados na elaboração do projeto político pedagógico. O psicopedagogo é quem vai viabilizar o corpo docente a buscar novos caminhos e perspectivas. Nesse contexto, o psicopedagogo tem um papel a cumprir quando o objetivo é repensar a avaliação e buscar novas alternativas que dinamizem o processo ensino-aprendizagem.
            “Escutamos e falamos muito em avaliação, mas não percebemos que ela só é válida quando acresce o direito do educando a aprendizagem.” (LUCKESI, 2003).
            A nota é o mais importante, classifica o educando, não diagnostica nenhuma dificuldade de aprendizagem além de parecer estar dissociada do processo ensino- aprendizagem. Sabemos que, hoje, o mais importante é a quantidade e não a qualidade.
Não importa como o educando chegou à nota, que métodos foram usados pelo docente, o que importa é a nota, a quantidade, enfocando mais ainda uma prática de avaliação autoritária e excludente. Devemos assumir que, não basta avaliar apenas as aprendizagens de nossos educandos, mas também é necessário nos autoavaliar profissionalmente em busca de novos olhares e adequações à prática educativa.
Na visão de ALMEIDA E SILVA (1998), “a psicopedagogia surge no Brasil como uma resposta ao grande problema do fracasso escolar e evolui de acordo com a natureza do seu objeto e dos seus objetivos.”
            Para ALMEIDA E SILVA, 1998:
A dificuldade de aprendizagem seria apenas um mau desempenho, um produto a ser tratado. Além disso, a psicologia e a pedagogia são vistas como elementos justapostos e dentro dessa perspectiva, a psicologia é apenas estimuladora, normativa e reguladora da vida intelectual... A partir do momento em que se considera o sintoma como valor positivo, a psicopedagogia muda de objeto. Não é mais o sintoma que se visa, não é mais o desempenho, mas a gênese da aprendizagem.
 
