A escola precisa dar ênfase à educação do coração
Drogas, corrupção, gravidez na adolescência, desintegração familiar, vícios, AIDS são alguns vilões responsáveis pela perda de valores básicos universais. Sentimentos como respeito, entendimento e fraternidade estão, praticamente, perdidos. Por isso, a violência cresce fortemente. Sofremos muito, pagamos um preço altíssimo porque não temos sido capazes de encontrar soluções eficazes e definitivas para as pragas sociais.
A pouca prioridade que se dá à educação tem sido apontada como a principal causa dos grandes problemas sociais e da violência. Entretanto, fazendo uma análise, mesmo superficial, vemos que tal argumento não reflete de forma satisfatória a realidade. Os noticiários mostram, diariamente, pessoas de alto nível intelectual e sócio-econômico envolvidas em corrupção, homicídios, crimes passionais, pedofilias e tantos outros desvios de conduta.
Esforços têm sido feitos- as igrejas cristãs vêm aumentado grandemente sua “leva” de fiéis, os governos têm investindo um pouco mais em educação, construindo, inclusive, mais salas de aulas e destinando mais recursos à educação. Entretanto em muitas escolas, o palco da violência, é a própria escola, a própria sala de aula. “O que é que há?”
Além do mais, países que colocam a educação como prioridade, por exemplo, Os Estados Unidos, também enfrentam problemas semelhantes aos nossos.
Assim, com base na necessidade de se trabalhar a "educação do coração", torna-se necessário repensar e rediscutir o " termo educação de qualidade". O que é realmente educação de qualidade?
A resposta está, sim, na educação. Mas ela não pode priorizar apenas a obtenção de informação, o desenvolvimento intelectual e a aquisição de habilidades técnicas . Não é preciso fazer muito esforço para se deduzir que esse tipo de educação tem se mostrado falha.
A educação verdadeira deve priorizar a ética e a moral, a edificação do caráter, o fortalecimento e aperfeiçoamento da espiritualidade do educando, sem deixar de lado, é claro, o ato de desenvolver as capacidades dos alunos e contribuir para que eles aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade, como preparação para o trabalho, desenvolvimento da capacidade crítico-reflexiva face às exigências das questões político-social-cultural,além de promover o exercício da cidadania ,a partir da compreensão do mundo real , a fim de que possam coloborar para a construção de uma sociedade justa, pacífica e igualitária.
Contudo, para a formação do aluno "pleno" precisamos de uma “educação do coração”, do contrário continuaremos a reproduzir a sociedade que herdamos das gerações passadas.
Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues
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Publicado em inicialmente no Blog Sinto muito, mas precisa falar em 15 de abril de 2009