O Estágio supervisionado e a experiência prazerosa na sala de aula das séries iniciais.

Agradecimentos

Agradeço a Deus por ter me dado forças para continuar com os meus sonhos; aos meus pais que dedicaram –se inteiramente para que eu conseguisse alcançar os meus objetivos educacionais, incentivando- me sempre a nunca desistir , e transpor os obstáculos que aparecessem a minha frente. À professora Jordélia Macedo, envolvida totalmente no nosso processo de aprendizagem contínuo. E, a todas as outras pessoas que participaram desse trabalho. Obrigado!.

Epígrafo

Ensinar não é uma atividade como as outras. Poucas profissões serão causa de riscos tão graves como os que os maus professores fazem correr aos alunos que lhe são confiados. Poucas profissões supõem tantas virtudes, generosidade, dedicação e, acima de tudo, talvez entusiasmo e desinteresse. Só uma política inspirada pela preocupação de atrair e de promover os melhores, esses homens e mulheres de qualidade que todos os sistemas de educação sempre celebraram, poderá fazer do ofício de educar a juventude o que ele deveria ser: o primeiro de todos os ofícios. (Pierre Bourdieu)

Dedicatória

Dedico este meu trabalho acadêmico – estágio supervisionado ,às pessoas que sempre me incentivaram e contribuíram para que eu aceitasse a educação como uma missão, ou mesmo, como um sacerdócio, e que lutasse para alcançar aos meus objetivos; em especial a minha mãe e ao meu pai, in memoriam, que tanto me incentivou para que eu atingisse meus propósitos educacionais. Aos professores , e aos meus colegas de classe , sempre atenciosos e simpáticos, colaborando também para e execução das minhas tarefas pedagógicas. A todos , um forte abraço e a minha eterna gratidão.

Sumário

Apresentação- 1

A gestão escolar e a estória do Rei que não sabia de nada.- 2

Da entrevista com a professora- 3

Perfil de sala de aula - 4

Problematização- 5

1ª Observação- 6

2ª Observação -7

3ª Observação-8

4ª Observação-9

5ª Observação-10

6ª Observação-11

Considerações Finais-12

Referências Bibliográficas -13

Apresentação

O professor , evidentemente, deve ter uma formação acadêmica, de acordo com a sua área de atuação, no caso específico, as séries iniciais, onde a convivência na sala de aula é muito mais complexa do que com uma clientela em uma idade mais avançada. Por isso, não se pode deixar de evidenciar a importância da experiência que o estágio supervisionado vai proporcionar ao aluno como um elemento formador da sua postura pedagógica. Ou seja , a teoria aliada a prática. E o estágio supervisionado é a experiência na sala de aula das séries iniciais, e que certamente vão dá essa oportunidade, a de entrar em contato com a realidade educacional das nossas escolas, e obviamente com esse período da vida: a infância. E assim , iremos perceber o que há de positivo , e também , que há de negativo; sempre com o acompanhamento do professor - orientador. E a partir dessas informações adquiridas, e obviamente com as análises e os debates com o seu orientador, a cerca da situação escolar, que ele vai se organizar como um educador consciente de seu papel , principalmente, em se tratando da relação professor- aluno. O estágio supervisionado, como diz o texto , ainda não tem a sua devida valorização, no contexto da formação do professor; há até quem diga que essa disciplina curricular é o parente pobre das outras . No entanto, é exatamente esse o ponto, relegar essa disciplina a um plano inferior. Sendo assim, cabe ao professor-orientador conscientizar o aluno que ele deve se envolver de forma responsável , e certamente o seu estágio será enriquecedor, e que provavelmente irá ajudá-lo na sua vida profissional. O futuro professor terá em mente que é um processo contínuo, ser um bom educador. Aquele que consegue ser mediador, reflexivo, autêntico, criativo, afetivo e transformador . Portanto, o estágio supervisionado foi muito relevante para a minha experiência como educador, que já me considero sê-lo.

