PROCESSOS DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGIAS PARA UMA ESCOLA QUE SE COMUNICA
Artigo apresentado ao Centro Universitário Anhanguera, para a conclusão do curso de pós-graduação lato sensu em Gestão Educacional.
RESUMO
Os processos da comunicação organizacional ganharam espaço nos últimos anos, isso porque ficou claro aos olhos das gestões que sem uma comunicação competente, detalhada, estrategicamente estruturada, haverá falhas no clima organizacional, as informações serão perdidas e a instituição ficará sem credibilidade. A escola não pode ficar para trás, precisa abrir suas portas e adaptar os conceitos destes processos aos seus projetos pedagógicos, ao seu ambiente e conduta profissionais, ou seja, transformar a proposta escola-empresa em realidade, começando pelas estratégias de comunicação. O gestor escolar tem de se reciclar, buscando nas áreas de Relações Públicas e Comunicação Social estruturas pragmáticas necessárias para tal reformulação e que condigam com a realidade educacional.
Palavras-Chave: Comunicação; Gestão Escolar; Relações Públicas.
Introdução
Recentemente, a educação vem sofrendo diversas mudanças. São processos de transformação que atingem diretamente no aprendizado do aluno, na permanência da escola e na motivação dos profissionais da área.
A escola não é mais interpretada como simples espaço de aprendizado conteudista, priorizando uma educação rigorosa, purista e metódica. Hoje, a voz da comunidade, dos próprios alunos, influencia diretamente na pedagogia adotada por uma determinada instituição; todavia, os indivíduos do lado de fora da escola, em sua maioria, não perceberam o poder de opinião que possuem e, com isso, se omitem dos fatos, das leis, das propostas educacionais.
É nítida a defasagem quando falamos em processos de comunicação escolar, por isso a importância de trazer para a educação os conceitos organizacionais, já que estes já foram testados e possuem, normalmente, resultados positivos. Assim sendo, o assunto se torna importante por fomentar uma ideia que vem crescendo: relacionar conceitos empresariais no espaço educativo, não podendo a comunicação ficar de fora, já que ela é o elo entre a cultura de um determinado local e as pessoas que ali habitam.
Nos últimos anos, a ideia de escola-empresa vem ganhando força; o conceito se fundamenta, basicamente, em trazer para dentro da escola as metodologias de administração da empresa.
Olhar a escola como empresa é definir com seriedade o seu foco, seu produto, o que consideramos como os cursos e seus projetos pedagógicos, identificando as características dos mesmos, definindo todos os serviços que estão ligados a sua entrega. E então se posiciona diante de sua comunidade e sociedade. (GOMES, 2009, p. 171)
Este olhar empresarial pode proporcionar às organizações educacionais várias estratégias para o seu crescimento, dentre elas, os processos comunicacionais, assunto-alvo deste artigo.
Como as pessoas estão se comunicando na escola? Como a gestão se comunica com os demais? Que meios de comunicação são utilizados? O que comunicar e como? A quem interessa aquilo que é comunicado? Para que usar essa comunicação como estratégia? Qual o profissional ideal para traçar os processos comunicacionais que coadunem com a escola? Esses questionamentos serão trabalhados posteriormente, a fim de mostrar detalhadamente o valor da comunicação dentro e fora da escola.
Vale ressaltar que o presente cenário da educação traz a importância de valorizar a sociedade a qual está inserida; para Gomes (2009):
Uma instituição educacional sobrevive enquanto a sociedade e a economia forem tolerantes com sua existência. Enquanto acreditarem que seu trabalho/serviço educacional é útil e produtivo e que ela tem competência para agregar valor à sociedade a partir de uma adaptação às questões tecnológicas casadas com os aspectos humanos (sociocultural, demográfico, ecológico, etc.) (GOMES, 2009).
Esta análise da autora colaborará para que seja compreendido o quão forte é a opinião da sociedade, e mais, o poder político-econômico que estrutura uma escola, seja ela pública ou privada.
Um dos objetivos será mostrar a importância da comunicação dentro do âmbito educacional, mostrar que não é possível trabalhar questões pedagógicas sem que haja uma comunicação entre todos os presentes no processo escolar; docentes e discentes devem se unir e familiarizar-se com toda a programação e ações contidas no plano letivo. Outro objetivo é fazer a estratégia de comunicação funcionar e se tornar permanente, dissipando a falta de conversa, de mecanismos da comunicação que não há hoje nas escolas.
Aqui, serão abordados os principais conceitos básicos para mostrar aos gestores que comunicação não se prende apenas nos livros didáticos ou nas reuniões de HTPC (Horário de Trabalho Coletivo Pedagógico), pelo contrário, de nada adianta uma boa didática, com professores e alunos descrentes do sistema.
