FALTA DIDÁTICA

Falta uma didática mais envolvente em grande parte dos especialistas acadêmicos que ministram aulas nas universidades de nosso país.

O retrato que a maioria dos acadêmicos vivencia é de cansaço em sala de aula, pelo não envolvimento didático do especialista que ministra a disciplina em questão. Há um não envolvimento, muitas vezes sem nem querer saber o nome e a profissão que o acadêmico desempenha e qual o objetivo dele no curso inserido. Faz-se apenas o feijão com arroz básico de todo dia, de colocar um slide na lousa e ficar desenvolvendo conceitos e mais conceitos, que em sua grande maioria não terão influencia tão positiva assim no cotidiano profissional. Ou seja, sabe-se muita teoria, mas a pratica deixa e muito a desejar.

Interação, integração, será que é tão difícil de lidar? Dinamização, como forma de enriquecer e / ou complementar o conteúdo exposto. Seria bem mais fácil compreender este BA BA.

Será que este retrato de observar a sala de aula e vê que muitos universitários ali estão com pensamento longe e em muitos casos até mesmo dormindo não gera uma mudança de atitude para tornar o ambiente de sala de aula mais agradável e intuitivo?

Será que o mestre da disciplina não percebe que falta dele uma ação maior?

Pode-se começar pelo mínimo: mudar a forma de organização das cadeiras na sala. Atitude simples, mas que diz muito. Cadeiras em fila já demonstra que o feijão com arroz irá continuar. Cadeiras em circulo já demonstram uma nova didática. Percebe-se que o especialista irá enxergar melhor a turma, olhando no olho, colocando o tema para discussão, aceitando o que o outro terá ou tem a dizer. Fazer uma dinâmica que puxe do acadêmico o assunto que será trabalhado também é uma boa pedida. Desta forma o especialista enxergará a noção que o aluno tem do que será exposto. E mesmo que o acadêmico não diga coisa com coisa, já valeu a pena a integração. O importante é não deixar o ambiente cair na rotina de ficar apenas um falando e os outros fingindo que estão ouvindo e compreendendo o que só se deverá aprender na prática.

Construção coletiva, esta é maior vivencia que se deve alcançar em sala de aula, até por que não sabemos tudo. Conhecemos muito, mas podemos aprender e ensinar muito mais.

Enquanto o especialista se limitar a ensinar só conceitos e não buscar despertar uma vivencia prática de opiniões nos acadêmicos que o assistem, o comodismo que já se faz presente em sala de aula se transformará e continuará a ser alienação de estudar apenas para obter um canudo, que já sabemos que em grande maioria, pode até abrir portas, mas que não significa dizer que o profissional ali, formado e contratado, conhece realmente o conteúdo prático que a vida, tanto profissional, quanto pessoal, requer.