Roma Antiga

O IMPÉRIO ROMANO

Roma foi um dos maiores impérios da antiguidade e ficava na região do Lácio. Parte central da Itália. Diz a lenda que diz que os irmãos, Rômulo e Remo, foram alimentados por uma loba e fundaram Roma, em 753 a.C. Para os historiadores foi por volta do ano 1000 a.C. A sociedade romana era formada pelos patrícios (nobreza), plebeus (artesãos, comerciantes e pequenos proprietários) e escravos. A economia era agrária. A religião era politeísta e seus deuses equivalem aos deuses gregos. Tem mais, o legado cultural mais importante foi o alfabeto latino, que originou as várias línguas e o direito romano, a construção de estradas e obras públicas, tais como pontes, represas e aquedutos. Ao contrário de Atenas, a democracia romana permitia que pobres e libertos votassem. Com a criação da Lei das Doze Tábuas, os cidadãos passaram a ter seus direitos respeitados. Antes, as leis eram orais e manipuladas pelos patrícios.

A República (509 a.C.) romana era aristocrática, isto o governo era formado por um número reduzido de patrícios. O senado, o órgão supremo de governo. Ante a luta dos plebeus pelos seus direitos políticos, foi criada a magistratura plebeia: o Tribunato da plebe. Assim, a partir de 510 a.C., Roma se dedicou à conquista da península Itálica. É o momento da expansão imperial. No ano de 624 a.C., por causa da Sicília, Roma entrou em conflito com Cartago e deu início às Guerras Púnicas, que terminou com a vitória de Roma, que conquistou, ainda, a Macedônia, Grécia, Ásia Menor, Egito, Cirenaica (Líbia), a península Ibérica, Gália (França), Germânia (Alemanha), Ilíria (Albânia), Trácia, Síria e Palestina. Nesse período surgiu os homens novos, que eram de origem plebeia. Eram chamados também de cavaleiros. Com as conquistas, Roma passou a ser mercantil, luxuosa e urbana. Assim, o exército se tornou uma instituição poderosa. E os imperadores romanos vão utilizá-lo para se manter no poder. De outro lado, o escravismo tornou-se o modo de produção dominante. Mais, o projeto de reforma agrária, dos irmãos Tibério e Caio Graco – tribunos da plebe – em favor do povo mais as lutas entre patrícios e plebeus enfraqueceram o Senado.

O TRIUNVIRATO E FIM DO IMPÉRIO

Assim, 60 a.C., tem início o Primeiro Triunvirato, que foi formado por Crasso, Pompeu e Júlio César. Contudo, no ano de 46 a.C., Júlio César pôs fim à República e tornou-se ditador. Dois anos depois foi assassinado. Em 40 a.C., Emílio Lépido, Marco Antônio e Otávio formaram o Segundo Triunvirato. Por causa de disputas internas, os domínios de Roma são divididos. Marco Antônio fica com o Oriente, Lépido com a África e Otávio com o Ocidente. Contudo, em 27 a.C., Otávio recebeu do Senado o título de Augusto (filho divino) e tem início o Império. Otávio Augusto procurou fortalecer mais seu poder e tinha de um exército de 300 mil homens. Depois de sua morte, Roma foi governada por várias dinastias. Como se sabe, no século 3 ocorreram inúmeras revoltas. As mais conhecidas são as de Espártaco e Eunus, que não obtiveram sucesso porque não tinham um projeto político claro. Eles queriam apenas a liberdade!

Por fim, na dinastia dos severos, deu-se a decadência de Roma aliada a fragilidade da economia, a desigualdade social, a corrupção do sistema e a politização do exército, que abalaram o Império. Com o fim da expansão territorial, o número de escravos diminuiu a ponto de afetar a produção agrícola e o comércio. Essa situação levou ao aumento da inflação. A crise se acentua, ainda mais, com o cristianismo e a redução do efetivo militar que facilitou a penetração dos bárbaros. Por causa das crises, problemas internos e a morte do imperador Teodósio, o Império foi dividido entre seus dois filhos: O Império Romano do Ocidente coube a Arcádio e o Império Romano do Oriente ficou com Honório. O Império do Oriente sobreviveu até 1453. O ocidental caiu em 476 ante as invasões dos burgúndios, celtas, godos, hunos, suevos, visigodos e francos e hunos. Vale lembrar, ainda, que Roma conheceu três formas de governo: monarquia, república e império. Em conclusão, historiadores modernos entendem a história de Roma como uma luta pelos direitos sociais e pela cidadania, ou seja, um conflito entre patrícios e demais grupos desprovidos de tais direitos. (Prof. Ricardo Santos)

SAIBA MAIS

A Lei Canuleia autorizou o casamento entre patrícios e plebeus.

