PROBLEMAS DE FALA, ESCRITA E LEITURA.
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CURSO: LETRAS
ARTIGO CIENTÍFICO
PROBLEMAS DE FALA, ESCRITA E LEITURA.
Karine de Sousa Barbosa*
RESUMO: Este estudo tem como objetivo fazer uma breve explanação sobre alguns problemas que afetam a linguagem no âmbito da fala, da escrita e da leitura. É fundamentado em autores como FERREIRO (2001); JOSÉ, COELHO (1993) e ZORZI (2003). Estrutura-se da seguinte maneira: inicialmente se faz uma breve introdução; conceitua-se fala, escrita e leitura; em seguida se apresenta os distúrbios; encerrando-se com algumas considerações.
PALAVRAS-CHAVE: Dislalia. Gagueira. Disgrafia. Disortografia. Dislexia.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho visa uma maior compreensão dos problemas que afetam a fala, a leitura e a escrita de muitos alunos. Sabe-se que tais distúrbios fazem parte do cotidiano de muitas instituições educacionais, que muitas vezes não conhecem o suficiente sobre o assunto e, por isso, é preciso estudá-lo.
Por conseguinte, serão apresentadas algumas características, possíveis causas e formas de tratamento ou amenização dos problemas de linguagem. Dentre os quais, são os mais comuns: a dislalia, a disartria, a gagueira, a dislexia, a disgrafia e a disortografia; afetando a fala, a leitura e a escrita.
É visível a importância desse artigo não só para estudantes e profissionais do curso de letras, mas sim de todos aqueles relacionados à educação, principalmente professores, já que estão em contato com crianças que possam apresentar tais problemas.
2. PROBLEMAS DE FALA
2.1 CONCEITO DE FALA
Basicamente, a fala pode ser considerada como a manifestação verbal da língua. Ela é concreta, real, individual e assistemática, não seguindo uma regularidade determinada; é variável, externa e social. Ao contrário da língua, que é mais sistemática e subjacente. Zorzi (2003, p. 10 e 11) destaca:
Aprender a falar faz parte de nossa herança biológica, hereditária. Podemos afirmar que o homem, independentemente de raça, cultura, sexo, cor, condições sociais, econômicas ou geográficas, nasce para falar. Não se tem notícias a respeito de sociedades ou grupos humanos que dominem alguma forma de linguagem oral. A capacidade de desenvolver linguagem oral é uma característica universal da humanidade, desde tempos muito remotos, resultado da evolução do homem ao longo dos tempos e que o diferencia de outras espécies. [...] Podemos ir um pouco mais além e afirmar que, para aprender a linguagem oral, basta a criança conviver com os falantes da língua. Não fazemos programas de ensino para que os bebês aprendam a falar. O dia-a-dia dos bebês em suas casas, sendo cuidados por seus pais e outras pessoas, propicia condições naturais e espontâneas para que muitos deles, já por volta de seu primeiro aniversário, comecem a usar as primeiras palavras. E espera-se que assim seja, isto é, há uma expectativa de que entre um e dois anos as crianças iniciem a falar. Ausência de linguagem após esse período ou uma evolução muito lenta pode estar indicando problemas, por não ser essa a tendência natural do desenvolvimento infantil.
Além de comentar um pouco sobre o aprendizado da fala, Zorzi chama a atenção para o cuidado com o tempo aproximado de início da oralidade das crianças, que se distanciando muito desse período (entre um e dois anos) pode ser uma indicação de possíveis problemas de fala; ou não, já que vai depender de cada caso. Assim, julga-se necessário uma explanação sobre alguns desses distúrbios.
2.2 DISLALIA
A Dislalia é um dos distúrbios da fala, um problema articulatório que consiste na omissão; substituição; transposição; acréscimo; ou deformação de fonemas. Vejam-se alguns exemplos desses casos respectivamente: omei (tomei); boneta (boneca); mánica (máquina); atelântico (atlântico); nesse, deixa-se a língua entre os dentes ao pronunciar os fonemas [s] e [z], em palavras como sol, peça, azedo, asa, exame. Ela consiste na má pronúncia das palavras.
