Um Diálogo de Genialidades.

Nietzsche.

Lastimavelmente tenho que admitir a não existência de fundamento para nenhum sentido. Até mesmo parcialmente o significado epistemológico.

Como as coisas estão no mundo, elas surgiram, pela irracionalidade das origens. Não sabemos suas razões. Inventamos a interpretação, tal proposição a pior forma representativa da realidade.

Schopenhauer.

O intuito da invenção dizia Arthur é o engano, saber como enteléquia a respeito da verdade sobre o universo. Compreender a origem é um verdadeiro suicídio para consciência. Precisamos de narcótico, responsabilizou-se a estátua de Feuerbach. A bruxaria entrava no mais absoluto pessimismo.

Feuerbach.

A finalidade do mundo parece ser realmente a tragédia, não sabemos de onde viemos o lugar em que estamos e, sobretudo, para onde vamos, a não ser a eterna incorporação ao cosmo, de modo particular a terra.

Platão estava perto, presenciado o diálogo, conversa interessante e perigosa para a cultura comum dos mortais insignificantes, de forma inesperada retomou a defesa.

Platão.

O espírito como significado apenas da alma a realidade física sem a mesma, a vida deveria ser apenas, De natura rerum, a natureza das coisas em Lucrecio, o que contrariaria Platão. A tentativa de contrapor, explicitando sua teoria com outra mitologia fazendo recurso da dialética analógica.

Sem o contra ponto da antítese, a formulação hegeliana, sem entender bem, a época era outra e que a realidade das cidades Estados da antiga Grécia tinha ficado a uns longínquos séculos. A Filosofia helênica.

Aristóteles.

A alma é o sentindo do cosmo e jamais a realidade empírica, as estátuas em pranto tiveram que rir. Realmente Platão não deveria ter feito sua exposição para um filósofo exuberantemente sábio. O tempo supera a natureza do silêncio, a desconstrução de Derrida, as teorias são paradigmas da história, nada além de uma prática de ficção.

Reinicia-se a estátua, o que enxergamos são sombras projetadas em paredes, não conseguimos entender as escuridões, muito menos as referidas, a realidade é o reflexo dessa projeção sobre a luz do sol. O mundo pascácio a si mesmo.

As explicações sejam quais forem não passam de meras imitações trêmulas e deformadas como são nossos espíritos pelo maldito corpo. Toda realidade material é condenada, o mundo cósmico miríade de fraqueza e sua inutilidade.

Edjar.

Ninguém deve acreditar na realidade cósmica continuava Platão, o astrofísico soviético lépido tinha usurpado o princípio da teoria de Georges Lemaître, o big bang, Darwin sequer conseguia pronunciar, mas todos ouviam as explicações do famoso filósofo grego. Foi sempre considerado um marco histórico e de sua lexicologia, nasceram às bases para Filosofia e a Teologia de Santo Agostinho.

Os fundamentos do céu e do inferno remontam a sua etimologia, desejamos ou não Platão, é fundamental. Por isso necessário ouvi-lo. O mito nascia na Grécia a morfologia de seu conceito expandira para o restante do ocidente.

Platão.

Platão sabia que seria ouvido e de forma fulminante, com intuito de desmoralizar a sabedoria de outras épocas históricas, execraram-se nas paredes, onde está a deturpação do real.

Nossos olhos não conseguem ir além da deturpação, a razão fecha-se na lógica e estrutura da síntese, nada mais do que a relação equivocada da sombra. O Mundo empírico a mais absoluta alienação, uma aporia dizia Platão.

O equívoco dos seus lados, ninguém consegue ver o infinito azul e imagina que a única realidade possível é aquela que o vácuo atira sobre o buraco e todos apontam em direção as paredes como se as mesmas fossem a realidade, cansado do engano indutivo.

Dizem tudo o que veem é a verdade e a mesma é o que existe, porém, não enxergamos. O mundo é a cegueira da escuridão das estruturas memoriais, verticalizadas pelos sinais da imaginação.

George.

