PALAVRÕES CONTRA A DILMA: O PT AGRADECE.
"Vigie seus pensamentos, eles tornam-se palavras.
Vigie suas palavras, elas tornam-se ações.
Vigie suas ações, elas tornam-se hábitos.
Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter.
Vigie seu caráter, ele se torna seu destino."
Frank Outlaw (Frank Jackson, Texas, 1856/1930, poeta, cowboy e fora-da-lei, dai seu nome "outlaw"; sabia por experiência o que estava dizendo.)
Digo o que penso a respeito dos palavrões contra a nossa presidenta.
Coisa de gente má educada, ignorante, preconceituosa, grosseira e estúpida.
Quem, em sadia consciência, entregará o poder a quem se comporta dessa maneira?
Se são assim violentos e grosseiros contra uma presidente da república, eleita legitimamente pelo voto, como pensará o pequeno cidadão o modo que será tratado "se" essas pessoas toscas e sórdidas forem eleitas?
Quem age e concorda com essa falta de educação, quer o medo e a violência (moral e física) de volta.
Xingamento, contra uma mulher, mãe e avó, foi um tremendo tiro no pé.
Perde quem aposta nisso.
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Antes que alguém comente que é errado dizer "presidenta", remeto essa pessoa a ler "O vermelho e o negro", romance psicótico do escritor francês Stendhal, (Marie-Henri Beyle), escrito em 1.830.
Na tradução para o português, feita muito antes do famigerado "português para concursos" e do PT existir, a respeitada tradutora Raquel Prado (1891/1943), trata sempre como: "presidenta". O exemplar a ser consultado é edição da Abril Cultural, "Imortais da Literatura", de 1979.
A língua de um país, como uma sociedade também, não pode ser engessada em regras excessivamente rígidas. A língua, como um povo, é coisa viva, que vai tomando forma e destino por motivos próprios.
E antes de xingar a presidenta, leia o livro.
Ele instiga-nos a refletir sobre o real valor da pessoa (indivíduo), nas complexas relações sociais de diferenças de classe e poder.
Vermelho e Negro, refere-se a religião e o Estado.
Vermelho do fardamento do exército francês da época e o negro da batina dos padres.
A história, (inspirada em um fato verdadeiro), se passa na França no período da reconstrução do Estado e restauração da sociedade, num país desigual e devastado pelas guerras napoleônicas.
Julien Sorel, personagem principal, é uma pessoa pobre que vive no mundo dos ricos e poderosos, a burguesia provinciana e a aristocracia fútil e cruel.
Se você discorda do termo "burguesia provinciana" e "aristocracia fútil e cruel", antes de dar a sua opinião leia "O homem que ri", de Victor Hugo. Ou assista aos filmes, com o mesmo nome do livro, conheço dois, um de 1928 do diretor Paul Levi e outro de 2012 de Jean-Pierre Améris. Ajuda a meditar sobre alguns paradigmas.
Tanto no "O vermelho e o Negro", quanto ao "O homem que ri", qualquer semelhança não será mera coincidência.
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Se você concorda com os xingamentos, é porque está na hora de analisar a sua vida e descobrir porque o ódio agora habita sua alma e a sua alegria foi-se embora.
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Um abraço e obrigado pela leitura.
junho - 2014
Samuel Sajob