MINHA MONOGRAFIA SOBRE DISLALIA PARTE 01

INTRODUÇÃO

Quando fazemos a escolha de abraçar a profissão de educadores, muitas vezes não consideramos os desafios que surgirão em nossa carreira. Nos qualificamos para ensinar e os alunos aprenderem mas, no cotidiano escolar, nos deparamos com crianças com as mais diferentes dificuldades de aprendizagem. Uma das problemáticas mais observadas pelos os professores e demais profissionais da educação são dificuldades de fala. Estas apresentam-se de muitas formas, desde a gagueira até a linguagem Tatibitate, podendo causar discriminação por parte dos colegas e ocasionar o isolamento do convívio social destas crianças que apresentam estas características. Se a escola não possibilitar formas de intervenção para que esta criança seja devidamente atendida por profissionais competentes nesta área, o surgirão complicações no ambiente escolar,desde a diminuição no rendimento da aprendizagem, da criança, reprovações contínuas e até mesmo a desistência escolar.

Apesar da existência de muitas políticas publicas voltada para assegurar a acessibilidade dessas crianças que necessitam de um acompanhamento mais aproximado e distinto ainda encontramos casos de crianças que abandonam a escola por não encontrarem apoio, muitas vezes por professores que não possuem formação especializada ou que por não terem conhecimento do assunto utilizam-se de metodologias errôneas como os tratamentos diferenciados, que em alguns casos, muito mais atrapalha e prejudica o andamento do trabalho bem como causa atraso no aprendizado da criança. Em suma, são atuações que não “funcionam” como deveriam funcionar e acabam por piorar uma situação que já é delicada por vários motivos.

Neste trabalho, buscaremos realizar um apanhado mais aprofundo no que se refere às políticas publicas já existentes que disponibilizam tratamento e acompanhamento para crianças que apresentem dificuldades no desenvolvimento da aprendizagem, bem como abordagens teóricas e estudiosos no intuito de compreendermos como se dá o processo de aprendizagem bem como o da aquisição da fala em crianças tidas como normais.

No entanto a escolha para este trabalho foi a de abordar um tema mais complexo,a dislalia1 ,que é um dos fenômenos mais freqüentes nas salas de aula segundo professores, por ser muito comum encontrar crianças que mesmo após terem superado a idade de cinco anos , muitas vezes demonstra uma insegurança emocional por parte da mesma.

É claro que atualmente é muito debatida a temática da inclusão , mas o que é precisa ficar claro, de verdade, não só para o educador, como para toda a sociedade é o fato que o acesso à escola regular não é direito único e exclusivo para pessoas com deficiência motora, mas também para aquelas que possuem deficiência de ordem de dificuldade de aprendizado, bem como todas as outras deficiências que também merecem uma atenção especial desde as mais graves até as mais simples.Se faz então necessário alguns questionamentos: As escolas estão preparadas para responder às necessidades das crianças em questão? Os profissionais estão preparados para lidar com estes acontecimentos inesperados em sala de aula? As escolas oferecem suporte de material pedagógico para a realização deste trabalho? A família sabe como acompanhar esta criança?

Se levarmos em conta as legislações tais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionais (LDBN), em seus artigos referentes ao citado tema,o Estatuto da Criança e do Adolescente , entre muitas outros estatutos que relacionam em seus termos legais as mais variadas normas e conjuntos de obrigatoriedade que se pode imaginar, cabe aqui outros questionamentos: Estas leis estão sendo obedecidas como se espera? Levantando aqui o fato de que essas crianças precisam de um acompanhamento especializado como por exemplo de fonoaudiólogo, de um psicólogo e de psicopedagogo, estamos abrindo espaço para o fator determinante para o sucesso de um trabalho, seja ele com crianças que necessitam de acompanhamento, ou seja, para crianças tipicamente rotuladas de anormais, em todos os casos a parceria família e escola é indispensáveis.

Após uma busca prévia sobre o tema das metodologias inclusivas, analisamos a existência de poucas experiências com sucesso de emprego de práticas metodológicas sucessivas ou de autores que apontassem uma tendência pedagógica sobre a temática em salas regulares. Percebemos então, as dificuldades em organizar uma coletânea de dados que ajudem o professor a se encontrar em sala de aula de modo que seu trabalho seja menos artesanal e quem sabe até com mais suporte teórico, o que existe são estudos que levantam possibilidades de temáticas a serem abordadas ou de formas de atingir o máximo possível de alunos de todos os tipos de necessidades educacionais.

É ainda notório que se o professor utilizar uma metodologia especifica para ensino dessas crianças estará contrapondo-se às leis de inclusão e disseminando o preconceito, além de que poderá criar nesta criança a idéia de que ela é incapaz, possibilitando o retardado ainda mais do aprendizado desta criança, fato que muitos especialista no tema abordam indiscriminadamente. É visível a todos os profissionais da educação o fato de que esse tratamento diferenciado, que durante algum tempo fora recomendado, opor alguns profissionais que abordavam o tema como sendo caso isolado e que hoje após eles mesmos terem revisto suas teorias desaprovam-na com veemência.

Desta forma, buscaremos abordar a temática da dislalia num contexto de inclusão escolar de modo a informar que é e sempre atual para os estudiosos, já que, dizer que uma escola é inclusiva é muito fácil. O difícil é fazê-la inclusiva de fato. Esta é a questão que mais tem causado preocupação nos profissionais da educação na atualidade.

Deste modo buscar-se-á as respostas para as perguntas levantadas anteriormente bem como para outras duvidas por ventura venham a surgir no decorrer deste trabalho.

O primordial objetivo deste trabalho é levantar possibilidades de tendências pedagógicas que são utilizadas com sucesso nas salas de aula. Mas sem deixar de lado o caráter informativo que o mesmo terá, lembrando que quanto mais informação se possui de um assunto mais facilmente se convive com ele. Em postura especifica perquirir o que é a dislalia, a causa e suas conseqüências e os tratamentos mais indicados para eles. Estabelecer uma relação das leis que regem a educação nacional; bem como fazer um levantamento das possíveis pratica pedagógicas utilizadas atualmente e que mostrem-se como recomendáveis para os professores, que convivem com esta realidade.

Esta pesquisa será realizada de ordem bibliográfica, referindo aqui para os fatores apontados anteriormente de não haver praticas comentadas como totalmente eficazes, esta ainda é uma área muito experimental de modo que encontrar registros é no mínimo inviável ao que o suporte teórico de respaldo, as literaturas abrangentes no tocante as questões de aquisição da linguagem, as fazes de aprendizagem, as leis, as tendências pedagógicas corriqueiramente utilizadas, e ainda alguns pouquíssimos relatórios de recomendações de estudiosos do assunto bem como as conseqüências encontradas nestas crianças em suas vidas ou ainda as analises clinicas de fonoaudiólogos sobre este fadado, serão abordados. Partindo da teoria integracionista de Vygotsky, alem de ter como padrão as fazes de desenvolvimento apontado por Piaget , alem de diversos artigos de fonoaudiólogos como Miralda Carneiro e Milenna Brun e ainda artigos de a LDBN, a legislação sobre a lei da Acessibilidade e inda os PCNS o Estatuto da Criança e do Adolescente entre outros que se fizerem necessários e úteis. Esperando assim poder contribuir para a formação intelectual de muitos outros profissionais da educação que busquem informação sobre este tema tão importante e se mostrem valorosos para o estudo que hora se inicia.