O astrofísico soviético perturbado com essas colocações de um sábio grego referiu a Galileu. Será que ele está com sua analogia heurística referindo também ao nosso modo de ver o mundo ou deseja apenas destruir a falsa racionalidade metafísica dos contemporâneos.

Galileu.

Galileu respondeu ao mais sábio astrofísico, parece que deseja impelir tudo, seu fundamento é duvidar da capacidade da razão. Seja qual for à lógica e, ainda demonstrar que a mesma não entende a realidade praxiológica, por falta de capacidade epistemológica não atingindo o real na sua plenitude.

Procura compreender a realidade pelas sombras e analisa as mesmas como se fosse o real transformado em ideologias. Isso na ótica da imaginação e finaliza, na mais profunda inferência, o raciocínio, também está inexoravelmente perdido sob a ótica da fantasia.

Sócrates.

Tudo que sei, nada sei, mas este meu não saber é acepção de um saber, o saber do não saber, significa que sei o saber do não saber.

Restará, portanto, a mim, saber o porquê sei o saber do meu não saber, que é um saber. Portanto, sei pelo menos um saber, e, desse modo, não posso afirmar que nada sei.

Nietzsche.

Às vezes o mundo das estátuas raciocina na mais sofisticada metáfora, no uso do princípio do res-extensus. A outra estátua estava muito além da ilha do sepulcro, no mais silencioso vento e ainda desejava auscultar a canção do tempo, preso a uma juventude distante, pretendia levar a coroa a imarcescível vida.

Foste como um fugitivo não entendeu o tempo vulnerável, a ponderação das memórias agnósticas. Entretanto, volúvel e selvagem.

Procurou ser um bom mocinho e não conseguiu entender a diferença entre o bolso e a disparidade ideológica do dever.

Desenvolvestes a linguagem do amor e tirastes da intuição o imcomplexo simbolismo.

Edjar.

Perto de vós está o mais virtuoso mistério, no entanto maldosamente cerrastes os olhos. Por isso que vivem presos na imperscrutável caverna.

Tivestes que morrer cedo, muito novo e não vistes o sol que brilha lá fora. A sua energia esgota mecanicamente, motivo pelo qual, não penetra luz a vossa caverna.

Edjar.

Depois que inventaram a cultura ninguém mais consegue atingir a liberdade. O grande problema epistemológico é a linguagem.

Copérnico.

Copérnico entristecido comenta em paralelo com Giordano Bruno, Platão questionava profundamente a validade das Ciências em geral, é necessário entender melhor a crítica que faz através da mitologia dos cones.

Edjar.

Platão deixava claro que é um pessimista da razão seja qual for metodologia utilizada, lexicologicamente. O falibilismo de Peirce, a validade de argumentos lógicos e analíticos.

Ele está nos ironizando, por não percebermos que nossos olhos não conseguem enxergar e que a razão procura pelos sentidos. Definir como verdade a reação, impondo-se, com efeito, ao mundo da empiria ao critério absoluto, quando nada se completa na própria significação.

Sartre.

Sartre comenta sem perceber com Voltaire, é muito difícil realmente entender os fenômenos do planeta terra. Outra estátua desconhecida e simples, porém entendedora da Filosofia disse ao público, o grande mal de um filósofo ou cientista, é que por limitação da consciência, a razão apesar de todos os equívocos, perde-se nela mesma.

Assimila uma parte da verdade e projeta-se em forma de síntese, expondo como teoria universal a facticidade. Portanto, toda formulação, tem apenas aparência de verdade, seja qual for o seu produto histórico.

A razão nos escraviza de maneira tal que não conseguimos perceber que estamos presos em um buraco, nisso Platão tem razão.

Edjar.

A epistemologia age e reage a partir de uma logística particular, sem perceber morfologicamente, que a dimensão heurística da interpretação é apenas uma cisterna.

Sartre.

Comentou, é necessário entender melhor Platão, quando disse que era importante a alma libertar-se do corpo. O mais rápido possível e, que o corpo é inexoravelmente uma prisão da qual a alma teria que desvincular e que tal separação, se dava à custa do sacrifício do corpo.

