Os teóricos do Absolutismo

Absolutismo é um sistema de governo, característico da maioria dos Estados europeus entre os séculos 17 e 18, no qual o poder é concentrado nas mãos do monarca. Os reis controlam a administração do Estado, formam exércitos permanentes, dominam a padronização monetária e fiscal, procuram estabelecer as fronteiras de seus países e intervêm na economia nacional por meio de políticas mercantilistas e coloniais. Ou seja, o rei é tudo. De outro lado, a Reforma Protestante, do século 16, colaborou para o fortalecimento da autoridade monárquica, pois enfraquece o poder papal e coloca as igrejas nacionais sob o controle do soberano.

Teóricos do Absolutismo

São os pensadores que elaboraram teorias para justificar o poder absoluto dos reis, entre eles: Nicolau Maquiavel(''O Príncipe), Jean Bodin (Teoria do Direito Divino dos Reis), Jacques Bossuet (''Método para estudar com facilidade a história'') e Thomas Hobbes (''Leviatã''). Para Bossuet, o rei era escolhido por Deus para governar. Para Hobbes, o poder absoluto do rei era condição ao progresso e a paz entre os homens. Ou seja, o rei não deve dividir seu poder com ninguém.

ABSOLUTISMO NA FRANÇA

O Estado absolutista típico é a França de Luís 14. Conhecido como o Rei Sol, a ele é atribuída à frase que se torna o emblema do poder absoluto: "O Estado sou eu". Luís 14 atrai a nobreza para o Palácio de Versalhes, perto de Paris, onde vive em clima de luxo inédito na história do Ocidente.

Absolutismo na Inglaterra

Na Inglaterra, no início do século 16, Henrique 8º, segundo rei da dinastia Tudor, consegue impor sua autoridade aos nobres com o apoio da burguesia e assume também o poder religioso. O processo de centralização completa-se no reinado de sua filha Elizabeth I. No século 18 surge o despotismo esclarecido, ou seja, uma nova maneira de justificar o fortalecimento do poder real tirânico com o apoio dos filósofos iluministas.

Fim do Absolutismo

O fim do absolutismo, na Europa, começou na Inglaterra, com a Revolução Gloriosa (1688), que limita a autoridade real com a Declaração de Direitos (Constituição), assinalando a ascensão da burguesia ao controle do Estado. Na França, o absolutismo, termina com a Revolução Francesa (1789). Nos outros países europeus, ele vai sendo derrotado com as Revoluções Liberais do século 19. (RS – texto adaptado)

FIQUE ATENTO!

Antigo Regime – a expressão Antigo Regime surgiu no final do século 18 e indica um conjunto de instituições características do absolutismo francês. O que caracteriza o Antigo Regime é a maneira como vivia um grupo de pessoas. Esse modo pode ser resumido em: privilégio. As instituições básicas do Antigo Regime eram a monarquia absolutista, as ordens – orar (igreja), guerrear (nobreza), trabalhadores (trabalhadores ou terceiro estado).

NAS QUESTÕES OBJETIVAS ABAIXO, MARQUE UM X

Lembre-se que ao entregar as respostas das questões abaixo, use letra Maiúscula. Dê uma à outra resposta, deixe espaço de duas (2) linhas. Você pode colocar as respostas no mesmo lado da folha.

1.As monarquias nacionais absolutistas se consolidaram ao longo dos séculos XVI e XVII. O pensamento político que fundamentou os regimes absolutistas europeus foi construído paralelamente ao jogo político entre as monarquias e as tensões sociais subjacentes. Dentre os teóricos do Estado que procuravam legitimar filosoficamente o Estado Monárquico podem-se destacar:

A) Jean-Jacques Rousseau, Marsílio de Pádua e Nicolau Maquiavel

B) Thomas Hobbes, David Hume e Isaac Newton

C) Montesquieu, Voltaire e Diderot

D) Thomas Hobbes, Jean Bodin e Jacques Bossuet

E) Hugo Grotius, Jean-Jacques Rousseau, Spinoza

2.Que país melhor caracteriza o Antigo Regime, que se diferencia pelo privilégio:

(a)Inglaterra.

(b)Portugal.

(c)França.

