A Família Real no Brasil: período joanino
A família real portuguesa chegou ao Brasil em 7 de março de 1808 e permaneceu aqui até 1821. O deslocamento do governo metropolitano é provocado pela conjuntura europeia durante o período napoleônico e influencia o processo de independência do Brasil.
Dom João é o regente do Reino, no lugar de sua mãe, Dona Maria I, quando as tropas francesas invadiram o território português, em novembro de 1807. A invasão é consequência da aliança de Portugal com a Inglaterra e a rejeição portuguesa ao bloqueio continental decretado pelo imperador francês Napoleão Bonaparte contra o comércio com a Inglaterra.
Com o apoio da esquadra britânica, Dom João transferiu o governo e a Corte para o Brasil. É o que chamamos de inversão colonial, ou seja, o Brasil passou a ser a sede do governo português. Chegou à Bahia em janeiro de 1808, instalando-se dois meses depois no Rio de Janeiro. Com isso a vida na Colônia muda substancialmente.
PRIMEIRAS MEDIDAS TOMADAS POR D. JOÃO
Entre as primeiras decisões tomadas por Dom João, estão a abertura dos portos ''às nações amigas'', a fundação do Banco do Brasil e do Jardim Botânico e a permissão para o funcionamento de fábricas e manufaturas. Em 1810, os Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação são assinados e concedem tarifas preferenciais às mercadorias inglesas. Portugal se comprometeu acabar com o tráfico negreiro.
Nos anos seguintes, criou também a Academia Militar e da Marinha, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia. Em 1815, D. João criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Assim, o Brasil deixou de ser colônia e passou a ser um reino. Dessa forma, a monarquia portuguesa foi representada no Congresso de Viena, que reorganizou o mapa político da Europa após a derrota de Napoleão.
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA E A POLÍTICA EXTERNA
Tem mais, em 1816, D. João VI trouxe para o Brasil um grupo de artistas: A Missão Artística Francesa. Um dos artistas era Jean-Baptiste Debret. Seu objetivo era ensinar as mais diversas formas de expressão artística a artistas brasileiros. Na política externa, o imperador ocupou a Guiana Francesa (1809) e anexou parte do Uruguai (1818).
MARQUE UM X NAS QUESTÕES OBJETIVAS
1. Em 1808, após chegar ao Brasil fugindo da invasão francesa, o regente D. João VI decidiu:
a) declarar a libertação dos escravos;
b) anistiar todos os presos das antigas rebeliões nativistas;
c) decretar a abertura dos portos brasileiros às nações amigas;
d) proibir a entrada de produtos ingleses na colônia;
e) iniciar a política da imigração.
2. Dom João é o regente do Reino, quando as tropas francesas invadiram o território português, em novembro de 1807. A invasão é resultante do acordo comercial entre Portugal e Inglaterra. Assim, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental. Na realidade, o bloqueio objetivava isolar uma nação europeia:
(a) Lisboa.
(b) França.
(c) Holanda.
(d) Inglaterra.
(e) NDA.
3. A transferência da corte portuguesa para o Brasil confere à nossa independência política uma característica singular. Enquanto a América espanhola, e antes dela a Anglo-Saxônica, obtiveram a independência em meio a lutas mais ou menos sangrentas, a presença da corte no Brasil favoreceu a uma ruptura colonial sem graves convulsões sociais e, também, sem a fragmentação territorial. Portanto, toda uma sorte de fatores garantiu ao processo de emancipação política brasileiro grande peculiaridade. Dentre estes, é possível destacar
a) a interferência inglesa mostrou-se fundamental para o processo de transição da condição de colônia para nação soberana, visto que, ao atuar como intermediária nas negociações para o reconhecimento da emancipação brasileira, a Grã-Bretanha assegurou condições particularmente favoráveis que permitiriam ao Brasil um acelerado desenvolvimento econômico posterior.
b) a presença do príncipe Regente possibilitou que o movimento emancipatório adquirisse uma conotação de arranjo político, mobilizando diferentes segmentos sociais entorno da questão da independência, aproximando a aristocracia agrária e a burguesia mercantil das massas populares, o que garantiu o caráter democrático do processo de libertação da metrópole.
