Nascimento da Filosofia Contemporânea.

Nascimento da Filosofia Contemporânea.

Pode se dizer que a Filosofia Contemporânea passou a existir a partir exatamente da metade do século passado, quando teve inicio a terceira fase da Revolução Industrial.

O tempo histórico adquiriu novas formulações, do mesmo modo a compreensão dos seus fatos fenomenológicos, o desenvolvimento técnico possibilitou novas perspectivas sobre o novo homem e a vida.

Antes modelos sistemáticos acabaram por constituírem-se em oposições fechadas e radicais, instituições ideológicas e reducionismos epistemológicos. Nesse contexto uma nova Filosofia procurou recuperar a identidade crítica referente aos velhos paradigmas.

De certo modo podemos dizer que a Filosofia contemporânea caracterizou-se por procedimentos anticientificistas e antirracionalista em referência ao sistema moderno.

A crítica ao próprio abuso da Ciência anterior, o que nao se pode dizer que a contemporaneidade formou se grandes escolas como foi ao antepassado próximo, de certa forma não se fez escolas, ate mesmo no desenvolvimento das suas tradições.

É uma filosofia que se encontra de certa maneira esparsa, mas desenvolveu um grande esforço com a finalidade de compreender da vida humana, a realidade política, e qual o caminho que as consecutivas revoluções econômicas seguirão.

Apesar de toda essa dificuldade descrita ate aqui, é importante ressaltar que o pensamento filosófico contemporâneo norteia-se em duas direções básicas: tratam-se dos modelos idealistas espirituais e dos realismos materialistas.

São esses dois fatores básicos que devem ser analisados, na atual complexidade filosófica, podemos, com efeito, sintonizar os pensadores que estão de algum modo agrupado nessas duas tendências.

A primeira tendência procura valorizar a ideia ao impulso metafísico do pensamento, supervalorizando as questões espirituais contra tendências materialistas, a ideia é libertar o homem da materialidade.

A valorização da plenitude da ideia sobre a realidade sensível, afirmação do metafísico e espiritual contra os procedimentos empíricos, podemos classificar a Filosofia que teve como herança o pensamento de Hegel entre outros procedentes.

Como também Bergson a questão do vitalismo, uma espécie de nova escolástica, mas a Filosofia de Husserl seu aspecto fenomenológico supera tanto o material como o espiritual.

Já a segunda tendência cai no oposto epistemológico, a defesa apenas da existência do sensível empírico observável, a influência predominante do empirismo, cuja herança distante vem da Filosofia baconiana, o que significa apenas a existência do que é concreto e experimentável, derrubando qualquer possibilidade a respeito da existência de deus.

Seguindo em uma perspectiva o idealismo ao qual o impulso vitalista, posteriormente o realismo moderado que em seguida transforma em radical exageradamente atacando a própria dialética marxista, um pensamento conservador do ponto de vista da defesa do liberalismo econômico.

Entre o realismo moderado e o exagerado, medeia-se a Filosofia existencialista, que também é materialista e nega todas as tendências metafísicas.

No entanto a Filosofia realista materialista que defende o empirismo como procedimento indutivo, procedendo ao positivismo de Comte à escola do positivismo de Viena, denominado de positivismo lógico.

O neopositivismo chegando ao pragmatismo com Peirce, James e Dewey, o que possibilitou um novo modo de ser levando a consciência humana por meio da Filosofia ao completo desligamento do idealismo.

Por outro lado, uma Filosofia voltada para realidade do infinito, entendendo tudo como continuidade, atingindo o existencialismo de Sartre, cuja ideia fundamental o homem um ser para o nada.

Heidegger o homem um ser para a morte, o niilismo de Sartre o insignificado da própria existência e dasein do Heidegger, o único significado do homem, o ser histórico no seu tempo, presente no mundo.

Sendo que para Merleau Ponty parte do realismo, que o homem é a única razão de tudo, não apenas da existência do próprio homem, mas do motivo fundamental da existência do mundo, sendo o homem o único motivo justificável a todos os fatos.

A escola de Frankfurt de tendência marxista, ao perceber que o liberalismo econômico iria prevalecer sobre todas as formas de sociedade humanista, e que os homens se perderiam nas alienações culturais, desenvolve se uma forte crítica a respeito da sociedade de consumo e do mesmo modo de uma cultura que justiça às formas de alienação de dominação.

Foucault talvez o último gênio desse período de transição, pelo fato que a Filosofia contemporânea já nasce em crise, por não dar conta da crítica necessária a um novo modelo em que associe desenvolvimento humano com econômico.

Motivo pelo qual Foucault, no seu trabalho a Arqueologia do Saber e a Microfísica do Poder, tenta desenvolver uma análise critica das formas de dominação do homem pelo homem, por meio da instituição política e qual o caminho epistemológico para superar o liberalismo econômico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/04/2014
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