Apofanticamente o que Platão está querendo dizer que não tem sentido o mundo físico. Nesse aspecto concordo, não existe uma razão para viver, muito menos para aceitar as imbecilidades do mundo e, suas formas do poder de domínio.

Só mesmo um narcótico suportaria o mundo, viver como escravo para fazer o luxo da burguesia, imaginar que a lógica liberal é a produção correta das relações sociais, comportamento típico de quem vive o preso delírio, são doentes.

Edjar.

Entretanto, a grande problemática é que nenhum outro mundo teria sentido, o mundo espiritual não é apenas uma ilusão, mas uma fuga da realidade cruel, que acontecem nas relações reais.

Feuerbach.

Nesse momento Feuerbach complementou, ao libertar do mundo, liberta - se também do espírito e ao libertar do referido liberta de si mesmo. Darwin intrigado raciocinava e volta para a natureza do nada de onde tudo se originou.

Edjar.

Por que originou algo que não tinha que se originar? Voltou a ser o que essencialmente sempre fora, a imprecaução da natureza, quando não deveria sequer ter sido o que é.

George Camow.

O astrofísico soviético pediu calmamente, a energia está esgotando, o próprio universo encarregará a efetivar-se a mais profunda libertação, chegará o momento em que o tempo não fará diferença, não é uma questão somente axiomática.

Einstein.

As leis da gravidade criarão em sua dinâmica outros procedimentos a relatividade. O escuro congelará definitivamente os nossos ossos, a existência será um pêndulo em esquecimento.

Schopenhauer.

A brevidade de tudo ironizava Schopenhauer, a natureza não tem culpa pelo que ela mesma inventou para si. Tanto faz ser frio, quente, escuro ou claro, a natureza é a natureza, não interessa a forma, o grande azar coube exatamente ao ser, o que de fato é.

Edjar.

A vida simplesmente uma grande excrescência, necessária ao seu apavoramento.

Descartes.

A finalidade é nascer, crescer e viver para extinguir-se, não sendo absolutamente nada. A não ser a originalidade da alma, ou seja, a ratio, o único res-extensus. Realmente na sua universalidade, enquanto universal. A vida é o silêncio humano, afogada na interpretação.

Platão.

Platão ouvia silenciosamente as palavras do filósofo existencialista, num balançar de cabeça concordava plenamente e continuou novamente expondo o diálogo. Tudo o que vemos são sombras projetadas na consciência. O mundo a memória da cegueira, a arché perfeita ilusão, o não entendimento da existência.

A estátua desconhecida.

Somos pobres seres, sem defesa, a velha estátua desconhecida ressonou-se, só não nos iludimos com a obscuridade da morte.

Lastimou-se, tudo isso porque valorizamos o mundo material, apercepção significativa, matar o sonho das sombras e fugirmos da caverna. Mas o mundo que virá não é senão outra caverna?

Edjar.

Mas como? Fugir do mundo da caverna através da empiria moderna. Não é senão mergulhar cada vez mais nas sombras do cone de suas paredes entortadas por olhares diversificados.

Schopenhauer.

O espírito é o única ressonância para tal tarefa. Arthur a essa altura chateado e sem saber como ironizar apenas chamou atenção. Timeo hominens unius libri.

Cuidado com as apreensões, os homens que costumam ler poucos livros, a síntese é extremamente precária, a Ciência já está esgotando sem mesmo desenvolver-se.

Naquele instante o pai do evolucionismo completou a vida está exaurindo, sem ter absolutamente realizada e se foi deus quem criou o homem, demonstrou-se extremante incompetente.

Nietzsche.

Não tem mesmo lógica à Física de Ptolomeu muito menos a de Aristóteles da potência ao ato. O caminho da perfeição interminável, tudo isso para legitimar o primeiro motor responsável pela criação.

Aristóteles estava profundamente decepcionado, as ideologias estavam sendo desmistificadas.

Edjar.

Se bem que foi uma falsificação da Escolástica, particularmente de Tomás de Aquino, herança da maldita manipulação de Averróis.

