Viajando no mundo da leitura

RESUMO: o artigo tem como finalidade compreender quais as dificuldades no desenvolvimento da leitura dentro e fora da escola, na medida em que se compreende, a leitura é um fato de extrema relevância para aquisição do conhecimento, através da leitura o aluno entra em contato com novas informações e com pontos de vista diferentes, de como pode se posicionar diante da realidade. Neste sentido que o artigo viajando pela leitura visa à formação do estudo de revisão bibliográfica de autores como Martins, Soares e Kleiman, desta forma provocando a reflexão sobre a importância da leitura para que o leitor possa participar de forma ativa, compromissada e critica na sociedade.

PALAVRAS CHAVES: leitura, educação, leitor, aluno, escola.

ABSTRACT: The article aims to understand what the difficulties in developing reading inside and outside the school, in that it comprises, reading is an extremely important fact for the acquisition of knowledge by reading the student comes into contact with new information and with different points of view, how can position yourself in the face of reality. In this sense that traveling by reading the article aims to establish the study of literature review by authors such as Martin, Smith and Kleiman, thereby encouraging reflection on the importance of reading for the reader to participate in an active, committed and criticism in society .

KEY WORDS: reading, education, reader, student, school.

Introdução

A aprendizagem da leitura ainda é um dos principais desafios das instituições de ensino do nosso país, e tal vez por isso tenha sido e continue sendo alvo de tantas pesquisas, debates e discussões em diversos segmentos da sociedade, sempre com intuito de comprovar, apresentar ou encontra um melhor caminho para ser obter bons êxitos neste desafio.

Par a maioria dos alunos, a escola é o único local onde eles têm contato com livros e situações de leitura, e para tanto a instituição tem como tarefa básica proporcionar oportunidades onde o aluno possa aprender a se expressar em diversas situações, a fim de inseri-lo e promove-lo na sociedade atual. Este desafio se encontra na necessidade da busca e implementação de mecanismos que despertem o interesse pela leitura, visando torná-la agradável, fonte não apenas de informação mais também de lazer para o educando.

Nessa perspectiva a pesquisa busca discutir a questão da leitura, provocar reflexão sobre as metodologias hoje trabalhadas nas escolas e propor sugestões para programar a leitura de forma dinâmica, criativa, e principalmente democrática na escola.

Afinal, ler é preciso. Escrever é indispensável. Estas são duas atividades fundamentais em nossas vidas, por isso devem ser diariamente incentivada e valorizada.

Esta pesquisa é de cunho bibliográfico, qualitativa e descritiva, para sua realização utilizou-se o procedimento de levantamento de dados através das técnicas de resumo, fichamento e resenha. Para fundamentar este trabalho foram selecionados os autores Freire, Martins e Kleiman.

Este estudo esta organizado em duas seções, a primeira seção trata da leitura na escola, tendo subtópico por uma leitura significativa. A segunda seção tem como título “análise e discussão”, em seguida serão apresentados as conclusões do trabalho.

2. A LEITURA NA ESCOLA

Em um contexto estrutural amplo que compõe um ambiente escolar onde a escola tem como tarefa básica, ensinar a ler e a escrever aos que nela ingressam é necessário que se faça uma sala de leitura onde todos sejam atendidos de forma igualitária para uma boa formação do aluno o tornado assim um cidadão critico.

Falando sobre a importância da leitura Solé dá a seguinte definição para leitura.

A leitura é um processo de interação entre o texto e o leitor. Se a leitura é uma interação, convém lembrar que, só se interage com aquilo que se conhece. Portanto há a necessidade de se aplicar no ato de ler uma variedade de textos para assim levá-los a compreender que a leitura é uma atividade complexa, mais além de uma decodificação, é uma compreensão do lido. (Solé,1998, p. 22).

Se a leitura tem todo esse poder de transformação imagine quando ela é feita de forma prazerosa e lúdica desde a mais tenra infância iniciando pela família perpassando pela fase pré-escolar, ensino fundamental I e II, indo ao ensino médio e chegando ao ensino superior. Se o individuo vive intensamente em um ambiente de leitores freqüentando escolas que motive o hábito de leitura ele tem tudo para chegar à fase adulta um leitor assíduo.