A gestão escolar e a estória do Rei que não sabia de nada

Na entrevista com a gestora da escola do meu estágio, pude constatar algumas situações que são pertinentes à estória de Ruth Rocha “ O Rei que não sabia de nada”. Nesse caso, a gestora está procurando fazer exatamente o contrário do que o rei fazia. Ou seja, uma gestão democrática, onde ela consulta todos que a cercam, ouve as suas opiniões, e envolvendo-se com a comunidade , a qual, os seus alunos fazem parte; e os resultados apareceram , embora ainda discretos, mas , já se pode perceber um pequeno avanço. E essa situação requer o empenho de todos com o objetivo de desenvolver uma educação de qualidade. A gestora sempre está em contato com o ambiente escolar: professores, alunos, pais de alunos, funcionários da escola. E esse propósito é o de ficar ciente das ideias , dos pontos de vistas, de cada pessoa que compõe aquele sistema educacional, e procurar solucionar os problemas; às vezes pessoais, como o de alunos desinteressados pelos estudos, fazendo com que esses alunos se envolvam com entusiasmo no processo de aprendizagem. E o rei não estava nem aí com as situações que os seus subordinados vivenciavam. A gestora faz o seu trabalho com muita dedicação, e principalmente , no que diz respeito, aos seus auxiliares diretos : os professores, os orientadores pedagógicos, chega-se fácil a essa conclusão. E a partir daí, ela, de posse de dados relevantes às questões educacionais, vai conseguindo equilibrar as ações, que é o de sempre atender às necessidades, sobretudo, as dos seus alunos. Enquanto o rei não dava a mínima importância aos seus comandados, e esse foi o motivo, pelo qual, as coisas do seu reino não davam certo; a escola vai bem, e há possibilidade de melhorar . A gestora ressalta a sua contribuição que é o de dar a escola, uma postura digna de um educandário moderno e eficiente. E ela aos poucos está conseguindo alcançar os seus objetivos, com esse modelo de gestão, equilibrada , democrática e participativa.

Da Entrevista com a Professora

A vontade de mudar a educação, evidentemente , dentro do seu contexto de atuação, foi o que levou a professora do meu estágio a ingressar nessa área. Ser uma educadora, responsável e eficiente, no país como o Brasil, tornou-se , para ela, um grande desafio. Ela diz que o trabalho em sala de aula é muito árduo, e é um problema após outro: da falta de material que deve ser utilizado no processo de aprendizagem até o desinteresse dos alunos de aprender, de estudar. Porém, esses obstáculos não diminuíram a vontade de alcançar os seus objetivos, profissionais e pessoais. E para isso, foi necessário adaptar-se ao meio escolar desenvolvendo a capacidade de mediar, e que através de tarefas, trabalhos criativos, independente da orientação pedagógica da sua escola, e também uma boa comunicação com os pais dos alunos, ela conseguiu criar situações oportunas para que tais problemas, como a falta de interesse pelo estudo , fosse abordado e debatido , em conjunto, com a participação de ambas as partes. Escola-Comunidade. E a partir dessa iniciativa, surgiram possibilidades de se encontrar as resoluções para essas graves questões da educação, no caso específico, o da sua escola. E com essa postura de autenticidade, de reflexão, de afetividade, a professora vai organizando o seu espaço , a sala de aula. E o importante, como foi percebido na entrevista, é a sua capacidade de ir em frente, não permitindo que o desânimo e as dificuldades impeçam a sua caminhada. A educação, um bem que deve ser valorizado em qualquer lugar onde estejam presentes os valores imprescindíveis a uma existência humana digna, não pode e não deve ser colocada em um plano inferior, é preciso a coragem e a força de profissionais como essa professora. Mesmo diante dos problemas, aqui apresentados, ela está construindo um aprendizado de qualidade.

Perfil da sala de aula

A sala de aula onde estou fazendo o estágio não é grande, parece-me pequena para o número de alunos que lá se encontra. (vinte e oito), quinze meninas e treze meninos. A sala não é arejada, mas possui um ventilador , instalado no alto, bem no centro, e há uma abertura no fundos , provavelmente para criar um clima mais natural, e isso a torna menos abafada. Um armário de tamanho razoável ao lado da porta, onde é guardado o material utilizado pelos alunos. A sala contém trinta e duas cadeiras onde os alunos se acomodam e fazem suas tarefas. As paredes , bem cuidadas, às vezes servem para serem colocados os trabalhos escolares realizados em classe. Há um birô com aparência antiga no canto da sala e que dar um toque de sobriedade àquele ambiente de muita simplicidade . O quadro é razoavelmente moderno, e que também serve para apresentar esses trabalhos escolares, no caso de ser uma aula dinâmica. O piso e o teto estão em bom estado de conservação . O ambiente- percebe-se facilmente- não é dos melhores; Porém, em se tratando de uma sala de aula de uma escola pública brasileira, não poderíamos considerar fora d dos padrões. E na verdade o que faz a diferença na situação que foi descrita, é a força de vontade da professora, que juntos com os outros funcionários daquela escola, tem a capacidade de transpor alguns obstáculos , e conseguir com muito esforço desenvolver suas práticas pedagógicas. É, evidente , que no espaço físico inadequado como esse, o profissional de educação encontra dificuldade em realizar um trabalho digno, como convém a bom educador. Infelizmente o poder público por incompetência , e às vezes , por desonestidade, não cumpre o seu papel, que é o de oferecer uma educação de qualidade para todos, começando pelo espaço físico da escola. Entre tantos outros problemas, o espaço físico, de início, foi o que mais me chamou a atenção.