Ao longo dessa mudança é possível perceber a psicopedagogia como uma ciência ainda jovem que tem seu saber independente, seus próprios conceitos e instrumentos corretivos e profiláticos norteadores de sua prática.
“Pode-se considerar o ser cognoscente como uma unidade de complexidades...” (ALMEIDA E SILVA, 1998). Entendemos que nenhum ser humano é igual ao outro, pois o homem é dotado de partes biológica, afetiva, social e cultural num contexto histórico.
Piaget afirma que “a autonomia do sujeito corresponde a sua ação – quanto mais criativa e divergente em relação ao que já está instituído, mais autônomo ele será.”
O sujeito, o educando-aprendente, é determinado pelas condições de sua existência orgânica. A dimensão relacional é ainda constitutiva do processo na medida em que o ser cognoscente é um ser de relação determinado pelas interrelações, mediatizados pela linguagem que ele mantém e estabelece com os demais sujeitos.
ALMEIDA E SILVA (1998), afirma que “seria possível conceber a psicopedagogia como um saber tendo como objeto o ser cognoscente e como objetivo facilitar a construção do EU cognoscente, reconstituindo suas possibilidades de síntese e de autonomia.” Entendemos que a psicopedagogia tem relevância social frente ao processo ensino-aprendizagem, ao educando-aprendente e a avaliação numa instituição formal de ensino.
Estabelece-se então uma relação afetiva entre a Psicopedagogia, o processo de ensino – aprendizagem e o educando - aprendente.
Segundo RIVIÉRE (1996), “a dimensão relacional é constitutiva do processo na medida em que o ser cognoscente é um ser contextualizado, ou seja, determinado pelas condições de sua existência em sociedade.” O psicopedagogo deve buscar a melhor forma de analisar o processo de avaliação, uma vez que enquanto terapeuta é mediador desse processo. Tal prática de atuação nos leva a crer que podemos desmistificar o processo de avaliação quantitativo num processo mais prazeroso para o educando- aprendente e para o docente-avaliador.
Abordaremos a seguir as funções do Psicopedagogo Institucional.
1. O Psicopedagogo Institucional
            De acordo com Bossa, a psicopedagogia vem atuando com muito sucesso nas diversas instituições, sejam escolas, hospitais, empresas, creches e organizações assistenciais.
            A psicopedagogia institucional se caracteriza pela própria intencionalidade do trabalho. O psicopedagogo atua na construção do conhecimento do sujeito, que neste momento é a instituição, com sua filosofia, valores e ideologia. A demanda da instituição está associada à forma de existir do sujeito institucional, seja ele a família, a escola, uma empresa industrial, um hospital, uma creche, uma organização assistencial.
            A psicopedagoga Heloise Fagale, ao abordar a questão Institucional no seu artigo “Por que e como psicopedagogia institucional”, publicado na revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia (CF Revista Psicopedagógica, 17 (46), 1998), nos diz:
            - Dependendo da natureza da instituição, a psicopedagogia pode contribuir trabalhando vários contextos:
            ● Psicopedagogia familiar: ampliando a percepção sobre os processos de aprendizagem de seus filhos, resgatando a família, complementando a escola, diferenciando as múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos.
            ● Psicopedagogia empresarial: ampliando formas de treinamento, resgatando a visão do todo, as múltiplas inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a função humanística e dos sentimentos na empresa, ao construir projetos e dialogar sobre eles.
            ● Psicopedagogia hospitalar: possibilitando a aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos.
           ●   Psicopedagogia escolar: priorizando diferentes projetos,            o diagnóstico da escola,        a busca da identidade da escola, as definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades diante do aprender,a instrumentalização de professores, coordenadores, orientadores e diretores sobre práticas e reflexões diante de novas formas de aprender; a reprogramação curricular, a implementação de programas e sistemas avaliativos; a promoção de oficinas para vivências de novas formas de aprender, a análise do conteúdo e reconstrução conceitual; releitura, ressignificando sistemas de recuperação e reintegração do aluno no processo e o papel da escola no diálogo com a família.
            Para PORTO (2006, p.9) “A Psicopedagogia Institucional propõe analisar a instituição escolar e suas relações com a de abordagem reflexiva e crítica, buscando construir um espaço que contribua para a redução do fracasso escolar em nosso país.”
            A psicopedagogia no âmbito da sua atuação preventiva preocupa-se especialmente com a escola. Dedicando-se às áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com os planos educacionais no âmbito das organizações, atuando numa modalidade clínica, ou seja, realizando diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes.
O campo de atuação da modalidade preventiva é muito amplo, mas ainda é pouco explorado. Sobre o trabalho psicopedagógico na escola muito se tem a fazer. Grande parte da aprendizagem ocorre dentro da escola, na relação com o professor, com o conteúdo e o grupo social escolar como um todo.
            Para WEISS (apud BOSSA, 2007, p.89):
Existem diferentes enfoques em relação ao que se entende por psicopedagogia na escola. Adotarei a posição de considerá-la como um trabalho em que se busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores. É dar-se ao professor e ao aluno um nível de autonomia na busca do conhecimento e, ao mesmo tempo, possibilitar-se uma postura crítica em relação à estrutura da escola e da sociedade que ela representa. Para isto, é necessário um posicionamento sobre o que a escola produz. 
 
            Tal fato reflete a preocupação e a tendência atual da psicopedagogia nos seus compromissos e contextos socioeducativos.
            Na visão de PROUST (apud BEAUCLAIR, 2008, p.27), “A verdadeira viagem da descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em possuir novos olhos.”
            Eis o desafio do psicopedagogo: ressignificar sua práxis pedagógica e terapêutica cotidianamente.
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 
ALMEIDA E SILVA, Maria Cecília. Psicopedagogia: em busca de uma fundamentação teórica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
BEAUCLAIR, João. Psicopedagogia: trabalhando competências, criando
 
habilidades. 3ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
 
BOSSA, Nádia A. A psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática.
3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
LIBÂNEO, José. Pedagogia e pedagogos pra quê? 5ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 12ed. São Paulo: Cortez, 2003.
NOVA ESCOLA. Construindo competências, Rio de Janeiro: Abril. 135.07/Set. /02.
Disponível em:<http://novaescola.abril.com.br/ed/135_set00/html>.Acesso: 07/Set/04.
___________ . Na hora de avaliar, deixe os preconceitos de lado. Rio de Janeiro: Abril. 136. 10/0ut/04. Disponível em:<http://novaescola.abril.com.br/ed/136 out 00/html >Acesso em: 07 / Set / 04.
PICHON - RIVIERE, E. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes 1995.
PORTO, Olívia. Bases da psicopedagogia: diagnóstico e intervenção nos problemas de aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2007.
__________ . Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. Rio de Janeiro: Wak, 2006.
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 11ªed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
WERNECK, Hamilton. Assinei o diploma com o polegar. 7ed. São Paulo: Vozes, 2000.
___________ . A nota prende, a sabedoria liberta. 3ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.