Edito – é uma ordem judicial afixada em lugar público. Tem por objetivo cumprir uma lei. Para por fim à perseguição religiosa aos cristãos, diversos imperadores romanos assinaram Editos.

Edito de Milão: decreto promulgado em Milão pelo imperador romano Constantino I o Grande, em 313. Assegurou a paz religiosa no império, com o fim das perseguições à fé cristã.

Edito de Juliano: ordem promulgada pelo imperador romano Juliano em 361 para garantir o direito de culto a todas as religiões. Seu objetivo era recolocar o paganismo como religião oficial do estado.

Edito de Tessalônica: assinado Imperador Teodósio, que era partidário da fé católica, e pelo Edito de 380 a adotou como credo oficial, obrigatório para todos os súditos. Visando pôr fim às disputas teológicas e delimitar a verdadeira doutrina, convocou em 381 o Concílio de Constantinopla.

MARQUE UM X NAS QUESTÕES OBJETIVAS

1. A história de "Spartacus" representa na Roma Antiga, a luta dos:

(A) cartagineses, que não aceitavam o saque e a pilhagem das suas terras pelo exército romano.

(B) camponeses que defendiam a aprovação de uma reforma agrária nas terras conquistadas pelos romanos.

(C) patrícios que reivindicavam a manutenção dos privilégios políticos que tinham no Senado Romano

(D) escravos contra o sistema de opressão estabelecido principalmente a partir da expansão romana.

(E) plebeus que exigiam do Estado cargos públicos e salários justos em troca de fidelidade política.

2.A ampla utilização de mão-de-obra escrava trouxe ao Estado Romano inúmeras rebeliões de cativos, dentre as quais, a mais significativa mobilizou mais de 90 mil escravos, entre os anos de 73 a.C e 71 a.C. Essa rebelião ficou conhecida como Revolta de:

a) Drácon.

b) Cômodo.

c) Spartacus.

d) Severo.

e) Brutus.

3. Considerada a área do conhecimento mais aperfeiçoada pelos romanos na Antiguidade, a área do Direito foi uma de suas maiores contribuições para a cultura da chamada “civilização ocidental”. Após longa e complexa evolução, o Direito atingiu seu apogeu na época do Principado. No entanto, no período monárquico (753 a.C. – 509 a.C.) e no início do período republicano, o Direito Romano era todo oral e baseado nos costumes. Diversos conflitos entre patrícios e plebeus surgiram por causa dessa situação. O Direito Romano passou a ser escrito com:

A - A criação das Leis das XII Tábuas em 450 a. C.

B - A criação da Lei Licínia em 367 a.C.

C - As reformas políticas de Tibério e Caio Graco, em 133 a. C. e 121 a.C.

D - A criação do Principado de Otávio Augusto, a partir de 30 a.C.

E - A criação do Corpus Júris Civilis, de Justiniano.

4.A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças religiosas, os romanos:

A - evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.

B - fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a falta de ética.

C - imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades.

D - desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.

E - tinham, inicialmente, uma religião ética e politeísta, com rituais rígidos.

5.A civilização romana conheceu a seguinte evolução política:

A - Império, Monarquia e República;

B - Monarquia, Império e República;

C - Monarquia, República e Império;

D - Império, República e Monarquia;

E - República, Monarquia e Império.

6.Teodósio estabeleceu que, após a sua morte, ocorrida em 395, o Império, para ser melhor administrado, deveria ser:

A - fracionado em quatro partes, com dois Imperadores e dois Césares;

B - dividido em duas partes: Império do Ocidente e o Império do Oriente;

C - atrelado ao paganismo e direcionar uma operação para destruir as catacumbas;

D - aliado dos árabes para defendê-los contra os hunos que se avizinhavam de Roma e de Meca;

E - dividido em áreas denominadas condados e doadas, em caráter hereditário, a seus sucessores.