A origem da dislalia pode ser orgânica, resultante de malformações, alterações ou traumatismos no aparelho fonador: língua, lábios, palato; funcional, está ligada a fatores hereditários, alterações emocionais e ao meio; e auditiva, devido a perda auditiva leve ou moderada, o que dificulta o aprendizado das palavra. Segundo José, Coelho (1993, p. 47 e 48), que é uma abordagem mais psicológica, a dislalia:
Trata de falhas na articulação, cuja origem pode ser orgânica (defeitos na arcada dentária, lábio leporino, freio da língua curto, língua de tamanho acima do normal) ou funcional (a criança não sabe mudar a posição da língua e dos lábios). [...] a dislalia que não tem causa orgânica – a dislalia funcional – é frequente em filhos caçulas. Por terem uma posição importante na família e por não necessitarem de muito esforço para serem compreendidas, os caçulas em geral tendem a conservar as formas de articulação infantis. Quando entram em contato com outras crianças, no ambiente escolar por exemplo, começam a ser criticados provavelmente ficarão traumatizados por isso. A dislalia funcional pode acontecer também com filhos de estrangeiros que em casa usam a língua de origem, o que obriga a criança a ter ao mesmo tempo dois sistemas diferentes de articulação.
O tratamento da dislalia, de modo geral, assim como a maioria dos problemas de linguagem, deve contar com apoio profissional de fonoaudiólogos e psicólogos, por meio da realização de exames dos órgãos fonadores, exercícios articulatórios, fonéticos e do apoio emocional. Além da significativa contribuição dos pais e professores, buscando sempre ajudar essas crianças e adotando a postura correta frente a esses problemas.
2.3 GAGUEIRA
De modo geral, a gagueira é um distúrbio de ritmo que afeta a fala. São considerados distúrbios de ritmo, a fala produzida com repetições de sílabas, palavras, prolongamento de sons, bloqueios etc. Ela é uma das principais disfluências, também conhecida como tartamudez, cujos casos mais frequentes costumam ocorrer por volta dos três e quatro anos, ou dos sete anos, ou ainda na puberdade. Vale lembrar que, como a maioria dos problemas de linguagem, ela atinge mais o sexo masculino que o feminino. Em conformidade com assunto, José, Coelho (1993, p. 53) comenta:
A gagueira consiste num distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. Faz-se acompanhar frequentemente por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. A repetição de sílabas de palavras – “ma, mamãe, mamãe” – costuma acontecer na época do início da fala. Sentindo dificuldade para achar o que vai ser dito, as crianças, principalmente quando excitadas, acabam repetindo palavras até encontrar uma saída. Mas essa característica desaparece à medida que sua linguagem evolui e elas se acostumam à verbalização. [...] A gagueira é patológica quando se observam emissões do tipo “m – m – mãe, ma – ma – mãe”, em que há repetição, prolongamento ou interrupção dos sons que iniciam a palavra.
São atribuídas diversas causas: orgânicas, funcionais, neurológicas e psicológicas, para a gagueira. No primeiro caso, semelhantemente à dislalia, acredita-se que ela é causada por alterações locais no aparelho fonador. No segundo, por fatores situacionais, pressão social etc. Já na base neurológica, seria proveniente de doenças infecciosas ou acidentes traumáticos; e por fim, a Psicologia considera que ela advém de algum distúrbio emocional ou conflitos de ordem progressiva.
Deve-se tratar a criança gaga com exercícios que ajudem a articular melhor as sílabas e as palavras, a fim de que melhore sua fluência; também com a contribuição da Psicologia no relacionamento emocional, visto que essas crianças na maioria das vezes são sensíveis, inseguras e tímidas, pois sofrem preconceito na escola e até mesmo na família. Daí a importância de pais e professores agirem em conjunto, para que tentem propiciar um ambiente adequado e acolhedor ao gago, passando-lhe a ideia de confiabilidade e respeito, a fim de que ele se expresse com mais espontaneidade.
