Edward W. Said: Oriente e Ocidente, artigo escrito por Edjar Dias de Vasconcelos.

Orientalismo: A relação histórica entre Oriente e Ocidente

A defesa epistemológica como a sociedade europeia inventou o oriente, tese elaborada pelo professor Edward W. Said inicia o seu magnífico livro realizando a sua proposição.

O Oriente como invenção do ocidente tese que no meu entendimento é exagerada em alguns aspectos, mas não na sua complexidade, Edjar Dias de Vasconcelos.

Motivo pelo qual vamos tentar entender a relação existente historicamente entre as distintas sociedades ao logo da história do Oriente e Ocidente.

Apesar da polêmica instaurada a questão eurocêntrica, a defesa só tem significação se entendermos a tese no contexto analisado pelo autor, quando o referido define o significado etimológico do conceito orientalismo.

A primeira grande ponderação é importante dizer que para Said o Oriente existe por si mesmo, não é apenas um mero apêndice do Ocidente, inclusive como cultura histórica diferenciada.

Desse modo é completamente errada a ideia filosófica do Oriente como produto do ocidente, pelas seguintes observações: nações e culturas diferentes, realidades próprias ao longo da evolução da história com suas tradições.

O que se pode dizer com toda certeza esse é o meu modo de entender, que o Oriente está distante entre as mediações semelhantes, oeste e leste, qualquer entendimento é muito mais complexo que a própria tese. Edjar Dias de Vasconcelos.

Podemos, com efeito, refletir que o Oriente é uma realidade autônoma, completada por complexas identidades e culturas, políticas sociais e etnias religiosas com devidas localizações geográficas incompreensíveis ao Ocidente.

Li o livro por mais de uma vez, acho rico em informações e ressalvo a inteligência do professor, mas até então defender a tese formulada, acho muito difícil a sua sustentação absoluta, mas a respeito de certas particularidades seu trabalho é exuberante como mais uma obra clássica do pensamento histórico.

Como se deve entender o Orientalismo cuja natureza de compreensão possibilitou ao professor afirmar com veemência o Oriente é uma invenção do Ocidente, até certo ponto correto. Edjar.

A primeira conceituação atinge a complexa análise e verificando o modo específico, a maneira como o Ocidente pensa o Oriente, dessa forma em análise estou em acordo acordo com Said.

Sendo a perspectiva aceitável do ponto de vista da reflexão, o Oriente não é necessariamente uma identificação real com a natureza social política do Ocidente, mas muito mais a ideia que a Europa desenvolve dele.

Com efeito, não é uma relação direta a Europa, as regiões têm identidades culturais diferenciadas, o que não significa a mesma realidade política, ambas vem de tradições diferentes e modelos culturais alternativos.

O primeiro aspecto a ser considerado, nos séculos XVIII e XIX, devido ao imperialismo europeu, existiu a necessidade de criar ao mundo Oriental a sua identificação cultural, como forma de defesa não apenas do Estado, mas do povo, o Oriente construiu seu caminho na defesa da formulação e sustentação religiosa, o fundamento do islamismo.

Quanto a Europa a sua junção aglutinadora deu coesão e legitimidade as ações do Estado inicia-se então, com efeito, uma exaltação da cultura greco-romana, tomada como modelo de sociedade, conceito determinado como civilizatório, a Filosofia teve papel preponderante.

Com frequência a ideia civilizatória, dá legitimidade ao poderio europeu, fundamentando no preconceito das diferentes sociedades, as que não eram europeias, como atrasadas.

Desse modo para Said, a definição da Europa ou o ocidentalismo com sua própria imagem de idealidade.

O Oriente na visão do ocidentalismo passa ser exatamente um lugar exótico, não civilizado, produtor de barbárie diferente do Ocidente que seguiu com a construção de outras bases culturais.

Além de todas essas características construídas pelo o ocidente, reflete Said de certo modo com eficiência, um marco histórico imponderável.

