Os Fundamentos Epistemológicos para a Construção da Teoria Científica de Rudolf Carnap.

Os Fundamentos Epistemológicos para a Construção da Teoria Científica de Rudolf Carnap.

Importante filósofo tido como o maior intelectual da Escola de Viena. Nasceu na Alemanha, cidade de Ronsdorf, ano de 1891. Estudou com muito afinco, Física e Matemática. Posteriormente Filosofia, universidade de Jena.

Aluno do ilustre professor Frege. Ele próprio admitia ter sido profundamente influenciado. Mais tarde tornou-se doutor pela mesma universidade, 1921.

Desenvolveu grandes estudos posteriormente, sendo que o filósofo Schilick ao saber de seu exuberante conhecimento convidou- o para ocupar o cargo de professor assistente na famosa universidade de Viena.

Foi exatamente com essa trajetória que Carnap passou a fazer parte do círculo de Viena. Muito inteligente, naturalmente transformou-se no principal sistematizador das ideias produzidas na referida instituição.

Já no ano de 1930, ao lado de Reichenbach, começaram a editar revistas de Erkenntnis. Logo em seguida fora lecionar em Praga, sendo profundamente perseguido por forças nazistas tendo de abandonar a universidade mudando-se para os Estados Unidos.

Passou a trabalhar em diversas universidades americanas: Chicago, Harvard, Princeton e Los Angeles. Muito famoso, não podendo voltar a Alemanha, teve que forçadamente naturalizar-se americano, 1941. Morreu em Santa Marta, Califórnia em 1970.

Escrevera diversas obras. Em 1928, A Construção Lógica do Mundo. No ano de 1934, ao lado de Hahn e Neurath formulou a Concepção Científica do Mundo: o círculo de Viena.

Sua fundamental preocupação foi o estudo científico no que diz a respeito à investigação e seus critérios objetivos a respeito da verdade. Sua grande interrogação: quais os princípios que determinam a verdade?

Se a verdade resulta do campo da verificação empírica e não metafísica, qual a importância da Filosofia como auxílio na formulação das hipóteses até mesmo possíveis epistemologizações .

Sendo a empiria o critério das determinações epistemológicas, como propõem os empiristas lógicos, o que significa no mundo prático científico, só podendo ser verdadeiras as proposições possíveis de ser observadas factualmente.

A grande interrogação que surge para Carnap é o que fazer com as proposições epistemológicas que não se referem aos fatos, porém as afirmações do ponto de vista cientifico. Esse caminho não faria parte do mundo empírico.

Pergunta indispensável para Carnap: seria a epistemologia destituída de lógicas verdadeiras? Sua resposta é evidente. As proposições epistemológicas são dotadas de significados e não podem referir-se diretamente ao mundo dos fatos, com efeito, não aplicáveis ao mundo empírico.

Servem tão somente, diz Carnap, ao mundo da linguagem. Nesse sentido elimina-se qualquer possibilidade metafísica como influência positiva à análise dos fatos como possibilidade científica, igualmente a Filosofia.

Construção positiva da Filosofia, a referida só poderá ser utilizada como instrumento depurativo da linguagem científica verificando suas imprecisões. A linguagem aplicativa necessariamente tem de seguir com rigor a sintaxe lógica.

A segunda grande contribuição de Carnap foi a elaboração do princípio da confimabilidade. Qual aplicabilidade de tal fundamento, responde Carnap, no uso do princípio fundamental da verificabilidade.

No que foi proposto pelo Círculo de Viena, o fundamento da verificação é empírico para a constatação da verdade de uma determinada proposição ou hipótese.

Em resposta à elaboração do seu próprio método, não se permite conferir nenhuma verdade, cuja proposição for de caráter geral. Pelo simples fato epistemológico, a experiência só se apresenta em casos particulares.

Portanto, tudo o que for generalizado não poderá ser verificado. Com efeito, o aspecto da negação da Filosofia como instrumento de auxílio à epistemologia aplicada às Ciências em geral.

Portanto, o caráter de qualquer fato em análise particular pode ser verificado tão somente pelo mecanismo processual gradual pela experiência. No entanto, jamais o mesmo pelo caminho da empiricidade pode atingir uma confirmação absoluta.

Com efeito, a única perspectiva da verdade, por meios de mais e mais evidências empíricas, o maior grau da lei relativa à empiricidade aplicada, a proposição ou teoria como hipótese será melhor confirmada. Entretanto, o grande equívoco, a transferência imediata da natureza positiva às Ciências do Espírito, com a mesma proposição de verificabilidade científica das Ciências Naturais.

Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 25/03/2014
Reeditado em 28/08/2014
Código do texto: T4742867
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