FINAL DE ANO LETIVO: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR
Nossas escolas, nesses dias, estão fechando suas portas. Alguns educandos vibram com os resultados conquistados durante o ano letivo, uns permanecem estáticos e outros choram, talvez por reconhecer neste instante as irresponsabilidades dos tempos da escola, talvez por falta de vontade de aprender ou talvez até, por “medo” de saldarem suas dívidas (as dúvidas) com nossos educadores.
Durante o meu trabalho pedagógico, ganhei a certeza de que um bom educador não é aquele que pouco investe no educando, conferindo-lhes apenas resultados positivos e retirando, prematuramente, seu corpo da sala de aula.
Além disso, um bom educador também não é aquele que confere aos seus educandos apenas resultados negativos, vindo ser avaliado após, pelos pais destes educandos que pouco acompanharam o período letivo dos filhos, mas frente a tais resultados, preferem questionar no final o trabalho do educador.
Um bom educador, creio ser aquele que vive e convive com seus alunos todos os temas que lhes são conferidos. Aquele que, com os sentimentos de grande mestre, amor, ternura, carinho, respeito, repassa conhecimentos, oferecendo aos educandos uma fórmula mágica para aprender.
Sentimentos nos ensinamentos são os grandes macetes de uma boa aprendizagem.
Educador que ensina com amor, colhe em seu educando bons e belos frutos de louvor.
Ensinar não é apenas repassar conteúdos. Ensinar é aprender juntamente com os educandos a forma ideal e proveitosa de sentir seus conteúdos serem saboreados com prazer, com sabor.
Faz-se necessário ao educador não aceitar passivamente e de maneira cega o novo, ou seja, precisa estar atento às mudanças que se fazem necessárias na sua prática pedagógica, já que reconhecer a necessidade de mudança é também descobrir as formas de intervenção saudável no comportamento dos jovens.
Além disso, há necessidade também de que se tenha consciência que a educação exige intencionalidade e recusa o espontaneísmo na ação. Mas que também se beneficia de um espírito desarmado, disposto a reconstruir e abrir caminhos à força da imaginação.
Quando a imaginação se faz presente em todo trabalho do educador, qualquer tipo de aprendizagem merece reconhecimento de ter sido um bom trabalho.
A criatividade e a imaginação em toda intenção educa, de maneira rica e ideal nosso educando, outorgando-lhes, já de início, plenas condições de jovens responsáveis ao exercício pleno de sua cidadania.
Cabe portanto, ao educador, interrogar-se:
- Será que realizei realmente um bom trabalho nesse ano letivo que se passou? Quais foram as minhas falhas? Como, quando e com quem pretendo corrigi-las?
Também ao educando é conferido o dever de avaliar o seu trabalho:
- Por qual motivo não consegui aprender de maneira ideal tal conteúdo? Onde falhei? Será que a restrição retirou de mim a coragem de interrogar? O que preciso prometer-me para afastar as dúvidas durante a apresentação de conteúdos e fazer-me digno dos resultados que me forem apresentados, quando fui em busca de retirar minhas dúvidas e consegui?
Cabe-me, portanto, neste final de ano letivo, como educadora, parabenizar toda a educação que, com ou sem resultados dignos, trabalhou de forma grandiosa e enobrecedora, merecendo aplausos de todas as demais profissões. Afinal, quem forma um bom advogado, engenheiro, médico, dentista, arquiteto, educador, e outras tantas? O bom educador, sem sombra de dúvidas.
Apenas os políticos que manobram os salários da nação parecem não terem recebido suas formações educacionais com educadores, também! Basta verificar os salários do educador: o educador faz um político também, mas o salário dele, ó... (Chico Anísio)
Boas férias à toda a educação trabalhadora e merecedora!