c) a instalação da corte portuguesa no Brasil significou também a transposição de todos os órgãos do Estado português para as terras brasileiras, criando uma pesada rede burocrática, que montada à revelia da colônia, serviu para absorver a nobreza parasitária que acompanhara D. João na fuga, levando o futuro Estado brasileiro a herdar toda essa complexa tradição administrativa.
d) a personalidade empreendedora e ousada de D. Pedro I determinou a rápida transformação do perfil da sociedade brasileira, levando a modernização das estruturas econômicas com a realização de significativos investimentos estatais na infraestrutura produtiva, que reduziram a importância do trabalho escravo e inaugurou um contínuo e crescente fluxo imigratório para o Brasil.
4. A mudança da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 contribuiu para uma série de consequências no desenvolvimento da maior colônia da América Portuguesa, entre as quais destaca-se
(A) a abertura dos portos, com realização de elaborada política protecionista.
(B) o desenvolvimento da indústria têxtil brasileira, incorporando processos produtivos ingleses.
(C) o estabelecimento de um tratado comercial com as nações amigas, o que unificou as taxas de importação.
(D) a abertura dos portos e a autorização do desenvolvimento manufatureiro.
5. Podem ser consideradas características do governo joanino no Brasil:
a) a assinatura de tratados que beneficiam a Inglaterra e o crescimento do comércio externo brasileiro devido à extinção do monopólio;
b) o desenvolvimento da indústria brasileira graças às altas taxas sobre os produtos importados;
c) a redução dos impostos e o controle do déficit em função da austera política econômica praticada pelo governo;
d) o não envolvimento em questões externas sobretudo de caráter expansionista;
e) a total independência econômica de Portugal com relação à Inglaterra em virtude de seu acelerado desenvolvimento.
6. Foram fatos importantes na política externa de D. João VI, no Brasil:
a) a invasão da Guiana Francesa e a anexação da Província Cisplatina;
b) os tratados de Methuen e Madri;
c) os diversos tratados de limites resolvendo as questões do Acre e do Amapá;
d) a guerra contra a Inglaterra devido à questão Cisplatina;
e) a questão Christie e a guerra contra o Uruguai.
7. A vinda da Corte para o Brasil, em 1808, acarretou grandes transformações. De um lado, no plano geral, a Abertura dos Portos quebra os limites expressos na ideia de Sistema Colonial; de outro lado, no que diz respeito à cidade do Rio de Janeiro, a fixação da corte deu à cidade uma outra fisionomia, representada, naquela época:
A) pelo momento de total liberdade e esplendor, pela criação de academias e bibliotecas e pela livre circulação de jornais e de ideias
B) pela chegada, juntamente com a família real portuguesa, da Missão Artística Francesa que além de muito contribuir para o povoamento da cidade, enfraqueceu o absolutismo da coroa lusitana
C) pela descoberta da cidade pelos sábios, intelectuais, pintores, arquitetos e cientistas, homens indispensáveis à vida da Corte
D) pelo momento de esplendor da cidade, por ocasião do alargamento de suas vias, da reformulação do escoamento das águas, da reformulação urbana e cultural iniciada pelo prefeito Pereira Passos
E) pela situação de uma cidade colonial elevada à sede do governo, pela rápida expansão demográfica, e pela criação do Teatro Real, da Biblioteca Real, futura Biblioteca Nacional e do Jardim Botânico, embora não houvesse liberdade da imprensa local.
8. Para responder a esta questão, leia os textos abaixo com atenção. Ambos referem-se à vinda da família real ao Brasil em 1808.
Texto I
“Se vindo para o Brasil, dom João VI nos trouxe o prêmio da autonomia, embora sob formas do absolutismo, não havia, entretanto, na mesquinheza de seu espírito dotes suficientes para criar [...] um ‘novo império’. Foi ele que entre nós desmoralizou a instituição monárquica, já de si mesmo antipática às aspirações americanas.” (João Ribeiro, História do Brasil, 1900.)