(d) NDA.

3.Sobre o Antigo Regime é correto afirmar:

(a)Era uma sociedade de privilégios.

(b) As instituições básicas eram a monarquia absolutista e as três ordens.

(c) Era uma sociedade de privilégios e o dinheiro determinava a hierarquia do indivíduo na sociedade.

(d) Somente A e C estão corretas.

4.Sobre o fim do absolutismo é correto afirmar que:

(a)Na França, termina com a Revolução Francesa.

(b)Nos países europeus, ele vai sendo derrotado com as Revoluções Liberais do século 19.

(c)Na Inglaterra começou com a Revolução Gloriosa.

(d)TSV.

5.Leia:

No século 18 surge o despotismo esclarecido, ou seja, uma nova maneira de justificar o fortalecimento do poder real tirânico com o apoio dos filósofos iluministas

(a) a proposição é verdadeira.

(b) a proposição é parcialmente falsa.

(c)a proposição é totalmente errada.

(d)TSF.

6.Dentre os pensadores apresentados, ASSINALE o que não compartilhava com a idéia do “Direito Divino dos Reis” para justificar a concentração do poder nas mãos do monarca.

A) Thomas Hobbes

B) Jean Bodin

C) Jacques-Bénigne Bossuet

D) Jaime I.

7.O Absolutismo Real foi marcante na Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII, na Europa. Luís XIV, o “rei sol”, afirmava o seguinte: “O Estado sou eu”. Essa prática política foi embasada teoricamente por

(A)Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755) e Diderot (1713-1784).

(B)Bodin (1530-1596), Hobbes (1588-1679) e Bossuet (1627-1704).

(C)Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Diderot (1713-1784).

(D)Montesquieu (1689-1755), Rousseau (1712-1778) e Hobbes (1588-1679).

(E)Rousseau (1712-1778), Hobbes (1588-1679) e Voltaire (1694-1778).

8.O Absolutismo Monárquico significa a fase extrema do processo de concentração do poder nas mãos do rei, resultante da evolução política das Monarquias Nacionais surgidas na Baixa Idade Média. Esta forma de governo, na qual o monarca exerce o poder de maneira plena, independente e superior ao de outros órgãos do Estado, foi dominante na Europa Ocidental durante os séculos XVII e XVIII, alcançando, em certos casos, meados do século XIX. A análise desse fenômeno histórico típico do período moderno permite afirmar que

a) baseando-se, em geral, no chamado “direito divino dos reis”, que buscava sua expressão máxima na afirmação de São Paulo: “todo o Poder vem de Deus”, o monarca encontrava-se acima de qualquer responsabilidade política, civil ou criminal, não sendo seus atos passíveis de réplica ou apelação e negando-se aos súditos o direito de oposição ao poder real.

b) a identidade social e ideológica dos monarcas era evidentemente com a classe burguesa em ascensão, que apoiava o processo de centralização do poder, visto que a aliança burguês-rei foi solidificada pelo surgimento do mercantilismo, quando os direitos feudais da nobreza foram transferidos para a burguesia que passou a controlar o aparelho de Estado.

c) com o estabelecimento de uma base territorial para os Estados Nacionais que se constituíram, tornou-se necessário

ampliar as forças armadas para garantir a ordem interna e defender as fronteiras então definidas, o que levou a formação de exércitos mercenários muito mais eficientes e leais que as antigas tropas regulares e profissionais.

d) o fim do predomínio político da aristocracia feudal que monopolizava os principais cargos da administração estatal, observa-se um enxugamento da máquina do Estado Absolutista, tornando-a mais ágil e eficiente, na medida em que é promovido o desmantelamento do pesado aparato burocrático administrativo herdado do período feudal.

9. Leia o trecho do documento.

''Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na Terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém''. (BOSSUET, Jacques. Política, segundo a sagrada escritura).

É CORRETO afirmar que Bossuet é defensor da teoria

A) do corporativismo cristão.

B) do direito divino dos reis.

C) da Segunda Escolástica.

D) do contrato social.

10.O filósofo político moderno, Thomas Hobbes, escreveu, entre outras obras, Leviatã (1651), na qual analisa a estrutura social e do governo. Hobbes, assim como outros filósofos do século XVII, preocupa-se em justificar e legitimar o poder do Estado.