7.Seja qual for a cidade, o fato fundamental da sociedade do Império Romano é a convicção de que existe uma distância social intransponível entre os notáveis "bem-nascidos" e seus inferiores (...) As classes superiores procuram diferenciar-se das inferiores através de um estilo de cultura e vida moral cuja mensagem mais vibrante é que não pode ser partilhado pelos outros. (Veyne (org.), p. 230)

A distância social referida no texto relaciona-se à distinção entre:

A - romanos e bárbaros;

B - bárbaros e guerreiros;

C - sacerdotes e guerreiros;

D - cidadãos patrícios e plebeus;

E - tribunos da plebe e sacerdotes.

8.Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:

a) no Império Romano, todos os homens livres - os cidadãos - eram proprietários de terras

b) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria

c) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa oligarquia

d) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras do Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos

e) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império

9.Na antiga Roma eles possuíam enormes quantidades de propriedade de terras, rebanhos e escravos, estamos falando dos:

a) clientes

b) senado

c) plebeus

d) etruscos

e) patrícios.

10. A sociedade romana era formada pelos patrícios (nobreza), plebeus e escravos. A economia era:

A - complementar.

B- agrária.

C- agropecuária.

D- somente as alternativas A e C são corretas.

e-NDA.

11. A principal língua falada dos antigos romanos era o:

a) Português

b) Espanhol

c) Francês

d) Latim

e) Italiano

12. A Reforma Agrária e a concentração de terras no Brasil são temas de grandes debates em nosso país. Ou seja, são temas atuais. Contudo, o problema da terra existiu durante o Império Romano. Em sendo assim, identifique a alternativa correta.

a) Os patrícios, grandes proprietários rurais, formavam a mais poderosa camada social da Roma republicana.

b) O problema da concentração de terras, associado às desigualdades sociais no campo e na cidade, são problemas presentes tanto na Roma antiga como no Brasil contemporâneo.

c) Diferente da realidade de conflitos no campo, que percebemos na historia. Reforma Agrária na Roma antiga foi aprovada pelo Senado romano sem grandes problemas.

d) Os irmãos Caio e Tibério Graco, eleitos tribunos da plebe no final do século II a. C., acabaram assassinados por defenderem leis que buscavam atende encontro aos interesses dos aristocratas romanos.

e) Os plebeus estavam entre os que mais se beneficiariam com a aprovação de um projeto de Reforma Agrária.

13. Na Roma Antiga, a Lei das Doze Tábuas, ampliou os direitos civis e políticos dos:

a-clientes.

b-patrícios.

c-senadores.

d-tribunos da plebe.

e-plebeus.

14. A Roma Antiga teve durante muitos séculos um sistema político conhecido como República, que vigorou entre 510 a.C. e 27 a.C.. Durante a maior parte deste período republicano o poder foi dominado:

(A) pela nobreza e por príncipes etruscos.

(B) pelos tiranos que representavam os interesses dos cônsules.

(C) pela aristocracia dominada por clientes e comerciantes.

(D) pelo Senado, que representava os interesses dos patrícios.

(E) pelos sacerdotes e pela pequena burguesia plebeia.

15. Para responder à questão, leia o trecho a seguir:

...A cidade antiga, como toda sociedade humana, apresentava classes, distinções, desigualdades. Conhecemos em Atenas a distinção inicial entre eupátridas e tetas; em Esparta encontramos a classe dos iguais e a dos inferiores; na Eubéia, a dos cavaleiros e a do povo. (COULANGES, Fustel de. A cidade antiga: estudos sobre o culto, o direito e as instituições da Grécia antiga e de Roma. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 188). Assim como nas distinções relatadas acima, a história de Roma é fértil nos antagonismos entre duas classes sociais. São elas:

(A) a dos eurotas e a dos patrícios.

(B) a dos periecos e a dos plebeus.

(C) a dos clientes e a dos servos.

(D) a dos plebeus e a do proletariado.

(E) a dos patrícios e a dos plebeus.

16. O programa de reformas propostas pelos irmãos Graco no final do século II a.C. em Roma tinha como objetivo central:

(A) promover a ascensão dos plebeus ao poder em Roma.

(B) promover a liberdade de culto no território romano.

(C) efetuar uma reforma agrária.

(D) diminuir o poder dos generais do exército romano.

(E) abolir a escravidão e a servidão em Roma.

