Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas



Escrevo esta canção porque é preciso.
Se não a escrevo, falho com um pacto
que tenho abertamente com a vida.
E é preciso fazer alguma coisa
para ajudar o homem.
Mas agora.

Thiago de Mello



     Alagoas é o estado do caos e qualquer pessoa que vê noticiários de TV, lê blogs, jornais e revistas de circulação nacional sabe que não estou exagerando.Além de dívidas com" Deus e o mundo", os indicadores apontam o caos na Segurança Pública, na Saúde, na Assistência Social e na Educação, só para citar as áreas mais críticas.
     Muitos que ocupam postos no poder ainda insistem em manter o velho slogan “manda quem pode, obedece quem tem juízo" e querem nos impor seus desmandos, sua visão de “Senhor de Engenho”: trabalhador bom é trabalhador que não reivindica, não reclama e diz amém para tudo que o “patrão” determina.
     Na 5ª feira passada, dia 18 de abril aqui em Maceió, o governador de Alagoas e seu secretariado viram que não era bem assim quando trabalhadores de várias partes do Brasil (SP, DF, MG, PR, PE, BA, RN) se juntaram aos trabalhadores de Alagoas para dar a largada numa Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas.
     O objetivo do movimento é unificar a luta do povo alagoano contra a falta de políticas públicas e de investimentos praticada pelo Governo do Estado, comandado pelo usineiro Teotônio Vilela Filho, que com sua política da negligência mantém vergonhosamente Alagoas entre os estados “campeões” de analfabetismo, violência na cidade e no campo, mortalidade infantil, concentração de renda, violência sexual e homofóbica, violência contra a mulher, entre tantas outras mazelas.
     E foi bonito ver que mais de 6 mil pessoas de muitos segmentos sociais encheram as ruas do centro da cidade, participando do primeiro ato da Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, que além de cobrar e defender seus direitos nas áreas da Educação, Saúde, Segurança, dizem não a Privatização da água e cobram também “políticas de investimento em benefício dos trabalhadores do campo, vítimas de um governo que prefere privilegiar os direitos dos latifundiários e dos usineiros”.
     E nós, os trabalhadores da educação que nos mantemos na luta diuturnamente para salvar o que resta da educação pública para a população alagoana, fizemos questão  de deixar bem claro ao governador Téo Vilela e seus asseclas (ou capitães do mato, como queiram) que mexeu com os trabalhadores de Alagoas, mexeu com os trabalhadores do Brasil! Respeite-nos!
     Que não confunda jamais a generosidade e a afabilidade de seu povo com falta de clareza e coragem para lutar pelo é certo e justo para todos e para cada um de nós. Escolhemos o lado da luta desde sempre e temos certeza de que é esse o nosso lugar.