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Para Hobbes, o contrato é uma transferência mútua de direito.

b) Thomas Hobbes afirma que a origem social se dá num contrato.

c) Hobbes afirma em sua teoria do contrato social que o poder do governante deve ser absoluto.

d) O contrato social se caracteriza por um acordo entre os membros da sociedade que reconhecem a autoridade do governante.

e) Para Hobbes, o poder do governante não deve ser absoluto, pois somente com a limitação do poder é possível constituir uma sociedade sem conflito.

11.Na formação dos Estados Modernos a nova configuração possibilitou a afirmação do Absolutismo. Nesse contexto, é correto afirmar que:

a) A centralização do poder político administrativo e a criação dos exércitos nacionais fortaleceu o domínio sobre as fronteiras e possibilitou maior imposição da autoridade real, retraindo o domínio local dos senhores feudais;

b) O investimento da monarquia na expansão comercial marítima fortaleceu os interesses da nobreza territorial;

c) A característica da substituição do sistema de pluralidade de moedas prejudicou o desenvolvimento regional;

d) Os reis estabeleceram aliança com a nobreza que estava interessada em recuperar seu poder econômico;

e) A nobreza e a burguesia estabeleceram alianças com o propósito da dominação política e econômica.

12.Considerando-se as determinações socioeconômicas do processo de estruturação do “Absolutismo Monárquico” na Europa Ocidental, pode-se inferir:

a) O monarca, a fim de consolidar a sua condição de árbitro e fortalecer o Estado, atendia às exigências de classes sociais rivais.

b) A experiência política do “Absolutismo” fez-se segundo sugeriram os seus inúmeros teóricos.

c) À exceção do Sacro Império Romano Germânico, nos demais Estados, os poderes dos Reis eram, de fato, ilimitados.

d) Na Espanha, o rei Luís XIV com os seus ilimitados poderes era a encarnação pessoal do Estado.

e) Pela teoria do “Direito Divino dos Reis”, de fato, os reis tinham plenos poderes acima das classes sociais.

13.O Absolutismo e o Mercantilismo constituíam, pois, a dupla

face do Antigo Regime. O Mercantilismo, expressão econômica da aliança realeza – burguesia, tinha como objetivo básico:

a)enriquecer a nobreza;

b)promover o enriquecimento do país através da agricultura;

c)fortalecer o Estado absolutista;

d)eliminar a influência do Estado na economia; criar condições de assegurar o livre comércio.

14.Téoricos do Absolutismo:

(a)Bodin, Hobbes, Bossuet, Luís 14.

(b)Maquiavel, Hobbes, Bodin, Bossuet.

(c) Bodin, Hobbes, Rousseau.

(d) NDA.

15.A expressão Absolutismo que alguns autores utilizam para caracterizar a Idade Moderna significa:

a. centralização de poder, superação da importância política dos feudos e consequente diminuição das funções tributárias nos feudos.

b. o início da modernidade para quem viveu a Idade Média, e o surgimento de uma classe de comerciante que apoiava o rei.

c. modernidade, liberdade e descentralização na arrecadação de impostos.

d. que a burguesia assumiu o poder político e econômico das nações europeias na Idade Média.

e. a formação dos Estados Nacionais, o início da expansão ultramarina para Portugal e Espanha e a formação dos exércitos nacionais.

16. Leia o segmento abaixo.

''O rei tomou o lugar do Estado, o rei é tudo, o Estado não é mais nada. Ele é o ídolo a quem as províncias, as cidades, as finanças, os grandes e os pequenos, em uma palavra, tudo''. (A sociedade de corte)

Essa afirmação de um contemporâneo de Luís XV, na França, diz respeito a uma forma de governo que ficou conhecida como

(a) monarquia constitucional.

(b) autocracia despótica oriental.

(c) autocracia parlamentar.

(d) monarquia absolutista.

(e) tirania teocrática.

16. Mas Maquiavel foi mal compreendido. O Príncipe, sua obra-prima, também é incompreendida. Maquiavel não afirma, neste livro, que os políticos devem agir imoralmente. Ele diz, na verdade que às

vezes os políticos precisam fazê-lo. Além disso, dificilmente podemos culpá-lo pela encrenca em que nos encontramos hoje. Resumindo, Maquiavel não inventou o maquiavelismo.