Este trabalho que hora se inicia contará com três capítulos que abordaram os temas anteriormente delimitados. Em um primeiro momento achar-se-á necessária uma abordagem a cerca dos distúrbios de aprendizagem de um modo mais amplo e abrangente, em um segundo momento deste primeiro capitulo, será delimitado e definido o que os teóricos tais como Ferreiro, Fichtner (1987) ,entre os demais que se fizerem úteis e proveitosos ao trabalho.

No segundo capitulo trataremos da temática “dislalia” em si, suas causas, efeitos e conseqüências, utilizando como fonte de pesquisa obras de educadores e fonoaudiólogos que debatem o tema. Disporemos, no mesmo capítulo um espaço para abranger e tratar do que diz a legislação acerca do direito ao acesso da escola, como também às leis de inclusão escolar.

Em um terceiro e ultimo capitulo discutiremos as possíveis metodologias tendo como base um estudo realizado por pesquisadores da Agência Européia para o Desenvolvimento da Educação Especial (2005) que se propuseram em um relatório apontar as praticas educacionais que vários países europeus faziam uso para incluir seus alunos com distúrbios de aprendizagem em salas regulares. Este foi o único documento que possibilitou que analisássemos em nossa pesquisa, práticas com sucesso nesta perspectiva.

Falar em pratica pedagógica atualmente é um tanto complicado se levarmos em consideração as realidades que se apresentam nos ambientes escolares atualmente. Teríamos que levar em consideração muitos fatores desde as condições sociais e econômicas da população atendida por ela, as viabilizações e possíveis adequações que as teorias sofreriam para poderem ser colocado em pratica, grifo meu, já que sala de aula não é laboratório para se fazer teste e que cabe ao professor ter consciência de em que nível está sua turma e principalmente se tal pratica condiz com a realidade. Entre muitos outros fatores determinantes da condição hunizadora do papel atual da escola que é justamente o de formar cidadoes conscientes de seus deveres além das conseqüências de seus ato

01: UM POUCO DE HISTORIA, NO TOCANTE AOS DISTURBIOS DE APRENDIZAGEM.

“Não é fácil encontrar uma definição clara e abrangente para designar ‘problema de aprendizagem’. Durante muitos anos, o enfoque orgânico orientou a reflexão de muitos educadores e terapeutas que lidavam com esta questão. ” (Scoz, 1996, p. 19)

Segundo Scoz, (1996) o enfoque sobre a temática das dificuldades de aprendizagem, surgiu por volta dos séculos XVIII e XIX com grande desenvolvimento das ciências médicas e biológicas, especialmente da Psiquiatria, datando ainda deste mesmo período estudos de neurologia, neurofisiologia, neuropsiquiatria, conduzidos em laboratórios anexos a hospícios. Em seguida, caracterizou-se o conceito de anormal,adotado até então somente em crianças atendidas em hospitais psiquiátricos, às instituições escolares, para crianças que não acompanhavam seus colegas na aprendizagem, sendo rotuladas de “anormais escolares” já que seu fracasso era atribuído a alguma anormalidade orgânica(SCOZ, 1996).

Estas crianças que foram rotulados como anormais escolares, com o passar do tempo passaram a ser consideradas como problemáticas. A medicina, que na época, apoiava-se nas idéias de anomalia genética, passou por uma modificação de subsídios para utilizar instrumentos da Psicologia Clinica inspirada na psicanálise, que buscava no ambiente familiar e social as possíveis causas dos desajustes infantis.

Em uma época onde predominava a teoria da hereditariedade no Brasil o Dr. Artur Ramos, médico formado na Faculdade de Medicina da Bahia, estudou os problemas de aprendizagem escolar, sendo durante muito tempo o único trabalho empírico, neste sentido, ele veio trazer um ponto de confronto na zona de comodismo que se encontrava este tema. Travara um debate entre as teorias de hereditariedade e a sua revolucionária idéia de que a relação da criança com os adultos a sua volta, apesar de todo o esforço deste magnífico teórico ainda foi atribuída importância para os desvios de responsabilidade orgânica.

Na década de 60 os médicos começaram a abordar a psiconeurológica de desenvolvimento humano, que trouxe consigo uma nova noção que era muito utilizada e enfatizada por neuropediatras, psicólogos e fonoaudiólogos e alguns psicopedagogos que foi a Disfunção Cerebral Mínima e de Dislexia (DCM).

Goulart (1985 apud SCOZ,1996), em sua tese de doutorado revela inicialmente que professores de Psicologia, na sua maioria eram médicos com formação de Psiquiatras, Psicopatologistas entre outras áreas de conhecimento neste mesmo segmento. O que deixa margem para que se possa imaginar que daí o motivo para que a teoria de Bastos não tivesse sido tão bem sucedida na época.

A partir da década de 80 a psicopedagogia passou a ser estruturada e demonstrada na pratica clinica como um corpo de conhecimentos em transformação de estudos multidisciplinares, na tentativa de globalizar o processo de aprendizagem e conseqüentemente os problemas que se derivam deste processo, tão complexo e abrangente.

Com o passar do tempo os próprios médicos e profissionais que estão relativamente ligados ao estudo dos distúrbios desenvolvimentistas, passaram a admitir que a DCM tivera grande difusão. Segundo Cypel (1986 apud SCOZ,1996), neuropediatra que se dedicou a pesquisar as questões relacionadas à aprendizagem escolar, aponta em seus estudos que 40% dos casos de crianças atendidas nos consultórios médicos apresentavam como causa a impressão de que conviviam com uma população de anormais.

O conceito de DCM permitiu que os pais e professores tivessem uma maior aceitação, em vez de portarem uma doença neurológica, ela podia ser responsabilizada pelo seu próprio fracasso, no entanto isto não serviu para desmotivar os educadores a investirem na aprendizagem, enquanto que nos consultórios o atendimento psicopedagogico, reforçou a explicação organicista do problema de aprendizagem, enfatizando a postura medica de tratamento da época.

Recentemente os psicopedagogos passaram a contribuir de forma significativa apontando novas luzes para mais áreas de conhecimento tais como a Psicologia, Sociologia, Antropologia, Lingüística e Psicolingüística, reformulando as novas linhas de analise.

Segundo Ferreiro (1985, 1986) que partiu da teoria de Piaget, a construtivista, na qual a aprendizagem é um processo que se constrói dia após dia em um trabalho continuo. O mesmo Piaget buscava novos caminhos para entender como se dava a construção da aprendizagem da leitura e escrita, redimensionada a concepção de problema de aprendizagem, ao considerar muitos erros freqüentemente cometidos na produção oral e escritos como hipótese que a criança elabora na construção do próprio conhecimento.