Os conceitos de comunicação empresarial ajudarão, no decorrer deste trabalho acadêmico, a fundamentar a proposta de se formar uma gestão estratégica neste campo da informação. Rego (1986) diz que:
A comunicação na empresa objetiva modificar e adaptar o comportamento das pessoas, influenciar atitudes e preferências, carrear todas as ações com vistas à execução das metas programadas. Externamente, a comunicação empresarial objetiva fazer conhecer e promover uma empresa, com vistas à obtenção de atitudes favoráveis por parte dos públicos externos. (REGO, 1986, p. 110)
Tal opinião pode perfeitamente fazer parte da escola, desde que pensada de uma maneira coerente com os interesses voltados à comunidade, docentes e discentes.
Os processos comunicacionais proporcionarão à escola e seus dependentes uma educação moderna, que vise ao futuro, que age em prol da formação de alunos identificados com o lugar onde estudam, de profissionais realizados com a coesão da instituição e de uma gestão respeitada pelo seu público.
1. Conceitos da comunicação organizacional
A comunicação é a uma das bases de qualquer sociedade, isso porque por intermédio dela é possível criar vínculos, correntes de ideias, conceitos; fazer chegar ao outro aquilo que se deseja ou pretende informar.
Não seria diferente. Em nosso âmbito profissional, em que a todo momento estamos envolvidos em várias informações que chegam e saem constantemente.
A comunicação, que, enquanto processo, transfere simbolicamente ideias entre interlocutores, é capaz de, pelo simples fato de existir, gerar influência. E mais: exerce, em sua plenitude, um poder que preferimos designar de poder expressivo. (REGO, 1986, p. 13)
A partir desta definição de Rego, é possível começar a compreender alguns fluxos que há ao se comunicar, por exemplo, quando diz “gerar influências” e “poder expressivo”, transmite o consenso de que, com comunicação, o indivíduo pode expor aquilo que pensa por meio de argumentos, e são esses argumentos que mostrarão sua capacidade de influência no seu local de trabalho. Para Marchiori (2008):
(...) a comunicação deve produzir conhecimento, definindo caminhos que levem a organização a um processo de modernização na busca de sua percepção e consequente consciência comportamental. Sendo assim, a comunicação deve agir no sentido de construir e consolidar o futuro da organização. (MARCHIORI, 2008, p. 32)
Não basta comunicar, é preciso entender o que comunicar, é ter em mente se o conteúdo a ser transmitido de fato levará ao crescimento/melhoramento da organização. Isso porque não se pode esbarrar na diferença entre informação e comunicação; a primeira é apenas um complemento da segunda. Nem toda informação condiz com os interesses da empresa, logo, não precisa ser passada aos demais pelos meios de comunicação internos regentes.
Monitorar a informação numa organização ajuda, e muito, a não haver “furos” de notícia, conversas desencontradas; evitando, assim, um clima ruim no ambiente.
Vasconcelos & Miranda (2008, p. 70) dizem: “organizações que possuem um gerenciamento eficiente estão muito mais sujeitas a alcançarem o sucesso em seus programas de Gestão do Conhecimento.”. Para fazer este filtro, o(s) profissional(ais) deve(m) estar preparado(s), pois qualquer omissão de fato também pode levar a organização à desestabilização.
Rego (1986) considera que:
A comunicação organizacional deve ser conduzida por um centro de coordenação responsável pelas pesquisas, as estratégias, as táticas, as políticas, as normas, os métodos, os processos, os canais, os fluxos, os níveis, os programas, os planos, os projetos, tudo isso apoiado por técnicas que denotem uma cultura e uma identidade organizacional. (REGO, 1986, p. 93, 94)
Vemos aí vários nichos que percorrem uma comunicação responsável. Eles é que traçam as metas e os objetivos a serem atingidos em curto e longo prazos.
1.1. Cultura organizacional
Uma organização é formada por diferentes indivíduos, que agem, reagem, pensam e se relacionam de maneiras diferentes. Assim sendo, a organização se torna mais que um ambiente profissional, é também um espaço em que diversas identidades se conflitam, se divergem e se complementam.
Cultura organizacional é a denominação melhor encontrada pelos estudiosos e profissionais da área de Comunicação para definir esta reunião de grupos existentes na organização.
A partir daí, chegou-se também à conclusão de que a comunicação feita nem sempre é entendida da mesma maneira, pois cada grupo, ou melhor, cada cidadão possui um grau de instrução, logo, é preciso tomar muito cuidado ao redigir um texto que circula a todos. E mesmo havendo empecilhos depois de algum material já circulado, cabe ao responsável procurar esclarecer os ranços encontrados.