Problematização

A escola onde eu estou fazendo o estágio é deficitária como a maioria das escolas públicas brasileiras ; começando pela falta de espaço interno e externo. Esse foi o problema que, a primeira vista, chamou-me a atenção. A sala de aula é muito pequena para comportar o número de alunos que ali estudam. Disse a professora que aquela sala teria sido uma parte de outra sala que fora dividida em duas. Isso é uma prova do descaso que se pratica com a educação neste país. Principalmente, a educação pública, já que a maior parte da clientela é de pessoas muito pobre, e que não consegue reivindicar os seus direitos, nesse caso: o direito a educação de qualidade , e que certamente uma estrutura física adequada facilitaria o trabalho para que alcançássemos esse objetivo.

"...a instituição escolar e o ensino só merecem esse nome quando se localizam ou se realizam num lugar específico. E, com isso, quero dizer num lugar especificamente pensado, desenhado, construído e utilizado única e exclusivamente para esse fim. O reverso dessa tendência à especificidade e institucionalização, à identificação como tal espaço específico, seriam, (...), as diferenças propostas e tentativas de negação da escola como lugar" (Viñao Frago, 2001, P. 69).

Portanto, a visão que este estudioso da educação tem da escola é pertinente à opinião que coloquei como o principal problema do educandário onde estou realizando o meu estágio. Ou seja, o espaço escolar é muito importante para o desenvolvimento de um aprendizado eficiente. E nesse caso , isso não estar acontecendo. A falta de espaço, chega-se fácil a essa conclusão, é um dos elementos que contribui para as dificuldades que os alunos encontram no desenvolvimento do seu aprendizado. A escola deve ser um lugar onde seja possível unir o compromisso com o saber, e ao mesmo tempo proporcionar momentos de ludicidades; não apenas para os alunos, mas para todos que estão envolvidos nesse processo de aprendizagem. Ainda assim, há esperança. A gestão da escola diz está sensível a essa situação, e promete, que é possível , em um futuro breve, encontrar a resolução para esse problema. Vamos ficar na torcida, porque é muito importante, promover uma educação de qualidade , para essa geração e as que se sucedem.

1ª Observação

Inicio o trabalho de observação. A aula começa. A professora diz para a classe o assunto que vai ser aplicado na aula de hoje. A Sala não é grande , não sei se possui o tamanho ideal para comportar aquela quantidade de crianças . Ainda assim, parece atender as necessidades básicas , e em se tratando de espaço físico , embora, seja incômodo, ao mesmo tempo, pode-se dizer , aconchegante. As paredes pintadas de azul e bege, decoradas com os trabalhos dos pequeninos, dão àquele lugar um clima de uma aprendizagem eficiente e divertida. As cadeiras e bancas trocam de lugar, de acordo com a tarefa do momento. A temperatura do ambiente não é agradável. Um ventilador instalado perto da porta faz muita diferença. A professora conduziu a aula com muitas atividades recreativas, praticando um aprendizado utilizando-se de situações lúdicas , e, de caráter educativo, onde eu pude perceber a criatividade e o interesse da criançada em participar de brincadeiras, tais como, os jogos, a leitura, os desenhos. Destaque para os livros paradidáticos utilizadas na sala de aula; alguns são verdadeiros clássicos da literatura universal, como “Uma pequena sereia”. Uma criança, referindo-se a sua coleguinha , lembrou o nome da principal personagem dessa história. Rimos juntos. O intervalo, a hora da merenda. Leite, biscoitos. Após alguns minutos. Um corre- corre. Voltamos à aula. E a atenção agora é para o filme “ A bela e a fera”. Cadeirinhas enfileiradas. Silêncio. Cada criança tem a sua maneira particular de observar aquele encontro tão sensível . E a professora vai intervindo, explicando os principais tópicos daquela história, já bem conhecida por nós adultos. E as perguntas vão surgindo. A curiosidade infantil diante de uma obra de arte que fascina tanta gente ,há tanto tempo. O filme termina. Chegou o final da aula. O que eu posso relatar na minha primeira observação, é que a sala de aula que visitei apresentou uma particularidade: o envolvimento das crianças com a leitura. A capacidade da professora em despertar nos seus educandos esse nobre interesse tão cedo. Como também , os jogos, os desenhos, essas práticas artísticas tão importante na formação dos cidadãos .Aguardo com uma certa ansiedade a próxima aula.