Nietzsche.

É necessário fugir desse vernáculo que reside exatamente na perspectiva de um buraco compelido. Sua distância sobre ondulações de projeções falsas, entretanto, existe outra caverna além das paredes escuras. A qual me refiro é toda habitada por luz, apodítico a sua claridade, o mais profundo imperativo, mas ninguém consegue enxergá-la.

Platão.

Nossos olhos intrujam-se pela escuridão como se fosse uma lareira ao meio desértico do misterioso mundo formal esfumado pelo fantasioso silencio de um cone.

Edjar.

Concordo plenamente.

Platão.

Os raios do sol brilham sobre o enérgico sinal de nossos cabelos. Perdemos na dolorosa imaginação, entretanto, aquecido, o raio de luz prossegue sua viagem no verrume de nossa alma.

Espalmando-nos das idiossincrasias, permanentes ao espírito compensado.

Será assim sempre, a escuridão ao meio das paredes.

Edjar.

Compreendo Platão ao dizer ou querer justificar o que tentava mostrar com sua crítica. A caverna nada mais é do que o caminho impreciso realizado por um filósofo ou qualquer cientista.

Percorrendo através de noções imprecisas para com as idéias reais que estão por trás de qualquer fenômeno, seja cultural ou de natureza empírica, não representando a verdade, o sujeito hermenêutico.

Todos os cientistas ficaram mudos por um instante, até que a estátua de Platão, com seus ombros largos dirigiu-se em passos lentos distanciando um pouco das novas celebridades e com sua voz suave e baixa sussurrou se aos ouvidos do físico soviético.

Desculpe-me, quero entender sua teoria científica, fascinante a sua explicação sobre a origem do universo, e numa atitude de humildade colocou-se a escutar a complementaridade.

George.

George surpreso e feliz pelo respeito do grande monumento da cultura grega. Agradeceu, sorrindo disse ao mundo das estátuas, somos todos iguais sem distinção de raça cor ou nacionalidade.

Aqui meu caro amigo Platão, nós compreendemos a verdadeira história e o sentido poético de nosso vislumbre.

Estou meio acanhado, mas colocarei a minha teoria, expondo os paradigmas, posteriormente a minha estátua tomará posição de ouvinte. Ouvir sempre é melhor caminho para aprendermos e andejou-se incólume ao silêncio, reiniciando.

Ao longo dos séculos, de muitos séculos de uma forma misteriosa, a atmosfera foi ficando cada vez mais repleta de nuvens. Isso acontecia sempre, quotidianamente, até que num determinado momento, sem poder imaginar, esse tempo, iniciaram-se as chuvas. Essas chuvas duraram longos períodos e a partir de sua intermitência, as águas das mesmas vieram a formar rios e oceanos.

As estátuas.

Todos ouviam sua exposição com procedimento heurístico, inclusive Platão, calado no seu canto, apenas dizendo consigo mesmo, o conhecimento é uma multiplicidade de fatores.

Sou apenas um filósofo sem a multiplicidade, não imaginava essa forma de conhecimento, como objetividade da mera causalidade.

Preciso ouvir e ouvir muito, o mundo das estátuas, tenho que aprender e aprender com todos e com todas as Ciências.

Remoendo dentro da razão, os conhecimentos dessas velhas estátuas podres e deformadas.

Sem poder retransmitir as conclusões para os pobres seres humanos que na sua grande maioria não terá o privilégio de tornar-se uma estátua pensante.

Será apenas um refluir permanente no cosmo como muito bem explicitou o famoso filósofo grego o compatriota Heráclito.

Ele está no meio das estátuas sábias, mas até esse momento não abrira a boca. Outras estátuas desejam ouvir a sua voz. Mas o silêncio premeditava.

Enquanto George poderia finalmente expor em definitivo sua teoria.

Quando as chuvas pararam as nuvens já não mais encobriam o céu, e os raios do sol puderam finalmente tocar a superfície da terra.

