UM PROFESSOR “DEMOCRATA”...MUITO PELO CONTRÁRIO.
Quando estudava na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco,da Universidade de São Paulo, ela por tradição é libertária e tem história. Lá passaram notáveis pessoas que representaram o País, dos bancos escolares saíram três(3) Presidentes da República!! Circulou anos atrás entre as arcadas,pelos arcos de pedra, Castro Alves num dos poemas escreveu que a “praça é do povo como o céu é do condor”...mas o poeta não se formou em Direito,em razão da boemia e amores devassos. Mas de lá saíram juristas,advogados,juízes,promotores de notável conhecimento que prestam e prestaram excelentes serviços à Nação.
Lá,no Largo de São Francisco,(USP), no terceiro ano, quando estudava à noite,pois,trabalhava durante o dia, descuidadamente fiquei para exame oral em DIREITO COMERCIAL, sofri o maior constrangimento,humilhação e vergonha diante de prepotência e preconceito de professor – um tal de Komparatto,não sei das quantas, que seria até doutor e “notável” se não fora antidemocrata,mal educado,preconceituoso e cruel para com terceiros... e com alunos que não conhecia.
Explico: Ao ser chamado diante da banca de três professores examinadores,(essa formação era obrigatória) sendo o presidente esse tal que falei acima, mostrei distraidamente minha identidade militar, ao invés do RG, como seria conhecido, tudo para dizer que eu era eu mesmo-e que não era outra pessoa a ser inquirida-(isso era a praxe) e, deveria sortear um tema a ser abordado perante os mestres...
Ao ver a identidade militar apresentada esse infeliz professor, aos brados e a sala apinhada de alunos, aguardando a vez da chamada... investiu contra minha insignificante figura e pessoa e disse,alto e bom som:
“ O SENHOR EU NÃO EXAMINO”...
Em princípio não entendi.Fiquei catatônico. A classe toda ficou alerta e parei diante do monstro!!
Repetiu: “O SENHOR EU NÃO EXAMINO... O SR. É MILITAR”.
Ninguém esperava uma atitude tão agressiva e intempestiva num ambiente de silêncio, de expectativa e até medo, diante de aprovação e ou reprovação...Diante de elevado saber jurídico.
O professor que se encontrava à minha direita- no púlpito- de cabelos brancos,que não o conhecia, ficou surpreso com o colega ao lado e com a quietude de um monge budista, disse ao indignado professor antidemocrata,titular da Cátedra que “podia eu aguardar sentado e me examinaria”...
“DEO GRATIAS”. Assim diziam os meus primeiros professores cônegos holandeses,belgas do Colégio São Norberto de Jaú, onde me formei.Lá aprendi a respeitar a pessoa humana...
“DEO GRATIAS”. Sim, meu grande desconhecido protetor,diante da tirania de um doutor “democrata” e assumidamente contra a Revolução/Golpe de 64...Não fiz nenhum golpe nem revolução...só queria é aprender DIREITO!!
Lembro de Napoleão Bonaparte que disse,certa feita: “muitos que gritam contra supostas opressões, a rigor gostariam de oprimir”....
DIGO AGORA, a V.Exa., pois, embora babando na gravata e provecto estás ainda vivo e estou aqui para contar essa história...real. Sempre tive aula de DIREITO COMERCIAL com professor adjunto e jamais gostaria mesmo de ter conhecido VOSSA EXCELÊNCIA, cuja EXCELÊNCIA DEIXA A DESEJAR...
Quando estudava na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco,da Universidade de São Paulo, ela por tradição é libertária e tem história. Lá passaram notáveis pessoas que representaram o País, dos bancos escolares saíram três(3) Presidentes da República!! Circulou anos atrás entre as arcadas,pelos arcos de pedra, Castro Alves num dos poemas escreveu que a “praça é do povo como o céu é do condor”...mas o poeta não se formou em Direito,em razão da boemia e amores devassos. Mas de lá saíram juristas,advogados,juízes,promotores de notável conhecimento que prestam e prestaram excelentes serviços à Nação.
Lá,no Largo de São Francisco,(USP), no terceiro ano, quando estudava à noite,pois,trabalhava durante o dia, descuidadamente fiquei para exame oral em DIREITO COMERCIAL, sofri o maior constrangimento,humilhação e vergonha diante de prepotência e preconceito de professor – um tal de Komparatto,não sei das quantas, que seria até doutor e “notável” se não fora antidemocrata,mal educado,preconceituoso e cruel para com terceiros... e com alunos que não conhecia.
Explico: Ao ser chamado diante da banca de três professores examinadores,(essa formação era obrigatória) sendo o presidente esse tal que falei acima, mostrei distraidamente minha identidade militar, ao invés do RG, como seria conhecido, tudo para dizer que eu era eu mesmo-e que não era outra pessoa a ser inquirida-(isso era a praxe) e, deveria sortear um tema a ser abordado perante os mestres...
Ao ver a identidade militar apresentada esse infeliz professor, aos brados e a sala apinhada de alunos, aguardando a vez da chamada... investiu contra minha insignificante figura e pessoa e disse,alto e bom som:
“ O SENHOR EU NÃO EXAMINO”...
Em princípio não entendi.Fiquei catatônico. A classe toda ficou alerta e parei diante do monstro!!
Repetiu: “O SENHOR EU NÃO EXAMINO... O SR. É MILITAR”.
Ninguém esperava uma atitude tão agressiva e intempestiva num ambiente de silêncio, de expectativa e até medo, diante de aprovação e ou reprovação...Diante de elevado saber jurídico.
O professor que se encontrava à minha direita- no púlpito- de cabelos brancos,que não o conhecia, ficou surpreso com o colega ao lado e com a quietude de um monge budista, disse ao indignado professor antidemocrata,titular da Cátedra que “podia eu aguardar sentado e me examinaria”...
“DEO GRATIAS”. Assim diziam os meus primeiros professores cônegos holandeses,belgas do Colégio São Norberto de Jaú, onde me formei.Lá aprendi a respeitar a pessoa humana...
“DEO GRATIAS”. Sim, meu grande desconhecido protetor,diante da tirania de um doutor “democrata” e assumidamente contra a Revolução/Golpe de 64...Não fiz nenhum golpe nem revolução...só queria é aprender DIREITO!!
Lembro de Napoleão Bonaparte que disse,certa feita: “muitos que gritam contra supostas opressões, a rigor gostariam de oprimir”....
DIGO AGORA, a V.Exa., pois, embora babando na gravata e provecto estás ainda vivo e estou aqui para contar essa história...real. Sempre tive aula de DIREITO COMERCIAL com professor adjunto e jamais gostaria mesmo de ter conhecido VOSSA EXCELÊNCIA, cuja EXCELÊNCIA DEIXA A DESEJAR...