Mais para que os alunos se tornem leitores assíduos, seria necessário que os professores ensinassem e incentivasse a leitura, pois os mesmos não se importam com a leitura, acham que irá atrapalhar o desenvolvimento de suas aulas, ou seja, se for exercitar a leitura, ler livros em sala de aula não irá dar tempo para a gramática, porque a gramática é que deve ser privilegiada. Sendo assim a leitura torna-se uma atividade obrigatória tirando todo o seu prazer. Diz Antunes:

Enquanto o professor de português fica apenas analisando se o sujeito é determinado ou indeterminado, por exemplo, os alunos ficam privados de tomar consciência de que ou eles se determinam a assumir o destino de suas vidas ou acabam todos, na verdade, sujeitos inexistentes. (ALMEIDA, 1997:16, citado por ANTUNES, 2003:13)

A leitura tem que se tornar prazerosa, ler porque é gostoso. É para este plano de leitura que se destinam os textos literários: romances, contos, crônicas, poemas (esses, sobretudo). Reduzi-los aos objetivos de análise sintática, a pretexto para exercícios de ortografia, por exemplo, é uma espécie de profanação, pois é esvaziá-los de sua função poética e ignorar a arte que se pretendeu com o arranjo diferente de seus elementos lingüísticos.

Nesse sentido, é de suma importância o educador orientar e incentivar seus alunos quanto a pratica de leitura e escrita, apontando sempre o caminho do lúdico, da troca, da brincadeira e da reflexão, de modo a não serem transformados em atos e enfadonhos e complicados. Dessa forma, ampliar seu conhecimento, visando novas descobertas que lhe permitam expressar suas opiniões, desejos, sentimentos contar, inventar e criar estórias.

De acordo com os parâmetros curriculares nacionais, volume 2.(p.53) de língua portuguesa: ‘’o trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, conseqüentemente a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na pratica de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referência modalizadoras. A leitura por um lado nos fornece a matéria prima para a escrita: o que escrever.

Segundo Kleimam, a sala de leitura pode ser um espaço, mas não apenas um espaço físico. Ela é um espaço que organiza e amplia o processo de aprendizagem, de lazer onde os leitores sintam se capazes de criar e recriar novos textos.

Em fase disso, entende-se que a função da escola não é só formar sujeitos alfabetizados, mas sim, sujeitos letrados que tem capacidade de entender o escrito e encontrar sentido em continuar seu aprendizado. Neste sentido Maria Helena Martins, no livro “o que é leitura”, explica que:

Aprender a ler significa também, aprender a ler o mundo, da sentido a ele e a nos próprios, o que mal ou bem fazemos mesmo sem ser ensinados. A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, segundo as duvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Assim, criar condições de leitura não implica apenas alfabetizar ou propiciar acesso aos livros. Trata-se antes de dialogar com o leitor sobre a sua leitura, isto é, sobre o sentido que ela dá algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens, coisas, idéias, situações reais ou imaginarias. (Maria Helena Martins,2004, p.34)

Para tanto, faz-se necessário que o educador desempenhe o papel de facilitador da aprendizagem criando no ambiente escolar um clima favorável no trabalho com a leitura e escrita. Devem compartilhar das atividades a serem desenvolvidas, colocar-se como leitor dos textos dando sugestões de como melhorá-los, propor novos desafios, fornecendo aos alunos todas as informações necessárias a fim de promover novos avanços.

Para Goulemot (1996: 113). Os sentidos da leitura nascem tanto do próprio texto quanto do seu exterior cultural e é dos sentidos já adquiridos que nasce o sentido a ser adquirido. Este autor constrói uma noção de biblioteca para explicar que não existe compreensão autônoma, mas integração em torno do conjunto de textos lidos, uma biblioteca composta pelos textos que formam uma cultura coletiva. Ler é... fazer emergir a biblioteca vivida, quer dizer, a memória de leituras anteriores e de dados culturais.

Dessa forma é necessário informar que para haver leitura é preciso que o leitor tenha uma compreensão ampla do texto. Entretanto a pratica de leitura é desvinculada da realidade social do aluno, e que acaba desenvolvendo uma atitude de reverencia diante do texto. Segundo Indurky &Zinn:

A leitura proposta pela escola, é uma leitura mecanizada e padronizada apenas em nível de identificação, o aluno lê apenas para reter conhecimentos, sem conferir sentido ao que lê, sem questionar e sem posicionar-se.( Indurky &Zinn, 1985:p. 17).