Formando a sua atmosfera, surgiram os primeiros seres vivos aproximadamente a três a quatro bilhões de anos. Foi um fenômeno exuberante, nada mais poderia encantar o mundo das metáforas indutivas.

Edjar.

A química começou a virar carne e carne transformava-se em espécie. Nicomedes ouvira essa explicação e dizia consigo, que fascínio é o mundo misterioso da imaginação teleológica.

O velho físico soviético ao finalizar, disse as demais parábolas, resta apenas Darwin, explicar a sua teoria do evolucionismo. Uma vez que em nosso mundo particularmente nesse paraíso, nem mesmo Jesus Cristo que faz parte das estátuas sábias, acredita na teoria da criação

divina.

Darwin.

Realmente num determinado momento peremptoriamente, surgiu a vida sobre a terra e de forma diversificada. Inferiorizada inicialmente e lentamente através do processo de evolução modificando.

A vida foi desenvolvendo-se na sua forma inferior para superior isso significa que não nascemos homens explicava Darwin e muito menos com consciência.

Não houve um plano diretor na natureza para conduzir o homem à perfeição ou a criação por excelência divina, uma possível teodiceia metafísica.

Em um momento não tínhamos diferença de um primata, apesar da nossa consciência, nosso DNA é o mesmo de um chimpanzé, quantificações semelhantes de genes.

Nesse processo da evolução humana, não estava programado por parte da espécie, o surgimento da linguagem.

Esse acontecimento neológico aconteceu por erros genéticos na evolução dentro de um amplo processo de modificação e adaptação.

No começo as células primárias responsáveis pelo fenômeno da vida, se multiplicavam produzindo novos seres. Significando que o sexo como mecanismo de reprodução aconteceu dentro de um processo tardio da evolução, disse Epicuro, muito interessante, esse paraíso é um poço de sabedoria.

Galileu.

Galileu concordava: desconfiava sobre a terra existissem tantos outros mistérios que explicados pela Ciência. Comprovaria objurgação que a bíblia não poderia ser inspirada por deus, a não ser que entendamos o referido, como um espírito medíocre.

A história do gênese não se sustenta, outras estátuas começaram mostrar as contradições, os astrofísicos voltaram a defender que a terra gira em torno do sol.

Porém, está escrito exegeticamente que o profeta mandou em nome de deus que o sol parasse e parou, quando o sol segundo a Astrofísica nunca movimentara em torno da terra.

As estátuas em coro começaram a dizer a bíblia é uma armação, estapafúrdia, Por fim as estatuas papais, a bíblia é uma bíblia é dissimulação literária. A história finalmente estava sendo desvendada.

Edjar.

O universo não tem centro, nada movimenta em torno de nada. Não existe algo como referência, o mundo e as coisas terão que serem entendidos pelas multi referências.

Schopenhauer.

Novamente Arthur ironizou nem sabemos se isso é perfeição senhor Darwin, uma perfeição que caminha para uma possível obumbração da realidade.

Entretanto, continuava o biólogo, o homem surgiu na natureza como surgiram os demais animais não tendo perspectiva ou finalidade, conseguiu sobreviver todas as fases como as demais espécies existentes. Mas poderá desaparecer como outras espécies o que certamente acontecerá.

Edjar.

Por um princípio de exaustão de DNA, ou por desproporcionalidade de hormônios entre os organismos. Por fim, com o esgotamento do hidrogênio do sol. Tudo ficará frio e escuro. O infinito inteiro composto de gelo, a vida é por natureza esgotável em seu fundamento.

Uma falha genética obstringida conseguiu nos diferenciar das outras espécies, por ter a língua solta. Foi possível articular signos, criar a linguagem e acumular experiências e, por isso somos diferentes.

Um erro genético referia-se o biólogo ao mundo das estátuas. As coisas mais maravilhosas do mundo resultaram pelo erro e também as piores ironizava a estátua.

Edjar.

Com a linguagem criou-se o sentido semiótico metafísico, como explicaram os filósofos, antes o homem não fora nada e jamais poderá ser alguma coisa.

