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Estudo de comportamentos
Eugênio Gioppo
Lembre sempre daquilo que aprendeu.
A sua educação é a sua vida.; guarde-a bem.
Provérbios 4:13 - Bíblia
Sob a ótica do pensamento complexo de Edgar Morrin, estabeleceu-se a Era do conhecimento quem sabe mais tem maior poder, um antropólogo, sociólogo, nascido em Paris em 8 de julho de 1921, somos orientados a pensar se seria possível estabelecer um princípio de certeza ou uma base de verdade sobre um fato. O pensamento complexo nos mostra que as coisas podem ser muito mais abrangentes e profundas do que imaginamos inicialmente. Não existem limites nem horizontes para uma determinada pergunta e essa poderia ser a maior descoberta do pensamento. Segundo, Werner Karl Heisenberg, nascido em Würzburg, 5 de Dezembro de 1901 viveu até 1 de Fevereiro de 1976, que foi um físico laureado com o Nobel de Física e um dos fundadores da Mecânica Quântica. Sustentava a idéia de que “ É impossível saber se alguma observação, medida ou percepção, corresponde de fato à realidade ”. Em um principio de incerteza filosófico. O princípio da incerteza consiste num enunciado da mecânica quântica, formulado inicialmente em 1927 impondo restrições à precisão com que se podem efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis.
Rene Descartes, março de 1596 à fevereiro de 1650, filósofo, físico e matemático estabeleceu um pensamento de ordenamento das idéias onde propunha-se: 1) Dividir para facilitar, 2) partir do mais simples para o mais complexo, 3) fazer desdobramentos perfeitos 4) só aceitar o evidente. Determinando bases para os pensamentos. Henri Bergson 18 de outubro de 1859 à janeiro de 1941) foi um filósofo e diplomata francês. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, matéria e memória, a evolução criadora e as duas fontes da moral e da religião. Bergson diz que o nosso eu não é coisa feita faz-se todos os dias. Transformamo-nos a todo instante. A verdade acabada de agora não é a mesma verdade acabada de amanhã.
Remontamos ao século IV A.C. entre o período de 470 a 399, encontramos o filósofo considerado como o mais virtuoso e esclarecido da antiguidade, Sócrates, estudou filosofia com Anáxoras e Arquelau o médico. Sócrates valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando para os valores universais.
Sócrates entendia que a filosofia conduzia a contemplar Deus e subtrair a alma à dominação dos sentidos, sendo essa alma imortal, porque tudo é imortal em essência.
Antoine Laurent de Lavoisier, que nasceu na França e viveu entre agosto de 1743 a Maio de 1794, celebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, determina em um pensamento que: “Na natureza nada se cria nada se perde tudo se transforma.”
A Maiêutica de Sócrates tem como origem do seu significado “Dar a luz, no sentido de parto nascimento humano” que traduz-se em seus estudos parto intelectual, a procura da verdade no intimo do homem. Este pensamento levava o indivíduo a duvidar do seu próprio conhecimento sobre um determinado assunto. E depois levava o indivíduo por si só através de perguntas, analises e observações a construir uma opinião sobre o assunto tratado formando uma idéia.
Michel Foucault, filósofo , 1926 à 1984 estabelece um nexo entre saber e poder. Ao contrário da tradição moderna, pela qual o saber antecede o poder, para ele, a verdade não se encontra separada do poder, antes é o poder que gera o saber. Propõe então descobrir como a verdade tem sido produzida no âmbito das relações de poder.
Pierre Lévy,Tunísia, 1956 é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade. Em seu livro A Revolução Contemporânea em matéria de Comunicação, Lévy faz uma análise da evolução da humanidade, abordando o desenvolvimento da Internet e a digitalização da informação.
A Cibercultura de Pierre Lévy, nos arremete, para o impacto da tecnologia. Aqui estamos na encruzilhada do conhecimento com a tecnologia, nunca na história da humanidade tanto conhecimento esteve tão disponível ao homem e com tanta facilidade. Usualmente dispomos de aparelhos de celulares os quais possuem muita tecnologia embutida, Na revista Cultura edição 47 de 2011 – Livraria cultura, encontramos uma citação na reportagem sobre tecnologia “ Com o acúmulo de idéias e aperfeiçoamentos, diz a professora Maria Ângela de Camargo editora assistente na Saraiva SA Livreiros e Editores, “hoje, há mais tecnologia em um celular do que a que foi utilizada para levar o homem à Lua pela primeira vez, com a Apolo 11, em 1969”. Brasil tem 253 milhões de celulares, mais de 20% com internet 3G. A informação fornecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil fechou abril com quase 253 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, o que significa quase quatro chips para cada três pessoas (1,29 linha por habitante). Os terminais de banda larga móvel 3G totalizaram 54,3 milhões de acessos - 21,46% do total de linhas. Informação divulgada através da revista Tecnologia – Celular no Portal Terra.