Ferreiro também contribuiu para que as escolas pudessem rever suas atuações frente aos alunos procurando avaliá-los não as respostas boas ou más, mas pelo processo que os levar as tais respostas obtidas. Tendo aqui como papel o dever de provocar no educando a vontade de buscar respostas para as perguntas, introduzindo assim na escola propostas de trabalhos ricos e desafiadores, dando ao educador e a escola o direito de transformar o erro do aluno em algo que faz parte da sua construção de aprendizagem. Perdendo assim o caráter negativo o erro e ganhando potencial no sentido de incentivar a criança construir seus próprios saberes e evoluir a partir deles superar as barreiras que até então a medicina lhes criará.

Vygotsky (1988) atribui uma nova vertente contribuindo para redimensionar a concepção do problema de aprendizagem é representada pelo modelo sócio-interacionista, no qual se destaca o desenvolvimento cognitivo das crianças é inicialmente determinado por processos biológicos e guiado, por interações sociais, o desenvolvimento das habilidades cognitivas. À medida que elas crescem, internalizam as operações verbais fornecidas pelos adultos, bem como os conteúdos a elas ofertados nas escolas, e fazendo uso destas informações para dirigirem seus próprios pensamentos.

Vygotsky foi um dos muitos teóricos a defenderem a hipótese de que o homem é um produto do meio em que está inserido. Nesta concepção, a criança é por assim dizer como uma esponja que vai absolvendo as informações, assim como Piaget também afirma em alguns de seus relatos onde ele compara a criança a uma folha em branco pronta para ser preenchido com as informações que os adultos estejam a sua volta as oferte.

Sem querer desconsiderar o valor dos testes no diagnóstico de alguns problemas de aprendizagem, é importante lembrar que Vygotsky chama atenção para a restrição do seu alcance como instrumento de medida pondo por terra os modismos da psicometria, ainda tão comum em nossos meios e que tanto tem contribuído para rotular as crianças como incapazes para aprender.

O conceito de zona de desenvolvimento proximal relativiza os métodos de diagnostico dos problemas de aprendizagem, uma vez que diferenças qualitativas no ambiente social das crianças são consideradas com mais firmeza deixando-se de restringir o problema de aprendizagem apenas à própria criança. Isso não quer dizer que a aprendizagem seja por si mesma, desenvolvimento mais que uma correta organização da aprendizagem induz ao desenvolvimento mental e mobiliza todo um grupo de processo de desenvolvimento, impossível de ser ativado sem o auxilio da aprendizagem.

Levando em conta a educação como um processo profundamente social que deve focalizar formas emergentes de aprender, não se trata mais de propor uma instrução programada, muitas vezes mecanizada e restrita apenas a dificuldades. Trata-se, sim, de apostar nas capacidades dos pequenos, propondo um tipo de trabalho que considere mais suas qualidades do que seus defeitos.

Deste modo, ao proporcionar aos educadores e estudiosos do comportamento humano a possibilidade de se defrontarem com uma teoria de desenvolvimento embasada nos princípios do materialismo dialético, Vygotsky alem de ressaltar o papel da aprendizagem no desenvolvimento do individuo, afasta as concepções mecânicas e reducionistas do problema de aprendizagem alcançando uma visão mais critica desses problemas, principalmente desmistificando como “doenças” responsáveis pelo mau rendimento escola.

Alguns professores, ainda não se acostumaram ao fato de que se uma criança apresenta dificuldades de aprender determinados conteúdos, não significa que esta seja portadora de alguma uma doença mental. Mas, este é o momento de aproximar-se mais dela e buscar compreender o que está atrapalhando seu desenvolvimento psicomotor e até mesmo sua capacidade de raciocino lógico, algo que na maioria das crianças que estão entre seis e dez anos é muito aguçado, o que simboliza alguma mudança brusca em seu comportamento. Esta fase elas geralmente estão mais ativas e até mesmo mais propensas a desenvolver habilidades motoras e de assimilarem conteúdos que em outra fase serão mais difíceis de serem assimilados.

1.1- A concepção atual sobre os distúrbios de aprendizagem.

A primeiras perguntas que os professores se fazem ao iniciar o ano letivo é como serão seus alunos, como se comportarão, se darão trabalho. Para outros se serão mais meninos, ou meninas, se irão se adaptar ao seu ritmo de aula. Mas algo que é intrínseco de todo professor das séries iniciais, é se algum dos alunos precisará de uma atenção especial.

A esse olhar especial os estudiosos deram o nome de distúrbios de aprendizagem esta é a definição utilizada para caracterizar crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora apresentem inteligência normal, e não demonstrem desfavorecimento mental, físico ou social, ou ainda emocional. Sendo que estas crianças não são incapazes de aprender, até porque esta não é uma condição irreversível e sim uma forma imatura que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Não devendo ser confundido com deficiência mental.

A psicopedagoga Ana Carmem M. Bastos, diz que é possível identificar uma criança com distúrbio de aprendizagem seguindo dois critérios básicos que podem ser determinantes no diagnostico , são informações que qualquer educador que ao observar sua turma pode identificar são elas:

• Não apresenta um desempenho compatível com a sua idade, quando lhes são oferecidos experiências de aprendizagem apropriadas para sua faixa etária.

• Apresentam discrepância entre seu desempenho e sua habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes arestas:

Expressão oral e escrita;

Compreensão de ordem oral;

Habilidades de leitura e compreensão de cálculos e raciocínio matemático;

Alem destes critérios, a psicopedagoga aponta mais quatro itens que podem contribuir para o diagnóstico ser ainda mais preciso. Vamos a eles:

• Apontar uma discordância significativa entre seu potencial e seu desempenho em uma ou mais áreas;

• Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas de conhecimento;

• Apresentar desempenho irregular, isto é, a criança tem desempenho satisfatório e insatisfatório alternadamente, no mesmo tipo de tarefa;

• O problema de aprendizagem não ser devido deficiências visuais ou auditivas, nem carências ambientais ou culturais, nem problemas de ordem emocional.

Nesse ponto, podemos por assim dizer que nem todos os casos de crianças que sofrem com o insucesso escolar são casos de doenças mentais, ou como dizem alguns maus profissionais, denomina ser deficiência de aprendizagem. Muitas vezes podem ser apenas um problema de visão ou de comportamento relacionado a convivência familiar. É nesta ocasião que o educador muito pode fazer, é hora de conversar, buscar se aproximar das crianças para desvendar os reais motivos que os motivaram a atuar de forma controversa em sala de aula muitas vezes uma mudança de humor dos pais ou até mesmo a doença de algum ente querido podem causar mudança no comportamento destas crianças.

No caso de uma criança um pouco mais velha até mesmo uma desilusão amorosa podem ser o motivo de estarem dispersos ou não conseguirem se concentrar na atividade que estão desenvolvendo.

Abordaremos então o objeto deste estudo que é a dislalia, um distúrbio da fala que muito influi na aprendizagem dos pequenos e porque não dizer no trabalho do professor que tem que se desdobrar para conseguir que esta criança acompanhe os demais colegas, que não possuem esta mesma dificuldade. É necessário salientar que não é mais tão esporádico encontrarmos crianças com distúrbios de fala em nossas salas de aula, até porque elas podem ser de muitos tipos e níveis, tais quais estes profissionais da educação não podem nem sempre dar uma atenção especializada a elas.

