Porquê a mitologia grega nos encanta?

Em qual fonte teremos de beber para entender tamanho encantamento?

Se faz necessário entender a figura arcaica do narrador: - São duas modulações compostas da seguinte maneira:

- Quem viaja tem o que contar e sempre houvera pessoas ávidas pelo querer ouvir, indagar, refletir...

- Ou também, existe a figura narrativa não viajada. Conhecedora da historicidade, igualmente de suas tradições.

A narratividade só pode ser compreendida se considerarmos a interpenetração desses dois tipos arcaicos.

Dessa forma, seriam eles:

Um imigrante, ou marinheiro, sabedor do que ocorre em terras distantes.

Ou algum camponês sedentário, guardador do passado e das tradições

Como o leitor percebe a arte de narrar é patrimônio da tradição oral.

No decorrer dos séculos essas duas forças narrativas ganharam características próprias.

Além disso, com a passagem do tempo...

Ouvindo e repassando histórias e lendas os personagens foram adquirindo poderes e dotes especiais.

Na civilização grega, por volta do século Vll A.C , surge Homero são lhes atribuídos as duas importantes composições poéticas, “Ilíada” e Odisséia”,.

Segundo informações retiradas do dicionário Wikipédia “Homero não seria um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído”.

Nesse trabalho de pesquisa não debruçaremos na biografia do mesmo.

Agora,nos importa inquirir sobre as duas poesias, chamadas epopéia.

A epopéia é a mais antiga das formas narrativas, tem como finalidade exaltação de um grande sentimento coletivo.

Ou seja, é uma narrativa de valor simbólico por enaltecer a religiosidade, o patriotismo ou sentimento humanitário.

Por esta razão, as duas poesias escolhem um herói lendário, que realizou feitos grandiosos.

O narrador Homero recorre ao mundo fantástico, maravilhoso, ao mítico e as forças sobrenaturais dos deuses, semideuses, principalmente dos heróis, possuidores de energias divinas, vigor e virtudes.

São recursos mitológicos auxiliares na luta pela conquista de um ideal coletivo.

A poesia épica descreve também, os elementos mitológicos admiráveis ou divinos que contrapõem ao herói.

São criaturas extraordinárias, malévolas, chamadas górgonas, possuidoras da mesma energia dos heróis, porém invertidas.

ILÍADA

Esta é a primeira obra catalogada como referencia da cultura ocidental.

Ilíada é constituída por 15.693 versos, posteriormente foi dividida em 24 cantos e narra os acontecimentos de pouco mais de 50 dias.

São fatos ocorridos “durante o décimo e último ano da guerra de tróia”. Com base nas pesquisas do Wikipédia.

ODISSÉIA

Composta de 12.110 versos.

Este produto é canônico por ser a segunda grandiosidade poética ocidental.

Seriam acontecimentos de retorno de um herói grego.

No entanto, há controvérsias quanto autoria e datas porque nesta narração há menções romanas.

Caro leitor, estamos retornando ao passado longínquo...

Então, a mitologia grega chegou em Roma e de chofre foi aceita?

Não foi bem assim!

Os gregos invadiram o espaço indo-europeu, óbvio levaram na bagagem suas divindades e os feitos heroicos. A mitologia grega foi sendo difundida...

Os romanos também possuíam os narradores arcaicos e já eram abastecidos por suas lendas, deuses, mitos e heróis.

Com o passar do tempo... As duas culturas foram se imbricando.

A Civilização Romana, possívemente ficou encantada, estupefada com a riqueza narrativa da Civilização Grega , por esta razão, os romanos agregaram valores para seus personagens. São leituras atemporal, universalista.

O panorama narrado greco-romano é uma fonte inesgotável de conhecimento.