Texto II
“A viagem [de vinda da família real em 1808]... foi mais uma decisão sábia do grande estadista D. João a qual, apesar de complexa e perigosa, sob a sua liderança, resultou em êxito total. Tão sábia foi esta decisão que a Família Real espanhola tentou copiá-la, porém sem sucesso. As consequências positivas para Portugal, Brasil e Inglaterra foram inúmeras.” (Kenneth H. Light, em www.monarquia.org.br, 2008.)
a) O texto I é bastante crítico à imagem de D. João VI e mostra que houve menos vantagens do que benefícios ao Brasil com a vinda da família real em 1808.
b) O texto I é bastante elogioso à imagem de D. João VI e mostra que houve inúmeras vantagens ao Brasil com a vinda da família real em 1808, tais como a autonomia.
c) O texto II é bastante crítico à imagem de D. João VI e mostra que houve menos vantagens do que benefícios ao Brasil com a vinda da família real em 1808.
d) O texto II é bastante elogioso à imagem de D. João VI e argumenta que a vinda da família real em 1808 foi tranquila e simples, causando inveja à monarquia espanhola.
e) Ambos os textos mostram a decisão do príncipe regente D. João VI como a decisão de um estadista e veem inúmeras vantagens na vinda da família real ao Brasil.
9. A transmigração da família real portuguesa para o Brasil em 1808, repercutiu de forma significativa, no que se refere à participação do Brasil no mercado mundial, porque:
a) organizou-se uma legislação visando à contenção das importações de artigos supérfluos que naquela época começavam a abarrotar o porto do Rio de janeiro.
b) o Ministério de D. João colocou em execução um projeto de cultivo e exportação do algodão visando a substituir a exportação norte-americana, prejudicada pela Guerra de independência.
c) o tráfico de escravos negros para o Brasil foi extinto em troca do direito dos comerciantes portugueses abastecerem, com exclusividade, algumas das colônias inglesas, como a Guiana.
d) o corpo diplomático joanino catalisou rebeliões na Província Cisplatina, favorecendo assim, a exportação de couro sulino para a Europa.
e) foi promulgada a Abertura dos Portos e realizados Tratados com a Inglaterra.
10. Assinale a alternativa que apresenta uma transformação decorrente da vinda da família real para o Brasil.
a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado pela dificuldade de intercâmbio com a França, país que era então berço da cultura iluminista ocidental.
b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao aumento significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos.
c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos urbanos da região Centro-Sul, devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela população.
d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio, decorrente da aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comércio.
11.O ano de 1808 representou um divisor de águas das condições em que vivia a sociedade colonial brasileira. Em relação a esse período histórico estão corretos com EXCEÇÃO de
a) Um aspecto decisivo da vinda da Corte que marcou a formação do Estado Brasileiro foi o deslocamento no eixo do poder de Portugal para o Brasil.
b) A elevação do Brasil a Reino Unido foi uma tentativa de promover a independência como ocorria na América Espanhola.
c) Com a abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada logo após a chegada da família real ao Brasil, o Rio tornou-se o local ideal para o comércio. Todas as exportações e importações da Colônia passavam pelo porto carioca.
d) Como o rei precisava do apoio político e financeiro das elites brasileiras, iniciou-se no Brasil uma farta distribuição de títulos de
nobreza, favores e privilégios, em troca de dinheiro.
e) Enquanto o Brasil se vangloriava por ter deixado de ser colônia e o Rio de Janeiro se transformava na sede do reino, em Portugal a situação não era das melhores, em consequência da guerra contra Napoleão e o
comércio estava em decadência devido à abertura dos portos brasileiros.
12. A transferência da família real portuguesa para o Brasil e a consequente assinatura dos tratados de 1810 com a Inglaterra foram responsáveis imediatos:
a - pela Revolução do Porto.
b - pela introdução de novas técnicas na lavoura cafeeira.
c - pelo fim do bloqueio.
d - pelo predomínio inglês no comércio brasileiro.
e- pelo predomínio da produção algodoeira no Maranhão.
13. (Modificada) A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808, foi provocada, sobretudo,
(A) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto,
defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual
descolonização do Brasil.