Em diálogos informais com professores da rede publica de ensino, barrense, observamos que é comum encontrar crianças com uma serie de especificidades na fala que em alguns casos são carinhosamente chamados de curiosidades, alguns casos os professores se perguntam como eles conseguem realizar alguns sons que para outros são impossíveis, fora os casos de trocas de fonemas tanto escritas quanto faladas, crianças que trocam “V” por “D” entre tantas outras que deixam alguns coordenadores pedagógicos “de cabelos em pé” como eles mesmos admitem falar.

Sabe-se que estes tipos de conversa acontece internamente nas salas de professores e reuniões de professores, para planejamento. Mas convenhamos, depois de uma exigência tão ferrenha sobre as escolas e secretarias de educação de que os professores, principalmente do ensino fundamental I,tenham a formação básica nas áreas da pedagogia ou da psicopedagogia, entendemos como inadmissível que pessoas com formação especifica nessas área tratem como esquisitices casos que para eles caberia a tarefa de ajudar, dar suporte teórico e metodológico para que os professores muitas vezes formados em áreas que não se enquadram na sua área de atuação para que estas crianças não abandonem a sala de aula e sim para que sintam-se parte de um todo que é a sua turma.

Sobre estas questões debateremos no ponto seguinte.

1.2 A formação dos profissionais e o diagnostico da dislalia.

Muito se pode dizer a cerca da escola atual e dos profissionais que nela estão inseridos, muitos deles sofrem com a falta de aparato tecnológico e até mesmo de instrumentos que os ajudem a enfrentar a sala de aula atual tão mista de diferentes tipos de personalidades e criações familiares, costumes e origens tão diversificadas. Entre muitos desafios os professores encontram ainda a dificuldade de como conduzir a turma a um nível mais respeitador, por vivermos em uma sociedade ainda pautada na falta de dialogo e compreensão, onde a intolerância é quem dita às regras de conduta, o professor alem de ministrar os conteúdos didáticos tem como dever de trabalho imprimir nestas crianças uma nova noção de respeito, e que para termos paz novamente na sociedade mundial teremos que ser mais tolerantes, somos todos seres humanos, e como tais devemos atuar de forma mais humana e menos mecanizada.

É impossível não lembrar que os profissionais necessitam de um apoio mais especifico mais teórico e mais especializado, é o momento de mencionar neste trabalho o nome de um profissional indispensável, o psicopedagogo. Fundamental por desempenhar uma atividade de cunho diagnostico onde com seu suporte, o professor terá como melhor entender o que se passa com seus alunos e como agir em sala de aula com as diferentes formas de dificuldades de seus alunos.

Mas é importante salientar que como falou a psicopedagoga Maria Cristina Mantovani em entrevista revista Nova Escola, onde a mesma critica o excesso de diagnósticos de patologias sem critérios,

“Se a criança não aprende, muita gente acha mais fácil culpar uma doença... De um ponto de vista filosófico, acho que vivemos um momento de imediatismos, sem espaço para a reflexão. Por exemplo: toda tristeza é depressão. Então você medicaliza. Os indivíduos estão sendo silenciados.” (Mantovani, XXVIII)

A historiadora e Doutora em Psicopedagogia Cristina Mantovani utilizou o espaço cedido pela revista de renome para esclarecer algo que muitos de nossos pais e professores bem como os próprios alunos não conseguem entender e aceitar, que seus filhos muitas vezes não estão com preguiça, e que por este fato acabam negando-se a realizar as atividades ou ainda a simula muitas dificuldades que podem ser realmente conseqüência de algum tipo de distúrbio de cunho educacional ou ainda psicossocial ou um tráuma infantil.

A autora do artigo ressalta ainda a realidade triste de que um curso de tamanha irrelevância para a educação tenha se tornado um meio de comércio, mais um dos modismo profissionais que acontecem muitas vezes para destruir a classe de profissionais da área tal qual um mal profissional da saúde um professor bem como qualquer outra área de trabalho pode destruir a imagem dos demais. Criando assim uma visão distorcida do real papel do psicopedagogo como profissional responsável desse modo antes de se buscar um psicopedagogo, bem como um medico que pode fazer um diagnostico errado, e assim criar um problema onde não existe nada.

Então é preciso acima de tudo como em que se tenha certeza de que o seu psicopedagogo é realmente um bom profissional e que ele irá ajudá-lo ao invés de prejudicar. Para qualquer profissão onde vá lidar com pessoas é necessário vocação, principalmente vocação. Pois só e somente só necessidade de ganhar dinheiro não vão garantir que este profissional trabalhe como deve, ele não sentir o real prazer em ajudar as pessoas que o procuram na necessidade de um diagnóstico, até porque é muito fácil falar que alguém sofre de THAD mas como posso garantir que realmente é sem que eu tenha uma fundamentação teórica, não criticando as instituições formadoras de profissionais mas sim os profissionais que estão lá apenas de corpo presente sem deixar que as informações atinjam seus cérebros e modifiquem sua forma de ver o mundo. É necessário que eles busquem uma formação mais humana menos tecnicista ganhar um caráter mais humanista que devem ter os profissionais desta área tão especifica de atuação.

02: O QUE É DISLALIA?

2.1. Causas e conseqüências da dislalia

Para podermos debater a falta, ou não, de metodologias ou ainda analisarmos o que seriam essas metodologias, ou como elas seriam colocadas em práticas pelos profissionais da educação é necessário saber o que é este fenômeno que aflige aos professores.

Segundo a Wikipédia, dislalia é “um distúrbio na fala que consiste basicamente na dificuldade de articular as palavras, seja ela omitindo ou acrescentando sons ou ainda trocando fonemas um pelos outros, podendo ter como causa para estes uma falha no aparelho fonador ou uma demonstração de carência, no caso da linguagem tatibitate ”.

A dislalia pode entre outros motivos ter como causa a falta de segurança, estima-se que cerca de 90% dos casos de dislalia comecem por volta dos 8 anos de idade e que afeta ente 1% a 3% da população adulta, podendo ter como uma das causas, além da já mencionada, ainda alguma relação com caracteres psicológicos como a ansiedade. Neste pode-se apontar com os sintomas a hesitação repetitiva e demora na emissão das palavras ou pelo prolongamento anormal dos sons, seu maior foco de estudos neste âmbito é a gagueira, sendo que na metade das crianças nas quais a gagueira começa antes dos 5 anos ela persiste na vida adulta.