Neste âmbito, as autoras criticam a postura de grande parte das escolas publicas, por apresentar um ensino desvinculado da realidade do aluno que dissimula as diferenças sociais, ou seja, os temas utilizados para a prática da leitura não apresentam ligação com o mundo vivencial do aluno.

Ao refletir sobre as condições de leitura dos textos didáticos, verificou efeitos negativos produzido no aluno-leitor devido à função exercida por estes textos na instituição escolar, ao produzir atitudes condicionadoras e inflexíveis, de apenas receber informações transmitidas sem favorecer possibilidades para um envolvimento ativo e lugar para reflexão: o texto didático não é lido: no processo não há seletividade mediante a reconstrução de relações implícitas, não há interferência, não há integração: há apenas a identificação de explicito e o estabelecimento de correspondências formais. (Kleiman, 1989:p. 174).

A omissão da escola no ensino de leitura, após a fase inicial de aquisição de habilidades básicas elementares passa a uma fase de avaliação de leitura em que é priorizada a capacidade de retenção de conteúdo informacional e a análise de elementos lingüísticos formais. Essa prática de leitura excessivamente didatizada acaba por afastar o aluno de uma leitura reflexiva. Assim, é comum perceber essa situação ainda nos dias de hoje, o aluno preocupado em reter o conteúdo informacional dos textos mediante observação dos elementos explícitos na superfície textual.

2.1 POR UMA LEITURA SIGNIFICATIVA.

É sabido que através da pesquisa veiculada por meio de livros especializados, Tem havido uma preocupação muito grande em torno da leitura. Pois a leitura é o universo do ser humano por todos os lados, estimulando a aprendizagem.

Paulo Freire, brilhante pensador da educação brasileira, já dizia: “A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra, e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele” (FREIRE, 1993: 20). Ele afirma que a compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura critica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto. Então, o sentido de um texto não está apenas no leitor. Está também no texto e no leitor, pois está em todo o material lingüístico que o constitui e em todo o conhecimento anterior que o leitor já tem do objeto de que trata o texto.

Compreende-se que o significado da leitura é aquela que leva o leitor a conhecer o mundo através da mesma, e para que a leitura desempenhe esse papel, é fundamental que o ato de leitura e aquilo que se lê façam sentido para quem está lendo.

A leitura se torna plena quando o leitor chega à interpretação dos aspectos ideológicos do texto, das concepções que, às vezes, sutilmente, estão embutidos nas entrelinhas. O ideal é que o leitor consiga perceber que nenhum texto é neutro, que por trás das palavras mais simples, das afirmações mais triviais, existe uma visão de mundo, um modo de ver as coisas, uma crença. Qualquer texto reforça idéias já sedimentadas ou propõe visões novas.

Para que aconteça o trabalho efetivamente significativo com a leitura é indispensável que o educador seja um leitor potencial, pois cabe a ele proporcionar ao educando um convívio estimulador para a leitura, tornando as atividades de leitura em aprendizagem significativas.(OLIVEIRA, 2007. p. 10).

Ao se levar em conta uma leitura significativa, observa-se que o leitor passa a ter uma formação intelectual e torna-se uma pessoa culta, pois a mesma funciona como instrumento de informação, mas levar em conta que conhecimento não é simplesmente coletas de informações. O mesmo só se constrói se o sujeito, no determinado contexto histórico, utilizar seu sistema de referencia e interpretações para manipular e da sentido às informações.

3-ANÁLISE E DISCUSSÃO.

O que se percebeu, a leitura grande relevância para todos os alunos, as experiências culturais que segundo nossa pesquisa realizadas são escassas. Sabemos que os obstáculos que precisam superar no momento de ensinar a ler são infinitamente maiores e que, por tanto seu esforço deve ser muito maior, porem sabemos igualmente que as conquistas realizadas possuem maior transcedêndias.

Tentando entender os processos relacionados a leitura mostra-nos a diversidade de situações e estímulos que contribuem para aprendizagem. No que diz especificamente ao tema deste artigo, isso significa que ao criticar tão radicalmente a obrigatoriedade de ler, trata-se, como parte de uma pratica viva de leitura, que pode se dar também na escola, mas que jamais é da escola. O tema da escolha e que resgatado, pois, naquilo que ele oferece para a conquista da liberdade.