3. PROBLEMAS DE ESCRITA
3.1 DEFINIÇÃO DE ESCRITA
A escrita pode ser entendida como um processo de codificação de sinais, com objetivo e destinatário determinados, levando-se em consideração o gênero textual e apresentando clareza e concisão em seu sentido. Conforme Ferreiro (2001, p.43):
A escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade. Como objeto cultural, a escrita cumpre diversas funções sociais e tem meios concretos de existência (especialmente nas concentrações urbanas). O escrito aparece, para a criança, como objeto com propriedades específicas e como suporte de ações e intercâmbios sociais. Existem inúmeras amostras de inscrições nos mais variados contextos (letreiros, embalagens, tevê, periódicos, etc.). Os adultos fazem anotações, leem cartas, comentam os periódicos, procuram um número de telefone, etc. Isto é, produzem e interpretam a escrita nos mais variados contextos. É evidente que, por si só, a presença isolada do objeto e das ações sociais pertinentes não transmitem conhecimento, mas ambas exercem uma influência, criando as condições dentro das quais isto é possível.
Sobre a aprendizagem da escrita, Zorzi (2003, p. 10 e 11) acrescenta:
Se por um lado, podemos afirmar que todos nós já nascemos com uma programação hereditária que nos permite adquirir a língua do meio em que vivemos num período significativamente curto de tempo, o mesmo não ocorre em relação à linguagem escrita. A aprendizagem da língua escrita não é uma herança biológica, mas sim cultural. Existem sociedades que escrevem, e outras que não escrevem, embora todas tenham a língua oral. Isto quer dizer que a língua escrita é uma criação social, relativamente recente se pensarmos em termos da evolução humana. Diferentemente da transmissão hereditária, que é o caso da linguagem oral, a escrita é um produto da cultura que só se transite pelo ensino, ou seja, em geral por meio de uma intervenção social planejada para tal fim.
Pode-se perceber que as concepções de escrita são semelhantes para esses autores, pois ambos apontam-na como produto cultural da atual sociedade dita letrada. Mostram ainda o quanto a escrita se faz presente no cotidiano das pessoas, principalmente na realidade moderna, onde as crianças já são, desde cedo, expostas a ela por meio do contato que o adulto mantém com a mesma.
Em continuidade, Zorzi (2003, p.111) novamente observa:
O aprendizado da escrita implica a compreensão mais aprofundada de um conjunto de propriedades estruturais e funcionais da linguagem. Além de a escrita envolver um conhecimento mais abstrato e conceitual do que é linguagem, ela implica dominar também aquelas características que são próprias do sistema de representação gráfica, como, por exemplo, a questão da pontuação, as regras ortográficas, assim como os estilos típicos de se construírem narrativas escritas, em oposição aos estilos próprios da oralidade. Adquirir o domínio da escrita não significa, simplesmente, aprender uma forma de comunicar-se a distância, transformando fala em grafia, mas sim ter acesso a uma maneira nova de estruturar o pensamento, via elementos linguísticos de nova espécie.
Diante disso, passa-se a compreender a escrita como processo, justificando certas dificuldades que a maioria das crianças demonstram no decorrer do aprendizado. Pois ainda que algumas dessas tenham determinado contato com a escrita desde sempre, isso não é suficiente para que haja uma boa aquisição da língua escrita, é necessário conhecê-la e usá-la mais apropriadamente. São nessas situações de apropriação, que se podem detectar alguns distúrbios de escrita. Aqui, serão expostos os mais comuns: a Disgrafia e a Disortografia.
3.2 DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA
A Disgrafia é um distúrbio que atinge a escrita, caracterizada por letra ilegível ou deformada; desrespeito às margens do papel; espaçamento irregular entre letras, sílabas e palavras, etc. Está relacionada a problemas perceptivo-motores, visto que a criança não consegue reproduzir de forma escrita o estímulo visual que recebe. José, Coelho (1993, p.95) complementa, consoante a disgrafia:
É a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A criança disgráfica não é portadora de defeito visual nem motor, e tampouco de qualquer comprometimento intelectual ou neurológico. No entanto, ela não consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual. Existem vários níveis de disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lápis ou de traçar uma linha, até a apresentada por crianças que são capazes de fazer desenhos simples mas não de copiar figuras ou palavras mais complexas. As crianças disgráficas mais velhas conseguem reproduzir legivelmente uma palavra, mas distorcem a sequência dos movimentos quando escrevem.