Além da gagueira existem outros tipos de dislalias que podem dificultar a vida do sujeito. Esta dificuldade da fala pode apresentar-se como uma disartria, que é quando a criança não consegue efetuar alguns movimentos para realizar a emissão de alguns sons da língua, tornado a fala mais lenta e arrastada suas maiores causas são lesões no sistema nervoso, ou perturbações musculares que interfiram na produção de sons lingüísticos. Já a linguagem tatibitate tem por ordem situações de fundo emocional e são as que mais se apresentam em salas de aula, na maioria dos casos é ocasionada pela reação dos adultos em relação ao falar da criança, geralmente na época em que elas ainda não sabem articular corretamente e muitas vezes repetindo o que a criança falou, como por exemplo: “eu telo minha tuie” (eu quero minha colher) ato que pode parecer inofensivo vem causando estragos devastadores na vida social de muitos adultos que servem como motivo de gozação e acabam por abandonar a escola, optar por se isolar e as vezes afastam até mesmo da família, que foi a própria culpada por tudo que lhe acontece. Ainda falando da linguagem tatibitate é importante salientar que se a criança se manifesta dessa forma por vontade própria, ou se ela já havia parado de falar deste modo e retornou é sinal de que ela se sente ameaçada de algum modo seja pela chegada de um irmãozinho ela sente que perdeu estatus dentro de casa e que necessita se fazer menor para ser novamente o centro das atenções.

Outro tipo de dislalia é a rinolia, que é um tipo de dissonância na qual os sons saem pelas vias nasais, é outro ponto em que o professor se preocupa já que a criança que sofre deste problema é uma das mais estigmatizadas pelos sons que produz e ou pela entonação de sua voz. Este é um dos casos mais graves já que muitos dos casos são adenóide, lábio leporino ou fissura palatina, casos que em alguns torna questão de cirurgias ainda em casos de problemas respiratórios que podem vir a ser ocasionados por este que é um dos mais preocupantes tipos de dislalia por suas conseqüências que podem ser devastadoras em crianças que em casos extremos emudecem e por notar que não é compreendida pelos demais.

Segundo o professor Vicente Martins a dislexia é a maior causa de baixo rendimento escolar, levando em consideração o fato que a linguagem é fundamental para o sucesso escolar já que a linguagem é a forma utilizada para transmitir informações em língua materna ou em língua estrangeira, é extremamente necessário que a dislexia seja diagnosticada precocemente quando a criança ainda esteja na educação infantil, em torno de 4 a 5 anos, salientando que se for deixado para depois o diagnostico, entre os 8 e 9 anos em maioria dos casos ocorrem distúrbios de ordem emocional efetiva e lingüística.

Estas crianças por encontrarem dificuldades em leitura acabem se frustrando e chegam ter conduta anti-social como agressividade e marginalização progressiva. É importante que os pais e educadores fiquem atentos a dois fatores que podem ajudar a diagnosticar precocemente a dislexia: o histórico pessoal da criança em relação a suas manifestações lingüísticas nas aulas na leitura e na escrita e a indícios de agressividade. Este é um ponto que se pode chamar de fator de predisposição já que essas crianças tendem a ter as mesmas características de sés familiares já dislexos, ou seja, é muito importe que o professor atento para casos de crianças saudáveis e inteligentes que possuam dificuldade em decodificar e compreender o que decodificam, pode ser um passo que evite conseqüências como a desistência escolar e até mesmo traumas que destruam o futuro destas crianças.

Deve-se ainda ficar tento aos casos de crianças que possuam caligrafia defeituosa e que escrevendo trocam fonemas ou apresentem alguma característica mencionada acima como quadro de dislalia. Vale aqui salientar que crianças que passam muito tempo na frente de computadores tendem a ter certa dificuldade de leitura e escrita, cabe neste ponto uma orientação, grifo meu, aos professores que encontrarem crianças com dificuldade de leitura e escrita devem procurar os pais da mesma imediatamente e pedir a eles mais informações para juntos fazerem um diagnostico preciso, claro que com a ajuda de um psicólogo ou neuropsicólogo, que são os devidos profissionais no assunto.

Agora que podemos entender o que é a dislexia (na variante dislalia), podemos então tentar responder a pergunta feita no inicio do trabalho: será que os Será que os profissionais estão preparados para lidar com estes acontecimentos recentes em sala de aula? Será realmente que eles possuem suporte para trabalhar sem fazer distinção entre eles? Será que eles são capazes de diferenciar uma criança com gagueira de uma com ecolalia? Será que as escolas disponibilizam matérias para que esses professores possam tentar encontrar uma solução ou eles apenas recebem as crianças e entregam aos professores como um castigo, sem lhes oferecer ajuda nenhuma?

Existem diversos outros tipos de dislalia e o importante de salientar é que todas elas estão presentes em salas de aula espalhadas por todo o Brasil. Em conversas informais com professores é raríssimo encontrar um professor que não mencione a existência de crianças com algum tipo de dislalia, o que há algum tempo era tido como caso isolado de acontecimento hoje é mais comum que tudo nas salas de aula e nas famílias.

É de suma importância que os pais destas crianças as ajudem a compreender que são iguais as demais, com as mesmas capacidades e dificuldades dos demais. É importante que eles estejam cientes de que seus filhos, salvo os que possuem alguma alteração neurológica, não são excepcionais e que precisam passar pelas mesmas experiências que todas as crianças passam cair, levantar, sentir dor, ouvir nãos, decepções e principalmente aprenderem a lutar pelos seus objetivos para que não se tornem adultos dependentes e frustrados.

Dados da Associação Brasileira de Dislexia apontam que cerca de 15% das crianças em idade escolar são disléxas, e deste universo 76% são meninos e 24% meninas, outro ponto a ser ainda lembrado é que a Dislexia, e um trauma congênito e hereditário, ou seja, passado de pai para filho, e aceitar que ela é uma anomalia de fala e como tal deve ser tratada por profissionais especializados, um fonoaudiólogo.

Mas para que ocorra o tratamento é necessário que ocorra previamente o diagnostico, são pequenos detalhes que podem ser decisivos de que motivo está levando a criança a se portar daquela forma.

2.2- Mas o que é realmente dislalia?

Mas de verdade o que é dislalia? Muitos estudiosos definem o que é este tipo de distúrbio de fala que prejudicam a convivência tanto em casa quanto na escola, principalmente a escola onde ocorre a maior parte dos diagnósticos por parte dos professores que são os primeiros a exercitarem nas crianças a leitura e a escrita, bem como as primeiras possibilidades de expressão orais mais elaboradas.

Mas então vamos agora entender melhor o que é dislalia. Segundo já falado anteriormente na seção anterior, é um distúrbio da fala que consiste na omissão, acréscimo, ou troca de fonema principalmente na modalidade oral, da língua. É um transtorno da ordem orgânica seja por defeito de ordem de formação na arcada dentaria lábio leporino, freio da língua curta, ou acima do tamanho normal, ou de ordem funcional, como podemos notar é caro que escola é o lugar onde muito mais se pode fazer.

Existem alguns tipos de dislalia, podemos citar os mais comuns ou pelo menos mais comuns a realidade educacional. É muito comum encontrarmos crianças com as mais variadas formas de falar, e este é um ponto onde o professor abre as portas de sua preocupação para se questionar o que é uma dislalia ou uma anomalia cerebral ou ainda uma “manha” da criança para se livrar das atividades que lhe sejam propostas pelo professor ou quem com ele esteja trabalhando. Mas o importante é apresentar aos leitores um dado que é animador.