Mesmo com toda sabedoria, em um determinando momento obliterou-se o mais profundo significado da ontologia humana e tentou diferenciar de um rinoceronte. O ato perfunctoriamente revolucionário.

Edjar.

Uma tentativa exuberante morfologicamente. A ideologia remodelou o restante. Risos muitos risos, o deserto determinado por aporias, vibrava numa verdadeira comoção indistintamente preso aos únicos sinais,

Os metafísicos entristeceram definitivamente, perceberam o equivoco. Era muito tarde, o planeta terra tinha transviado a história da humanidade.

Novamente, ressonou-se a distância, uma estátua sábia sem identificação. Se o homem fosse à semelhança de deus, a sua imagem seria absolutamente indescritível.

Pois todos os outros animais, só matam uns aos outros para atender as necessidades da sobrevivência. Apenas o homem mata por ódio, também por interesse econômico, em defesa da futilidade, continuava a estátua. Tudo por ter recebido de deus predileção especial, bela semelhança para uma póstuma prescrição.

Edjar.

As estátuas tremeram. Schopenhauer com seu olhar fixo ao mundo das delas, contrário a política dirigida pela oclocracia, fingindo estar escandalizado disse, imagine vocês se os homens não fossem a imagem e a semelhança.

A outra estátua finalizou, se o mito for verdadeiro, deus representa o que de pior pode criar. A única espécie que escraviza a si mesma.

Edjar.

Devemos sentir orgulho do diabo.

A estátua desconhecida confirmou ao filósofo na mais perfeita concordância. O mundo produto feito pelo suposto sábio, tornou o sinal da perversão da natureza. O melhor que deus pode fazer a ela foi o pior que a natureza pode ter o homem, deus criou na natureza a sua destruição, a malignidade em ação.

Nicomedes Itapagipe.

Por isso deus tornou-se o próprio suspeito. Nesse momento o diabo deve estar em festa comemorando sua generosidade. Asserção diferença fundamental é que o diabo não criou absolutamente nada.

Além de ser o signo do mal, disparava Arthur, mas será possível algum outro ato que represente realmente o mal, além naturalmente do homem, dois infernos são insuportáveis para nossa existência.

Darwin.

Darwin revelou ao mundo das estátuas algo imperceptível e escandaloso para a natureza comum do deserto. Disse que as estátuas sábias poderiam numa retrospectiva intercambiar sabedoria com outros gênios, de diferentes áreas do conhecimento.

As estátuas tinham também o direito de voar sob a forma de asseidade e atingir novamente a terra e tentar acompanhar na mesma, as novas descobertas.

Sejam quais forem às disciplinas. Exatamente isso que ele fez por algumas oportunidades, tantas outras estátuas tinham realizado o mesmo procedimento.

Guardavam para elas os segredos, entretanto, como o biólogo desejava falar algo de extraordinário e, não saberia como justificar o que ia dizer, teve que revelar tal procedimento diacrônico.

Realmente o momento de muita concentração, pois todos naquele deserto pérfido entenderam que era necessário ouvir o sábio.

Tratava-se do maior biólogo de todos os tempos. O segredo era de um formidável escombro, as ideologias vão deteriorar em pedaços, é preciso realmente falar, as estátuas vão tremer.

Darwin.

Iniciou a formulação da acepção a sua semântica, o cientista refletia que por um tempo pode voltar a terra, percebera como o mundo estava modificado e que Londres continuava bela, apesar de mais violenta e perigosa.

Surpreendido com o desenvolvimento dos Estados Unidos e sem compreender o porquê países ricos como o Brasil, México, o povo tinha que viver na mais absoluta miséria.

Concluiu-se precisa de uma revolução na Sociologia igual a que houve na Biologia na explicação dos fatos fenomenológicos.

Lamento a pobreza do mundo, as estátuas ficaram espantadas a respeito do mundo real, por um instante apenas. Não imaginaram um biólogo humanista, entretanto, na terra fora seminarista.

Finalmente Darwin começou a revelar a grande novidade. Muito além da sua tese evolucionista, era algo realmente para mexer com o mundo das estátuas.