(B) pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
(C) pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
(D) pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e
aliança do governo português com a política da Inglaterra.
(E) pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.
14. A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808
promoveu mudanças radicais na colônia, gerando a necessidade de
muitos recursos para mantê-la. Estes vieram principalmente de tributos
cobrados nas regiões mais exportadoras. Ao mesmo tempo, este longo
período de permanência no Brasil gerou insatisfações na Europa. Entre
os conflitos gerados por esta longa estada da corte portuguesa no
Brasil, estão:
(A) a revolução pernambucana e a invasão britânica.
(B) a insurreição baiana e a revolução dos cravos.
(C) a insurreição praieira e a revolução do porto.
(D) a revolta de Beckman e a invasão napoleônica.
(E) a revolução cisplatina e a revolução dos cravos.
15. A vinda da família real (1808) para o Brasil, de acordo com algumas interpretações históricas:
A) se caracterizou como mais um evento social que, embora transtornasse a vida dos brasileiros no Rio de Janeiro, não teve desdobramentos socioeconômicos, políticos ou culturais.
B) promoveu a montagem, por D. João VI, de um aparelho governativo no Brasil, pela transferência de órgãos administrativos, a abertura dos portos e a criação de indústrias.
C) causou a chamada “inversão brasileira”, que tornava Portugal reino unido do Brasil e submetido a uma junta controlada por um militar francês.
D) abalou as relações diplomáticas e comerciais entre Portugal e a Inglaterra, o que foi ocasionado pela abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
E) foi decorrente da decisão do Congresso de Viena, segundo a qual os monarcas europeus, expulsos por Napoleão dos seus territórios, deveriam transferir-se para suas colônias.
16. “... quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis”.
Lilia Schwarcz. As Barbas do Imperador.
O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como
a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no contexto político europeu.
b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte.
c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia.
d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram a controlar o mando a partir das colônias.
e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções alfandegárias.
17. A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a Coroa portuguesa, apoiada pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro. Tal decisão teve desdobramentos notáveis para o Brasil. Entre eles,
a) a chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro e a criação das primeiras escolas primárias.
b) o surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no Rio de Janeiro e a primeira constituição do Brasil.
c) o fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e algumas mudanças nas relações entre senhores e escravos.
d) a abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos comerciais favoráveis aos ingleses e a instalação da Imprensa Régia.
e) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro ligando o litoral fluminense ao porto do Rio e a introdução do plantio do café.
18. No ano de 1808 a Corte portuguesa instalou-se em sua colônia, o Brasil. Sobre este importante acontecimento histórico é correto afirmar:
I. A vinda da Corte foi motivada pelo bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte.
II. Pelo menos desde o século XVIII já se cogitava transferir a sede do Império português para o Brasil.
III. A transmigração da Corte obrigou o império português a adotar diversas medidas econômicas, tais como a abertura dos portos e a liberação de algumas atividades industriais;
IV. A vinda da Corte foi apoiada pela Inglaterra, que em troca do auxílio exigiu uma série de privilégios econômicos.
V. Nos treze anos em que permaneceu na Colônia, D. João VI pouco fez para o desenvolvimento cultural do Brasil.
Estão corretas:
(A) Apenas as afirmativas I, II e III
(B) Apenas as afirmativas II, III e IV
(C) Apenas as afirmativas I, III e IV
(D) Apenas as afirmativas I, II, III e IV.
(E) Apenas a afirmativa III.
19. A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, alterou as relações econômicas da colônia com a economia mundial porque:
a) reforçou o monopólio português sobre a economia colonial.
b) pôs fim à hegemonia inglesa no comércio com o Brasil.
c) provocou uma alta nos preços dos produtos coloniais, em decorrência do livre-comércio.
d) rompeu o "pacto colonial", com a Abertura dos Portos.
e) desencadeou a política fomentista de novas culturas.