Quando o profissional nota que seus superiores o entende como parte do processo, de inovação ou de reestruturação, por exemplo, tende a contribuir com mais vontade e dedicação. Cabem aos meios de comunicação gerar e despertar este ímpeto de seus funcionários.
Algumas condições se tornam previamente necessárias para que a comunicação preencha as funções integrativas. Em primeiro lugar, são necessários os meios pelos quais os empregados possam se identificar e se relacionar mutuamente. Depois, compatibilizar os comportamentos globais da sociedade com os comportamentos do sistema organizacional, a fim de se poder atenuar os conflitos entre os sistemas. (REGO, 1986, p. 30, 31)
Nenhuma empresa está livre da falta de entendimento dos processos pelos colaboradores, porém, quando há a preocupação em sanar qualquer vestígio de informação “quebrada”, há o fortalecimento da ética comunicacional e o respeito com todos.
Marchiori (2008) afirma que:
A integração cultua o bem-estar dos funcionários e encoraja a inovação, a abertura e a informalidade, que contribuem para que não haja o autoritarismo. A comunicação é aberta e encorajada nos mais diferentes níveis da organização (...). A perspectiva da integração permite que os funcionários saibam quais as expectativas em relação ao que deve ser desenvolvido. Isso evita aquelas situações em que as mudanças pegam os funcionários desprevenidos, gerando ansiedade e insegurança – porque desconhecem completamente os rumos da empresa. (MARCHIORI, 2008, p. 117, 118)
Ibaixe et al. (2006, p. 55) dizem que “quanto mais interações ricas e produtivas entremearem (...) maiores serão as realizações das pessoas e das organizações”, ou seja, de acordo com os autores, necessita-se de uma constante relação entre líderes e subordinados, pois um depende do outro, principalmente na comunicação.
Já Serra (2007) diz da importância da troca de ideias entre as partes, não só como meio de relação, mas também como fidelização.
Como a interactividade – e o feedback ou quase interactividade – é considerada pelos responsáveis dos meios de comunicação, a justo título, como uma forma de fidelização dos seus públicos, esses responsáveis procuram incrementar a criação de espaços em que tais públicos possam participar (...). (SERRA, 2007, p. 113)
Comunicar, então, neste conceito organizacional, é mais que construir regras a serem seguidas, é fazer de todos membros ativos e participantes de tudo que envolve a organização, é ouvir as opiniões para aí definir novos rumos.
2. Para que comunicar?
Quando se faz parte de um grupo, é imprescindível que haja comunicação entre os envolvidos, seja para evitar que alguém tome decisões precipitadas, seja para contribuir com algo novo.
Comunicar significa, entre outras definições, no âmbito profissional, mostrar ao outro atenção, profissionalismo, respeito, opinião, etc. Essa preocupação em comunicar, registrar aquilo que se deseja passar vem desde outrora, com as pinturas nas cavernas, os textos destacados em pedras e depois nos pergaminhos, até o cenário atual, dominado pela tecnologia. E mais, comunicar é fazer-se entender por outrem, já que só falar não é garantia de que a informação transmitida foi bem captada.
Para Morais (2009),
A competência comunicativa – ou seja, a capacidade para cumprir as pretensões de validade – e a pertença a um mundo da vida, os motores da geração de consensos, o entendimento entre os intervenientes na comunicação é colocado como imprescindível quer em relação às regras estabelecidas, quer ao nível dos conteúdos tematizados. Alcançar entendimento implica, por um lado, o reconhecimento mútuo das pretensões de validade erguidas pelos interlocutores, chegando a acordo acima da validade de uma asserção e por outro lado a partilha de um universo cultural comum, preponderante na atribuição de significados. Entender significa, simultaneamente, compreender o significado do que foi dito e aceitar o que foi dito como válido. (MORAIS, 2009, p. 32)
A autora deixa claro que o ato de comunicar é uma competência. Entende-se então que é preciso se preparar antes de transpassar a informação ao grupo, justamente para não haver falhas e desacordos. O material comunicado envolverá a todos, sendo assim, necessita da aprovação ou entendimento de todos.
Quando o processo de comunicação é realizado, há mais que uma troca de ideias, há o compartilhamento de experiências, essenciais para mostrar como o outro se porta diante dos fatos, fazendo com que você também de adapte ou se empenhe frente ao seu destinatário, aprendendo novos conceitos e ensinando com sua vivência alguns pontos também consideráveis.
Numa organização, a comunicação vai além de apenas manter uma boa relação com os demais, ela define importantes estratégias a serem utilizadas dentro do ambiente organizacional. Qualquer lugar que almeja o crescimento trabalha como comunicar suas decisões, seus novos passos a todos envolvidos, justamente para tê-los como aliados. Este conceito fica claro na afirmação de Marchiori (2008):
Olhar para o interior, mapear os públicos e ponderar sobre os componentes organizacionais é atitude imprescindível na prática da estratégia da comunicação, aquela que desenvolve, estimula e gera atitude na e para a organização. (MARCHIORI, 2008, p. 164)
Nenhum setor cresce com a falta de comunicação, por mais isolado que ele seja, sempre fará parte de um todo, colaborando com o resultado final das pretensões da devida instituição que compõe.