O artigo desenvolvido focalizou a contribuição na formação de professores leitores, comprometidos com a cultura. Percebe-se, que existem professores que não gostam de ler, que não sentem prazer em desvendar os sentidos de um texto, tornar seus alunos pessoas que gostam de ler,é fundamental para que haja um estudo profundo da leitura.

É importante lembrar que, no Brasil muitas crianças e jovens da camada popular, permanecem anos na escola sem se tornarem leitores, sem adquirir familiaridade com o processo da leitura. Muitos são os estudos o chamado o fracasso escolar no Brasil, que apontam a inadequação com pouco acesso in loco a contexto, produtos e matérias escritos.

Ao concluir e denunciar que, apesar de falarmos tanto em leitura nos últimos anos, a escola brasileira pode está produzindo não leitores, pessoas que não gostam de ler, estamos falando de uma escola que foi perdendo seu sentido cultural, sua função social e seu importante papel, por muitas não oferecer condições objetivas para o exercício da leitura, crianças, jovens e adultos, professores ou alunos, passam a ver livros e textos com o tom da imposição, da chatice, do desprazer presentes nas tarefas escolares.

Ler é um direito que só conseguiremos conquistar plenamente para todo o bojo de uma política de cultura significa que a escola também pode produzir leitores, críticos, criativos, produtivos, sendo tanto essencial, fundar sua pratica em atividades de caráter cultural e social que ultrapassem a mera reptividade de ações impostas e obrigatórias.

4 CONCLUSÕES.

Nesta pesquisa biográfica buscou estabelece e compreender a importância da leitura para o desenvolvimento intelectual do aluno-leitor, aja visto que, a escola pode oferecer aos alunos a leitura que é sem duvida, o melhor, e a grande herança da população Durante todo o desenvolvimento da pesquisa percebeu-se a inegável contribuição da mesma para o crescimento profissional e pessoal de cada uma de nós. Pois antes tínhamos uma visão equivocada sobre a importância da leitura na formação do cidadão. Hoje percebemos que os leitores necessitam tanto da leitura de mundo, quanto daquela praticada na escola, que tem origem centrada somente no ensinamento gramatical, ou seja, durante muito tempo se acreditou que, ao se ensinar o estudante a ler um texto literário de época e relacioná-lo ao seu contexto de produção, seria suficiente para que ele lesse qualquer tipo de texto, em qualquer gênero de qualquer área.

Podes-se afirmar ainda que alguns professores utilizam as salas de leituras como o cantinho do castigo, sempre que o aluno está “aprontando” na sala de aula é mandado para lá,e é obrigado a fazer alguma leitura, o que faz com que o mesmo passe a ter ainda mais raiva da mesma e se afastar cada vez mais, ou seja esse tipo de prática não ajuda de maneira alguma a formar leitores.

Uma sociedade que se quer democrática tem que, garantir a todos o direito a leitura e a mesma não pode ser apenas de entretenimento e de aquisição de conhecimento, mais que traga o prazer de pensar, interrogar, sonhar, liga-se com o resto da humanidade, desenvolvendo assim a inteligência e o espírito critico do leito.

Referencias bibliográficas.

Brasil, Ministério da Educação. Programa Nacional Biblioteca da Escola(PNBE): Leituras e Bibliotecas nas Escolas Publica Brasileira – Secretaria de Educação Básica, Coordenação- Geral de Materiais Didáticos; elaboração Andrea Berenblum e Jan e Paiva. Brasília: Ministério da Educação, 2008.

CAGLIARI, Luiz Carlos Alfabetização & Lingüística – São Paulo: Scipione, 2009.

FREIRE, Paulo, 1921-1997. A importância do ato de ler. Organização e apresentação Marisa Lajolo-1ª.ed – São Paulo: Moderna, 2003.

KLEIMAM, Ângela B. Morais. Os Significados do letramento: Campinas SP, Mercados das Letras, 1995.

MATTA, Sozângela Schemim da – Português- Linguagem Interação – Curitiba: Bolsa Nacional do Livro Ltda. 2009.

Lica Picanço e Marly do Socorro da Costa Pantoja
Enviado por Lica Picanço em 08/04/2013
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