Uma breve análise do conceito de ideologia como mecanismo de alienação da realidade.
Uma breve análise do conceito de ideologia como mecanismo de alienação da realidade.
A ideologia não tem uma história própria, porque em sua essência funciona como um devaneio inconsciente apresentada como se fosse consciência, quando o seu mecanismo de funcionamento é uma inversão do entendimento real. Um ser ideológico é uma pessoa perdida ao mundo ilusório.
Na verdade é produto de uma realidade psicológica sem ordenação lógica, ausência de significação histórica, de natureza imperceptível à consciência crítica.
Estrutura de funcionamento do cérebro, resulta de mecanismos não históricos, no sentido que seu mecanismo sistêmico apresenta realidade imutável ilógica como se fosse a própria realidade.
A referida é invertida na sua forma não real, para efetivação da irrealidade. Cria se um entendimento particular da ilusão, o mundo ideológico não tem entendimento dele mesmo.
De onde vêm os engodos ideológicos possibilitando sucesso em seus procedimentos transmissivos, na essencialidade contraditoriamente do ponto de vista prático, sustentam se em existências imateriais motivos pelos quais são ideologias.
Qual a verdadeira razão de ser das práticas ideológicas necessárias ao funcionamento de uma sociedade de lógicas funcionais de denominação?
A resposta é muito simples a reprodução ilegítima das relações sociais de produção, tem como propósito sustentar formas de Estados políticos na defesa dos modos de produção.
Portanto, é uma questão de natureza essencialmente política, refletida em todos os aspectos da vida na sua formulação trocada dos valores reais.
A ideologia é tudo que escamoteia a realidade da natureza dos fatos, dentro das instituições de poder e das pessoas em suas relações umas com as outras.
Qual é a forma eficiente dos seus mecanismos de retransmissão dos enganos, a sujeição das pessoas as lógicas institucionais de domínio institucional.
O Estado Político não é uma entidade metafísica, é antes tudo a representação de forças políticas melhor organizadas.
Tem como finalidade retirar da pessoa sua condição de sujeito, coisificado transforma a mesma desmemoriando a sua personalidade, o individuo passa ser exatamente objeto e reage como tal.
A pessoa transforma em coisa e não em sujeito, o mundo contemporâneo tem como objetivo transformar os indivíduos em ideologia coisificada.
A finalidade da ideologia é única produzir um conjunto de procedimentos cimentados no cérebro das pessoas levando a comportamentos adequados as exigências da produção social a serviço naturalmente de um modo produtivo deliberado pelo Estado Político.
Faz os indivíduos acreditarem que tais relações são consequentes e naturais a lógica existencial dos indivíduos aceitando pacificamente os sistemas de alienação.
Fazem os indivíduos coisificado e não ser mais pessoas devido à inversão do modo certo de compreender o mundo e suas relações, transformando a mentira como se verdade concretiza-se o engano na vida real.
A ideologia é em sua natureza uma estrutura sistêmica deturpada, mas organizada no mecanismo cerebral como funcionalidade da memória, o que é errado funciona como certo, na perspectiva de como se fosse certo. A realidade transforma se em imperceptível.
Portanto, determina suas diversas manifestações ideológicas, levando aos indivíduos reconheceram como sujeitos, quando na prática são coisas, elimina a categoria pessoa e aparecem apenas as coisas.
Os indivíduos reconhecem como sujeitos sociais de uma falsa concretude sujeitando as ideias que não correspondem as realidades lógicas, funcionalidades abstratas ao mundo concreto.
O que não é real, passa na vida prática ser lógico, pelo menos no mecanismo sistêmico do cérebro. O irreal passa ser a realidade do mundo imaginativo.
A sujeição não se dá apenas no nível das ideias, do modo de pensar, mas na existência real das coisas, das práticas sociais institucionais.
As ideologias sustentam por meio de aparelhos ideológicos através das instituições políticas, como se fossem públicas, mas antes de tudo funcionam a serviço dos encargos de interesses privados.
Edjar Dias de Vasconcelos.