Bem, todos os distúrbios da fala de ordem articulatória possuem sim um tratamento. Para Luciene Valéria, Márcia Regina, Mislândia Siqueira, Regina Celi é de suma importância que os pais participem das atividades de tratamento bem como os de observação é de suma importância que os pais participem das atividades dos filhos ficando sempre atento as formas da criança se expressar, podendo quem sabe antecipar um diagnostico que podem ser mais eficazes que um tratamento tardio desses problemas. Alem de o pai estar acompanhando o desenvolvimento da criança ele está ainda demonstrando interesse o que é muito bom para o filho saber que o pai se preocupa com ele e isso pode ser muito importante já que a criança não se sentirá mais tão sozinha e muitos problemas psicológicos, tal qual a linguagem tatibitate que é um tipo de dislalia, ela demonstra uma criança insegura e que busca através de sua fala chamar a atenção dos adultos a sua volta por uma questão de carência afetiva. Não aqui tirando o papel do profissional da educação em auxiliar os pais no diagnostico

“Porque na maioria das vezes, são eles que sinalizam a alteração na fala da criança contribuindo no tratamento” (Valéria, Regina, Siqueira, & Celi, 2001).

É comum que no inicio da alfabetização a criança comece a trocar algumas letras ou fonemas, a falar errado e reproduzir tal fato na escrita, no entanto depois dos quatro anos a criança manter este comportamento levanta uma questão de duvida e é indicado que os pais procurem um psicopedagogo para um diagnostico mais precisso sendo que esta idade é tida por varios estudiosos como sendo um limite marco para as tentativas e erros nas questões de fala e por assim dizer nas demais modalidades da língua. A dislalia é muito variada sendo que ela pode se apresentar de algumas formas.

São elas as de ordem funcional, caracterizam-se por uma má articulação da fala onde a criança não articula os sons da língua, deixando de pronunciar alguns ou acrescentando alguns ou ainda trocando fonemas. Podemos citar como exemplo de uma dislalia funcional os casos de omissão quando a criança deixa de articular alguns sons na maioria das vezes consoantes, por exemplo: “Omei ao ola” ao invés de “tomei coca cola” em casos de acréscimo quando a criança coloca sons onde não existem como no caso em “atelantico”para pronunciar “atlântico” no caso da criança com distorção, outro tipo de dislalia que consiste em deixar a língua entre os dentes ao emitir os fonemas [s] e [z] deformando-os, outro tipo muito comum de ser encontrado em sala de aula são crianças que substituem fonemas como por exemplo a troca de “telo a boneta” ao invés de “quero a boneca” há ainda os casos de gamacismo onde a criança omite ou substitui os fonemas [r] e [g] por [d] e [t] como no caso de “cadeira ”transformando-se em “tadeira”ou ainda “gato” em “dato” como parece ser mais comum nas salas de aula. Existem ainda o rotacismo que é como o Cebolinha da Turma da Monica e o sigmatismo que é quando a criança faz uso de forma errada ou tem dificuldade em pronunciar as letras “s” e “ z” e as vezes uma forma de diagnosticá-lo é notar que a criança não consegue soprar ou assobiar.

Outra subclassificação da dislalia é a de ordem organica que faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos, ou seja, quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação nos órgãos da fala. Para está é menos possível se encontrar subseções que venham a facilitar o trabalho do professor, já que nestes casos a criança pode apresentar qualquer um dos sintomas anteriormente citados como sendo de ordem funcional.

Outro tipo de dislalia é de ordem audíogena é quando a criança possui algum tipo de problema auditivo, sendo que a criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouve bem, existem casos que a criança Necessita de próteses auditivas para conseguir ouvir.

É de suma importância dois pontos, o primeiro que os pais não fiquem achando engraçada a criança falar errado dizer “tota-tola”, “tadeila” entre outras tantas formas de dislalia já foram apresentadas anteriormente.

Outro ponto irrelevante é que caso o professor seja o diagnosticador das dificuldades da criança ele deve a cima de tudo no caso de ser uma dislalia de ordem audiógena, buscar saber se na família dela existem outros casos de problema auditivo, sendo que neste caso ela pode ser hereditária.

Deste modo a dislalia consiste na presença de erros na articulação dos sons da fala, que podem ser omitidos, trocados, assimilados, acrescidos, entre tantas outras formas de dislalia. A dislalia pode ser causada por muitas causas tais quais ambiente familiar inadequado, imitação de outras pessoas, falta de estimulo, hereditariedade, dificuldades auditivas, atraso no desenvolvimento motor e atraso de maturação neurológica.

A criança ao ser corrigida pelo professor, poderá se sentir diminuído, ou criticado o que pode gerar nela um bloqueio, mas se for em casa que esta correção ocorra a criança se sentira mais amena a essa reação adversa da correção.

É muito importante avaliar bem realmente a criança tem problema na fala ou se será somente uma fase. É mais importante ainda que os pais, ou responsáveis a acompanhem a um fonoaudiólogo, que será o profissional mais indicado para fazer a avaliação de que tipo de dislalia ela possui e como melhor será seu tratamento.

2.3- Inclusão, porque e para quem.

Diante de dados como os apresentados até aqui é notória a necessidade de se capacitar profissionais para que eles saibam o que fazer diante de situações no mínimo inusitadas, como a de uma criança gaga, ou com a linguagem tatibitate, elas são por assim dizer um prato cheio para a pratica de discriminação por parte dos demais colegas que ou por não entenderem o que se passa com ele ou por virem de lares intolerantes acabam entrando para o ciclo vicioso dos chateadores nas escolas.

Como já mencionado o professor Vicente Martins, é a dislexia o maior motivo dos insucessos escolares viu-se a necessidade de criar leis que amparassem essas crianças ao direito de freqüentar uma escola de ensino regular, no entanto existem aqueles poucos profissionais pouco preparados para atuar frente às necessidades dos alunos, e que ainda desconhecem as leis tão explicitadas tanto na constituição que prevê na sua versão de 1988 que é crime negarmos o acesso de qualquer criança a escola, seja ela qual for, e que é discriminação ela ser excluída ou privada de acesso, "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um” alem de existir este artigo na constituição existem outros artigos legais para assegurar que elas sejam tratadas com igualdade, outro que garante este mesmo direito é o decreto 3.956 da Convenção da Guatemala em 2001 que tirou as duvidas colocadas pela LDB de 1996 que dizia que o acesso a escola especial por crianças com necessidades especiais apenas quando não for possível que ocorra em escola regular. O que causou discussões, mas que em 2001 foi esclarecido como sendo um direito humano e que privar crianças em idade escolar é ferir a Constituição e a Convenção.

Infelizmente muito de nossos artigos legais falam apenas de leis para acessibilidade, tais como rampa em vias publica, ou remoção de empecilhos para o trafego nas calçadas bem dentro de estabelecimentos públicos ou privados, é muito triste falar-se tanto em inclusão quando não existem leis mais severas para punir que zomba e discrimina uma pessoa que possui uma dificuldade. Talvez punir seja um termo muito pesado, mas a verdade é que casos de alunos que são apontados como casos perdidos por professores ou ainda como casos de mau exemplo para a turma e que são tratados com diferença, muitas vezes eles atuam desse modo por não saberem como deveriam agir acabam destruindo qualquer possibilidade destas crianças de se sentirem parte de um todo ou de construírem seus futuros brilhantes, são estes maus profissionais que deturpam a imagem divinal que muitos ainda acreditam ter o profissional da educação de um modo geral o que falta ainda é informação para estes poucos profissionais que ainda não possuem formação de nível superior ou que mesmo tendo, por terem muito tempo de pratica docente, acomodam-se e não colocam em pratica o que lhes foi ensinado.

