Vivendo a vida com dinamismo

É triste observarmos pessoas que desperdiçam suas preciosas vidas com coisas fúteis. Não perder tempo na vida é dedicar-se a algo de corpo e alma com a intenção de fazer uma diferença no mundo. O mundo já está cheio de mediocridades. Viver ao lado de pessoas que pensam como nós; que possuam também objetivos elevados. Penso ser este o meio de vida que traz felicidade. Para que ficar conjeturando se algo, se algum projeto vai ou não dar certo? Às vezes levamos dias, quando não meses ou até anos elaborando na mente uma ideia, procrastinando mais do que implementando e depois lamentando porque não obtemos sucesso em nada que empreendemos. Acho que não estamos aqui para gozarmos exclusivamente os prazeres advindos dos sentidos materiais. Mais do que carne e osso, somos espíritos em evolução e procurar, em cada passo que dermos elevá-lo um pouco mais vai trazer como recompensa a verdadeira felicidade, a felicidade natural do filho de Deus. Mas o que presenciamos com insistente frequência, são pessoas medianas, que se satisfazem com muito pouco, que não vão realmente fundo no sonho que acalentam. Ficam mudando de planos e de ideias da mesma forma que mudam de amizades. Não é assim que funciona. Quando se tem um objetivo em mente deve-se, em primeiro lugar, analisar : ‘Qual o benefício que isto trará à sociedade em que vivo e, em extensão, ao meu país e ao mundo?’ Sonhos mesquinhos e exclusivistas só deixam frustrações e muitas lacunas vazias dentro da alma.

Só devemos desistir de algo começado quando as circunstâncias realmente levarem a isto. Não é mudando de uma coisa para outra que vai se chegar a algum lugar que valha a pena. Infelizmente o que mais há no mundo são seres que não sabem o que querem da vida. Pergunte a um parente ou a um amigo: o que você quer da vida, qual o seu sonho? Eles irão dizer ‘eu quero um carro, uma casa’ ou ‘eu quero casar’ ou ‘eu quero casar minha filha’. Isto não é objetivo nem sonho. Na verdade não é nada além de uma etapa de vida entre muitas que se nos apresentam. Mesmo quando alguém diz ‘quero ser um advogado’ isto não é um sonho. Mas quando ele ou ela diz ‘quero ser um advogado famoso e tirar da cadeia todas as pessoas que estão presas injustamente por crimes que não cometeram’ aí sim ele/ela está tendo um propósito definido de vida e isto pode ser chamado de sonho ou de objetivo. Da mesma forma que encontramos dificuldades, umas menores e outras quase que intransponíveis ao escalarmos uma montanha, vamos encontrar muitos entraves no caminho que nos conduz ao sonho, mas isto é parte do processo. O desejo realmente forte de chegar na reta final e comemorar é o maior tônico contra esses momentos que, por certo, surgirão.

Você é aquilo que é a sua rotina de vida. O que você faz no dia a dia vai representar o seu estilo de vida no futuro. O que há de errado na cabeça de algumas pessoas é o conceito de felicidade que elas carregam. Confundem situação financeira, status de vida com felicidade; uma coisa não tem nada a ver com outra. Tenho um amigo que acabou de comprar, a prestação, um automóvel que não vai sair para ele por menos de R$ 60.000,00. Ele está agora preocupado unicamente em transpor sem problemas esses quase cinco anos que o separam da quitação da dívida. Isto não seria problema se ele estivesse levando uma rotina tranquila financeiramente, tendo esta prestação como apenas uma de suas despesas e tocando normalmente o barco de sua vida. Mas não é o que vem acontecendo. A paz financeira que ele desfrutava não existe mais; teve que apertar e se limitar em quase tudo que diz respeito a dinheiro, tudo em nome um ‘estilo de vida’. Fico pensando o que este tipo de vida traz de satisfação para ele. Se o que ele quer, e tudo indica que sim, é mostrar à sociedade que é dono de um carro zero quilômetro ele conseguiu, mas à custa de uma grande parcela de sua felicidade. É esta a diferença entre ser realmente feliz e dar apenas a impressão de que se é feliz de verdade. E o mais frustrante é que muitos copiam este tipo de comportamento achando que é o mais acertado e acabam caindo na armadilha de um destino mal planejado.

Não é difícil viver a vida. Conheço inúmeras pessoas que não vivem o dia a dia preocupadas exclusivamente em aumentar a sua conta bancária. Elas possuem o que eu chamo de fé no amanhã. E o que seria ‘fé no amanhã’? É um estilo de vida que traz satisfação e insatisfação ao mesmo tempo. Parece complicado, mas não o é se for analisado friamente. Vivo satisfeito com o que sou, com o que tenho no momento, com o que as minhas posses momentâneas podem adquirir sem trazer-me a preocupação de ter que saldar porque comprei em parcelas e elas vão render juros se eu atrasar. Só a eliminação deste fator já é um grande motivo de paz. Tenho saúde e cabeça fria para trabalhar, tocar meu projeto de vida para sair desta situação para um patamar ainda melhor. Possuo um objetivo real a que me dedico diariamente; não é um tudo ou nada, mas um projeto que vai beneficiar minha família, meu estado e o meu país como um todo. Se eu enriquecer será ótimo porque posso estender um pouco mais a minha ambição e ajudar em outros setores, mas ficarei contente e feliz se o meu objetivo for alcançado, o que significa que cumpri a minha missão.

Penso que, vivendo desta forma, não há porque ter uma vida estressante e nem enfadonha. É-se insatisfeito e feliz ao mesmo tempo. Não se está vivendo para satisfações próprias ou egoístas, mas dedicando os dias a um objetivo elevado. A atitude interior é a que conta. Quando se coloca o carro na frente dos burros é que surgem empecilhos de todos os lados. É o momento de se parar e se perguntar ‘o que eu quero, afinal’? Esta atitude evitará muitos problemas e frustrações.

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 25/10/2012
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