(Richard Shenkman. As Mais Famosas Lendas, Mitos e Mentiras da História do Mundo. Ediouro, Rio de Janeiro, 2002, p.118)

A obra “O Príncipe”, de Maquiavel, está relacionada ao seguinte modelo político:

a) Liberal.

b) Parlamentar.

c) Presidencialista.

d) Democrático.

e) Absolutista.

17. Os nomes de Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes estão diretamente relacionados

(a) à justificação da existência dos Estados Absolutistas modernos.

(b) ao empenho da burguesia em expandir seus negócios para o continente americano.

(c) à crítica protestante à decadência da Igreja Católica Romana.

(d) à tentativa dos sacerdotes católicos em justificar as estruturas feudais.

(e) à legitimação da escravidão nas colônias europeias da América e África.

18. O Absolutismo Real foi marcante na Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII, na Europa. Luís XIV, o “rei sol”, afirmava o seguinte: “O Estado sou eu”.

Essa prática política foi embasada teoricamente por

(A)Bodin (1530-1596), Hobbes (1588-1679) e Bossuet (1627-1704).

(B)Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755) e Diderot (1713-1784).

(C)Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Diderot (1713-1784).

(D)Montesquieu (1689-1755), Rousseau (1712-1778) e Hobbes (1588-1679).

(E)Rousseau (1712-1778), Hobbes (1588-1679) e Voltaire (1694-1778).

19. Os textos abaixo referem-se a três personagens que viveram na Europa entre os séculos XVI e XVIII:

Personagem 1: Luís XIV, que governou a França entre 1661 e 1717. Adotou como símbolo pessoal o Sol, para representar que era o centro irradiador da luz francesa. Atribui-se a ele a frase: “L'État c'est moi” (O Estado sou eu).

Personagem 2: Thomas Hobbes, filósofo nascido na Inglaterra em 1588. Sua obra mais conhecida é o Leviatã, em que descreve o Estado como um monstro poderoso, destinado a acabar com a desordem da sociedade.

Personagem 3: Henrique VIII, que foi rei da Inglaterra entre 1509 e 1547. Ficou famoso por casar-se seis vezes, romper com a Igreja Católica Romana, dissolver os monastérios, unir a Inglaterra com Gales e se estabelecer como líder da Igreja Anglicana, dentre outros fatos.

Um ponto em comum entre os três personagens é

[A] a fidelidade à Igreja Católica Romana, até o fim de suas vidas.

[B] a origem nórdica, pois todos são nascidos no hemisfério Norte.

[C] o fato de viverem durante o período iluminista.

[D] o fato de suas teorias originarem o liberalismo econômico.

[E] o pensamento absolutista.

20. Os meios de persuasão empregados por governantes do século XX como Hitler, Mussolini e Stalin – e, em menor grau, pelos presidentes franceses e norte-americanos – são análogos, sob certos aspectos

importantes, aos meios empregados por Luís XIV.

(BURKE, Peter. A Fabricação do Rei. Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1994.)

Na época de Luís XIV, esses meios de persuasão para se fabricar a imagem pública do rei justificavam-se em função da lógica inerente ao absolutismo.

Este regime político pode ser definido como um sistema em que:

(A) o poder se restringia a um só homem, sem leis

(B) a centralização do poder na figura do rei era legitimada através do povo

(C) os grupos e instituições não tinham o direito de opor-se às decisões do rei

(D) a tradicional divisão dos poderes – executivo, legislativo e judiciário – era o desejo do soberano

21. O ano de 2014 eventos importantes para o Brasil, como eleições para os cargos mais altos da hierarquia de poder político, envolvendo o poder Executivo e Legislativo. Assim como o Brasil, outros países do mundo também têm eleições para escolher os governantes. Porém, nem sempre na história o poder político foi democrático. Por exemplo, na Europa, na época moderna os reis eram absolutistas. Sobre o Absolutismo é correto afirmar que ( , )

a) foi organizado numa estruturação de Estado fraco e pouco centralizado.

b) foi uma forma de governo em que os reis nunca centralizaram

o poder, pois esse poder ficou com a Igreja.

c) possibilitou o surgimento e fortalecimento das monarquias

centralizadas em países como França, Inglaterra e Espanha.

d) com a formação dos Estados Nacionais, a Igreja Católica continuou, ao longo da Idade Moderna, como uma das maiores aliadas dos reis absolutistas.

e) permitiu à burguesia assumir o poder político dos Estados Nacionais e da Igreja Católica.