2.1. A fala e a escrita
A fala e a escrita são duas maneiras de transmitir algo, assim sendo, o colaborador que se dispõe em assumir o papel de “mensageiro”, redator, tem de ter domínio desses dois meios. Falar em público não é fácil, demanda técnica, postura de linguagem ideal ao local; a escrita não foge desses padrões. Discini (2010, p. 16) diz: “Todo texto veicula um ponto de vista sobre o mundo (...). A manipulação feita por um sujeito (destinador) sobre outro (destinatário) supõe um objeto de desejo”.
Este objeto desejado nada mais é que o entendimento daquilo comunicado, o feedback bem claro.
O envolvimento de um determinado grupo faz com que cada um exponha suas ideias. Trabalhar com a comunicação grupal é indispensável para a eliminação do mau individualismo, tão presente em várias áreas, a força do grupo, da gestão democrática, tende a derrubar negativismos isolados.
Contudo, é importante que os gestores saibam falar e escrever bem, justamente para saber argumentar e, caso necessário, advertir aqueles que resistem sem motivos fundamentados, simplesmente por “gostarem” de contradizer.
2.2. A má comunicação
Boatos e fofocas causam instabilidade, seja onde for, é típica comunicação desnecessária, que deve ser cortada o quanto antes para evitar problemas futuros, como funcionários descontentes, pressionados e desgostosos. Por isso, a importância de enfatizar o coletivo, só a união de todos os membros possibilita uma comunicação sem ruídos e eficaz.
Giovani (1998, apud PINTO, p. 07), considera que a partir da parceria colaborativa é possível “criar condições para que algumas ações coletivas sejam, não só buscadas, como assumidas e sustentadas pelo grupo, em decorrência de compromissos firmados, ampliando-se as possibilidades de uma condição democrática”. Ibaixe et al. (2006) reforçam a importância da comunicação sadia, coletiva, para evitar ou resolver supostos problemas, até os surgidos pelo próprio grupo:
A comunicação grupal revela que os membros do grupo podem ter problemas semelhantes. O grupo acolhedor possibilita a solução de dificuldades, aponta caminhos, troca de informações, cria interações e encontra formas diferentes de solução de problemas. (IBAIXE et al., 2006, p. 51)
Falar em comunicação grupal, trocar informações, é mexer com egos e pré-conceitos, isto pode causar uma má comunicação entre todos se não administrada com eficácia, é preciso podar as desavenças logo no início das estratégias, só assim os trâmites comunicacionais serão lineares.
2.3. Comunicação visual
Um bom profissional da área da comunicação precisa saber transmitir suas informações também por meios ilustrativos. Muitas pessoas sentem mais facilidade em compreender dados, estatísticas quando são expostos em gráficos coloridos, tabelas destacadas ou imagens. Às vezes, um simples comunicado, uma circular, atinge resultados mais positivos se acompanhado de uma imagem que condiga com a informação descrita.
3. A comunicação no ambiente escolar
A escola é o local mais comum indicado para transmitir conhecimento, propagar a cultura e ajudar na formação de cidadãos. Nela, aprendem-se conceitos lógicos, biológicos, sociais e humanos; a escola é, então, um “templo” do saber.
Para Berlo (2003, apud Marchiori, p. 148), “Uma organização de qualquer espécie só é possível por meio da comunicação.”. A escola é uma organização, pois reúne profissionais, tem normas, objetivos, ideais; sendo assim, necessita de uma comunicação coesa e coerente, que atinja a todos, a fim de promover o sucesso educacional.
Entretanto, nem sempre há um plano comunicacional nas escolas, não é vista uma preocupação em desenvolver métodos pragmáticos que sanem falhas entre gestão, professorado e alunos. E mais, dificilmente se vê a intenção de socializar a comunidade com as decisões tomadas pela instituição, isso faz com que pais e outros membros não se sintam parte integrante, logo, não se preocupam em colaborar com o crescimento escolar.