É lamentável que em pais onde se fale tanto de inclusão, não haver nenhuma política publica voltada para o apoio de crianças com dificuldades de fala, apesar de alguns hospitais da rede publica oferecerem um tratamento para estas mesmas crianças ainda faltam projetos que ajudem a professores a identificar casos de dislalia e que possam ter um suporte de profissionais que os ajudassem a realizar seu trabalho.

Seguindo a mesma temática de que a criança necessita de um diagnostico precoce para que o tratamento da mesma não seja tão doloroso e difícil. Na verdade o que falta é formação adequada de profissionais para a educação básica no Brasil atualmente, já que encontramos professores com graduação em biologia lecionando em salas de 3º ano e professoras graduadas em psicopedagogia em salas de 9º ano. Venhamos e convenhamos não de cara uma informação que deixa impresso uma serie de tropeços dados nas escolas.

Grifo meu, quando o governo federal lançou o desafio aos professores que os queria todos com formação de nível superior não informou-lhes em que áreas deveriam ser estas graduações, apenas as exigiu dando prazos para que isto acontecesse e eles obedeceram, o que ocorreu é que muitos destes profissionais, os efetivos, com muito tempo de serviço não fizeram uma seleção dos cursos que seriam apropriados para suas carreiras já iniciadas e muitos hoje estão com graduações em matemática lecionando língua portuguesa e outros com pós-graduação em química em salas de 3º e terceiro ano, cabe agora questionarmo-nos se um professor formado em química pura está capacitado para avaliar o nível de leitura de uma criança de 6 ou 7 anos, claro que alguns podem até ter um certo nível de preocupação com este fator, mas o que ocorre é que o que se ouve muito são historias de professores que notam diferenças de comportamento em crianças e em suas falas mas que ficam sem compreender o que está ocorrendo é mais que visível casos de crianças que desistem da escola e que acabam se tornando alunos problemáticos e que vão infelizmente dedicar seu tempo em apenas atrapalhar as aulas.

2.4- Escola brasileira existe inclusão?

Após uma leitura previa sobre as leis que regem a educação atualmente no Brasil é preciso lamentar que elas não falem nada a respeito das crianças com deficiência de fala.

Outro ponto salutar ser referido aqui é a necessidade da presença de um fonoaudiólogo nas escolas, já que eles poderam atuar juntamente com os professores no tocante a esta necessidade de cada criança facilitando assim o possível diagnostico de qualquer dificuldade que elas apresentem no tocante a fala. Como mencionado anteriormente à existência de professores fora de sua área de formação podemos por assim dizer que falta profissional qualificado para fazer o diagnostico o que só pode ser revertido através de um exame minucioso realizado por um fonoaudiólogo. Salientando que a falta de conhecimento teórico-prático do professor dificulta o processo ensino-aprendizagem desta forma podemos partir para o foco principal deste trabalho, a resposta da pergunta que não quer calar: será que existem metodologias inclusivas para as crianças com dislalia?

A resposta pode ser bem simples sim, já que desde a constituição federal ao estatuto da criança e do adolescente entre outras leis, já mencionadas, asseguram o aceso. Bem a temática aqui não é o direito ao a freqüentar as aulas. E sim as condições em que essas aulas são ministradas. Buscar saber que tendência pedagógica melhor se adéqua a realidade dos pequenos é um desafio diário de todo e qualquer professor, ele tem por obrigação preparar aulas que sejam interessante e compreensiva a todos os alunos sem restrições.

Diante da realidade encontrada em sala de aula o professor sempre busca métodos inovadores, miscigenando, dosando, tradicional, liberal, progressista, são tantas tendências que o professor acaba tendo que fazer uma nova pratica para que quem saiba um dia ela não se torne uma teoria. É notório que existem salas onde ao tomar uma postura mais tradicional o professor conseguirá que seus alunos participem mais e compreendam melhor do que se ele utiliza-se uma aula mais libertadora ou progressista. Cabe ao professor ter o discernimento de qual pratica condiz com sua turma, podendo assim abrir novos espaços para realização de novas descobertas, e aulas mais proveitosas e prazerosas, deixando-os com a sensação de realização.

E ainda bem tratar da importância da família nesse processo de ensino, á que o que é visto atualmente é ausência dos pais na escola, e falta de acompanhamento, muitos professores ao encontrar uma criança com algum tipo de dislalia ao procurar os pais são ferrenhamente repreendidos, os pais são não estão preparados para este tipo de informação e na maioria das vezes não compreendem e não aceitam a informação recebida, e acabam distorcendo e afirmando que seus filhos não são doentes e que muito menos anormais, falta também informação aos pais, este é o ponto principal. O dialogo é e sempre serão a melhor forma de desfazer maus entendidos causados pela falta de informação, por ambas as partes envolvidas neste fadado.

A falta de formação aos professores juntamente com a falta de informação aos pais bem como a intolerância que se alastra pelo país, é impossível não alertar para a necessidade gritante da presença dos profissionais da saúde ligados as questões da fala. Muitos pais e alunos não estão preparados para descobrirem juntas as limitações e habilidades que estas crianças, que são tema do trabalho, possuem, é como se elas ao descobrirem este fato novo sentissem como se fossem incapazes ou aos pais que seu filhos possuem algum tipo de anomalia genética, existem casos extremos onde os pais começam a culpar um ao outro pelo “defeito” do filho. Neste ponto é mais que necessária a presença de um psicólogo para conversar com os pais e explicar o que está acontecendo e ajudá-los a encontrar um caminho para que tudo se resolva da melhor forma possível, a presença do mesmo é indicada para a criança que ela não se sinta excluída do meio até par que ela saiba como lidar com esta situação, salientando que por muitos casos ocorrerem na infância às crianças não conseguem compreender que não há motivo pra gozações e que o colega necessita de seu apoio é onde entra novamente o papel do professor que também vai necessitar do apoio de um psicopedagogo, que o deverá orientar como atuar em sala de aula mediante as investidas dos colegas que possam se mostrar intolerantes a forma de falar do coleguinha.

As nossas escolas da rede publica contam com este aparato necessário para que o professor coloque em pratica o que aprenderá na faculdade? Muitos casos não. Diante destas informações é notável que pais e filhos possuam um apoio para estes que a bem pouco tem, aproximadamente década de 1990.

Segundo Janaína Amanda Sobral Macêdo (2008) a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que cerca de 10% da sociedade mundial possuem alguma necessidade especial, se aplicarmos este percentual a nossa realidade serão cerca de 18 milhões de pessoas, somente no Brasil. Segundo os resultados do senso escolar de 1998 haviam 294.403 alunos matriculados em estabelecimentos escolares (o que não significa dizer que são instituições convencionais), segundo ainda a mesma OMS fato do Brasil ter 18 milhões de deficientes ainda é pouco mais de 293 mil que se encontram matriculados é apenas uma ínfima parte desta população.

