UMA QUESTÃO PESSOAL
O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um.
O que compõe o cigarro, além da nicotina e as toxinas conhecidas?
Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em segredo.
As estatísticas sobre fumantes tem várias interpretações:
- órgãos de saúde:
- somos seres em franca extinção
- indústria farmacêutica e indústria de tabaco: nosso número justifica o investimento em pesquisas e novos produtos.
- escritores, palestrantes e todos os profissionais que ganham a vida com os fumantes: usam os mesmos números das indústrias.
Vamos ser realistas: todo fumante, no fundo, sabe que um dia vai ter que parar... Ninguém fuma achando que não faz mal.
O fumo tem sofrido nos últimos anos uma perseguição desmesurada e autoritária que, embora ninguém pareça perceber, tem tomado dimensões iguais ou até maiores que o racismo ou o anti-semitismo nazista. Os fumantes têm sido discriminados, isolados, ridicularizados e culpados constantemente.
Especialmente de acordo com a Constituição brasileira, é expressamente proibido discriminar qualquer pessoa por sua cor, seu credo, suas opiniões e decisões, suas dívidas ou suas riquezas, suas preferências sexuais -- mas discriminar uma pessoa porque ela fuma, "pode".
É assegurado a todo cidadão o direito de ir e vir -- mas, agora, as pessoas que fumam estão sendo proibidas de freqüentar lugares como boates e bares, que em algumas cidades não podem nem ter espaços divididos para os não-fumantes e os fumantes. Se alguém está tão preocupado com saúde, está fazendo o quê em um bar??
EU PAREI HÁ 3 ANOS E 2 MESES.
Tenho uma poesia a respeito:
Cigarro
Inseparável e cativante companheiro
Das frias e angustiantes madrugadas
Inebriado te agarro, aspiro por inteiro
Em magistrais e duradouras tragadas
Sei que no fundo és meu inimigo
Mas me recuso a crer nisto agora
O futuro há de aplicar justo castigo
Inclemente , e na sombria hora.
Já me falta a leveza do puro ar
Das doces manhãs de primavera
Mas inseparáveis fazemos par
Tristes e fugazes, os destinos traçados
Na senda sombria, irrefletida quimera
Frágeis corpos de sonhos destroçados...
Nota: Por problemas cardíacos, deixei o vício do fumo.
PARAR OU NÃO É UMA QUESTÃO PESSOAL!