Para Polesel Filho (2008):
Adotar estratégias de diferenciação é uma maneira da escola ser percebida pelos seus públicos como uma organização que está preocupada com os interesses da comunidade (...). A falta de comprometimento escolar é um dos campos que devem ser investigados, por ser um dos itens que mais prejudicam na formação da opinião pública. Deve ser verificado nas escolas para quem estão planejando as suas atividades e como estão envolvendo pessoas nesse processo. (POLESEL FILHO, 2008, p. 62-64)
Uma escola, pública ou privada, precisa entender que sua sustentação em uma determinada comunidade se dará pelas suas atividades. Não é porque uma escola é pública que não necessite, por exemplo, por intermédio da comunicação, definir estratégias, ações frente ao seu público, buscar parcerias e atingir metas; pelo contrário, se conseguir atuar com uma linha de comunicação eficiente, não só envolverá os componentes internos e externos, mas alcançará um status de modelo, de padrão. Para que isso aconteça, cabe ao gestor/diretor, hierarquicamente, o maior responsável pela escola, reunir seus profissionais e ouvi-los, para, juntos, discutirem e trocarem opiniões, filtrando o que é ou não importante para todos; daí, levar o que foi filtrado para os alunos e à comunidade, no intuito de chegar a resultados positivos.
Rego (1986, p. 51) entende que: “Para sobreviver, a empresa necessita criar mecanismos de informação que lhe capacite conhecer o ambiente onde atua, o mercado onde deverá competir e o próprio ambiente interno que congrega sua estrutura.”. Neste sentido, a escola não é diferente de uma empresa, visto que também compete para sobreviver perante aqueles que a frequenta e depende de seus serviços.
O grupo gestor precisa definir, por exemplo, como se dará a comunicação dentro da escola: reuniões periódicas, atas, circulares, cartazes, e-mail corporativo, envolvimento do grêmio estudantil, entre outras táticas. Definindo os meios, parte-se para a prática de implantação destes, sempre fazendo os ajustes necessários.
A comunicação externa, por sua vez, pode desenvolver estratégias de marketing, parcerias com empresas, a fim de trazer benefícios à escola, se possível, tentar criar blogs e páginas nas redes sociais para envolver os alunos e pais com o que acontece na escola.
Segundo Moran (s/a):
A escola pode preocupar-se não só com os meios, mas também com a comunicação como processo mais amplo e que envolve a própria comunicação tanto dentro da sala de aula como nas relações entre direção, professores, alunos e funcionários, procurando desenvolver processos de comunicação menos autoritários e mais participativos. (MORAN, s/a, p. 22)
O processo de comunicação organizacional precisa eliminar o autoritarismo que paira na escola; no atual cenário da educação, não tem como mais admitir uma gestão que vise apenas aos interesses próprios, ou pior, que não tenha nenhum objetivo, que só exista por simples formalidade.
A escola, por si só, já é um modo de comunicação, haja vista o seu papel frente à sociedade, de educar e socializar indivíduos.
De acordo com Porto (apud Penteado, 2001),
A educação escolar, como parte da totalidade social, caracteriza-se por ser um modo de comunicação, que se utiliza de meios de comunicação, ou mídias articuladas entre si e à sociedade na qual se insere, à despeito da própria presença dela participantes. (PORTO, apud PENTEADO, 2001, p. 24)
Entendem-se, mais uma vez, a importância da comunicação e os meios utilizados para tal. Foi o tempo em que a escola era mantida na empáfia, acima dos interesses comuns à sociedade. Hoje, a escola que se omite tende a ter uma educação superficial e uma gestão fracassada.
O gestor educacional precisa, ao tomar posse de uma direção, fazer da comunicação interna e externa uma de suas aliadas. Os regimentos escolares, como o PPP (Projeto Político Pedagógico), precisam ser postos em prática e não guardados numa gaveta.
Aliás, o PPP é a principal ferramenta estratégica de um gestor dentro da escola, nele constam todos os interesses e objetivos necessários para chegar à excelência educacional. Não é fácil definir um plano pedagógico, por isso precisa de profissionais responsáveis, com vivência na área, porém, que não ignorem as opiniões daqueles que serão alvo das decisões ali tomadas.
Para que o processo comunicacional flua, é necessário que o líder se recicle, eliminando barreiras pessoais, causadoras de desconforto no âmbito em que atua. Os processos de comunicação auxiliam o gestor na reformulação escolar, tornando-a atual e presente, representando uma educação que pensa no presente e no futuro.
4. Correlações entre as áreas das Relações Públicas e Gestão Escolar
Um dos profissionais responsáveis pela comunicação, se não o principal, é o Relações Públicas. Ele traz em sua bagagem as ferramentas necessárias para estabelecer um bom relacionamento dentro da organização, também é capaz de construir estratégias comunicacionais a fim de homogeneizar os processos de comunicação.
O gestor escolar, por sua vez, cuida dos setores administrativos e pedagógicos da escola, por ele passam todas as decisões, pendências e projetos existentes, logo, também é o responsável por todas as formas de comunicação que há na instituição que coordena. Todavia, na sua formação, não aprende os recursos necessários, não sabe os caminhos que percorrer, aventura-se na comunicação organizacional, muitas vezes, sem o preparo adequado.