22. O Absolutismo Real foi marcante na Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII, na Europa. Luís XIV, o “rei sol”, afirmava o seguinte: “O Estado sou eu”. Essa prática política foi embasada teoricamente por

(A)Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Diderot (1713-1784).

(B)Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755) e Diderot (1713-1784).

(C)Bodin (1530-1596), Hobbes (1588-1679) e Bossuet (1627-1704).

(D)Montesquieu (1689-1755), Rousseau (1712-1778) e Hobbes (1588-1679).

(E)Rousseau (1712-1778), Hobbes (1588-1679) e Voltaire (1694-1778).

23. O filósofo político moderno, Thomas Hobbes, escreveu, entre outras obras, Leviatã (1651), na qual analisa a estrutura social e do governo. Hobbes, assim como outros filósofos do século XVII, preocupa-se em justificar e legitimar o poder do Estado.

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Para Hobbes, o contrato é uma transferência mútua de direito.

b) Thomas Hobbes afirma que a origem social se dá num contrato.

c) Hobbes afirma em sua teoria do contrato social que o poder do governante deve ser absoluto.

d) O contrato social se caracteriza por um acordo entre os membros da sociedade que reconhecem a autoridade do governante.

e) Para Hobbes, o poder do governante não deve ser absoluto, pois somente com a limitação do poder é possível constituir uma

sociedade sem conflito.

24. Desde a Idade Moderna, quase todas as sociedades enfrentaram o dilema de optar entre duas concepções distintas e opostas sobre o poder. Dois filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke foram responsáveis por sintetizarem essas concepções. Segundo Thomas Hobbes, o ser humano em seu estado natural é selvagem e cada um é inimigo do outro; mas, quando o ser humano abre mão de sua própria liberdade e a autoridade plena do Estado é estabelecida, passam a predominar a ordem, a paz e a prosperidade. Para John Locke, o ser humano já é dotado em seu estado natural dos direitos de vida, liberdade e felicidade e, assim, a autoridade do Estado só é legítima quando reconhece e respeita esses direitos e, para que isso se concretize, é necessário limitar os poderes do Estado. Assinale a alternativa que apresenta as duas concepções políticas associadas, respectivamente, a esses filósofos.

(A) Mercantilismo e Fisiocracia.

(B) Classicismo e Barroco.

(C) Absolutismo e Liberalismo.

(D) Subjetivismo e Objetivismo.

(E) Nacionalismo e Internacionalismo.

25. Leia as frases a seguir e responda.

“O Estado sou eu.”

“Democracia é a vontade da lei, que é plural e igual para todos, e não a do príncipe, que é unipessoal e desigual para os favorecimentos e privilégios.”

“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor...”

Os autores das frases são, respectivamente,

A) Maquiavel, Jacques Bossuet e Luís XIV.

B) Luís XIV, Ulisses Guimarães e Jacques Bossuet.

C) Luís XIV, Jacques Bossuet e Maquiavel.

D) Mussolini, Ulisses Guimarães e Jacques Bossuet.

E) Luís XIV, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet.

26. Thomas Hobbes é conhecido por sua descrição do estado de natureza como um estado de guerra de todos os homens contra todos os homens. Para superar essa condição inicial de insegurança Hobbes propõe a instituição de um Estado

(A) pautado por um ideal de isonomia e igualdade social.

(B) civil mediante um pacto que transfere todo direito natural dos indivíduos a um soberano.

(C) liberal que assegure o direito à propriedade privada e às liberdades do indivíduo.

(D) pautado por valores democráticos, no plano político, e pelo mercado, no econômico.

(E) fundado no despotismo esclarecido e nos ideais iluministas.

