Uma análise da percepção fenomenológica na perspectiva evolutiva da física.

Uma análise da percepção fenomenológica na perspectiva evolutiva da física.

Leucipo de Mileto, grande físico grego, nasceu ano 500 a C, seu discípulo Demócrito de Abdera 460 a.C, são apresentados juntos por ter pensamento semelhante a respeito do átomo, como elemento constitutivo da física.

A reflexão de ambos forma um corpo doutrinal, publicado como obra exuberante da escola de Abdera, denominado como princípios do atomismo.

O átomo etimologia grega significa partícula indivisível, realidade física não cortável, entendida pelos filósofos como elemento fundamental da natureza. O ato primordial de todos os fenômenos físicos.

São, portanto, indivisíveis, maciços e indestrutíveis eternos e invisíveis, não podem ser compreendidos empiricamente, refletidos apenas em forma de pensamento, jamais pela razão lógica na dialética compreensível dos sentidos.

A phýsis em grego cuja tradução define se por natureza composta tão somente ilimitada ao numero de átomos, o que pode existir na perspectiva variada das formas na infinitude do universo, composto pelo vazio.

Os átomos se agregam e desagregam, pelo movimento da realidade física, se deslocam atendendo as forças do mesmo, formando tudo que existe, ou seja, as diversidades das realidades físicas, o universo e tudo que teve suas origens na racionalidade da lógica descritiva.

O que podemos refletir a respeito do entendimento de Leucipo, em acordo com a teoria atomística, o que existe na realidade material, constitui se de átomos e do vazio, o que não é átomo é o vazio preso na infinitude da realidade do universo.

Sendo desse modo, dizem os atomistas, os nossos sentidos, só pode perceber a realidade em seu caráter de transitoriedade, mutável naturalmente, mas do ponto de vista existencial ilusório.

O que se pode dizer a respeito da acepção do conhecimento a realidade como ficção, jamais a substancialidade do objeto, nesse aspecto Aristóteles também estava certo, na sua configuração de ato e potência.

Isso porque mesmo que compreendamos as modificações dos movimentos, as coisas em sua essencialidade na realidade prática do mundo não modificam nos seus elementos fundamentais.

O objeto substancial jamais se altera, mas as formas pelas quais são apresentadas, ao mundo particular da teoria do atomismo sim, as suas variáveis da formalidade.

O que significa que a mudança, as transformações da realidade material são explicadas pelo fenômeno da agregação e desagregação, do que se denominam dos elementos fundamentais da realidade física, quando conhecemos apenas pelo pensamento elaborado na etimologia dos aspectos parciais e não reais.

Não se trata que os sentidos provocam a alienação pelo mecanismo da ilusão, mas que não entendemos a realidade, exatamente como ela é em razão da sua transição, com efeito, a percepção também é transitória e presa a ideologia da análise.

Nada se pode referir ao próprio conhecimento, dado a natureza substancial do átomo, o que pode ser percebido são suas formas materializáveis, o enquadramento do átomo enquanto mudança e seus aspectos projetivos do conhecimento.

Para entender cada átomo teria que conhecer a natureza substancial de cada objeto, por meio da percepção que temos, em referência ao aspecto formal, cor, forma, sabor, esses aspectos não são substanciais, motivo da impercepção da realidade dos objetos.

Foi exatamente a partir desses magníficos autores gregos que a pesquisa científica caminhou para o entendimento do átomo como objeto de pesquisa, por grandes físicos no século XIX na figura de John Dalton e posteriormente os modelos quânticos de Rutherford-Bohr.

Nos dias de hoje o átomo como é entendido sobretudo, após as contribuições de Heisenberg e Einstein compõem de subdivisões de partículas denominadas de prótons, nêutrons e elétrons, responsáveis tanto pela teoria da incerteza de Heisenberg como também a teoria da relatividade de Einstein.

No entanto, permanece a ideia em que o pensamento original que a matéria pode ter a sua menor partícula indivisível.

Toda essa formulação desenvolvida do pensamento grego atomista até a constituição física quântica, passando pela aplicação da teoria da incerteza e sua formulação da relatividade, determinou epistemologicamente a formulação do mundo fenomenologicamente dos diversos filósofos contemporâneos entre eles Ponty.

Nessa tradição o que significa conhecer um determinado objeto fenomenológico, a não ser pelo a percepção do mundo da aparência por meio própria razão, aquilo que o objeto aparece no seu aspecto formal, não está relacionado com realidade substancial ao próprio fundamento do objeto.

Exatamente nesse sentido que a percepção fenomenológica representa muito mais a realidade ideológica do sujeito conhecedor, sua estrutura mental, que a própria natureza do objeto em representação.

Desse modo a percepção pelo menos parcialmente seria um auto-engano, as estruturas representativas dos sujeitos resultados de paradigmas temporais presos as mentalidades históricas.

Transforma toda forma de percepção como ato meramente temporal e a realidade da luta dialética entre o objeto e sujeito em luta fenomenológica na própria percepção.

O que significa que o real é imperceptível na natureza substancial e parcialmente a respeito da compreensão de suas formas, entretanto, na perspectiva dos modelos paradigmáticos históricos modificam a essencialidade do tempo perceptível, não sendo objetivamente

exato, a não ser a natureza paradigmática das ideologias aos seus mundos formais. O que é de certo modo apenas a representação não essencialmente objetiva, o caráter fenomenológico do objeto e a projeção das estruturas cognitivas como intencionalidade da consciência racional subjetiva, fruto das estruturas sistêmicas projetivas natural ao próprio sujeito.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/04/2014
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T4753258
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