DUAS GATINHAS SEMPRE SE ARRANHAM
São duas irmãs que se amam, mas se arranham o dia todo. Com aquelas “briguinhas” de somenos importâncias, mas se não se aparteá-las, com o passar dos anos “a coisa pode ficar feia”.
Quais duas gatinhas numa mesma “sacola”, não se cansam de se ferirem. È preciso intervir de imediato, para que não fique muito grave e nem se marquem por sentimentos de mágoas e inimizades que podem perdurar a vida inteira, vindo a calhar aqui o adágio salomônico: “O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas contendas são ferrolhos dum castelo”. (Provérbios 18.19 - S. R. EDIÇÕES VIDA NOVA e SBB – Reimpressão da 2ª Edição – 1997)
Apesar disso, se amam, pois são ensinadas assim por seus pais. Mas há de se reconhecer que a diferença de idade entre ambas pesa uma “boa dose” de prós e contra na explicação de seus freqüentes “arranhõezinhos!”
A primogênita deve dar o exemplo, para que a menor aprenda e possa corresponder com prazer à maninha.
Os seus pais não gostariam de criar duas almas que não se entendem e nem se aceitam, apesar de viverem no “mesmo teto”.
Quando crescerem deverão recordar tudo o que foi bom entre si e certamente cultivarão as virtudes e os bons exemplos, porque, caso contrário, se não o fizerem, enquanto estiverem juntas, como preservarão profundo laço de amizade e de aceitação mútua?
Não ficaria nada bem se duas irmãs que devem ser confidenciais, amigas e compreensivas uma com a outra, não puderem trocar idéias, alvos, planos e desafios, só porque estão intimamente separadas com as barreiras da não comunicação ou da não tolerância!
Espera-se que se entendam desde já, para que o futuro desta amizade não fique tão afetado e floresça uma amizade sincera, fortalecida entre ambas, pois as duas gatinhas que sempre se arranham, são na verdade, dois seres humanos que, iluminadas pela cultura que têm em sua volta, poderiam bem evitar as piores conseqüências a que uma briguinha de família poder conduzir!
Muniz Freire, 29 de junho de 1993.
Fernandinho do forum