A Psicanálise de Freud.

A Psicanálise de Freud.

Quando criança disse certa vez Freud, a única coisa que desejava saber era o conhecimento filosófico. Posteriormente interessou-se pela medicina e, por último, a Psicanálise.

A sua grande obra: A Interpretação dos Sonhos. Escreveu vários livros sendo o mais importante, O Futuro de uma Ilusão, formulando seu axioma Psicanalítico.

Estudioso tentou desvendar o mecanismo do funcionamento do inconsciente, como mundo censurado, o que era proibido pela moral social do seu tempo. Referiu-se especificamente à moral ligada à vida sexual, mas de certo modo nunca entendeu os códigos de memória impregnados no cérebro.

No desenvolvimento do seu trabalho elaborou dois conceitos básicos: para descrever o comportamento humano antinômico, as situações diversas.

Defendeu a seguinte teoria referente ao mundo humano algumas experiências da primeira infância, o que é proibido pela moral transforma-se em substância inconsciente. A natureza da censura controlada pelo ego, o significado da consciência.

O que está no inconsciente como proibição pelo ego, denominado de comportamento proibitivo, impossibilitado de vir ao mundo real. Essas experiências são ligadas indelevelmente à vida sexual infantil.

O segundo elemento da sua teoria diz respeito à afirmação empírica que as lembranças recalcadas são futuras causas de rupturas fisiológicas que provocam doenças nervosas, desenvolvendo, com efeito, o mundo semântico completivo, a proibição moral.

Freud define Psicanálise como procedimentos para o tratamento de doentes em termos médicos. A tomada de consciência na perspectiva semiótica, o conhecimento dos significados da censura, a explicação da proibição, verificando o que tem sentindo ou não, em específico.

O procedimento inexaurível acontece entre o médico e o paciente, por meio do diálogo na descoberta das causas de uma determinada doença psicológica, objetivando a referida vir à consciência para o entendimento das verdadeiras causas.

O tratamento funciona pelo mecanismo através do qual leva o paciente a recordar daquilo que foi proibido, por meio da interpretação dos sonhos.

Tal metodologia será sempre desenvolvida pelo psicanalista, mas o paciente terá de entendê-la, o por quê vive certas antíteses do momento, relacionadas com o mundo do passado, suas proibições eminentes.

Seu método interpretativo hermenêutico nos últimos anos está sendo muito criticado por cientistas de diversas áreas.

Karl Popper, um deles, no uso de seu paradigma da Teoria da Refutabilidade, afirma categoricamente que a Psicanálise não desenvolve procedimentos científicos.

Os motivos, em primeiro lugar, a referida não trabalha com conceitos empíricos no tratamento da pessoa. A descoberta dos problemas psicológicos é realizada por meio do diálogo, metodologia usada pela interpretação, não tendo fundamento epistemológico.

Outro ponto questionável, a interpretação do psiquiatra, não é objetiva, muito menos testável. É tão somente ideológica, sem fundamento empírico, resultado de variáveis culturais.

Além do mais, uma sondagem confidencial entre o médico e o paciente, com caráter essencialmente subjetivo, sem meios para atingir a objetividade, afirma Popper. Se atingisse não mudaria a situação de vida que provocou a própria doença.

Não se tem como medir práticas psicanalíticas. A verdade no mundo de natureza humana é uma intuição não lógica. A interpretação é a ideologia do sujeito interpretador podendo resultar como produto do puro equívoco das estruturas de memórias de quem desenvolve as análises.

Apesar das preocupações filosóficas ligadas ao mundo da empiria, não se pode negar certo sucesso desenvolvido pela Psicanálise, motivo pelo qual deve ser relatado.

É lógico que a personalidade de conflito pode naturalmente ser entendida por certas condições ligadas a uma mente inconsciente mecanizada ao mundo de censuras memoriais como código de linguagem reprimida.

Relato de experiências infantis ao que se refere ao mundo da criança, a proibição é uma etimologia psicológica extremamente complexa, que pode desencadear problemas psicológicos sérios no futuro, sendo perfeitamente adequado à Psicanálise.

A interpretação desses relatos podem representar certa objetividade. Aquilo que de certa forma é criticado por Popper, a forma apegada à teoria epistemológica empírica deve também ser relativizada.