27.Thomas Hobbes é considerado um dos maiores filósofos políticos da Idade Moderna, até Hegel. Escreveu obras políticas fundamentais para a compreensão do Estado Moderno. Sua obra mais conhecida é O Leviatã (1651). Seguindo o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa INCORRETA sobre Hobbes e o seu pensamento.

a) Para Hobbes o poder do soberano não é absoluto. O poder do governante tem que ser limitado. Ou o poder é limitado, ou continuamos na condição de guerra.

b) Thomas Hobbes é considerado um filósofo contratualista, pois se trata de um pensador que viveu entre o século XVI e XVIII, e que afirmava que a origem do Estado e/ou sociedade está num contrato.

c) Para Hobbes, o poder do Estado tem que ser pleno, absoluto. A autoridade do poder de um rei deve resolver todas as pendências e arbitrar qualquer decisão.

d) Segundo Hobbes, do Estado derivam todos os direitos a quem o poder soberano é conferido mediante o consentimento do povo reunido.

e) Sua teoria contratual afirma o princípio de preservação da vida na base da política e sustenta a ideia da criação e da manutenção do poder soberano no ato de linguagem implicado na estrutura representativa do pacto político.

28. O Absolutismo Real foi marcante na Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII, na Europa. Luís XIV, o “rei sol”, afirmava o seguinte: “O Estado sou eu”. Essa prática política foi embasada teoricamente por

(A)Bodin (1530-1596), Hobbes (1588-1679) e Bossuet (1627-1704). (B)Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755) e Diderot (1713-1784). (C)Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Diderot (1713-1784). (D)Montesquieu (1689-1755), Rousseau (1712- 1778) e Hobbes (1588-1679).

(E)Rousseau (1712-1778), Hobbes (1588-1679) e Voltaire (1694-1778).

29. Leia o trecho a seguir

O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto: deve acreditar-se que ele vê melhor, e que deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição. BOSSUET, Jaques-Bénigne. Bispo de Meaux, 1627-1704. Política tirada da Sagrada Escritura. In FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano Editorial, s/d. p. 201. Considerando os princípios que legitimavam o regime monárquico absolutista, é correto afirmar que, segundo Bossuet

A) a autoridade do rei é sagrada, pois ele age como ministro de Deus na terra.

B) a soberania real deve ter limites, pois ela pode provocar sedições.

C) todo o Estado está concentrado na pessoa do rei, que deve se manter neutro diante dos conflitos sociais.

D) as leis e os indivíduos são soberanos em relação ao rei e ao Estado.

29. O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo. Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:

A) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino.

B) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.

C) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos.

D) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental.

30. O pensador de Florença, Nicolau Maquiavel (1469-1527), em O Príncipe, sua principal obra, procurou demonstrar como um rei deveria agir e o que deveria fazer para conquistar e garantir seu poder, afirmando que os fins justificam os meios, como a mentira, a fraude ou até mesmo a violência. Esse pensamento, no entanto, rompia com as tradições da Idade Média, que defendiam que as ações deveriam se orientar:

A) pela lei da oferta e da procura.

B) por princípios morais.

C) pelos instintos individuais.

D) pelas condições do momento.

E) pela força das armas.

31. ''O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.''

(Thomas Hobbes (1588-1679). Leviatã. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)

''O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.'' (Nicolau Maquiavel (1469-1527). O Príncipe. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)

Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que

(A) ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.

(B) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.

(C) ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.

(D) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.

(E) ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.

32. “Em consequência do processo de centralização do poder real e de unificação territorial, a maior parte destes Estados evoluiu no sentido da monarquia absoluta. Este é o regime em que o rei, encarnando o ideal nacional, possui, além disso, de direito e de fato, os atributos da soberania: poder de decretar leis, de prestar justiça, de arrecadar impostos, de manter um exército permanente, de nomear funcionários (...).” MOUSNIER, R. Os séculos XVI e XVII, 1 o vol., In: História Geral das Civilizações, tomo IV. DIFEL, p. 105 e 108.

Nos séculos XVI e XVII, multiplicaram-se os principais autores de doutrinas que justificam o Estado autoritário e o absolutismo dos monarcas. Essas teorias, fundamentando-se ou não na religião, tiveram como um dos representantes das concepções leigas

(A) Thomas Hobbes, inglês e autor de “Leviatã”.