Entende-se, então, que este gestor precisa ter em sua formação disciplinar que o prepare para tratar da comunicação ou então a escola precisa incorporar ao grupo gestor alguém competente que cuide da comunicação interna e externa da escola.
Segundo Ferrari (2011):
Quando o profissional de relações públicas analisa os cenários, identifica os públicos estratégicos e dá o tratamento diferenciado a cada um deles, age em sintonia com o modelo de gesta organizacional e estabelece simetria processo comunicacional, pode-se dizer que trabalha de forma a diminuir o risco de crises e situações de emergência. (FERRARI, 2011, p. 07)
O relações públicas é a pessoa ideal para traçar estratégias que comungam com as pretensões da gestão; quando a gestão trabalha em prol do seu público, foge de desconfianças.
Polesel Filho (2008, p. 61) complementa dizendo que “A escola (...) pode utilizar as Relações Públicas para conciliar seus interesses com os da comunidade em que está inserida”. Entretanto, raramente há um profissional de comunicação cuidando da imagem, do ambiente, dos meios utilizados nas escolas, talvez, por isso, a maioria delas avança em câmera lenta no que diz respeito à gestão educacional mais participativa.
O PPP, por exemplo, poderia ser mais bem construído e aplicado se tivesse um profissional de Relações Públicas trabalhando com os gestores e professores, seria o responsável por instigar os interesses dos alunos e da comunidade, ele pode ser capaz de dar características de mercado, de marketing ao olhar pedagógico presente no material. Obviamente, não fará parte do relações públicas interferir na pedagogia, já que há os profissionais certos para tal, ele vai apenas complementar com aquilo que entende de público, tudo com a aprovação do diretor escolar.
Marchiori (2008, p. 36) menciona que “é tarefa primordial das relações públicas criar valores na empresa, orientar suas atitudes e tornar as organizações mais conhecidas, primeiramente para si mesmas.”
Quando se conhece o lugar onde trabalha, suas intenções, criam-se mais motivação e vontade de fazer parte, e não somente cumprir suas funções friamente.
O aluno que se identifica com a escola tem gosto de estudar, pois se sente parte integrante. O mesmo acontece com o professor, que se sentirá muito mais a vontade em apresentar ideias, ensinar com prazer se entender que pertence àquele ambiente.
Uma instituição de ensino vai além de simplesmente fornecer um produto/serviço, no caso, a educação; ela é capaz de mover uma sociedade, seja positiva ou negativamente. Tudo irá depender do seu envolvimento com os demais. “A qualidade adotada no relacionamento com seus públicos será com o marco diferencial para as escolas serem percebidas como agentes de transformação social.” (POLESEL FILHO, 2008, p. 65)
Antigamente, a direção escolar via seu espaço puramente como local de ensino de matérias, sempre embasada na rigidez e prepotência dos educadores sobre os educandos. E por mais que hoje já haja a consciência de que não se pode mais agir sem levar em consideração o que o aluno pensa, a comunidade acha, algumas gestões não colocam seus planos pedagógicos em ação, ora por burocracias, ora por desvalorizações governamentais.
O gestor educacional precisa ser desafogado de tantas funções, só assim começaremos a ter um grupo gestor mais eficiente. Aquele que tem de se preocupar com tantos afazeres administrativos não pode ser o mesmo que cuida dos assuntos pedagógicos. É necessário um profissional para cada área, sendo um deles capacitado para cuidar das relações públicas, ou então pensemos num terceiro membro, encarregado exclusivamente de tratar da comunicação e imagem da escola. Grunig & Hunt (1984, p. 04, apud FERRARI, p. 03) consideram “a relações públicas a administração da comunicação entre uma organização e seus públicos.”
Essa, talvez, seja uma estratégia a ser analisada pelos governantes, aliás, o que falta no ensino são estratégias eficazes, uma vez que faltam pessoas capacitadas para administrar tal campo.
Como muito bem diz Gomes (2009), a escola precisa de:
Líderes que tenham constância de propósito na facilitação do processo de formulação das estratégias, conscientes de que a compreensão de todo o caminho não acontece num grande e único passo: novas estradas se abrem quando se persiste na jornada. Precisamos de dirigentes educacionais estratégicas. (GOMES, 2009, p. 285)
Uma pergunta que talvez surja é: a escola pública se encaixa neste novo perfil descrito? E a resposta imediata é sim. Um colégio público tem seu consumidor, seu público-alvo, tem de se relacionar com outrem, faz parte de uma comunidade; se não conseguir atrair as pessoas, uma hora sucumbe, não importa quanto tempo demore, haja vista as várias escolas públicas que fecham porque não têm alunos inseridos nelas.
