Sobrevivência, prazer e dor.

Ainda existem pessoas que se incomodam com certas atitudes, atos, trejeitos dos homossexuais masculinos e femininos, por acharem ser um “deboche”, porém esses comportamentos podem ser seus prazeres, visto por muitos como “comportamentos imorais”, os quais lhes trazem muitas dores, via ações homofóbicas, preconceitos, estigmas morais, intolerância, humilhações, espancamentos e mortes.

Os mandamentos moralistas são sempre acompanhados de culpa ou medo. Na verdade os homofóbicos precisam mais de autoestima, do que de condenação, crítica.

Estas ações ditas provocadoras, “rotuladas de imoralidades”, são meios de externalizar a sexualidade em busca do prazer, sendo condenada em diferentes períodos da história humana, incluindo determinadas ações heterossexuais.

Por que certas práticas prazerosas tornam-se dores?

Certo tipo de prazer em determinada sociedade pode ser condenado, devido à péssima maneira de pensar entre a diferença de um objeto do outro. Nos tempos antigos, o Romano apreciava os seus prazeres e algumas das coisas que chamava de prazer, eram um pouco extenuante para outros, como os Cristãos. Com a queda de Roma, qualquer comportamento que fosse de Roma, era detestável. A proporção foi tamanha, que o próprio prazer romano pelo banho tornou o banho tão imoral que a Europa ficou sem tomar banho durante quase mil e quinhentos anos. O romano transformou-se numa fonte de dor tão geral que tudo o que era romano era mau, assim a imoralidade tornou-se tão complexa que estigmatizou o próprio prazer.

A sociedade só se reavivou nos períodos em que o prazer se tornou menos ilegal, como na Renascença.

Em qualquer tempo, lugar, a vida ajuda a vida, podemos ver que a dinâmica de qualquer forma de vida é auxiliada por muitas outras dinâmicas e que se combinam. Chegou o momento de deixarmos de lado a dualidade que nos aprisiona ao mundo conflitante dos opostos e passarmos há ter uma visão holística. Ao mudarmos o foco de nosso olhar, aceitaremos, valorizaremos e apreciaremos tanto as nossas experiências como a dos outros e avaliaremos tudo aquilo que elas representam, sem lançarmos mão de críticas, perseguições ou imposições.

Ninguém sobrevive sozinho.

Como humanos priorizamos a necessidade que é muitas vezes interpretada como oportunismo, além de ser a “mãe da inveja”, a necessidade é uma coisa dramática e súbita que justifica guerras, assassinatos, rejeições, exclusões, nos levando aos equívocos e dor.

Na verdade a necessidade está dentro de cada um, é o ímpeto original para sobreviver, nos defendendo da dor e atraindo o prazer.

O prazer é uma parte mais estável do que a dor, daí termos necessidade de prazer em nossa trajetória, em busca da felicidade.

O humano, em afinidade com seu semelhante, sobrevive.

A sobrevivência é o prazer. Seja ele qual for.

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Rosevel
Enviado por Rosevel em 20/03/2013
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