FATOS (TERRÍVEIS) E VERDADEIROS.
**Família volta tranqüila, relaxada, de carro para a casa,mora no Interior, depois de alguns dias nas praias do Litoral Norte.Rodovia dos Tamoios. O marido e a mulher na frente e atrás uma criança (bem nova), na cadeirinha de proteção, tudo como manda o regulamento de trânsito . Tudo dentro dos conformes.
Na estrada um vendedor de bananas, (cachos de bananas) e o casal pára no acostamento e compra –um pequeno cacho-que levaria para casa. Coloca na parte traseira do veículo , na parte alta, próximo ao vidro traseiro. Bem próximo à cadeirinha. Mais adiante a criança de menos de 1 ano começa a ficar incomodada e chora,aparentemente sem motivo algum.. Chora a ponto de se parar o carro abre-se a porta traseira e a mãe observa bem a criança e nada vê. Aparentemente nada acontecia.Tudo bem,segue-se na estrada,com destino a rodovia D.Pedro. A criança –de repente- pára de chorar. Continuam a viagem de volta. Ainda no caminho a mãe- sempre a mãe- vê que a criança dorme, mas dorme profundamente. Silêncio profundo. Muito estranho. Pede para o marido estacionar para ver- afinal- o que acontecia. (Havia algo incomum)...Era mesmo... a criança estava morta!!... Do cacho de banana saíram três pequenas cobras, filhotes (10 a 12 cm), corais e picaram a infeliz criança no pescoço(local mais letal,pois próximo do cérebro) e, ninguém viu... O choro foi o aviso, mas não o suficiente, para evitar essa tragédia. Fatalidade. Não há ninguém para ser responsabilizado. Tragédia pura, sem culpado. Quem poderia imaginar que de um cacho de bananas sairia a morte? Um fato terrível,incomum, mas verdadeiro, infelizmente.De dentro do cacho de bananas estava a morte...Isto aconteceu.
Depois que soube disso não paro em lugar algum à beira da estrada...Não compro nada.
****De “Le Monde Diplomatique”-(fonte)- agosto- “ de Hubert Prolongeau:...Título:Como se enfrenta a mutilação feminina=África- “ Norte do país, província Oudalan, alguns tufos grisalhos na barba curta, a cabeça coberta por um chapéu tradicional, um bubu branco e azul.Toda esta agitação sobre a excisão quase o divertia. “Sempre fizemos isto.(excisão).É a tradição.Por quê precisaria mudar ? Se não as operamos, as garotas vão a toda parte. Para que elas cheguem virgens ao casamento,é preciso que se faça a excisão.E é mais higiênico. No vilarejo de meu cunhado, há mulheres não cortadas. Elas são loucas”. Louca como? Ele sorri, mas não responde. “Nós sempre tivemos prazer com nossas mulheres. Hoje, os jovens não respeitam nossos costumes. É por isso que existe a AIDS , o divórcio aumentou e a prostituição também. Os primeiros muçulmanos se escondiam para rezar e eles acabaram vencendo. Será a mesma coisa para aqueles que nós obrigamos à excisão escondida. Eu quis que minhas filhas fossem cortadas, fiz meu dever e elas devem fazer o delas”. Estes argumentos podem se multiplicar, assim como se ouve dizer que o clitóris contém vermes (confusão feita frequentemente e ligada a secreções vaginais relacionadas à má higiene íntima) que causariam impotência ao homem, e que se a cabeça do bebê os tocasse durante o parto, a criança morreria ao nascer. (!?-sic). Mais adiante a mesma fonte diz: “ Resta muito a se fazer. Por certo, o CNLPE- Comitê Nacional de Luta contra a Prática de Excisão- não é uma organização perfeita. Mas, ainda que desprovido de recursos, às vezes sem poder real para atingir seu objetivo de frear o crescimento das excisões clandestinas, ele obtém resultados. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou em 2001, que a mutilação ainda era prática em 14 das 45 províncias de Burkina (Burkina, norte da África, está em 175º.lugar em nível de desenvolvimento humano no programa das Nações Unidas,cuja classificação geral é de 177 paises); A diminuição acompanhava a faixa etária,assim: 75,4% das mulheres de mais de 20 anos eram mutiladas, taxa que para as meninas diminuía para 43,6%, entre meninas de 11 e 20 anos e 16,3% para as meninas entre 5 e 10 anos;entre as mulheres muçulmanas, 58,72% tinham passado pela excisão. O nível de informação avançou muito. Cerca de 90% da população sabe que a lei existe. Aqueles que a transgridem não podem ignorar aquilo que fazem, nem os riscos que correm”. Uma cortadeira de clitóris ganha 0,68 centavos, ou seja, tudo isso por mais ou menos de 2 reais.
