Max Weber e sua Teoria Positivista de Classe Social.
Análise do Pensamento de Pierre Félix Bourdieu.
Quem foi Pierre Félix Bourdieu.
Bourdieu nasceu em 1 de agosto de 1930, França. Estudou na École Normale Supérieure, formou-se inicialmente em Filosofia e posteriormente estudou Antropologia e Sociologia.
Ministrou aulas em diversas universidades entre elas Sorbonne. Morreu no ano de 2002 em 23 de janeiro.
Escreveu diversas obras sendo as principais: O Poder Simbólico,
As Regras da Arte,
O Ofício do Sociólogo,
A Distinção: Crítica Social do Julgamento.
As principais ideias de Bourdieu referem-se especificamente ao papel da educação, desenvolvendo uma análise sociológica com fundamento filosófico, refletindo a respeito da escola, como papel na democratização da sociedade política e a forma de Estado.
Propõe como saída para o mundo moderno a educação como mecanismo para a democratização da sociedade política.
Reconhece a desigualdade produzida pela sociedade liberal economicamente, fruto do capitalismo e compreende que os alunos são desiguais, na relação produtiva de exploração, sendo que uns são mais favoráveis que outros, obviamente na sociedade capitalista.
No entanto, compreende que a escola é fundamental ao processo democrático, porém não contribui pela aparente contradição a prática do ensino na superação da distância das classes sociais, na medida em que a escola não tem como finalidade tal função e, sim, transmitir as regras da dominação da estrutura social produtiva.
É fundamental compreender a construção do pensamento de Bourdieu, pois reflete a respeito da construção dos consensos, e qual o significado de tal etimologia.
Existe interiorizado um habitus psicologicamente na mente de cada indivíduo que representa a concepção global da sociedade política dominadora, os signos da dominação.
A mesma localiza-se na sociedade como um todo, são as regras simbólicas ideologicamente da manutenção das classes sociais, a sociedade liberal capitalista se mantém por essa lógica de alienação psicológica e antropológica.
São os fundamentos das representações sociais: sem quebrar o propósito do domínio lógico psicológico não será possível a mudança social, e, que implica necessariamente na mudança do modo produtivo e do Estado politicamente.
Na sua Teoria Social Geral, para uma análise sociológica contemporânea propõe como desenvolvimento crítico da análise e leitura das grandes obras clássicas das diversas disciplinas afins, interdisciplinarmente.
A construção de novos conceitos e mudança de posicionamento político diante do liberalismo econômico, na perspectiva da análise sociológica.
Propõe no campo epistemológico o desenvolvimento do diálogo entre dois clássicos: Max Weber a ideologia positivista e os conceitos de classe social de Karl Marx.
A relação do construtivismo com estruturalismo construtivista.
Essa postura epistemológica parte do pressuposto que no mundo existem estruturas objetivas de domínios que coagem as ações representativas dos indivíduos.
Os denominados agentes sociais reprodutivos nas estruturas construídas socialmente como junções psicológicas do pensamento condicionado socialmente, Bourdieu denomina de Habitus psicológico, mecanismo de alienação sociologicamente que deve ser desconstruído.
Procura distanciar da dicotomia entre o subjetivismo e objetivismo, típico das ciências humanas. Por outro lado, não aceita a teoria do fisicalismo, por consistir em considerar os fatos sociais como objetivos, tipicamente da ideologia política do positivismo lógico.
Compreende que a questão objetiva e subjetiva das relações sociais existe numa perspectiva dialética.
As denominadas estruturas objetivas, ideologicamente liberais, coagem as representações dos agentes sociais nas ações do cotidiano, para conservar tais estruturas alienantes.
No entanto, o entendimento dialético contribui na percepção destrutiva, percebendo não só a falsa objetividade, a sua lógica de contrariedade, na formulação do pensamento alternativo, a transformação necessária de tais estruturas.
A verdade epistemológica não está totalmente formulada na sua objetividade, até porque em sua perspectiva dialética desconstrutiva não existe a verdade enquanto fenômeno de análise, o que ocorre é a ideologia da mesma como fundamento falso da verdade.
Uma das questões importantes para Bourdieu se dá numa relação da compreensão central como os agentes sociais incorporam a estrutura de dominação, internalizam-se e reproduzem-se como legitimidade social, os objetos sem nenhum caráter objetivo do ponto de vista lógico.
Exatamente por esse motivo que dialoga com o Estruturalismo, no que tange compreender a lógica do funcionamento da estrutura sistêmica do espírito da alienação do capitalismo liberal.
Bourdieu propõe como saída superar, por um lado, o estruturalismo, por outro, o subjetivismo ideológico, na perspectiva da construção de uma epistemologia dialética e materialista,
que fundamente o entendimento das construções sociais, em defesa da mudança de uma sociedade inteiramente liberal do ponto de vista econômico, nessa perspectiva que pode ser entendido o seu pensamento como continuidade do marxismo.
Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.
Correção: Laura Maria Fernandes da Silva.
Publicação sob orientação da Diretora: Claudete Aparecida de Paula.