17. (Adaptada) Considere as seguintes afirmações referentes à crise do Império Romano:

I – as invasões bárbaras.

II – a aceitação do judaísmo como religião oficial dos romanos.

III- a conquista romana da Grécia.

Estão corretas

a) I, II, III.

b) apenas a III.

c) apenas II e III.

d) apenas I e III.

e) apenas II e III.

18. As guerras de conquista e a expansão do território provocaram grandes transformações sociais e econômicas na Roma Antiga. Essas transformações despertaram lutas sociais e políticas intensas principalmente entre os patrícios e os plebeus. Durante a República Romana, os irmãos Tibério e Caio Graco visaram a atenuar esses conflitos através

(A) do estabelecimento de mecanismos para a derrubada da República e a instauração do Império Romano.

(B) da revogação dos direitos sociais e políticos adquiridos pelos plebeus antes da proclamação da República.

(C) da aprovação de uma lei agrária que limitava a extensão dos latifúndios e autorizava a distribuição de terras para desempregados.

(D) da adoção do trabalho escravo dos prisioneiros de guerra e da criação do salário desemprego para os

plebeus.

(E) do estabelecimento de um processo gradativo de libertação dos escravos e da diminuição dos impostos.

19. A história de "Spartacus" representa na Roma Antiga, a luta dos:

(A) cartagineses, que não aceitavam o saque e a pilhagem das suas terras pelo exército romano.

(B) camponeses que defendiam a aprovação de uma reforma agrária nas terras conquistadas pelos romanos.

(C) patrícios que reivindicavam a manutenção dos privilégios políticos que tinham no Senado Romano

(D) escravos contra o sistema de opressão estabelecido principalmente a partir da expansão romana.

(E) plebeus que exigiam do Estado cargos públicos e salários justos em troca de fidelidade política.

20. No período monárquico, a sociedade romana estava dividida em três classes. Assinale a alternativa que indica corretamente essas classes.

A) Patrícios, Eupátridas e Plebeus.

B) Clientes, Periecos e Metecos.

C) Patrícios, Plebeus e Clientes.

D) Clientes, Plebeus e Hilotas.

E) Esparciatas, Hilotas e Clientes.

21. Roma, durante a República, viveu transformações, depois das conquistas, que alteraram profundamente a sua estrutura social. Um dos efeitos foi a afirmação dos homens novos, também chamados cavaleiros (équites). (Raymundo de Campos. Estudos de História Antiga e Medieval)

Os homens novos poderiam ser definidos como:

a) Representantes dos plebeus no Senado, magistrados surgidos em consequência das revoltas da plebe;

b) Magistrados encarregados de acompanhar o exército romano nas campanhas militares;

c) Agregados de famílias patrícias beneficiados pela realização da reforma agraria em Roma;

d) Camada social composta por indivíduos de origem plebeia, enriquecidos por saques de territórios conquistados, pelo comercio, cobrança de impostos que eles realizavam como arrendatários do Estado romano;

e) Indivíduos, geralmente gregos, que serviam como educadores dos jovens de famílias da aristocracia romana, ensinando gramatica, retorica, musica, aritmética.

22. Quando os irmãos Gracos tentaram seguir os passos de Sólon e Pisístrato era demasiadamente tarde: nessa altura, século II a. C., era necessárias medidas muito mais radicais do que as praticadas em Atenas para salvar a situação dos pobres. (Perry Anderson – Passagem da Antiguidade ao Feudalismo).

Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam: a) limitar a área de latifúndios e distribuir as terras aos escravos.

b) limitar o número de escravos utilizados nos trabalhos domésticos.

c) limitar o poder do Imperador por meio de um plebiscito popular.

d) conceder a cidadania romana a todos os moradores da Península Ibérica.

e) limitar a área de terras públicas ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos pobres.

23*. O Senado Romano era constituído por membros das classes privilegiadas, conhecidos pelo nome de:

(a) Plebeus.

(b) Camponeses.

(c) Patrícios.

(d) Nobres.

(e) Servos.

24. (Adaptada) ''Os animais selvagens espalhados pela Itália têm, cada um, seu buraco, seu antro, seu covil; e aqueles que combatem e morrem pela Itália só têm o ar e a luza: nada mais. Sem casa, sem moradia fixa, perambulam com as suas mulheres e filhos. Os generais mentem quando, nas batalhas, contratam os soldados para combater os inimigos pela defesa dos túmulos e dos templos: dentre tantos romanos, não há um só que possua altar paterno, um túmulo de antepassados. Fazem a guerra e morrem unicamente pelo luxo e a opulência de outrem: nós os chamamos de senhores do mundo, mas eles não possuem sequer um torrão de terra."