Com efeito, a interpretação representa de algum modo o campo observacional objetivado na vida real do mundo adulto resultado de conflitos não solucionados na infância.

Devem-se considerar novos conflitos produzidos por culturas diversas opostas não similares à vida real adulta.

O mundo transforma-se em problemas quando a pessoa não é capaz de desenvolver a compreensão simbólica das coisas no plano meramente das sínteses comparativas, das diversidades impositivas. A razão regra geral determina-se por condicionamentos impostos não absolutamente racionais.

O que significa como cura à tradição freudiana, explico com clareza, a pedagogia educacional, em que o indivíduo não tem nenhum eixo como verdade, na acepção do caráter absolutista.

A relativização dos procedimentos culturais diversos, o ser é sua própria consciência confusa, obtusa como se fosse verdadeiro o seu entendimento.

De fato para explicação de qualquer sintoma, sobretudo em referência ao mundo simbólico dos conflitos culturais, axiologia que possa compreender o real epistemologicamente como fator determinante.

Sabendo que nada é objetivamente do ponto de vista da cultura ao que se refere especificamente ao mundo da censura, a realidade como valor absoluto é apenas um acidente simbólico e, como tal, ideológico.

Assumir o aspecto do fundamento enganoso como fosse verdade absoluta, a pessoa entra em conflito com outras acepções da cultura e, poderá com efeito, desencadear problemas sérios psicológicos do ponto de vista da não verdade ou de sua relativização propositiva.

A solução para uma mente sadia é apenas o desenvolvimento de uma análise comparativa, em direção à verdade, proposição de Bachelard, porém não da objetividade em si porque tal morfologia de certo modo não existe.

A forma do desenvolvimento da reflexão evita o conflito psicológico na pessoa, não permite que a mesma construa um caráter absolutista, que levaria necessariamente a contradições como os mesmos fatores insignificantes da realidade imaginada.

No entanto, Freud nunca pensou nessa perspectiva, aliás, a mesma retira todo mérito da Psicanálise e devolve a Filosofia. Procurou desenvolver uma teoria dando responsabilidade ao ego.

Como fator fundamental na solução dos conflitos, método bastante criticado por desconhecer outras regiões do próprio cérebro, diversidades de funções na elaboração de pensamentos opostos e modelos de procedimentos codificados no cérebro em forma de memória.

A grande crítica formulada por Sartre, particularmente interessante, o aspecto principal, devo dizer o que referiu o mesmo, vamos por parte às codificações da análise.

Primeiro o ego não é tão consciente. A outra proposição é que se deve levar em consideração, diz Sartre. Como assumir e superar os desejos inconscientes se o ego é produto do mesmo mecanismo, a consciência tem em si aquilo que se denomina inconsciente.

Com efeito, o referido não é consciente das ideias e dos desejos inconscientes. Como poderiam saber quais são as ideias ou desejos que devem ser suprimidos para o bem do paciente? Nesse sentido a Psicanálise seria uma espécie de engodo.

Mesmo assim apesar de todas essas considerações filosóficas, certa metodologia procurou dar valoração aos princípios teóricos de Freud, favorecendo no fundamento da Psicanálise como Ciência.

Desenvolvendo-se a seguinte argumentação, assim como Copérnico demonstrou que a terra não é o centro do universo, não sabemos se o universo tem algum centro, sobretudo, com a Astrofísica contemporânea.

Tudo indica que não, mas na Psicanálise alguns aspectos referenciais teriam de ser considerados no entendimento de memórias cofatorizadas.

Do mesmo modo Darwin, o homem não é o mestre do reino animal, a natureza não teve nenhuma preferência na evolução. Poderia ter acontecido ou não. O surgimento do homo sapiens foi obra do acaso no mecanismo da evolução. Qual o significado de tudo isso?

Cada homem em específico, é resultado apenas químico. Se o homem não tivesse desenvolvido a linguagem não sofreria de nenhum mal psicológico, motivo pelo qual a questão é cultural, sendo que deve ser relativizada pelas diversas ideologias, a recusa das influências determinantes.

Mesmo assim Freud defende a mente consciente ou a inconsciência. Todas as proposições servem então para desenvolver as reflexões no entendimento das complexidades das análises. Nesses aspectos os pensadores são fundamentais.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/06/2014
Reeditado em 22/07/2014
Código do texto: T4851465
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