Como Entender o Pensamento de Nietzsche Vontade de Poder.
Vontade e Poder em Nietzsche.
Como entender a principal obra de Nietzsche Vontade e Poder, é um erro epistemológico atribuir ao livro, como se fosse à fundamentação do movimento nazista, por ser escrito, em tempos históricos diferenciados, momentos culturais distintos, ideologias não condizentes.
Nietzsche de certo modo era crítico a ideologia capitalista da mesma forma ao socialismo, pensava que a religião particularmente o cristianismo era um mal para o desenvolvimento da sociedade política e da vida moral e ética da sociedade.
O seu ateísmo fundamentava na visão ética da sociedade e na necessidade de uma revolução cultural. A função da Filosofia para mudança da sociedade em direção a um modelo libertador das formas de alienação.
Em Vontade e Poder, Nietzsche coloca com veemência a maioria das suas teses epistemológicas no uso da Filosofia para analisar a sociedade cultural e suas formas de escravização do espírito humano, como libertar o mesmo das instituições políticas.
O poder institucional da forma que estava constituído era um grande mal responsável pela pobreza do espírito do homem, a formulação da moral invertida. O roubo apenas a não institucionalização da ética.
Após a análise da Filosofia, da História e, da política, compreende as formas de produções culturais, sobretudo, pelo mecanismo religioso, particularmente o cristianismo, Nietzsche chega a seguinte conclusão: indispensável à mudança a transformação dos valores culturais e morais.
Qual o caminho da sua epistemologia, na superação da moral tradicional, ainda de certo modo herança da sociedade feudal fundamentada em poderes espirituais, metafisicamente.
O cristianismo foi eleito como instituição do mal, desse modo a principal tarefa seria a superação da fé em proposição a defesa do novo homem, cujo espírito não poderia ser enfraquecido por ideologias subjulgadas ao ideário de domínio político, a fé servia como justificativa do poder de classe social, desenvolvendo a consciência de massa como subproduto da racionalidade.
A nova mentalidade não seria possível dentro das estruturas religiosas da época, para tal escreveu seu grande livro: O Anti Cristo, um combate a Filosofia de Platão, a teoria da reminiscência que foi usada posteriormente, parcial, em benefício cristianismo.
Como também a teoria reencarnacionista formas de justificação da moral do domínio dos donos do poder político e econômico, desenvolvendo o fundamento da ideologia dos fracassados.
Nesse aspecto defendia Nietzsche, é necessário substituir a moral dos fracos pela moral dos fortes, sendo que em nenhum momento imaginou a moral dos fortes como forma de domínio político.
Nietzsche sempre fora cético em relação aos dois principais modelos ideológicos da sociedade, não acreditava em nenhum deles: motivo pelo qual desenvolveu sua epistemologia em direção à defesa de revolução cultural na superação do cristianismo como grande mal a civilização, pelo fato de criar o espírito fraco e fazer o mesmo impregnar nas memórias coletivas dos homens simples a dominação.
Nesse aspecto pensava o cristianismo como também o platonismo movimentos culturais aliados e diabólicos, contrários à reforma da moral.
Defender a moral dos fortes, não significa defender a moral da burguesia, muito menos tentar destruir a moral dos fracos no sentido meramente ideológico, ser contra os pobres.
Suficientemente inteligente para saber os motivos das duas morais, quais eram os instrumentos políticos da fraqueza, e porque a moral ética estava fundamentada na moral dos fracos, a ressurreição da alma só seria possível se o pobre assumisse a ideologia dos escravos.
Quebrar essa lógica significava do ponto de vista prático a alma e ir para inverno, do mesmo modo cessar o ciclo da reencarnação, sendo justificável afirmando a moral doente da psicologia humana do mundo escravo.
Nietzsche não desejava reproduzir o pessimismo de Schopenhauer, como por outro lado, a dialética de Hegel como se a História tivesse finalidade dentro das tradições normais na sua evolução, sabia que era uma ilusão hegeliana, a serviço da moral dos escravos, muito menos o materialismo marxista, a igualdade dos escravos pela superação da metafísica, do mesmo modo aceitação do liberalismo responsável pela produção da moral dos referidos. Nietzsche era demasiadamente crítico.
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Sua proposta era criar uma energia conquistadora que superasse atual condição humana, mas sem o mecanismo das ideologias políticas, o que foi de certo modo um erro de Nietzsche, mas o que é de importante na sua Filosofia epistemológica, o fato de saber que com a mentalidade comum não superaria a lógica do mundo moral escravo, devido ser a realidade da vida, muito dura, a ausência de deus, a falta de significação para existência, a vida não tendo nenhum propósito, a não serem aqueles criados pelos homens como ideologia metafísica.
Com efeito, para viver o novo ideal na superação da moral tradicional, teria que desenvolver um novo modelo cultural, cuja natureza não se fundamentava em deus e a existência não teria fundamento lógico, portanto, o homem de mentalidade escrava, não poderia ter condições de sair das suas doenças psicológicas culturais a não ser na superação do cristianismo e das ideologias da ressurreição ou da ética da reencarnação que serve exatamente a moral do domínio ao mundo dos escravos.
O super homem nada mais seria, que a criação de uma ideologia da estruturação psicológica que suportasse o niilismo da existencialidade e, que o entendimento do mundo não fosse o resultado de uma compreensão do fracasso como justificativa da própria felicidade por viver a inversão da verdade.
Autor: Edjar Dias de Vasconcelos...