Definitivamente perdidas naquele solo frio e áspero, sem prosperidade a não ser o envelhecimento das mesmas e o dissolver do cimento.

Darwin.

O biólogo começou dizendo a comunidade, científica na terra fez-se um mapeamento do DNA. Um geneticista, famoso cujo nome Marc Feldman, da universidade Stanford.

Comparou o código genético de milhares de voluntários de cinquenta e duas regiões do planeta e verificou empiricamente ao comparar o código genético que as diferenças são praticamente inexistentes, entre as espécies, não se refere aqui acepções de referências tautológicas.

As informações levaram a concluir que a vida humana realmente surgiu na África, e que a comunidade mundial descende de fato de uma célula mater.

Portanto, a genética de todos, seja de olho azul ou verde de cabelo amarelo ou crespo, negro ou branco, a origem é a mesma, nao existe duas raças.

Edjar.

Nossa origem tem ascendente comum. Somos realmente parentes próximos dos macacos e de todos os bichos até mesmo do mundo bacteriológico. Na realidade das espécies existe apenas um DNA.

Edjar.

Não existe raça, apenas espécie.

Somos as mesmíssimas coisas constituem a materialidade física. O grande paradigma do mundo.

Schopenhauer.

O deus que se manifestou na bíblia nunca revelou aos homens nenhum desses segredos, isso significa que desconhecia realmente como originou o mundo.

Edjar.

Ele era completamente ignorante.

Nicomedes de Itapagipe.

Nicomedes perguntou ao Edjar como podemos acreditar em deus? Particularmente na bíblia? As coisas não batem?

Se deus realmente inspirou a bíblia, era ignorante do ponto de vista científico, sendo deus não poderia se um analfabeto.

Edjar.

Diz a bíblia que deus, entendendo sendo Javé, criou o homem e a mulher, Adão e Eva. Tiveram dois filhos, um matou o outro, posteriormente, como continuaria a humanidade, o filho que sobreviveu engravidou-se do vento? Os mitos são absurdos.

Edjar.

A bíblia naturalmente é a literatura mais ilógica sobre a face da terra, cheia mimeses, relatam fatos incabíveis à verdade. Possíveis a mentes ingênuas, que conseguem acreditar em tais alegorias.

Nicomedes de Itapagipe.

Continuou Nicomedes se homem nasce do útero da mulher, Eva teve apenas filhos homens, isso significa que deus mentiu na explicação de como surgiu o homem?

Edjar.

Sempre estudei a bíblia e se existe um instrumento contra a fé é a bíblia. É o suficiente estudá-la com atenção do começo ao fim, para tornar se ateu.

Perceberás que não tem sentido as explicações divinas. Confesso foi exatamente a bíblia o instrumento que me levou a perder a fé, não o marxismo ou a Biologia, tão menos a Física ou a Filosofia.

Edjar.

Existem muitas coisas erradas em tudo. Por algum tempo decretou-se que o negro não tinha alma. Significa que todos nós surgimos de uma espécie que na sua origem não tinha alma, devido ser negra.

Posteriormente descobriu-se por meio da Filologia, mais especificamente a literatura, dados históricos que Jesus Cristo era praticamente negro. Sendo negro pela tradição literária não tinha alma, então como ressuscitou?

Não havia alma no começo da origem, não poderia tê-la na evolução da espécie, então a referida é produto da linguagem, uma ideologia, forjada por meio cultura indo-europeia, como posso acreditar em ressurreição?

Nicomedes de Itapagipe.

Concordo plenamente, com o vosso raciocínio, isso significa que não apenas os negros não tinham alma, mas também posteriormente os brancos, amarelos etc.

Edjar.

Portanto, não seria possível explicar a continuação do ser pela alma, ou seja, por intermédio do mundo divino. Após a morte do corpo, o homem se faz eterno pelo poder replicativo da vida, a continuidade dos elos.

Volto a dizer continuava Edjar sempre explicando a Nicomedes, não pode haver outra vida, pois originalmente não existiu a alma para chegar-se ao paraíso prometido.

