Independência intelectual - por uma ação pedagógica mais crítica
Muitas vezes tenho acompanhado debates calorosos de vários especialistas sobre a realidade educacional brasileira. Cada um, seguindo suas correntes teóricas, têm pregado suas crenças para uma nova pedagogia que, muitas vezes, podem ser confundidas como panaceia para as instituições escolares.
Pior do que isso é quando, professores coordenadores pedagógicos, supervisores, diretoria de ensino e até mesmo as secretarias de ensino acreditam que a panaceia existe e que as teorias, dos renomados estudiosos espalhados pelo mundo, são a solução para os problemas educacionais brasileiros.
Em volta dos índices baixos da educação relatados pelas últimas avaliações externas - SARESP, SAEB E ENEM - percebe-se que o caminho defendido não tem dado muitos resultados positivos. E isso está a banho-maria desde o descobrimento de nosso país, desde a educação inaciana, passando pelo acordo MEC/USAID até as teorias que se tornaram métodos pedagógicos por causa de alguns espertalhões.
Mas o que não tem acontecido, e que, talvez, poderia ajudar, e muito, numa elaboração de novos métodos pedagógicos, foi ouvir as vozes internas de cada instituições. Para isso, necessário é que possibilite a democracia no processo educacional (pressuposto carregado e defendido desde 1960 com os protótipos das LDBs), autonomia e pensamento crítico.
A democracia na instituição educacional ainda será uma realidade a ser alcançada por um processo muito longo de debates, lutas, derrotas e conquistas, já que vivemos numa sociedade temerosa pela democracia. Não sabemos o que fazer com ela e, por isso, os que podem nos conceder esse vislumbre, evitam em nos atemorizar.
A autonomia, num estado de direito, confundidos por deveres, numa sociedade amoral que acredita ainda na moralidade e que não tem noção da ética, precisa ser muito bem discutida e fundamentada.
Já o pensamento crítico, que é a liberdade de pensar de forma autônoma, fundamentando as razões individuais e/ou coletivas até então construídas pelo sujeito, longe do alcance da maioria dos educadores produz um status de animosidade que, beirando ao ridículo, permite o estabelecimento do status quo.
Creio que a educação só poderá mudar quando os professores tiverem a possibilidade de pensarem criticamente. Tiverem autonomia de pensamento e exercerem essa habilidade em prol da coletividade educacional. Não digo que os professores não pensam criticamente, mas submetidos a um cotidiano totalmente alienante e burocratizado, o pensamento crítico torna-se refém das amenidades e determinações superiores, esses que tem pensamentos em números como se gerissem empresas caçadoras de lucros.
Para quem não compreendeu a defesa proposta por minha prolixidade, resumo em tópicos:
* Os educadores precisam começar a utilizar sua habilidade crítica para pensar a educação em que vivem,
* Pensando criticamente podem exercer a autonomia tão necessária para o desenvolvimento de cada instituição,
* Criando autonomia, transmitem autonomia e com isso proporcionam a democracia tão necessária para o modelo de educação proposto pela LDB/1996.
E só assim, possibilitando esses primeiros passos, deixamos de ser reféns de modismos e estrangeirismo, entendendo nossa realidade e inovando em prol de uma educação mais efetiva.
É isso.
Valdir dos Santos Lopes
Formado em Letras
Graduando em Pedagogia pela UNESP/Univesp
Psicopedagogo – clínico e institucional
Pior do que isso é quando, professores coordenadores pedagógicos, supervisores, diretoria de ensino e até mesmo as secretarias de ensino acreditam que a panaceia existe e que as teorias, dos renomados estudiosos espalhados pelo mundo, são a solução para os problemas educacionais brasileiros.
Em volta dos índices baixos da educação relatados pelas últimas avaliações externas - SARESP, SAEB E ENEM - percebe-se que o caminho defendido não tem dado muitos resultados positivos. E isso está a banho-maria desde o descobrimento de nosso país, desde a educação inaciana, passando pelo acordo MEC/USAID até as teorias que se tornaram métodos pedagógicos por causa de alguns espertalhões.
Mas o que não tem acontecido, e que, talvez, poderia ajudar, e muito, numa elaboração de novos métodos pedagógicos, foi ouvir as vozes internas de cada instituições. Para isso, necessário é que possibilite a democracia no processo educacional (pressuposto carregado e defendido desde 1960 com os protótipos das LDBs), autonomia e pensamento crítico.
A democracia na instituição educacional ainda será uma realidade a ser alcançada por um processo muito longo de debates, lutas, derrotas e conquistas, já que vivemos numa sociedade temerosa pela democracia. Não sabemos o que fazer com ela e, por isso, os que podem nos conceder esse vislumbre, evitam em nos atemorizar.
A autonomia, num estado de direito, confundidos por deveres, numa sociedade amoral que acredita ainda na moralidade e que não tem noção da ética, precisa ser muito bem discutida e fundamentada.
Já o pensamento crítico, que é a liberdade de pensar de forma autônoma, fundamentando as razões individuais e/ou coletivas até então construídas pelo sujeito, longe do alcance da maioria dos educadores produz um status de animosidade que, beirando ao ridículo, permite o estabelecimento do status quo.
Creio que a educação só poderá mudar quando os professores tiverem a possibilidade de pensarem criticamente. Tiverem autonomia de pensamento e exercerem essa habilidade em prol da coletividade educacional. Não digo que os professores não pensam criticamente, mas submetidos a um cotidiano totalmente alienante e burocratizado, o pensamento crítico torna-se refém das amenidades e determinações superiores, esses que tem pensamentos em números como se gerissem empresas caçadoras de lucros.
Para quem não compreendeu a defesa proposta por minha prolixidade, resumo em tópicos:
* Os educadores precisam começar a utilizar sua habilidade crítica para pensar a educação em que vivem,
* Pensando criticamente podem exercer a autonomia tão necessária para o desenvolvimento de cada instituição,
* Criando autonomia, transmitem autonomia e com isso proporcionam a democracia tão necessária para o modelo de educação proposto pela LDB/1996.
E só assim, possibilitando esses primeiros passos, deixamos de ser reféns de modismos e estrangeirismo, entendendo nossa realidade e inovando em prol de uma educação mais efetiva.
É isso.
Valdir dos Santos Lopes
Formado em Letras
Graduando em Pedagogia pela UNESP/Univesp
Psicopedagogo – clínico e institucional