20. As Guerras Napoleônicas sacudiram a Europa no início do século XIX. Após o decreto napoleônico instituindo o Bloqueio Continental, Portugal sofreu pressões da França e da Inglaterra. Napoleão exigia que D. João
fechasse seus portos aos ingleses. A Inglaterra pressionou os portugueses a assinar uma convenção secreta, que estabelecia, entre outras coisas,
a) a transferência da Corte portuguesa para o Brasil; a entrega da esquadra portuguesa à Inglaterra; a assinatura de novos tratados comerciais com a Inglaterra, logo após a chegada da Família Real ao
Brasil.
b) a divisão da Espanha entre Portugal e Inglaterra.
c) a transferência da Corte portuguesa para o Brasil; o afundamento da esquadra portuguesa para que não caísse na mão dos espanhóis aliados dos franceses; a concessão de um porto livre, de preferência ao sul
de Portugal.
d) a ajuda militar dos ingleses aos portugueses; aqueles, representados pelo Lord Strangford, preferiam que Portugal se defendesse das tropas do
Marechal Junot, para que a Inglaterra pudesse continuar seu comércio com os portos portugueses.
e) a união dos exércitos inglês e português; a transferência da Corte portuguesa para o Brasil; e a assinatura do Tratado de Fontainebleau.
21. Em 1808, a família real e a corte portuguesa desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro. Com a chegada da corte, o Rio de Janeiro tornava-se a sede de todo Império português. A respeito da vinda e da permanência da corte no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
A - A vinda da corte para o Brasil relaciona-se ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte, que visava isolar a Inglaterra do comercio internacional, e a invasão de Lisboa pelas tropas napoleônicas.
B - Chegando ao Brasil, o Príncipe Regente D. João determina à abertura dos portos brasileiros as nações amigas, pondo fim ao monopólio metropolitano no comércio com o Brasil.
C - Com a vinda da corte, a cidade do Rio de Janeiro viveu uma modernização. No comércio, surgiram lojas de artigos finos, livrarias, perfumarias, tabacarias, lojas de calcados, oficinas de costureiras, salões de barbeiros e cabeleireiros, entre outras.
D - Para assegurar o progresso material exigido pelos milhares de novos moradores, tornou-se necessário um número maior de carpinteiros, pedreiros, ferreiros e outros profissionais no Rio de Janeiro.
E - Embora o Rio de Janeiro tenha se modernizado, o restante do Brasil não foi influenciado pela vinda da corte e não sofreu transformações políticas, administrativas, econômicas e culturais.
22. Em 1808, a Corte portuguesa transferiu-se para o Brasil, alterando significativamente as relações, até então vigentes, entre a Colônia e a Metrópole. Considerando-se as alterações ocorridas no período, é correto afirmar:
A - As oligarquias de todas as regiões se uniram em torno de D. João, amenizando efetivamente os conflitos existentes desde o início da colonização portuguesa.
B - A Família Real aumentou de forma abusiva os impostos sobre a propriedade privada da terra, com o intuito de estimular a produção em terras da Coroa.
C - o centro-sul tornou-se a principal área econômica do Brasil, e suas elites, em razão disso, desejam impor-se sobre as elites regionais.
D - Os portos brasileiros foram abertos para o comércio com as nações amigas, para estimular, sobretudo, o comércio com a França.
23. Sobre as transformações político-sociais e econômicas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808-1821), estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO DE:
A - A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português.
B - A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial.
C - A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil.
D - Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda.
E - Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.
24. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que aparecem. Com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, uma das primeiras medidas tomadas por Dom João foi a: _________. Como resultado dessa medida, o Pacto Colonial foi na prática eliminado. No campo da política externa, as atenções do novo Império luso-brasileiro miraram os dois extremos da fronteira da América portuguesa, ou seja, a _________ e a _________, onde aconteceram intervenções militares. Durante o Período Joanino, houve ainda a abertura do Brasil ao olhar estrangeiro, que teve como decorrência a vinda de expedições científicas e artísticas ao país, entre as quais se destacou a _________.
A - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Inglesa; Cisplatina; Missão Francesa
B - abertura dos portos às nações amigas; Guiana Inglesa; Cisplatina; Missão Holandesa
C - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Francesa; Argentina; Missão Inglesa
D - abertura dos portos às nações amigas; Guiana Francesa; Cisplatina; Missão Francesa
E - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Holandesa; Argentina; Missão Inglesa.
