A natureza da Filosofia e sua aplicabilidade nas Ciências, uma análise crítica de Karl Popper a escola de Viena.
A natureza da Filosofia e sua aplicabilidade nas Ciências, uma análise crítica de Karl Popper a escola de Viena.
No começo do século xx, a Filosofia é duramente atacada, por pensadores do circulo de Viena, destruindo a velha concepção aristotélica cientificista do mundo. A função da Filosofia fica reduzida a análise lógica da linguagem.
Tudo que fora produzido até então não passava de um engodo fictício metafísico nesse aspecto que o epistemólogo e filósofo Karl Popper ataca essa proposição, desejando veementemente destruir principalmente os argumentos de Wittgenstein.
Mostrava que a Filosofia não é um pseudo-produto pelo contrário através da mesma que é possível pensar o que ainda não foi pensando, reanalisar os possíveis erros, seria naturalmente uma loucura destruir a Filosofia, a eliminação da mesma significa acabar com a epistemologia.
Meados do século xx, os cientistas declaram morte a Filosofia, particularmente a respeito do pensamento metafísico, foi quando o círculo de Viena por meio de uma manifestação declara o novo modo de pensar o mundo cientificamente: a concepção científica do mundo, desse modo, para algo ser cientificamente correto, não poderia existir espaço para especulação filosófica.
Define a escola de Viena, apenas o conhecimento empírico merece ser classificado como fundamento das Ciências, tudo mais é mera expressão de ideologias, palavras do principal teórico da referida escola. Carnap.
O papel da Filosofia ficou reduzido ao esclarecimento dos conceitos, proposições e métodos científicos. Carnap, as ciências se libertam segundo a referida escola dos preconceitos inibidores, ou seja, dos mundos culturais construídos ideologicamente.
Com efeito, não cabe mais a filosofia propor enunciados próprios, seu campo de atuação fica, portanto, reduzido ao método de análise lógica da linguagem, formulados sob as proposições de Russel, Whitehead e Wittgenstein.
Existe naturalmente certa crença nesse tipo de abordagem no poder total da Ciência. A mesma elabora hipótese e institui métodos, estabelecendo limites, removendo entulho metafísico, dos pseudoproblemas filosóficos.
No entanto, nem todos os pesquisadores estavam em acordo com essa perspectiva de análise do mundo. O grande opositor dessa proposição, Karl Popper combate não apenas a visão cientificista formulada por Viena, com igual vigor ao papel reservado a Filosofia e seus representantes.
Epistemólogo e filósofo assumido, Karl Popper dedica-se a criticar o Status científico que recobria certas teorias e suas futilidades, desenvolvendo a controvérsia a respeito da natureza da Filosofia em defesa do próprio pensamento filosófico.
Em Conjecturas e Refutações, Popper revela suas principais ideias no campo da Filosofia da Ciência, Ele examina o que se considerava como sendo problemas básicos desta área: a questão da demarcação do campo em análise e o problema da indução.
De fato em Conjecturas e Refutações, Popper dedica uma parte para analisar problemas específicos da Filosofia da Ciência. Dividindo em três partes específicas, sendo que a primeira trata-se das questões das probabilidades, o segundo aspecto da natureza dos problemas filosóficos e seus fundamentos. O terceiro aspecto, a demonstração de outros pontos epistemológicos a respeito do conhecimento humano.
O objetivo desse estudo era expor com eficiência os argumentos em favor da Filosofia, no sentido de compreender o verdadeiro papel da mesma, a respeito de ser instrumento das ciências nas construções de fundamentos.
Popper começa seu trabalho expondo a natureza da Filosofia e do seu papel, afirma que todo procedimento sincero na solução de uma questão de natureza filosófica ou científica.
Popper acredita que a função do filósofo ou cientista é de resolver problemas e não de teorizar a respeito da Filosofia, como procede a escola de Viena.
Com essa proposição Popper extrapola as discussões a respeito da natureza da Filosofia, sendo dessa forma a investigação de qualquer questão não deve restringir a uma determinada matéria ou disciplina, a solução para determinados problemas não são encontrados no corpo das teorias e sim na área onde o problema acontece.