2ª Observação

Estou novamente na sala de aula do meu estágio , e pude perceber que as situações e o comportamento da criançada não são os mesmos. Percebe-se facilmente em seus semblantes infantis um misto de curiosidade e calma. É impressionante como a criança possui essa capacidade, a de sair de uma situação para outra, com tanta rapidez e facilidade. Provavelmente ( é o que dizem) a maleabilidade do seu cérebro permite que ela saia de uma tarefa para outra sem ser atrapalhada pela situação anterior, como se fosse apagada da sua mente as dificuldades das questões que foram ou não resolvidas. E então, a aula não tem a dinâmica da vez anterior, porém, o envolvimento dos educandos com as tarefas escolares não é diferente. Muito entusiasmo. Há jogos, como o alfabeto móvel , e a leitura de livros infantis permanece. Desta vez, é exigido mais atenção dos alunos. Aliás, a concentração deles, é o ponto principal, para que aconteçam os resultados, de acordo com o que fora planejado; evidentemente, o acompanhamento da professora é um fator importante para que ocorra um desempenho considerado aceitável, em se tratando de aproveitamento pedagógico. Uma aula com essa característica , pode não ser tão atraente, e isso implica em um esforço maior , e é claro que a postura do professor influencia bastante no desempenho dessas tarefas, digamos, mais complicada. O intervalo. Lanches. Brincadeiras. Retorno à aula. Recomeçam os trabalhos. A formação de palavras, através do alfabeto móvel, é a tarefa que mais desperta interesse, e as primeiras palavras vão surgindo até com uma certa naturalidade. Bola. Casa. Cavalo. E a leitura ganha um toque de seriedade. Os personagens , na visão das crianças, não são apenas divertidos , engraçados, eles ganham sensibilidade, as emoções prevalecem , como se fizessem parte da condição humana. E após uma breve prática avaliativa, a professora disse que a aula terminou. Tocou a sirene. E eu também concluo a minha segunda observação. Fico torcendo para que as próximas sejam igualmente interessante e agradável como o sorriso daquele pessoal.

3ª Observação

Novamente à sala de aula do meu estágio. Os primeiros momentos da aula foram dedicados ao dia do milho, com tarefas fazendo referência a essa data. Desenhos. Cada criança coloriu a figura de um milho, “ rindo”. Alguns alunos demonstraram uma maior afinidade em lidar com as cores, com a pintura. E logo após concluírem os trabalhos, a professora colocou-os na parede da sala de aula. Iniciou-se uma nova tarefa. Fazer ilustração com a letra A e B. Demorou pouco a conclusão dessa tarefa. E o intervalo, e aqueles ingredientes pertinentes a uma recreação infantil. Sucos, biscoitos, correria. O intervalo termina. Retornamos à aula. A professora reinicia as atividades com uma espécie de teatrinho, onde apareceram as famosas personagens da literatura infantil. Branca de Neve. A Bela Adormecida. Polka Ronta. Cinderela. As meninas com adereços nas cabeças representavam essas heroínas dos contos de fadas. As estórias eram contadas por elas, e às vezes, de propósito, a professora modificava a situação, e os outros meninos não concordavam com essa versão, e diziam a estória como foi escrita. A sala de aula ficou eufórica. Acredito que foi a atividade que mais envolveu a criançada. Houve risos, muitos risos. E após alguns minutos a encenação do teatrinho chega ao final. E iniciou-se uma outra atividade. Dessa vez, uma brincadeira com anéis sanfonados para desenvolver a coordenação motora das crianças. Aquelas mãos pequenas e ágeis percorriam os orifícios daquele brinquedo com uma desenvoltura que nos causa inveja. Também foi uma atividade que atraiu bastante a atenção da criançada. E retornamos a uma atividade do início da aula. A ilustração da letra A e B. Há muito interesse dos alunos por essa atividade, que além de didática, também colabora com a coordenação motora. E a aula termina. A professora despede-se dos seus alunos no portão da escola, onde os pais as esperam. O que eu observei nessa aula foi a dinâmica que a professora utilizou, saindo de um exercício para o outro sem deixar a criançada perder o entusiasmo pela aprendizagem. Até a próxima aula

