A Educação Pública pede socorro.
Começo este artigo, já pedindo ajuda a quem quer que seja, pois, vivemos numa era de trevas na Educação Pública Brasileira.
Não se trata de sensacionalismo barato e nem demagogia o fato de elencar aqui uma situação que é escancarada a todos. Só não enxerga quem não quer, quem nao tem sensibilidade, quem não pensa no próximo.
Em tempos bem remotos, a Educação Pública era elitizada e a escola era para poucos. Somente os filhos dos ricos eram quem estudavam, quem teriam para si um futuro promissor garantido. Com a democratização do ensino fundamental, os filhos dos pobres começaram a ter a sua vez também. Na escola tradicional e na nova escola, os alunos de fato aprendiam. Quem não estudava, não conseguia a tão almejada promoção para o próximo ano letivo.Aí para contrariar chegou a progressão continuada.
As ideias desta progressão até que não eram ruins, no entanto, a maneira como foi instaurada é o que nos causou grande desconforto, porque entendeu-se que o aluno não precisaria mais estudar e se esforçar em ser melhor, pois, passaria de ano de qualquer forma.
Combatemos assim, os índices de repetências e, nos enganamos ainda mais. Gerações de jovens sairam e saem da Educação Básica com o conhecimento empunhados em frágeis diplomas, que não os conduzem a lugar nenhum, aí surge a geração dos analfabetos funcionais.
Quem que já não mais presenciou em alguma loja ou mercado, um jovem fazendo contas em calculadoras para realizarem pequenos trocos de dinheiros? Situação deprimente, não é mesmo?
Vendo isto, qualquer pessoa pode dizer: "Nossa! Fulano fugiu da escola!" E começa-se a culpabilizar escolas e professores, pela inaptidão das pessoas na sociedade tão letrada e tão informatizada, que é a do atual século.
Ligamos nossos televisores em horários nobres e só enxergamos obscenidades e ataques velados à família, ao casamento, à criança, ao jovem e ao idoso. A grande mídia só se importa com a maldita audiência. A cultura e o conhecimento que esperem sentados, pois, em pé é perca de tempo.
Nossas escolas começam cheias todos os começos de anos, mas, no meio dele, se esvaziam como se vaza a água de um encanamento ou torneira. Nossas crianças e jovens estão cada dia mais abandonando os estudos, para ficarem em frente à telas de computadores, de televisores e operando os seus maravilhosos equipamentos: os mega-celulares!
Quem não abandona, vai para a escola totalmente desanimado e desinteressado por qualquer coisa. Já presenciei até mesmo recusas nas aulas de Educação Física e de Arte, quem dirá as matérias mais pesadas como português e matemática?
Os governos devem investir PE-SA-DA-MEN-TE no financiamento da Educação Pública, pagando melhores e mais dígnos salários aos professores, aos coordenadores pedagogicos, aos diretores, enfim , à toda classe do magistério e aos profissionais de apoio, porque a daqui a um tempo não tão distante, não teremos mais professores nas escolas e, aí que mais e mais os alunos sairão das escolas.
Pensamos e quebramos muito a cabeça com coisas que não dão certeza alguma à Nação, se não na oferta de uma real e promissora Educação de ponta, à maneira de países como a Finlândia e Japão, que injetam uma boa parcela de seu PIB na Educação e, depois, não precisam construir presídios de segurança máxima.
A Educação pede socorro e necessita urgentemente de um bom remédio, quando enterrarmos o último cadáver dela, não poderemos chorar por aquilo que nós nem tentamos fazer.