Com essa proposta Popper questiona a existência de problemas filosóficos, o que não implica necessariamente a questão da falsidade a respeito das veracidades dos problemas em referências.
O que defende Popper os problemas levantados pela filosofia são reais e não mera questão de linguagem como postulava Wittgenstein. Se desse modo fosse como quer a escola de Viena, não teria mais sentido as teorias filosóficas, e, a Filosofia como um todo perderia sua razão de ser.
Eliminar os absurdos filosóficos é ensinar as pessoas a pensarem de modo que faz sentido a própria Filosofia. É importante ressaltar que nova Filosofia crítica de Popper aos ensinamentos de Wittgenstein, mostra a aparente contradição em que a Filosofia é reduzida à análise da linguagem, na formação das falsas teorias, ou a conformação de uma teoria com bases em seus postulados. Popper.
Afirmação por parte de Popper que não se trata de uma doutrina filosófica, mas sim de um procedimento empírico, anunciado o fato empírico proposto pela Filosofia, não mais como regras inerentes a linguagem.
Não se trata de uma questão filosófica e sim empírica, o fato naturalmente histórico que todas as propostas dos filósofos não adéqua aos fundamentos inerentes da linguagem, para Popper não é possível eliminar a Filosofia.
Sendo o que Ele desejava era esclarecer os equívocos da teoria de Wittgenstein, usando as elaborações de Bertrand Russel as quais procurava mostrar as origens dos falsos problemas.
Para Popper Wittgenstein deveria partir dessas constatações e não apenas considerar como proposições filosóficas, destituído o sentido lógico condenando a priori a Filosofia como uma disciplina sem sentido.
Discorda totalmente que não se deve tomar cuidado com a linguagem, em principio devido às teorias que são formuladas por axiomas paradoxais e tem suas naturezas contaminadas por lógicas absurdas.
Outro erro fundamental de Wittgenstein fundamenta sua doutrina em defesa dos aspectos lógicos, sendo essencialmente um equívoco, pois a lógica moderna defende não mais a existência de falsas proposições ou erros, isso a respeito às convenções linguísticas e suas questões gramaticais.
Resulta que não é mais possível acusar conteúdos filosóficos ou proposições sem significação. Popper coloca absolutamente contra a doutrina de escola de Viena, particularmente de Wittgenstein.
Não tem como recusar pelo menos aspectos filosóficos indispensáveis às formulações propositivas, o primeiro caso o conteúdo filosófico em algumas hipóteses em que o próprio fato assemelha a situação dada em formulação.
A segunda questão refere especificamente as proposições de Wittgenstein parcialmente apenas a aplicabilidade relativa da sua própria defesa.
A primeira questão remonta de certo modo, as escolas de filosofia não podem restringir suas reflexões a não serem a problemas internos da própria Filosofia e não a falsos problemas formulados pela teoria da linguagem de Wittgenstein.
Isso significa que os verdadeiros problemas competem ao campo das ciências e não dá Filosofia, a proposta da escola de Viena nega o aspecto interior ao campo científico e transfere como se a Filosofia tivesse alguma culpa.
Em referência ao método, Popper acredita que não existe um caminho que possa resolver problemas filosóficos que possa de certa maneira ser imitado.
O que deve ser levado em consideração é que a Filosofia deseja resolver outros problemas referentes a si, e, as ciências, o uso de qualquer método desde que resolva, é exatamente esse fundamento que dá significado no uso da referida na aplicação das ciências em geral.
Sendo assim. É fundamental a eliminação de excessos em referência aos denominados pseudoproblemas imaginados pela escola de Viena.
Uma tarefa ingrata e sem significação pensava Popper na luta para eliminação de um suposto problema filosófico resultado como hipótese, o desmascaramento aos analistas lógicos, com ou sem razão.
Ambas as proposições, as consequências são retiradas das formulações ideológicas de Wittgenstein a respeito da invalidade filosófica das proposições científicas.
Edjar Dias de Vasconcelos