Essa prática – excisão- como é cientificamente chamado é fruto da mais absoluta ignorância e embora crime, relata o “Le Monde Diplomatique” de agosto, que algumas garotas querem realizar essa prática porque suas colegas já mutiladas, não as aceitam. Cresce o número de locais clandestinos onde são realizados esses crimes que desde novembro de 1996 prevê pena de 6 meses a 3 anos para pessoas que praticam e de 5 a 10 anos em caso de morte da vitima. Além da pena, há multa que varia de 229 a 1.372 euros. Para os médicos, a pena máxima é de proibição do exercício da medicina durante 5 anos. Só isso para os médicos. Nada mais.
As cortadoras –usam facas afiadas-dizem que em crianças recém-nascidas a prática é mais fácil, entretanto há vários casos de óbitos em várias faixas etárias. A mutilação feminina continua por ser um costume antigo, forte, das tribos governadas, sempre pelos homens.
**** Pensando bem , porquê o roto fala mal do rasgado? Afinal se na África a situação é terrível para as mulheres, raciocinando pergunta-se qual o destino das crianças brasileiras (desde 8 anos) e jovens de qualquer idade que se prostituem nas estradas nordestinas para motoristas, especialmente a caminhoneiros, a fim de render parcos reais para o sustento da família? Não é só do governo a solução para essa vergonha nacional. A solução também é nossa. Da sociedade como um todo. Não cortamos clitóris, mas mantemos uma prostituição vergonhosa perante o mundo, igual a da África, como fala de “Le Monde Diplomatique”. Perder a dignidade é coisa séria e atinge direitos humanos. Ambas as ações – a excisão, como a prostituição infantil – deixam marcas, seqüelas, para o resto da vida. Não dá mais para agüentar...
**Família volta tranqüila, relaxada, de carro para a casa,mora no Interior, depois de alguns dias nas praias do Litoral Norte.Rodovia dos Tamoios. O marido e a mulher na frente e atrás uma criança (bem nova), na cadeirinha de proteção, tudo como manda o regulamento de trânsito . Tudo dentro dos conformes.
Na estrada um vendedor de bananas, (cachos de bananas) e o casal pára no acostamento e compra –um pequeno cacho-que levaria para casa. Coloca na parte traseira do veículo , na parte alta, próximo ao vidro traseiro. Bem próximo à cadeirinha. Mais adiante a criança de menos de 1 ano começa a ficar incomodada e chora,aparentemente sem motivo algum.. Chora a ponto de se parar o carro abre-se a porta traseira e a mãe observa bem a criança e nada vê. Aparentemente nada acontecia.Tudo bem,segue-se na estrada,com destino a rodovia D.Pedro. A criança –de repente- pára de chorar. Continuam a viagem de volta. Ainda no caminho a mãe- sempre a mãe- vê que a criança dorme, mas dorme profundamente. Silêncio profundo. Muito estranho. Pede para o marido estacionar para ver- afinal- o que acontecia. (Havia algo incomum)...Era mesmo... a criança estava morta!!... Do cacho de banana saíram três pequenas cobras, filhotes (10 a 12 cm), corais e picaram a infeliz criança no pescoço(local mais letal,pois próximo do cérebro) e, ninguém viu... O choro foi o aviso, mas não o suficiente, para evitar essa tragédia. Fatalidade. Não há ninguém para ser responsabilizado. Tragédia pura, sem culpado. Quem poderia imaginar que de um cacho de bananas sairia a morte? Um fato terrível,incomum, mas verdadeiro, infelizmente.De dentro do cacho de bananas estava a morte...Isto aconteceu.
Depois que soube disso não paro em lugar algum à beira da estrada...Não compro nada.