Já a Disortografia está mais ligada à questão de discriminação auditiva, a criança apresenta grande dificuldade em escrever aquilo que ouve. Logo, manifesta-se por troca, junção, omissão ou separação inadequada de letras ou sílabas, além de falta de percepção aos sinais de pontuação e acentuação gráfica, e de paragrafação. José, Coelho (1993, p.96) que “Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. Essa dificuldade não implica a diminuição da qualidade do traçado das letras”.
Dando continuidade, quanto às possíveis causas desses distúrbios, não há nada bem definido ou preciso. Todavia, em relação às formas de amenizar ou tratar crianças afetadas, o papel dos pais é muito importante, como Da Silva (1989, p.42) diz “... cabendo ao adulto mais a tarefa de proporcionar situações, estímulos e instrumentos para que a expressão se realize e fortifique”.
E também o auxílio do professor, que de acordo com Ferreiro (2001, p.61) “Para ser eficaz, terá que adaptar seu ponto de vista ao da criança. Tarefa nada fácil, já que poderia parecer impossível reconstruir introspectivamente o estado de analfabetismo pelo qual todos já passamos”.
Portanto, mais uma vez se observa que pais e professores devem agir de maneira conjunta quanto aos problemas de linguagem de modo geral. Sendo que antes de ajudar as crianças mais diretamente, devem buscar compreendê-las. Lembrando que também é necessária a orientação de especialistas.
4. PROBLEMAS DE LEITURA
4.1 CONCEPÇÃO DE LEITURA
Assim como a escrita, a leitura também é considerada um processo. Este segue a sequencia de decodificação, interpretação, compreensão e produção de sentidos; envolve autor, texto e leitor. Sendo que, para a sua realização, são necessários conhecimentos linguísticos, enciclopédicos e textuais.
Sobre isso, Scholze, Rosing (2007, p.87) afirmam:
A criança, ao entrar na escola, possui um conhecimento elementar sobre o mundo que a rodeia: “A aprendizagem da criança começa muito antes da aprendizagem escolar”. Assim, o conhecimento prévio dos alunos deverá ser acionado em sala de aula, pois é com base nesse conhecimento que na escola fará sentido e contribuirá para o seu crescimento social e intelectual. Compreende-se então, o letramento como uso efetivo da escrita e da leitura no contexto social, oportunizando a assimilação dos diferentes usos da língua por meio das práticas sociais produzidas pelos grupos na sociedade.
E quanto à leitura, Scholze, Rosing (2007, p.9) ainda acrescentam:
Ler e escrever não são apenas habilidades estabelecidas em torno da decodificação; muito mais do que isso, saber ler e escrever significa apropriar-se das diversas competências relacionadas à cultura orientada pela palavra escrita, para, dessa forma, atuar nessa cultura e, em decorrência, na sociedade como um todo.
Em vista de tais argumentos, pode-se depreender que muitos não compreendem a leitura dessa maneira, consideram somente o seu plano de decodificação. O que possivelmente justifica o fato de muitos adolescentes e adultos possuírem tantas dificuldades de leitura. Posteriormente, é apresentado um problema de linguagem, que interfere na atividade leitora: a dislexia.
4.2 DISLEXIA
A Dislexia é um distúrbio de linguagem, que atinge a capacidade leitora de muitas de crianças. Consiste em dificuldades de processar informações escritas no cérebro; geralmente crianças disléxicas apresentam memória fraca e não associam bem o som à letra. A esse respeito, Airmad (1998, p.142) esclarece:
As principais dificuldades que prejudicam a aprendizagem da leitura por crianças disléxicas são bastante conhecidas: - dificuldades para captar as formas gráficas das letras. Elas confundem formas parecidas, como n, m, e sobretudo as formas espelhadas, ou seja, orientadas de forma oposta como d-b, p-q, u-n; - dificuldades para estabelecer o vínculo entre a forma auditiva e a forma gráfica; a confusão afeta principalmente os fonemas sensíveis: s-z, ch-j, i-v, assim como c-g, d-t, etc.; - dificuldades para compreender a ordem de sucessão das letras, tanto na sílaba quanto nas estruturas complexas, como cr, tr, bl, ou ein-ien, ain, ian, etc.; - omissão de letras ou sílabas, especialmente as finais que fazem lembrar as omissões da palavra oral.