Edjar.

O que aconteceu senhor Nicomedes é que confundiu a fala, a linguagem até o desenvolvimento do raciocínio. Com outra realidade, dentro do próprio homem, como se o mesmo tivesse uma realidade dupla, por outras palavras dois princípios em um só homem.

já expliquei disse hoje comprova-se pela biologia que o surgimento da linguagem foi um erro na evolução. Não estava programado para o homem falar, pensar ou raciocinar, aconteceu um erro na evolução mo campo da genética.

Edjar.

A natureza possibilitou o homem surgir com a lógica de um cabrito, mas aconteceu o erro referido, modificando, sendo justificado ideologicamente pela palilogia.

Estava apenas previsto para o homem ser o primo mais bonito do macaco, como de fato é. Os espiritualistas acham que os homens são diferentes dos animais porque conseguiram desenvolver o fenômeno da fala.

Nicomedes de Itapagipe.

É a hipótese do bipedalismo? Edjar respondeu a segunda hipótese, se bem que não são naturalmente excludentes. O mundo é apenas pancrácio na sua própria lógica.

Darwin.

As diferenças surgiram no processo de evolução de acordo com as adaptações climáticas e os tipos de alimentos. Foi apenas uma questão regional. O mundo é animal, seja qual for à espécie, nada tem sentido, somos o que somos por um erro, nada mais sem proposição.

Nietzsche.

Motivo pelo qual Platão terá que ser destruído, a sua teoria da reminiscência.

Nicomedes de Itapagipe.

Resta apenas lhe fazer uma pergunta, se deus não existe concordo plenamente com a vossa pessoa, como então surgiu o mundo?

Edjar.

Vou lhe explicar da forma mais simples possível, existem vários princípios criados pela Física, também criei o meu princípio com a finalidade de explicar o mundo e entender sua origem e evolução.

Nicomedes de Itapagipe.

Estupefato, não imaginava que tivesse criado um princípio como hipótese, é o que lhe devo explicar nesse momento, O Princípio da Incausabilidade.

Edjar.

O cosmo não criado por deus, muito menos inventado por si mesmo, sempre teve a sua existência e continuará tendo, modificando suas formas nas permanentes mudanças de estado.

Mas como se deu tal processualidade historicamente? Antes de a cosmologia ser o que é hoje, em um determinado tempo praticamente inexistente, o infinito era vazio e indeterminável.

Motivo pelo qual não existia causa, sem energia, absolutamente escuro, extremamente frio, a temperatura negativa.

Elevadíssima encheu todo o universo de gelo, desencadeando constantes revoluções químicas, com concentrações de energias diversas ao que levou a bilhões de Big Bang.

Possibilitando bilhões e bilhões de universos contínuos como são compostos hoje os mundos paralelos.

Porém, esse mecanismo antes de sua processualidade ser definida pelo infinito, vazio sem composição de energia.

O que chamo de O Princípio da Incausabilidade, significa em um instante distante do início do universo, não teve nenhum princípio de causa e efeito como fator determinante.

Nietzsche.

Ja tinha dito, esse mundo ja existiu milhões e milhões de vezes, essa forma é uma das formas, tudo se repete interminavelmente nas variabilidades dos seus modos.

Edjar.

Senhor Nicomedes Nietzsche tem razão, os universos acabam e recomeçam milhões e milhões de vezes.

Isso quando finaliza a energia de hidrogênio produzido por sóis e estrelas.

A temperatura negativa preenche novamente o infinito de gelo, dessa forma interminavelmente vai morrendo e renascendo.

Em seus modos interminavelmente, todas as formas de vida, incluindo a nossa é um joguete de irracionalidade, sob égide da referida mecanicidade irrivalizável.

Mas o universo mesmo surgiu do nada, motivo pelo qual tudo que existe não tem o mínimo significado. Do ponto vista da formulação ideológica da existência. Somos a inexistência senhor Nicomedes de Itapagipe.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 22/06/2014
Reeditado em 25/06/2014
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