O que contribuiu eficientemente para que o Oriente fosse considerado uma região de atraso, de povo pré-civilizado, conceito que se aplica a qualquer povo atrasado do mundo, com herança cultural inclusive da Europa, as colonizações latinas em geral.

A verdadeira revolução que a Europa sofreu e não as demais partes do mundo, pelo menos na perspectiva histórica, uma revolução cultural fundamentada no Iluminismo.

Foi através do mesmo que possibilitou o surgimento da teoria empirista fundamento epistemológico para a Revolução Industrial, posteriormente a Teoria Evolucionista de Darwin, como também a evolução para a Física Quântica entre outras evoluções.

A ideia de Darwin foi muito importante para o ateísmo, sentido filosófico que sem o qual a sociedade não desenvolveria no seu sentido global, a razão do atraso de países essencialmente religiosos, o que concordo em minhas análises com certa objetividade.

A ideia de como o humano evoluiu em termos biológicos, de um ancestral primata, como o mesmo evoluiu de outros elos inferiores, posteriormente chegando ao homo sapiens.

Do mesmo modo a sociedade também evoluiu de uma situação anterior, ou seja, de um lugar epistemológico atrasado, para uma sociedade avançada, conceitos esses que possibilitou a Revolução Industrial.

Essa ideia segundo Said, o que concordo uma reflexão significativa, criou se uma cultura negativa ao mundo Oriental, razão legitimadora a uma ação imperialista da Europa a respeito do Oriente, como de certo modo a mesma ação a outras partes do mundo.

O que significa no meu modo de entender, se não fosse à revolução materialista europeia, particularmente o ateísmo não teria sido formulada a segunda mentalidade da revolução Iluminista. O mundo seria ainda completamente atrasado.

O princípio e início de tudo, foi ainda na sociedade Feudal à Revolução Comercial, o nascimento da burguesia, tal ação o Ocidente levava de forma heroica aos Orientais, também a outros povos atrasados, o espírito da revolução ocidental, fruto do Iluminismo.

Tudo ocorreu durante o imperialismo europeu como também mais tarde, com o imperialismo norte americano, cujo seu desenvolvimento econômico, resultou da mesma mentalidade.

Sendo que o modelo norte americano, procura colocar hoje por forças políticas suas imposições determinando os modelos de democracias, no Oriente e no resto do mundo.

Tudo isso foi fruto da Filosofia Iluminista, queremos ou não os filósofos pensam e ajudam o mundo melhorar sendo essa proposição o verdadeiro objetivo da Filosofia.

Sem a mesma não é possível fugir das culturas comuns sustentadas por mentalidades religiosas, à verdadeira grandeza do Iluminismo que será sempre eterno nas suas transformações de mentalidades culturais.

Entretanto, a grande crítica e nesse aspecto concordo plenamente com Said, a justificativa do desenvolvimento, fundamenta-se em um modelo de sociedade resultada das luzes, que justifica a imposição de um povo ao outro, nesse caso tendo recentemente como agentes os americanos.

Mas o que historicamente aconteceu com outras sociedades, como por exemplo, o domínio do império do Ocidente. As cruzadas na expansão marítima, como diversas outras invasões aos povos dominados.

Observação:

A segunda parte da reflexão será desenvolvida em outro artigo escrito por mim, com a finalidade de auxiliar na compreensão da complexidade do pensamento de Said.

Professor Edjar Dias de Vasconcelos, formando nas seguintes disciplinas: História, Filosofia, Psicologia e Bacharel em Teologia com Graduação máxima exame Univera com avaliação dez. Universidade Católica de Belo Horizonte e Faculdade de Teologia da Arquidiocese de São Paulo. Exame Univera realizado por uma banca de grandes doutores.

Tenho domínio em diversos idiomas alguns clássicos com formação interdisciplinar escrevem artigos científicos que são publicados em diversas instituições, com mais de trezentos mil leitores comprovados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/03/2014
Reeditado em 04/03/2014
Código do texto: T4714616
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