Esse discurso defende:

(a) a reforma agrária como caminho para se criar uma sociedade igualitária, verdadeiro objetivo de Tibério Graco, porém ele foi perseguido e preso.

(b) o fortalecimento do exército, que estava enfraquecido devido à derrota romana nas guerras púnicas do século III a.C., contra Cartago.

(c) que o governo romano trate melhor os antepassados, concedendo jazigos aos combatentes do exército, em sinal de respeito a quem morreu por Roma.

(d) a necessidade de divisões das terras, maior riqueza da sociedade romana, mas que se concentrava nas mãos de muitos beneficiários do expansionismo romano.

(e) a interrupção das guerras expansionistas, pois isso colocava em risco a posse de terras pelos soldados, já que ausentes de suas terras acabavam perdendo-as.

25. Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas

mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de

família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra. (Plutarco, Tibério Graco, IX, 4. In: PINSKY, J. 100 Textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar que a Lei da Reforma Agrária na Roma Antiga

a) proposta pelos irmãos Graco, Tibério e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova eleição de

Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos.

b) proposta por Tibério Graco, tinha como verdadeiro objetivo beneficiar os patrícios, ocupantes das terras públicas que

haviam sido conquistadas com a expansão do Império.

c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a única forma de colocar os plebeus numa situação de

igualdade com os patrícios, grandes latifundiários.

d) era vista pelos generais do exército romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras conquistadas

e, por isto, tinham um acordo firmado com Tibério.

e) foi proposta pelos irmãos Graco, que viam na distribuição de terras uma forma de superar a crise provocada pelas

conquistas do período republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida.

27. (Adaptada) Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam:

a) limitar a área de latifúndios e distribuir as terras aos escravos.

b) limitar o número de escravos utilizados nos trabalhos domésticos.

c) limitar o poder do Imperador por meio de um plebiscito popular.

d) conceder a cidadania romana a todos os moradores da Península Ibérica.

e) limitar a área de terras públicas ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos

pobres.

28. “Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas

mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra.”

PLUTARCO DE QUERONÉIA, (50-125). In: PINSKY, Jaime. 100

textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 2003.

O documento está associado à reforma agrária promovida pela(s)

(a) Revolta de Espártaco.

(b) Lei das Doze Tábuas.

(c) Lei Canuléia.

(d) Guerras Púnicas.

(e) Leis dos Irmãos Graco.

(f) I.R.

29. “O projeto de Tibério Graco propôs a obediência rigorosa à lei do agir publicus, pela qual cada pessoa poderia ocupar no máximo 309 acres do solo público. Como as terras dos latifúndios ultrapassavam em muito esse limite, eles seriam obrigados a entregar partes dela ao Estado, para a

distribuição entre os camponeses. A reforma visava multiplicar as pequenas propriedades, reforçando o campesinato, que se conservava fiel à vida austera dos antigos romanos e fornecia os mais devotados soldados às legiões.”

(Mota, M. B e Braick, P. R. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. 1ª Ed. São Paulo: Moderna, 2005 p.84)

Sobre os conflitos sociais em Roma são feitas as seguintes inferências

I. Um dos problemas enfrentados pelos políticos romanos foi a questão da terra associada à grande

desigualdade social que afligia a maior parte da população.

II. Os irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos sucessivamente tribunos da plebe, procuraram solucionar a crise por meio da realização de reformas que atendessem às reivindicações populares.

III. Apesar de em 133 a.C. Tibério Graco ter conseguido a aprovação de uma lei agrária que limitou a extensão dos latifúndios da nobreza, tal lei em nada desagradou os grandes proprietários.

Está(ão)correta(s) a(s) afirmativa(s)

A) I, II

B) I, II, III

C) II, III

D) III

ATENÇÃO! ALGUMAS DAS QUESTÕES ACIMA SÃO DE IMPORTANTES UNIVERSIDADES BRASILEIRAS, ENEM, CADERNO DO ALUNO(*), ETEC E CONCURSOS PÚBLICOS.