4ª Observação

Estou mais uma vez na sala de aula do meu estágio. Hoje a aula vai ser extraclasse. Aula de ciências. O assunto é os seres vivos.A professora levou a turma até um parque próximo da escola e lá apresentou para as crianças, as árvores, a água e até um pássaro, como exemplos de seres vivos. Esse tipo de aula tem sido muito frequente e segundo os estudiosos da educação, ela é oportuna para o aprendizado dos educandos , porque , além de ser atraente,-acontece ao ar livre- também trabalha com o lado prático da disciplina. Ou seja, uma demonstração clara de que a ciência não é apenas um experimento de laboratório, ela está presente na realidade do nosso dia-a-dia. De volta à sala . É a continuação do assunto . As crianças vão colorindo os elementos da natureza que são classificados como seres vivos. Uma galinha é pintada de verde, outra de verde e amarelo. E logo esse trabalho é colocado na parede da sala de aula. E o intervalo. Brincadeiras. A professora leva as crianças até o pátio da escola, onde é improvisada uma pista de boliche. Há também bambolê. Muita movimentação. Divertimentos. Novamente, retorno à sala de aula. Leitura. Uma leitura descontraída. Segundo a professora, no intervalo, a leitura é muito mais proveitosa do que na aula , propriamente dita. Realmente, a criançada está a vontade, sem intervenções, por alguns deslizes, no entanto, a professora procura dá orientações, discretamente ,.e o resultado é facilmente percebido: positivo. Termina o intervalo. Recomeça o tema inicial. Seres vivos. Dessa vez, o conteúdo é explicado por uma didática tradicional. Livros abertos. Os alunos vão fazendo a leitura e associando as frases com as ilustrações , e provavelmente, vem as suas mentes o que acontecera minutos atrás,no parque. A interpretação daquele conteúdo não pode ser diferente. O que foi aprendido na prática e o que foi assimilado dos livros. Portanto, Uma aula interessante e muito simpática. Estou aguardando a próxima.

5ª Observação

À sala de aula do meu estágio. A aula inicia-se com atividades de língua portuguesa. Colorir com lápis de cera, as vogais. É um espécie de exercício aplicado pela professora para que o aluno desenvolva sua capacidade motora, evidentemente , praticando a aprendizagem do alfabeto de uma forma divertida. Em seguida, a professora contou a estória dos três porquinhos, sempre interagindo com a turma, e os alunos também participavam daquela narrativa. Essa foi a primeira parte da aula. O intervalo. O habitual. Lanches. Brincadeiras. Termina o intervalo. Recomeçam as tarefas. Novamente as vogais coloridas. Dessa vez, percebe-se que o empenho da criançada é maior do que antes do intervalo. E as letras vão sendo pintadas, uma a uma. Há mãos rápidas; outras , parecem descontraídas, ainda assim, levemente, vão deslizando sobre o desenho , e quase sempre obedecendo as linhas delimitadas do papel . Chega-se a última letra , colorida com o mesmo entusiasmo do início da aula. Não pude perceber nenhuma sensação de cansaço, ao contrário, uma demonstração de vontade , tanto pela tarefa que foi executada como a que estava por vir, contagiava aquele ambiente, que como se sabe: sem o encantamento não há interesse pela execução dos trabalhos, ali desenvolvidos. E o “Dia Mundial da Água” ,criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992 foi relembrado. Essa data foi tema de uma atividade em sala de aula na semana anterior. Um teste, se realmente a criançada teria guardado em suas memórias a importância daquele elemento da natureza, imprescindível à sobrevivência humana. Sim, uma resposta positiva. Foi ressaltado o beneficio que a água promove para a manutenção da vida , da maioria dos seres vivos. A cada pergunta da professora , a criançada respondia rapidamente, o tema é muito interessante, daí uma nova abordagem sobre esse assunto, como se fosse uma nova homenagem em um espaço de tempo tão pequeno. E, as horas vão passando, a aula vai chegando ao seu final. A professora já começa a preparar a turma para a saída. Recomenda à criançada que no dia seguinte ajude a mãe a preparar o material da escola . Qual o assunto da próxima aula? Contarei na minha próxima observação.