Verificamos no livro cibercultura de Pierre Levy o digital e a virtualização do saber. O conhecimento esta sendo todo virtualizado, desta forma encontramos com facilidade qualquer informação na internet. Aparelhos de celular operam em células de comunicação essencialmente são rádios muitos sofisticados operando em dois canais numa linha um de transmissão e outro de recepção através de ondas eletromagnéticas. Cada conversa chega ao rádio por um terço do tempo. Isso é possível porque os dados de voz que foram convertidos em informação digital são comprimidos de modo a ocupar um espaço de transmissão significativamente menor. Assim, a tecnologia TDMA tem três vezes a capacidade de um sistema analógico, usando o mesmo número de canais. Os sistemas TDMA operam nas freqüências de banda de 800 MHz (IS-54) ou 1.900 MHz (IS-136). Estes rádios transmissores permitem que pessoas se comuniquem independente da distancia que estejam uma da outra numa velocidade de transmissão quase simultânea a emanação da voz. A conversa torna-se possível como se as pessoas estivessem juntas. Além da possibilidade de conversar quase que instantaneamente com uma ou mais pessoas Os aparelhos de celular possuem muitas funções e dependendo do modelo e do fabricante do aparelho você pode:
• Armazenar informações dos contatos
• Formar listas de tarefas
• Agendar compromissos
• Despertar lembretes e alarmes
• Calculadora
• Acessar internet
• Jogar
• GPS
• Localizadores
• Rastreadores
• Fotografar
• Filmar
• Gravar
• Ouvir musica
• Assistir TV
• Ouvir rádio
• Armazenar livros revistas ou formar uma biblioteca ou arquivos pessoais
Toda esta tecnologia esta disponível em sala de aula na mão dos nossos alunos. Eles utilizam aparelho de celular em sala de aula o tempo todo. Esta função da eletrônica interativa trás todo o conhecimento necessário para quem a utiliza. Os nossos alunos tornaram-se interativos segundo uma nova versão da palavra concentrado. De acordo com esta orientação do olhar sobre a palavra interativo, o estudante é capaz de assistir aula, conversar, ouvir musica e mandar mensagem. Existe uma enorme tendência a estar conectado com o mundo com as pessoas lá fora, através da virtualidade.
Chamam de métodos arcaicos ou de obsoletos o modelo de aula quem vem sendo utilizado pela humanidade há milhares de anos aonde um professor transmite o conhecimento para os alunos. O professor dentre outras inúmeras coisas provoca na mente do ouvinte uma chama que desperta a curiosidade e a atenção dos alunos para um assunto. Nesta encruzilhada do conhecimento com a tecnologia o ser humano lá na frente esta desconectado dos alunos. Então a posição de prescrutador do conhecimento passou a ser de frente a frente com os alunos e de disputa com onda eletromagnética.
Muitos nem sabem, mas existe um ramo da psicologia que estuda e analisa os comportamentos humanos em função das normas ou leis que buscam a segurança e a integridade de todos que se locomovem.
O professor José Aparecido da Silva, pesquisador da área de psicofísica e percepção, especialista em processos sensoriais do Departamento de Psicologia e Educação do campus da USP de Ribeirão Preto, dedica-se principalmente à psicologia do trânsito
Segundo o especialista, a psicologia do trânsito entende que o trânsito é composto pela interação entre três grandes subsistemas — o homem, a via e o veículo — e que uma locomoção segura e organizada envolve três elementos principais: engenharia, educação e policiamento/legislação. Mas aponta que o homem, com seus múltiplos fatores sensoriais, motivacionais, emocionais e de personalidade, é o maior responsável pelas diferentes causas dos acidentes de trânsito.
