Uma Crítica Filosófica ao Positivismo da Escola de Viena.
Escola de Viena.
Uma crítica ideológica da sua formulação epistemológica.
Foi uma associação fundada na década de vinte do século XX, por um grupo de filósofos denominados de positivistas lógicos. Eles tinham como objetivo chegar a uma unificação do saber científico eliminando conceitos vazios sem significação para a epistemologia.
A primeira questão fundamental como eliminar os conceitos ligados aos pseudoproblemas de manifestação metafísico usa para tal o famoso princípio de aplicação ao campo científico, à coerência da verificabilidade.
Distingue-se da ciência por dois caminhos, primeiro pelas proposições não verificáveis aplicadas a metafísica, o que é natural a sua não aplicabilidade. As proposições não verificáveis devem ser suspensas.
Por outro lado, a recusa dos procedimentos sintéticos a respeito do conhecimento a priori. O circulo de Viena defendido pelo grande articulador Rudolf Carnap, visando eliminar naturalmente a metafísica.
Em certos aspectos, atacam as preposições kantianas da filosofia, a defesa veementemente que os enunciados científicos devem sempre obedecer a critérios a posteriores e que seus significados só são verdadeiros com bases de análises quando atende a uma complexidade lógica.
Questiona a lógica simbólica, sendo que nada poderá ensinar a respeito do mundo, pelo seguinte motivo, pois não se justifica como teoria, pelo contrário define-se apenas por um sistema convencional sem sustentação científica.
Ao ser questionado pelo grande teórico Tarski, em função da redução da lógica a um mero instrumento de sintaxe, Carnap juntamente com Wittgenstein voltam para elaboração de uma composição semântica da referida, mas negando naturalmente a metafísica e afirmando o positivismo lógico como ideologia de sustentação dos argumentos a posteriores.
Isto é o estudo lógico entre a linguagem como sujeito e não objeto dos sistemas interpretativos como referência de enunciados verdadeiros.
Começa a partir de esses pressupostos desencadearem equívocos irrecuperáveis epistemologicamente, o principal deles, a redução da filosofia a um instrumento da semiótica o que sustenta a natureza da linguagem como fundamento da ciência.
E qual o papel da semiótica? Volta ao fato anterior negado, criando uma nova sintaxe teoria das relações formais entre as compreensões de signos, até então a não compreensão da negação da metafísica, à volta a uma teoria semântica das teorias das interpretações.
Podemos dizer a interpretação de uma pragmática à defesa da teoria da relação da linguagem com o sujeito na eliminação da filosofia, ao tentar destruir os conceitos da metafísica kantiana destrói-se o sistema de Kant como um todo, por outro lado, a própria filosofia como instrumento do fundamento de natureza científica.
Chega desse modo o absurdo da fundação de uma ideologia que do ponto de vista da lógica pode se denominar de neopositivismo, reduzindo o papel da filosofia apenas a um instrumento clarificador da linguagem e não do fundamento científico, principal erro dos positivistas lógicos de Viena.
O equívoco chegou a tal ponto, é como se alguém entendesse o leito condutor da água, ser mais importante que a própria água no funcionamento da ordem da natureza.
A objeção à metafísica, a sua radicalização eliminando a filosofia, na metáfora comparativa anteriormente e a defesa do neopositivismo associando as ideias das ciências da natureza com fatos sociais com os mesmos critérios de verificação, abalou de certo modo a credibilidade de Viena.
A loucura não teve determinação apenas ideologicamente, foi além da razoabilidade na afirmação de Wittgenstein deixando claro que seu domínio nunca foi filosófico ao afirmar que o limite da linguagem individual era o limite do próprio universo.
Com isso nega todas as formas de materialismos e constroi uma nova metafísica, o saber não depende mais da filosofia e sim tão somente dos signos da linguagem.
O grande problema não é apenas tal proposição, favorece no positivismo a igualdade ideológica entre os dois campos principais da ciência, as naturais e as sociais.
Na verdade Viena apenas criou uma ideologia política como instrumento de análise da própria ciência transformando a mesma em fundamentos de valores culturais de padrões de domínios de interesses particulares dentro da sociedade liberal.
Em síntese uma ideologia política e não um instrumento científico, desconsiderando essencialmente o papel crítico da filosofia.
Edjar Dias de Vasconcelos.