Por isso, repete-se, há a importância em ter no grupo gestor aquele responsável por não deixar a escola cair em ruínas. Nada melhor que a comunicação estratégica para resgatar ou criar uma imagem fiel ao público.
Uma das bases de uma boa comunicação com o destinatário é o relacionamento, identificado pelas recentes literaturas como principal aliada de uma gestão de sucesso.
Marchiori (2008, p. 224) ressalta: “Relações Públicas devem desvendar a cultura de uma organização para embasar todo o seu processo de comunicação junto aos diversos grupos, trabalhando na profundidade dos relacionamentos.”
E Gomes (2009, p. 115) corrobora citando que “se as instituições não criarem um mecanismo para assegurar um bom relacionamento e comunicação com seus consumidores, pode ser que estejam vivendo um contexto equivocado neste tema.”
Fazer o gestor educacional assumir o papel de relações públicas ou então trazer este profissional para a educação não é tarefa fácil, mas no atual cenário da educação é indispensável, uma vez que temos hoje uma escola para todos, até mesmo para aqueles que não estão mais estudando, mas nem por isso deixam de fazer parte dos interesses da instituição.
5. Utilizando as tecnologias no processo da comunicação
Já há alguns anos, as organizações foram beneficiadas pelas Tecnologias da Informação (TI). Com elas, o contato entre as pessoas se estreitou, burocracias foram agilizadas e novos meios de compreender o mundo profissional foram empregados.
No atual mercado, dificilmente encontra-se algum lugar que não utilize alguma tecnologia. Não seria diferente com a educação. Hoje, a maioria das secretarias possui um site contendo informações sobre as escolas que supervisionam, boletins podem ser acessados pelos pais por meio do GEDAE (Gestão Dinâmica de Administração Escolar), etc.
Nas escolas, sempre que possível, há uma sala de informática, um datashow ou sala de vídeo. Claro, ainda tem muita escola sem recursos informatizados, e este é um dos principais problemas a serem solucionados pelos órgãos públicos. Grande parte do alunado hoje em dia já domina alguma ferramenta tecnológica, seja um celular ou software moderno, por isso, não tem como a escola se isentar desses novos recursos.
Para Porto (apud PENTEADO, 2001, p. 23), “A presença massiva dos meios eletrônicos e de comunicação em nossas vidas vem alertando aos educadores para sua importância na transmissão/construção de conhecimentos, valores, conceitos e culturas.”
Pelo que se entende, a TI traz não só os instrumentos físicos, mas possibilita por intermédio deles conhecer um mundo novo, fazer parte de opiniões diferentes, entender novas culturas. Gomes (2009, p. 73) apregoa dizendo que “A tecnologia tem servido como ponto de apoio para grandes mudanças educacionais, principalmente sobre novas teorias de como os seres humanos aprendem.”, ou seja, a TI chegou para ajudar na revolução do ensino, trazendo consigo modernidade e uma ampla visão de como atuar na sociedade.
Boa parte da população já teve contato ou pelo menos conhece uma televisão, um rádio, um celular, um computador, uma filmadora; contudo, há de se encontrar aqueles que melhor se adequam ao ambiente educacional, não basta trazer à escola inúmeros recursos, necessita-se selecionar os que realmente serão úteis no aprendizado, na formação do cidadão. É preciso ter muito cuidado antes de implantar algum recurso da TI, pois mal utilizado, em vez de acrescentar algo de bom ao ensino, irá trazer problemas com os que não se identificam com os novos métodos.
Rego (1986, p. 04) relata que é “Impossível analisar, avançar, aproveitar as tecnologias, os recursos, sem levar em conta sua ética, sua operacionalidade, o benefício para todas as pessoas em todos os setores profissionais.”. Ética, aliás, é essencial para qualquer campo de atuação, não poderia ser diferente com a tecnologia; é preciso ter cuidado, por exemplo, com os sites acessados, os conteúdos liberados, assim, o aluno fica privado de conteúdos inapropriados, bem como os colaboradores da escola.
A tecnologia da informação proporciona ao grupo gestor aplicar a comunicação de forma mais abrangente, seja dentro da sala de aula, como recurso pedagógico, seja na comunidade, em estratégias de marketing, propaganda ou simplesmente como forma de se apresentar a todos.
