TCC Maia - Parte 2

1.3 - Os cultos e a contagem de tempo

Podemos notar nos ritimos e nos cultos dos Maias o uso da contagem, seja em anos, semanas, metros. Os mesmos já pregavam doutrinas e certos sinas de uma inteligência, onde nenhum povoado tão avançado como os Maias, segundo Annequin,

"Durante a grande época clássica, e particularmente no seu termino, os Maias tinham o costume de erguer a cada Katum - 20 anos -, depois a cada 10 anos, em breve a cada cinco anos, na grande praça cerimonial de suas cidades, uma estrela esculpida comemorava cuja construção, provavelmente, se fazia com grande cooperação do povo e ocasionava cerimônias e uma festa (ANNEQUIN, 1978, p. 217)".

Na citação de Guy, é possível observar um culto dos Maias, que fica claro a presença da contagem, o Katum, é uma das formas maias de numeração/contagem.

"Todo período decorrido assumia assim um colorido sagrado e como tal era venerado: os anos, os meses, as semanas e mesmo os dias eram considerados como deuses (ANNEQUIN, 1978, p.213)".

1.4 - A escrita

A herança da escrita veio dos Olmeques, onde os Maias posteriormente, desenvolveram o sistema complexo da escrita. O sistema da escrita Olmeque era composto entre 450 a 500 sinais diferentes (glifos). Esses glifos eram símbolos e não representação alfabética, onde a grafia alfabética e fonética será desenvolvida pelos Maias.

1.4.1 - O foco não apresentar a civilização Olmeca, mas não podemos ignorá-la, já que é dela que os Maias têm suas raízes culturais. Os olmecas ocuparam as planícies do golfo do México. Foi uma comunidade dominante na área ecológica. Construíram ciddes e centros cerimoniais. Sua cultura foi a que mais chamou a atenção entre as civilizações Meso-América; com esculturas imensas de varias toneladas com cabeças gigantes, os olmecas também traçaram a herança dos hierógrafos egípcios.

1.5 - Calendário e Astronomia

As atividades culturais, estudos e cálculas eram realizados pelos sacerdotes, onde depositavam fontes sobre os acontecimentos sábios e sobre a religião. (IFRAH, 1989, p.255) "A 'ciência-maia' foi de fato cutivada na mais alta hierarquia dos santuários. Para tornar-se astrônomo, era preciso ser sacedote". Os Maias estavam, além da religião, extremamente ligados com o tempo e os astros. Suas atividaes eram exercidas através do calendário "sui generis",

"Esse calendário revela com precisão mais surpreendente quando sabemos que os sacerdotes-astrônomos maias acreitavam a Terra chata como um disco e jamais compreenderam que ela girava em torno do Sol. O sistema vigesimal de sua aritmética - com progressão de 20 em 20, não em 10 em 10 como no nosso sistema decimal - lhes permitia cálculos complexos reservados ao estudo dos fenômenos celestes, pois cabia a astronomia regular e reger todos os atos da vida (ANNEQUIN, 1978, p. 249)".

Os Maias foram um dos povos raros a ter usado o zero (0) e outras pesquisas afirmam que foram os Maias que inventaram o zero. Também no estudo da astronomia previram com exatidão os eclipses.

Como era uma civilização agrária o uso preciso do calendário para o plantio e para a colheita era de suma importância, já que garantia o alimento para o povado. Para isso, os Maias adquiriram calendários como forma de acompanhar as estações e o sucesso do alimento, determinando dois calendários para dois períodos.

1.5.1 - Calendário Tzolkin

O mais simples dividido em 13 meses de 20 dias, no total de 260 dias; esse calendário é o mais simples, usado para fins adivinhatórios, estava ligado aos dias de festas religiosas e atividades cerimoniais.

1.5.2 - Calendário Haab

Dividido em 18 meses de 20 dias, mais cinco dias denominados "dia do mau presságio" no total 365 dias. Era usado como o calendário solar agrícola.

"O encontro desses dois calendários não ocorriam senão a cada 18.980 dias, isto é, a cada 52 anos, intervalo em que assemelha ao nosso século bem mais longo (ANNEQUIN, 1978, p.253)".

1.5.3 - O Ciclo de 52 dias e o calendário Lunar

Pouco se sabe sobre o ciclo de 52 dias ou calendário circular, segundo o escritor Colin, podemos ter uma breve ideia.

"Esse ciclo de 52 anos, ou 'calendário circular', foi adotado porque, após um calendário de 365 dias repetir-se, um determinado dia ocorrerá novamente na mesma posição do ano. Mais uma vez, então, encontramos o que parece ser um sistema de calendário sofisticado, que deve ter sido administrativamente admirável, como o egípcio, e que mostra claramente o conhecimento de que o período de 365 dias não era exato. Era o primeiro calendário escrito da Meso-América, e foi adotado pelos Maias (RONAN, 1983 p.56)".

Este calendário foi adotado primeiramente pela civilização zopoteca, que sobrepôs à civilização olmeca, onde os Maias passaram a utilizá-los.

À esquerda, a figura da parte de um calendário de Venus, do manuscrito Maia. Seus hieróglifos e ilustrações descrevem predições astrológicas. Sãchsische L., Desdren.

(fonte: livro História Ilustrada da Ciência, volume I. RONAN, 1987 p. 90).

O Calendário Lunas, contado de acordo com as fazes da lua, que estava ligado às previsões dos eclipses solares, medidos pelo método de "meses lunares", por observações dos ciclos da lua (RONAN, 1987, p.58-59) "Eles chegaram, assim, a um ciclo de 405 meses lunares (11.960 dias; (...) isso foi dividido em intervalos de cinco e seis meses lunares".

Eder Silveira Dutra
Enviado por Benjo em 03/09/2013
Código do texto: T4465296
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.