(B) Jean Bodin, francês e autor de “República”.

(C) Jacques Bossuet, preceptor de Luís XIV, autor da obra “Política Segundo a Sagrada Escritura”.

(D) Montesquieu, de grande importância por suas ideias a respeito da Teoria do Estado.

(E) Rousseau, que diferenciava Estado de governo.

33. (MODIFICADO) Informe se é certo (C) ou errado (E) o que segue abaixo.

( ) O estado de Natureza de Hobbes e o Estado de Sociedade de Rousseau evidenciam uma percepção do social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil

( ) Para Hobbes e para Rousseau, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática. O fundamental não é o número de governantes, mas a determinação de quem possui o poder ou a soberania. Esta pertence de modo absoluto ao Estado, que, por meio das instituições públicas, tem o poder para exigir obediência incondicional dos governados, desde que respeite dois direitos naturais intransferíveis: o direito à vida e à paz.

( ) Para Hobbes e para Rousseau, o soberano é o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo político de cidadãos. Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmo como povo e é a este que transferem os direitos naturais para que sejam transformados em direitos civis. Assim sendo, o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular. Os indivíduos aceitam perder a liberdade civil; aceitam perder a posse natural para ganhar a individualidade civil, isto é, a cidadania.

( ) No pensamento político de Hobbes e de Rousseau, a propriedade privada não é um direito natural, mas civil. Em outras palavras, mesmo que no Estado de Natureza (em Hobbes) e no Estado de Sociedade (em Rousseau) os indivíduos se apossem de terras e bens, essa posse é o mesmo que nada, pois não existem leis para garanti-las. A propriedade privada é, portanto, um efeito do contrato social e um decreto do soberano.

(a)C,E,E,E.

(b)E,E,E,C.

(c)E,E,C,E.

(d)C,E,E,C.

34. (ADAPTADA) Tanto Hobbes como Maquiavel são defensores do absolutismo. No entanto, suas concepções diferentes. Assim, podemos concluir

(A) ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.

(B) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.

(C) ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.

(D) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.

(E) ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.

35. Leia o trecho do documento.

''Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na Terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém.'' (BOSSUET, Jacques. Política, segundo a sagrada escritura).

É CORRETO afirmar que Bossuet é defensor da teoria

(A) do corporativismo cristão.

(B) do direito divino dos reis.

(C) da Segunda Escolástica.

(D) do contrato social.

36. Hobbes escreveu sua sobras sob inspiração das doutrinas do empirismo britânico; sua concepção de Estado, como um grande corpo, o Leviatã, foi sua contribuição mais conhecida para a modernidade; essa contribuição consistiu em:

A) O Estado Leviatã é uma forma inevitável e natural de associação que traz em si mesma a opressão junto com a libertação e a salvação do cidadão.

B) O contrato social que conduz à soberania do Estado só se justifica pela sua origem e sanção divinas.

C) A soberania total do povo na constituição do Estado leva ao poder popular total, ou à verdadeira anarquia.

D) Na conclusão da obra do Leviatã Hobbes defende a tutela da Igreja sobre o Estado.

E) Definir o ser humano como potencial inimigo (lobo) do seu semelhante, obrigando à realização de um contrato social para a mútua sobrevivência.

37. “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o

príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe . Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)

Com base no texto acima é CORRETO afirmar:

A) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros.

B) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar.

C) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo.

D) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.

38. Analise o fragmento de texto abaixo e marque a alternativa seguinte que corresponda à filosofia defendida por seu autor em referência a forma de governo adotada na Idade Moderna.

''Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. (...) Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo, de qualquer maneira, é sacrilégio.''

A) Teoria do Direito Divino dos Reis.

B) Teoria do Liberalismo Político.

C) Teoria da Tripartição dos Poderes.

D) Teoria do Liberalismo Monárquico.

E) Teoria das Monarquias Constitucionais

ATENÇÃO! AS QUESTÕES ACIMA SÃO DE IMPORTANTES UNIVERSIDADES BRASILEIRAS, ENEM, ETEC E CONCURSOS PÚBLICOS.