****De “Le Monde Diplomatique”-(fonte)- agosto- “ de Hubert Prolongeau:...Título:Como se enfrenta a mutilação feminina=África- “ Norte do país, província Oudalan, alguns tufos grisalhos na barba curta, a cabeça coberta por um chapéu tradicional, um bubu branco e azul.Toda esta agitação sobre a excisão quase o divertia. “Sempre fizemos isto.(excisão).É a tradição.Por quê precisaria mudar ? Se não as operamos, as garotas vão a toda parte. Para que elas cheguem virgens ao casamento,é preciso que se faça a excisão.E é mais higiênico. No vilarejo de meu cunhado, há mulheres não cortadas. Elas são loucas”. Louca como? Ele sorri, mas não responde. “Nós sempre tivemos prazer com nossas mulheres. Hoje, os jovens não respeitam nossos costumes. É por isso que existe a AIDS , o divórcio aumentou e a prostituição também. Os primeiros muçulmanos se escondiam para rezar e eles acabaram vencendo. Será a mesma coisa para aqueles que nós obrigamos à excisão escondida. Eu quis que minhas filhas fossem cortadas, fiz meu dever e elas devem fazer o delas”. Estes argumentos podem se multiplicar, assim como se ouve dizer que o clitóris contém vermes (confusão feita frequentemente e ligada a secreções vaginais relacionadas à má higiene íntima) que causariam impotência ao homem, e que se a cabeça do bebê os tocasse durante o parto, a criança morreria ao nascer. (!?-sic). Mais adiante a mesma fonte diz: “ Resta muito a se fazer. Por certo, o CNLPE- Comitê Nacional de Luta contra a Prática de Excisão- não é uma organização perfeita. Mas, ainda que desprovido de recursos, às vezes sem poder real para atingir seu objetivo de frear o crescimento das excisões clandestinas, ele obtém resultados. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou em 2001, que a mutilação ainda era prática em 14 das 45 províncias de Burkina (Burkina, norte da África, está em 175º.lugar em nível de desenvolvimento humano no programa das Nações Unidas,cuja classificação geral é de 177 paises); A diminuição acompanhava a faixa etária,assim: 75,4% das mulheres de mais de 20 anos eram mutiladas, taxa que para as meninas diminuía para 43,6%, entre meninas de 11 e 20 anos e 16,3% para as meninas entre 5 e 10 anos;entre as mulheres muçulmanas, 58,72% tinham passado pela excisão. O nível de informação avançou muito. Cerca de 90% da população sabe que a lei existe. Aqueles que a transgridem não podem ignorar aquilo que fazem, nem os riscos que correm”. Uma cortadeira de clitóris ganha 0,68 centavos, ou seja, tudo isso por mais ou menos de 2 reais.
Essa prática – excisão- como é cientificamente chamado é fruto da mais absoluta ignorância e embora crime, relata o “Le Monde Diplomatique” de agosto, que algumas garotas querem realizar essa prática porque suas colegas já mutiladas, não as aceitam. Cresce o número de locais clandestinos onde são realizados esses crimes que desde novembro de 1996 prevê pena de 6 meses a 3 anos para pessoas que praticam e de 5 a 10 anos em caso de morte da vitima. Além da pena, há multa que varia de 229 a 1.372 euros. Para os médicos, a pena máxima é de proibição do exercício da medicina durante 5 anos. Só isso para os médicos. Nada mais.
As cortadoras –usam facas afiadas-dizem que em crianças recém-nascidas a prática é mais fácil, entretanto há vários casos de óbitos em várias faixas etárias. A mutilação feminina continua por ser um costume antigo, forte, das tribos governadas, sempre pelos homens.
**** Pensando bem , porquê o roto fala mal do rasgado? Afinal se na África a situação é terrível para as mulheres, raciocinando pergunta-se qual o destino das crianças brasileiras (desde 8 anos) e jovens de qualquer idade que se prostituem nas estradas nordestinas para motoristas, especialmente a caminhoneiros, a fim de render parcos reais para o sustento da família? Não é só do governo a solução para essa vergonha nacional. A solução também é nossa. Da sociedade como um todo. Não cortamos clitóris, mas mantemos uma prostituição vergonhosa perante o mundo, igual a da África, como fala de “Le Monde Diplomatique”. Perder a dignidade é coisa séria e atinge direitos humanos. Ambas as ações – a excisão, como a prostituição infantil – deixam marcas, seqüelas, para o resto da vida. Não dá mais para agüentar...