A Dialética Historicamente Entendida em Platão, Aristóteles, Hegel e Marx.
Dialética na Perspectiva de Platão, Aristóteles, Hegel e Marx.
A palavra dialética vem do grego, cujo significado etimológico, dialektike, que significa o fundamento da argumentação, coerência de discurso, na análise de qualquer fato, seja qual for a sua natureza.
Platão foi o primeiro filósofo a desenvolver o conceito da palavra dialética, para ele a dialética significa conceito através do qual a alma se eleva por etapas a um processo superior na superação do mundo das aparências sensíveis, isso é ao mundo prático da empiricidade.
Por meio da dialética aparência da racionalidade atinge as realidades inteligíveis ou ideias, Platão utiliza o conceito da palavra no sentido etimológico do dialogo, como instrumento para alcançar a verdade, uma pedagogia científica graça ao método do esclarecimento.
Para Platão sempre foi importante vencer as forças do mundo das crenças, sendo que as mesmas são produtos do campo empírico, chega se a verdade por meio da percepção da realidade das essências, ou seja, no plano metafísico de outro pressuposto, do qual apenas participamos.
Aristóteles foi aluno de Platão e discordava plenamente dele como foi elaborado seu método dialético, para Aristóteles a dialética sempre um método da aplicação da lógica formal a respeito da apreensão da verdade, na sua acepção clássica.
Aplicação dedutiva elaborada a partir das premissas consideradas verdadeiras dentro do princípio da não contradição, o que se determina pela aplicação da forma, sendo que todos os silogismos construídos se sustentam dentro da lógica de evidência dos fatos.
Em uma estrutura necessária, mas tendo apenas premissas prováveis e fundamentais a não contradição, a lógica formal de Aristóteles aplica se ao mundo das realidades empíricas e não aos mundos das ideias perfeitas moduladas por outra realidade metafísica.
A dialética de Hegel é fruto do movimento contínuo elaborado por ele mesmo, em que a compreensão do movimento passa por três fases necessárias, para chegar à tese, sendo que cada uma delas se supera em parte na construção da nova realidade.
Mas sempre conservado aspectos da anterioridade antítese, tese e síntese, na construção de uma nova antítese repetindo o mecanismo visando elevar o movimento continuamente para uma etapa superior.
Então o movimento do real, permite superar condições inferiores, desse modo continuamente, eliminando as aparências, ou seja, o mundo da alienação do saber, nascendo, com efeito, a hipótese da superação.
A história tem que ser compreendida desse modo, a sucessão dos momentos visando exatamente uma sociedade melhor, mas aperfeiçoado na perspectiva do movimento absoluto.
Mas o conceito da dialética é a formação da totalidade, momento que se apresenta na superação do tempo em que foi sucedido, o que denomina a superação de estágios inferiores.
Nega se naturalmente como princípio as deficiências não globais, superando os estágios na medida em que o conhecimento avança para atingir a lógica do absoluto.
A dialética em Marx resulta da necessidade de compreender as contradições da sociedade, e de como são produzidas pelo modelo social de produção das riquezas, isso significa que a própria sociedade produtiva produz seus antagonismos.
O que significa que as contradições resultadas da luta de classe, graças ao significado da compreensão do materialismo histórico, a dialética o método de compreensão da realidade, do mecanismo do modo de produção capitalista, o causador das diferenças.
A compreensão política das verdadeiras crises sistêmicas a as demandas de verificação, o que está em jogo é a mudança política, e, como determinar o novo modelo político.
O que provoca a luta das tendências, a valoração dos aspectos positivos e negativos, o que gera o progresso é a mudança, e não as análises de qualquer um dos momentos, a dialética de Marx é peremptoriamente a mudança radical da política liberal e do modo de produção capitalista.
Edjar Dias de Vasconcelos