No que se refere às causas da dislexia, elas não são bem definidas, podem ser muitas: neurológicas ou relacionadas á vida da criança, etc. Em relação a estas últimas, Bettelheim, Zelan (1987, p.46) sugerem que:
As influências da vida pregressa familiar que interferem na capacidade de aprender a ler, por parte da criança, podem ser de uma variedade imensa. Muitas vezes, uma atitude negativa da criança para com a leitura é consequência do desinteresse dos pais em assuntos intelectuais, inclusive uma aversão subconsciente a esses assuntos, a que a criança responde sem conhecer bem o que se passa. A recusa de se alfabetizar pode também se ligar a causas bem opostas: uma demasiada pressão, em casa, para que a criança se saia bem na escola pode induzi-la a se recusar a aprender, seja por ressentimento por causa da pressão que torna a vida insuportável para a criança, seja porque a criança acha que não vale a pena esforça-se, porque ela nunca será capaz de corresponder às expectativas dos pais.
O mais importante é que a família e a escola se informem quanto ao assunto, a fim de que possam amenizar ao máximo tal problema. Portanto, é válido lembrar que a postura do professor, é de extrema importância, tendo o cuidado para que a sala de aula não se torne um ambiente de preconceito, mas sim de respeito e, principalmente, de aprendizagem. Ainda conforme Bettelheim, Zelan (1987, p.46):
Caso um professor perceber erros na leitura devido à incapacidade de decodificar, fato que pode muito bem ocorrer, isto provavelmente também aumentará a já negativa atitude da criança para com a leitura. Caso um professor, pelo contrário, encarar o erro que a criança faz como algo significativo – como manifestando um pensamento subjacente, ou sentimento não manifesto importante para criança – então a atitude desse professor agradará à criança, mesmo que a reação para com a leitura dessa criança tenha sido basicamente negativa.
Logo, ressalta-se mais uma vez que a interação pais, professores e profissionais da área, fonoaudiólogos ou psicólogos, são indispensáveis à crianças não só disléxicas, mas à todas aquelas que possuem algum problema de linguagem.
5. METODOLOGIA
O estudo realizado na elaboração desse artigo é de cunho bibliográfico, onde foram utilizadas obras como FERREIRO (2001); JOSÉ, COELHO (1993) e ZORZI (2003), entre outras.
A abordagem do assunto foi apenas qualitativa, onde foram expostos dados sociais como as características, as possíveis causas e tratamento de alguns problemas de linguagem. Quanto à natureza, é uma pesquisa básica, já que não possui nenhuma utilização prévia. Sendo também explicativa e descritiva, conforme o objetivo.
Os instrumentos utilizados foram recursos financeiros para xérox e impressões; internet; papel; canetas e livros.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento deste trabalho, pode-se compreender melhor sobre as características, as possíveis causas e algumas formas de tratamento ou amenização de alguns problemas de linguagem.
Destes foram apresentados, respectivamente, os seguintes: a dislalia e a gagueira, no âmbito da fala; a disfrafia e a disortografia, no campo da escrita; e a dislexia, quanto à leitura. Com a exposição desses distúrbios, pode perceber que eles estão bem presentes no cotidiano escolar.
Assim, esse trabalho se julga de grande importância para todos aqueles que de alguma maneira fazem parte da área da educação, principalmente professores. Já que, certamente, eles lidarão com crianças que possivelmente possuam tais problemas.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AIMARD, Paule. O Surgimento da Linguagem na Criança. Porto Alegre: Artmed, 1998.
BETTELHEIM, Bruno; ZELAN, Karen. Psicanálise da Alfabetização: um estudo psicanalítico do ato de ler e aprender. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e Distúrbios da Linguagem Escrita: Questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 5. ed. São Paulo: Ática, 1993.
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
DA SILVA, Walburga Arns. Cala-boca não morreu: A Linguagem na Pré-Escola. Petrópolis: Vozes, 1989.
SCHOLZE, Lia; RÖSING, Tania M. K. Teoria e práticas de letramento. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007.