6 ª Observação

Estou novamente na sala de aula do meu estágio . A aula inicia-se com uma oração ,depois um canto , já bastante conhecido da garotada e, claro, a chamada nominal. A páscoa novamente, em homenagem a essa data, a professora entoa várias cantigas da época , e é acompanhada pela turma. A aula se torna um hino de celebração de uma festividade que nos reporta a um ritual cristão. E após esse momento de comunhão com Deus, começa a aula. Hoje, a aula é de Português e Arte. Trabalhar a coordenação motora dos alunos, cobrindo os pontilhados, colorindo as letras e ligando um número ao outro, é a primeira atividade. Concluída essa tarefa, vem uma roda de conversa ainda sobre a páscoa, e são ressaltados alguns pontos que não foram explicados nas aulas anteriores. Recomeça a atividade de cobrir os pontilhados dos números. E é a hora do banheiro. E segunda atividade é colorir um coelhinho. A criançada gostou muito desse exercício, e , percebe-se o esforço de cada um para melhor executar aquele trabalho , e de forma prazerosa. A hora da merenda. Sucos. Biscoitos. Sopa. A hora de brincar. A sala de aula está com menos crianças do que o habitual. Ainda assim, há bastante movimento, e as brincadeiras de sempre. E a hora da historinha. A bela adormecida. Todos sabem que o sapato da mocinha é de cristal e não de borracha, quando a professora , de propósito, faz o trocadilho. Alguns riem com essa possibilidade. E começa a terceira atividade, contornar a letra E, e ligar um número ao outro. Trata-se de um exercício de fácil execução. E demora alguns minutos, termina. Novamente, o banheiro. Após o retorno da criançada à sala de aula, a professora passa uma outra tarefa, divertida, trabalhar com massinha. Essa é a tarefa do final de aula. A professora avisa a criançada que não vai haver atividade para ser feita em casa. E a saída. A professora organiza a criançada para uma saída tranquila. Concluo a minha última observação.

Considerações Finais

O estágio supervisionado - foi muito importante para o meu aperfeiçoamento pedagógico. Conhecer as séries iniciais, a sua dinâmica na sala de aula, contribuiu bastante para uma melhor visão da nossa escola. A escola que temos a intenção de construí-la. ou seja, uma escola eficiente, qualificada, comprometida com o aluno e com o meio em que ele vive. Embora, em alguns momentos , fiquei desestimulado ,devido a deficiência, o descaso que se faz com a educação neste país. Constatei a dificuldade que o educador, no seu dia-a-dia, enfrenta para desempenhar sua nobre função. A falta de elementos básicos como material didático, instrumentos tecnológicos entre outras. A escola do meu estágio retrata bem essa situação; mas,

também , pude vivenciar situações muito interessante, como os esforços dos profissionais da educação para que se estabeleça a chamada gestão democrática, e implante uma escola onde todos os envolvidos participem em prol de um ensino de qualidade. E , portanto, cabe a todos nós, nos empenharmos para construirmos uma escola eficiente, organizada, voltada para os valores fundamentais na construção do aprendizado, da cidadania e da dignidade humana.

Referências Bibliográficas

Davis, Cláudia. Oliveira, Zilma- Psicologia na Educação. São Paulo: cortez, 1993

Viñao Frago, Antônio, A, Escolano, A (1998) Currículo, Espaço e subjetividade: A arquitetura como programa- Rio de Janeiro-DP&A – Tradução de Alfredo Veiga Neto.

Luck, Heloísa. A Gestão Participativa na Escola- Petrópolis , RJ: Vozes, 2008

Rocha, Ruth- O Rei que Não Sabia de Nada - Editora: Salamandra- 2011

Soleno Rodrigues
Enviado por Soleno Rodrigues em 17/01/2013
Reeditado em 16/02/2013
Código do texto: T4090612
Classificação de conteúdo: seguro