Idade, Sexo e Tempo
Em idade sexo e tempo, Alceu Amoroso Lima faz reflexões atemporais sobre o homem. Cada um de nós, diz ele, é o reflexo de seu tempo, do seu meio, da sua nacionalidade, da sua idade, de sua educação, da sua profissão, da sua classe, da sua fé, do seu sexo, e até mesmo de sua família, de seus amigos, de seu divertimento, de seu bairro. Todas as comunidades em que vivemos distinguem sobre nós um pouco do seu colorido e a nossa vida psicológica é sempre uma resultante de influências, interiores e exteriores, de uma ação e reação continúas entre a personalidade e a comunidade, entre o que somos por natureza, e o que fazem de nós as circunstâncias e o ambiente de nossa existência.
E ele com a sua sabedoria nos adverte: "É nos livros do romancistas, mais do que nos tratados das psicologias, que vamos encontrar os tipos humanos mais fraglantemente reais. É um Balzac ou num Toltoi, num Dostoieyvki ou num Mauribe que encontramos os mais perfeitos estudos da alma, complexa e contradidotória, irredutível a classificações, imortal em suas propriedades pessoais, porque livre e não submissa ao jogo de determinismos inflexíveis.
Sendo assim, continua ele, é bem certo que a história de uma vida humana, mesmo se excluirmos as circunstâncias exteriores que a distinguem de todas as demais, não repete a história de outra qualquer vida humana.Repelo-ia se o homem fosse uma formiga ou uma abelha. Há homens-formigas e homens-abelhas, sem dúvida, como há mulheres-ciganas, mulheres-borboletas, até dizem que mulheres-vampiros... Mas os simbolos nuncam passam de simbolos. E na realidade a grande beleza de nossa vida é não conhecer o homem, para conhecer este homem. Joseph de Maistre chegava a dizer que em sua vida tinha encontrado muitas francesas, russas ou alemães, mas nunca tinha encontrado o HOMEM !
Roberto Gonçalves
Filósofo
E ele com a sua sabedoria nos adverte: "É nos livros do romancistas, mais do que nos tratados das psicologias, que vamos encontrar os tipos humanos mais fraglantemente reais. É um Balzac ou num Toltoi, num Dostoieyvki ou num Mauribe que encontramos os mais perfeitos estudos da alma, complexa e contradidotória, irredutível a classificações, imortal em suas propriedades pessoais, porque livre e não submissa ao jogo de determinismos inflexíveis.
Sendo assim, continua ele, é bem certo que a história de uma vida humana, mesmo se excluirmos as circunstâncias exteriores que a distinguem de todas as demais, não repete a história de outra qualquer vida humana.Repelo-ia se o homem fosse uma formiga ou uma abelha. Há homens-formigas e homens-abelhas, sem dúvida, como há mulheres-ciganas, mulheres-borboletas, até dizem que mulheres-vampiros... Mas os simbolos nuncam passam de simbolos. E na realidade a grande beleza de nossa vida é não conhecer o homem, para conhecer este homem. Joseph de Maistre chegava a dizer que em sua vida tinha encontrado muitas francesas, russas ou alemães, mas nunca tinha encontrado o HOMEM !
Roberto Gonçalves
Filósofo