Vale ressaltar que a tecnologia possibilita maior controle daquilo que se informa, comunica, entretanto, é necessário que o(s) responsável(eis) por cuidar dessas tecnologias esteja bem preparado, para não correr eminentes riscos. De acordo com Miranda (in VASCONCELOS, 2008):
(...) dominar os recursos de TI é um desafio e uma questão de sobrevivência, pois implica novas formas de comunicação, criação e fabricação. Acredita-se que um maior domínio de habilidades em TI possa oferecer maior flexibilidade, agilidade, independência, capacidade de abstração e crítica quanto à qualidade e confiabilidade da informação e, acima de tudo, maior poder de decisão aos profissionais. (MIRANDA, in VASCONCELOS, 2008, p. 63)
Pelo que se analisa, a TI oferece duas grandes ferramentas: qualidade da informação e poder de decisão; ambas capazes de fazer o diferencial em qualquer ambiente de trabalho por fornecer credibilidade tanto para quem usa como para quem usufrui, logo, “A habilidade em TI, portanto, é uma exigência e deve ser uma preocupação tanto das instituições educacionais quanto das organizações em geral.” (2008, p. 66)
Uma escola que possui um software, por exemplo, capaz de armazenar em um banco de dados a “vida” do aluno ali dentro, conseguirá, mais a frente, se necessário, levantar em um clique toda a história dele, dispensando horas perdidas no arquivo-morto, pastas empoeiradas e papéis amarelados, ilegíveis. Os meios manuais não precisam ser eliminados, até porque são muito úteis caso haja alguma pane de sistema, mas estes devem ser, preferencialmente, a segunda opção.
Estrategicamente, o gestor, o relações públicas podem utilizar as mídias sociais, vídeos motivacionais, cursos básicos na sala de informática como forma de atrair alunos e a comunidade para o convívio na escola, dentro e fora do horário de aula. Basta que a estratégia de comunicação seja estudada com muita antecedência, justamente para evitar erros.
Por fim, cabe a cada gestão trazer a TI à sua escola, utilizando as verbas cabíveis e buscando, por que não, parcerias com empresas interessadas em ajudar a escola. A tecnologia possibilita resultados de curto e longo prazos, é só adequar a comunicação ao objetivo que se deseja alcançar.
Considerações finais
A comunicação, como foi vista neste artigo, tornou-se ferramenta indispensável para qualquer gestão que visa ao sucesso. A escola foi entendida como organização, empresa, pois trabalha para um público-alvo, possui consumidores do seu produto/serviço e é constituída de profissionais.
Por mais que o cenário da educação ainda resista aos processos comunicacionais, o gestor moderno precisa chegar para quebrar antigos paradigmas, trazer para o seu grupo, seus professores, seus alunos, sua comunidade uma escola participativa, comunitária e humanizada. Para que isso aconteça, deve o gestor valer da comunicação estratégica para atrair as pessoas, o comércio e as empresas; é necessário pensar física e juridicamente.
Quando se tem uma comunicação eficaz, todos são beneficiados, pois cria-se uma relação de fidelidade entre colaborador e instituição; o primeiro sente-se parte integrante, valorizado, já o segundo terá um profissional motivado, dando o melhor se si.
Em momentos de crise, cabe à comunicação organizacional estudar os pontos negativos e lançar novas ideias, justamente para não criar na população desconfiança e desprestígio.
A educação vive numa balança, oscilando entre pontos positivos e negativos. A partir do instante que o grupo gestor traça estratégias de comunicação, internas e externas, transpassa maturidade e vontade de reverter uma situação ruim.
Rego (1986) fala que:
É preciso alertar contra a ortodoxa maneira de analisar a questão da eficiência comunicacional sob o prisma de resultados imediatos. Como qualquer outro ponto, o ato comunicativo, em pequena escala ou grande, em nível interpessoal ou social (massivo), gera resultados dentro de um determinado tempo, um cronograma temporal que deve ser cuidadosamente planejado e integrado a uma visão globalizante de planejamento estratégico. (REGO, 1986, p. 36)
Pelo que se entendeu, depois de traçar os processos comunicacionais, precisa-se ter em mente que os resultados não são imediatos. Muitas organizações abandonam suas estratégias por não estarem vendo resultados, porém, tudo irá depender do tamanho do problema ou da intenção. Há ações possíveis de serem realizadas em curto prazo, todavia, há aquelas que demandam tempo, provavelmente pela sua complexidade de aplicação.
Viu-se também uma proposta de se ter um gestor que busque uma especialização em relações públicas ou então inserir no grupo gestor um profissional proveniente da área de Relações Públicas. Como sugestão, este artigo entendeu, dentre os autores estudados, que talvez os cursos de Pedagogia e demais licenciaturas tenham em suas grades curriculares noções de comunicação e relações públicas.
Para concluir, interpretou-se que sem comunicação não há crescimento profissional, sendo assim, a organização não prospera. Por meio da comunicação é construída a identidade de qualquer instituição, consequentemente, há identificação com a comunidade que se insere. Entretanto, comunicação é apenas uma ferramenta, fica incumbido ao gestor, ou sua equipe, ter visão de futuro, utilizando a comunicação a favor da organização.
Referências
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