O Fundamento do Historicismo.
O Fundamento do Historicismo.
O primeiro momento da sua origem e evolução.
Historicamente pensamos que o debate ideológico na ciência social, resulta-se apenas de um confronto epistemológico entre o positivismo e o marxismo, no mundo prático não é verdadeiro, devido à existência de uma terceira corrente que do ponto de vista científico é de igual valor.
Trata especificamente do historicismo, que a princípio de certo modo não identificaria com as tendências em referências, mas no mundo praxiológico das ideologias, o historicismo articula-se tanto com um como com o outro. Com efeito, as dificuldades de entender as epistemologizações dos seus conteúdos.
Encontramos variáveis sociais, tendências ao mesmo tempo, positivistas, historicistas e marxistas, como o aluno comum ou mesmo o leitor vão entender essas variações. No positivismo, é o caso especificamente de Max Weber, mas no marxismo encontramos diversos autores.
O historicismo é uma corrente fundamental na construção e fundamentação da teoria do conhecimento social, na sociologia do conhecimento, como em qualquer ciência do espírito, como muito bem formulou Dilthey.
Mas o fundador da sociologia como teoria do conhecimento, ou seja, disciplina científica se denomina historicamente, por Karl Mannheim, ele é o grande representante do próprio historicismo.
É necessário entender o que é uma concepção historicista da ciência do social em particular a concepção historicista da ciência social em particular, a concepção historicista da relação entre valores ou ideologias às visões de mundo e o mecanismo cognitivo do conhecimento científico, na perspectiva do próprio historicismo.
Primeiro o fundamento do historicismo parte de três hipóteses fundamentais: primeiro qualquer fenômeno cultural, seja qual for sua natureza, político ou histórico, só pode ser compreensível, se for entendido na sua perspectiva epistemológica dentro da história, a mesma é a fonte de todos os conhecimentos, em relação ao fenômeno e ao processo histórico.
O segundo aspecto que deve ser levado em consideração, existe uma diferença entre fatos históricos ou sociais e os fatos naturais. As ciências que estudam as duas referências fato social e natural são qualitativamente distintas.
A primeira distinção elaborada por Dilthey, na ciência social ou teoria do conhecimento social, não só o objeto da pesquisa é social, por estar inserido no fluxo da produção histórica, mas o próprio sujeito da pesquisa também.
O que dificulta muito, porque a consciência que estuda o fato histórico, ela de certo modo é produção da história do processo histórico como consciência cognoscível.
Nesse caso em específico o conhecimento é a limitação do tempo e da história, o sujeito também como objeto, crítica a teoria pura de Kant, elaborada por ele mesmo.
Portanto, não existe conhecimento fora da história, das produções culturais dos tempos históricos, todos os sujeitos do conhecido vagam no mesmo barco que desliza sobre a água do grande rio, que é o tempo histórico.
No século XIX surge um grande pensador que começa dar a história uma perspectiva relativista, Droysen, ele ataca a ideologia que a ciência histórica possa ter uma compreensão da história objetivamente correta, classifica tal posicionamento como ilusão epistemológica.
Com efeito, o fenômeno da objetividade é simplesmente ignorância produto de gente sem formação séria acadêmica, isso no mundo do historicismo. Com efeito, o sujeito cognoscente não consegue compreender nada mais além do seu mundo referencial em acordo com seu mecanismo de síntese, resultado naturalmente da sua cultura, o que não significa que a sua cultura seja verdadeira, o que costuma ser especificamente ideológica.
O historicismo produz a primeira afirmação relativista da história, não existe uma verdade objetiva, todas as verdades do ponto de vista da história são fragmentações produzidas pelo próprio tempo histórico resultado de mecanismos de sínteses individuais produzidos sempre como mecanismos projetivos nos fatos em análises.
Isso serve tanto para o positivismo, como para o marxismo, como outras tendências mais fragmentarias ainda, como os diferentes liberalismo ou psicanálises e demais ciências não empíricas. As verdades não são neutras, são ideológicas porque elas não representam seus propósitos. Edjar.
Droysen como grande cientista que era, reconhece que o método historicista só pode levar a resultados parciais ao tempo, e que toda compreensão é apenas a produção de um mecanismo de síntese fruto de uma razão parcelada, sendo tanto mais parcelada a razão, na medida em que ela mesma não reconhecer a relatividade da construção do saber.
Isso significa que toda forma de saber é unilateral, limitado, parcelado, a razão por mais crítica que seja padece do seu ato formal. Edjar. Sobretudo, quando quer refletir o entendimento social a partir de tendências positivistas indutivas, o que não são permitidos pela lógica dedutiva do historicismo.
O saber é a superação do parcelamento das razões em seus tempos históricos superativos. Edjar Dias de Vasconcelos.
O próximo passo dado por mim brevemente será a explicação evolutiva do segundo momento da evolução da concepção historicista dado ao historicismo pelo grande filósofo Wilhelm Dilthey.
Quando o historicismo mudou totalmente de configuração, modificando o positivismo e o marxismo, de sobra todas as tendências do social, pelo menos do ponto de vista da análise científica.
Edjar Dias de Vasconcelos.