25. A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, seguida da Abertura dos Portos, em 1808, significou:
1. o fim do antigo regime colonial, em razão da transformação do Brasil numa nova metrópole;
2. a ruptura do Pacto Colonial, com a instauração do regime de livre-comércio no Brasil;
3. o início de um período de mudanças que levariam à emancipação política do Brasil.
Assinale:
A - se apenas a afirmativa 1 está correta;
B - se apenas as afirmativas 1 e 2 estão corretas;
C - se apenas as afirmativas 1 e 3 estão corretas;
D - se apenas as afirmativas 2 e 3 estão corretas;
E - se todas as afirmativas estão corretas.
26. De tudo trouxeram os ingleses desde as primeiras viagens: fazendas de algodão, lã e seda; peças de vestuário, alimentos, artigos de armarinho, móveis, vidros, cristais, louças, porcelanas, panelas de ferro, cutelaria, quinquilharias, carruagens etc. O mercado brasileiro abria-se no momento em que a maioria dos outros mercados tradicionais estavam fechados para a Grã-Bretanha, de modo que os comerciantes ingleses logo exportaram quantidades enormes de mercadoria, acima da capacidade de absorção do mercado brasileiro. O desejo de solucionar esse problema (...) é responsável pelos aspectos que tomaram as exportações para o Brasil em 1808-1809. PANTALEÃO, Olga, A Presença Inglesa.
A qual situação histórica o trecho acima se relaciona?
A) O estreitamento das relações comerciais entre o Brasil e a Inglaterra, após a independência de 1822.
B) A assinatura do Alvará de Abertura dos Portos, feita pelo regente D. João VI, durante seu reinado.
C) A necessidade crescente de manufaturas inglesas diante da falta de qualidade de produtos aqui fabricados.
D) A imposição da Inglaterra de tratados vantajosos como forma de recuperar-se da 2ª Guerra Mundial.
E) A carência brasileira de produtos industrializados, em decorrência da estagnação da produção nacional durante os anos da Guerra do Paraguai.
27. A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação política da colônia porque:
A. introduziu as ideias liberais na colônia, incentivando várias rebeliões.
B. reforçou os laços de dependência e monopólio do Sistema Colonial, aumentando a insatisfação dos colonos.
C. incentivou as atividades mercantis, contrariando os interesses da grande lavoura.
D. instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade e a autonomia da colônia.
28. O Tratado de Comércio e Navegação de 1810, entre Inglaterra e Portugal, contribuiu para:
a) fortalecer a classe dos comerciantes portugueses.
b) impedir o desenvolvimento industrial do Brasil.
c) implantar o sistema de companhias privilegiadas.
d) intensificar as relações comerciais entre Brasil e Portugal.
e) preservar o regime monárquico no Brasil.
29. O translado do governo português para o Brasil (1806) decorreu, entre outros fatores:
a) da ameaça de destruição da Monarquia em Portugal pela Espanha de Fernando VII;
b) da fuga de D. João à Revolução Constitucionalista do Porto;
c) da necessidade de manter a sobrevivência do Sistema Colonial;
d) das imposições do Tratado de Methuen sobre Portugal;
e) do conflito entre a Inglaterra e o expansionismo napoleônico.
30. Os Tratados de “Comércio e Navegação” e de “Aliança e Amizade”, assinados pelo Príncipe Regente D. João no Brasil, foram inequivocamente favoráveis:
A - a Portugal
B - à França
C - à Espanha
D - à Inglaterra
E - à Alemanha.
31. Com a chegada da família real o país virou o centro do império português. Ele passou a não ser uma simples colônia. Os impostos ficavam no Brasil não eram enviados à Portugal.Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes e das ciências em nosso país.
Assinale a alternativa que NÃO faz parte das medidas culturais adotadas por D. João VI.
A) Criação do Jardim botânico.
B) Fundação da Biblioteca Real.
C) Fundação da Academia de Belas Artes.
D) Criação do Museu Nacional
E) Fundação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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As questões acima são de vestibulares, ENEM, entre outros. Algumas delas foram adaptadas.