O comportamento de dirigir um veículo é composto por múltiplas tarefas. Envolve a tomada de informação, o processamento de informação, a tomada de decisão e as atividades motoras. Muitos motoristas acreditam que dirigir envolve apenas as atividades motoras e, portanto, o uso do telefone celular, especialmente o viva-voz e o fone de ouvido, não afetaria o comportamento de dirigir, pois as mãos ficam livres. Todavia, não é bem assim. Dirigir envolve uma carga mental ou cognitiva, isto é, o motorista precisa atender e depreender vários estímulos que estão em seu ambiente interno (dentro do veículo) e externo (vias, estradas, ambiente em geral). Dados epidemiológicos e experimentais revelam que os motoristas que fazem uso do telefone celular enquanto estão dirigindo têm um risco de 3 a 9 vezes maior de se envolverem em acidentes fatais quando comparados com aqueles que não fazem uso de celulares. Além disso, não há qualquer vantagem no uso do telefone celular viva-voz ou fone de ouvido em relação ao uso do telefone celular manual. O risco é idêntico em todas as condições. Trecho retirado do Artigo educação para o trânsito http://www.educacional.com.br/reportagens/transito/psicologia.asp
Estudar também envolve uma carga mental ou cognitiva, isto é, o estudante depreender vários estímulos que estão em seu ambiente interno. A mente conectada com algo lá fora tornaria o aluno interativo tão perceptivo ao conteúdo?
Segundo relatos da antropologia, houve um Rei no Egito, na cidade de Tebas Egípcia, conhecido como Rei Tamos. Conta-se que certa vez um deus Egípcio chamado Thot, trouxe até ele um invento.
Toth é, reconhecidamente, o mais sábio e hábil dentre os deuses, sendo o pai de todas as artes em que o homem se exercita com o raciocínio. Deu-se que, um dia, ao formular as regras do jogo de Senet, esse poderoso deus perguntou-se como poderia preservar o conhecimento em algo mais durável do que a memória.
Por muito tempo essa questão incomodou o deus-íbis, que se ocupava de outras coisas menores enquanto sua inimaginável mente procurava uma resolução para aquele enigma. Depois de um tempo, porém, ocorreu a Toth que poderia usar um caniço afiado e tinta para, em uma folha de papiro, planta que crescia, abundante, no delta, desenhar signos que representassem coisas – como pão, macaco ou barca – e conceitos – como amor, ódio, fidelidade. Durante vários dias, hora na forma de homem com cabeça de íbis, hora na forma de babuíno Toth se ocupa de traçar todos os signos que sua mente imagina. Feita sua obra foi mostrá-la ao rei e obter sua aprovação para que os homens dela pudesse desfrutar.
No palácio do soberano Toth diz:
- Creio ser essa minha mais útil invenção, que permite registrar tudo que se queira em algo mais durável que a memória, especialmente a dos homens, que depressa se embota e se perde. Assim, a grande glória dos deuses estará imperecível, mesmo daqui a milhares de anos.
- O que tua sapiente invenção fará, Thot, é destruir a memória, esse dom que somente os seres humanos tem dentre todos os animais. Afinal, se tudo está registrado, qual será a necessidade de recordar?
- Toda a necessidade, pois os homens poderão confiar na memória, ainda. Recorrerão aos registros daquilo que é muito importante, e será a partir deles que construirão algo novo. Não irão perder mais tempo aprendendo ou ouvindo aquilo que seus pais já sabiam, sem poder se beneficiar da experiência deles. Será, apenas, interpor um veículo certo entre a memória e o ser humano. Eles serão muito ajudados por isso, é o que vejo.
Toth parou, como que refletindo, e disse:
- Imagine qual será a angústia do homem sábio, sem poder ter certeza que suas palavras serão ouvidas pelos seus filhos exatamente como ele desejou que o fossem, posto que precisa confiar na memória dos que irão contar a sua história aos mais novos. Eis ai uma das grandes utilidades da escrita, o pensamento puro e incólume para a mente de seu estudioso. Além disso, imagine como será útil registrar as contas no papel, tendo certeza de que estão corretas, ou o calendário, mostrando que tal ato glorioso de Rá remete a um passado em tantos anos, não em outros quantos. E a cheia do rio Nilo, que vivifica o Egito poderá ser calculada e colocada a serviço dos homens e deuses...
- Fazei então, Toth, como julgas correto, pois que tua invenção sapientíssima, assim como todas as outras anteriores – o calendário, a álgebra, a escrita – estarão a disposição dos homens e deuses.
- Mais não se esqueça disse o Rei o que você fez foi inventar o esquecimento. Até o dia de hoje todos tinham que aprender agora precisamos apenas nos lembrar aonde procurar.