03: AS METODOLOGIAS INCLUSIVAS QUE DERAM CERTO NAS ESCOLAS EUROPEIAS.

Nas salas de aula o professor encontra muitas dificuldades, não só nas da Europa que fora quem primeiro abriu as portas das suas escolas para estudar as praticas de seus professores e assim poder entregar ao restante da população mundial um relatório que servisse de norte para as demais escolas do mundo. Este texto hora mencionado apresenta síntese das atividades inclusivas que foram aplicadas com tanto sucesso.

No entanto antes de falarmos sobre as metodologias é melhor entender o que são as teorias de metodologias de ensino.

Sabemos que existem diversas tendências pedagógicas que foram sendo contestadas e aperfeiçoadas ao longo do tempo desde as primeiras técnicas utilizas para ensinar as crianças na Grécia antiga as mais modernas adotadas atualmente nas escolas todas possuem um objetivo e um objeto em comum informar suprir as necessidades das crianças que estão ali para receber novas informações e assim criar um circulo de novos profissionais sempre em formação.

Muitos são as tendências pedagógicas que bem como os modismos das roupas conquistaram aos profissionais da educação de cada vez que surgiam novas idéias que davam bons resultados os professores na busca constante de novidades para tornarem mais positivas suas praticas corriam atrás, na verdade correm e vão sempre correr em busca das novidades educacionais. Metodologias que os ajudem a melhor adequarem suas práxis metodológicas as realidades de suas turmas cada vez mais diferentes e menos “homogêneas” como foram muitas vezes rotuladas quando possuíam as mesmas dificuldades, é necessário mais do que tornar as turmas no mínimo equilibradas em termos de aprendizagem. Muitos professores acreditam que as novas praticas ainda que por mais tecnologias elas adotem ainda são para eles besteiras que só irão atrapalhar as aulas convencionais. Em alguns casos estes profissionais podem estar certo até porque existem momentos em que o professor precisa atuar de forma mais rígida impondo limites aos seus alunos e nisto acabam em não aceitar as novas tendências.

Levando em conta um fator determinante para a utilização das metodologias inovadoras é necessário que o professor tenha bom senso, para avaliar a realidade da sua sala e apartir daí adaptar as metodologias existentes para as suas salas. É sabido por todos os educadores duas grandes verdade a de que sala de aula não é laboratório de testes e que não existe uma formula mágica para ser professor e conseguir e ter sucesso em sala de aula, é necessário na verdade ter bom senso. De nada adianta saber utilizar aparatos tecnológicos se sua turma não os conhece e na maioria das vezes sabe conhece mais que o professor. Não há como deixar de lembrar que ainda temos um corpo de docentes que não tem acesso a computadores e muito menos a internet.

Para Piaget a aprendizagem é mais ativamente propicia por volta dos quatro anos, fase a qual ele denomina de Estagio Pré-operatório que vai dos dois aos sete anos na qual a criança não se preocupa com a ordem do que diz ela gosta de imitar os sons e inventar é uma faze de descobertas. Nesta fase ainda podemos mencionar o fato de que é mais fácil corrigir estes pequenos distúrbios da fala lembrando que se sendo incentivada a repetir a forma distorcida da fala os pais estarão dando espaço para o surgimento de um problema futuro, já que ao ingressar na vida escolar, a criança pode começar a sofrer bulling o que pode gerar uma serie de outros problemas psicossociais que vão destruir a vida dessa pessoa.

Mas agora que entendemos um pouco mais do que é a realidade da escola em si das possibilidades de metodologias podemos ainda lembrar da importância do papel da família na vida escolar de seus filhos. Este é ainda um único ponto que une os estudiosos e os artesões da educação, os professores.

3.1- A família no contexto escolar: seu papel

Inúmeros autores têm realizado pesquisas e discutido sobre as dificuldades de aprendizagem em crianças na fase escolar, e refletido especialmente sobre a relação entre filhos e pais. A psicopedagogia atual discute muito sobre a importância da família frente às dificuldades de aprendizagem, neste aspectos, muitos profissionais da área concordam com a contribuição positiva desta relação no tocante ao apoio das praticas, que difundem a idéia de que ensinar e aprender são atos que caminham na mesma direção. É notória a facilidade de apontar fatores familiares que refletem na vida escolar, e mais ainda apontar formas inadequadas de lidar com crianças que apresentam problemas na aprendizagem, são fatores emocionais advindos da dinâmica familiar que contribuem para que a criança não se desenvolva de acordo com a sua fase motora real e condizente com as que convivem.

O objetivo do trabalho de um psicopedagogo é contribuir de forma positiva no que diz respeito a relação pai e filho, cabe aqui uma ressalva, não é interferir na forma como os pais educam seus filhos, é ajudá-los a melhor entender como se dá para os filhos a aprendizagem, é criar meios de aproximar, os pais e os filhos, no tocante a entender o que está discordante a ralação familiar. É um trabalho de investigação que tem como principal objetivo desvendar os mistérios do mau desempenho relativo à aprendizagem, ou a queda no rendimento escolar.

Lembrando Baumam (2001), uma base familiar solida como a solidez das instituições sociais, tais qual o bem estar da família e das relações externas a, por exemplo, em relação ao âmbito das relações saudáveis no trabalho dos pais da referida criança, seguindo daí diretamente por um espaço cada vez mais acelerado para o fenômeno da insatisfação: ou seja, um estado de inconstância. De acordo com essa metáfora, o estado concreto dos sólidos e firmes e inabaláveis, derrete-se irreversivelmente em liquido e inutilizável conteúdo que é notoriamente prejudicial à saúde intelectual das crianças.

Segundo o filosofo inglês, Gilles Lipovetsky (2004) chama este tempo de hipermoderno, no qual não há espaço para limitações e todos podem tudo, e a mídia vai incentivando isso, neste contexto, a família que era autoritária deu origem a uma família muito mais afetiva, que tem seus princípios norteados na livre escolha e na proteção. Os filhos atualmente comunicam seus gostos e fazem seus questionamentos, cada vez mais precoces, e que tendem a assustar os pais cada vez mais ausentes, está é uma época muito rica em informações, e muito pobre em ética, mas não podemos culpar as crianças e sim seus pais que estão sempre tão ausentes em seus trabalhos e vidas sociais que não se preocupam com a qualidade da informação que seus filhos recebem. E aqui cabe outro questionamento, será que viria daí os problemas de aprendizagem, bem como os comportamentais, que atingem de forma indiscriminada nossa escolas e salas de aula? Seria tudo isso um reflexo da ausência dos pais, principalmente em relação à educação dos filhos?

Bem esta é uma pergunta que apenas os filósofos e sociólogos, um dia poderão responder, até porque o que se nota em sala de aula são crianças cada vez mais precoces, em termos de duvidas, comportamentos e principalmente dilemas.

É necessário que se tenha abrangência maior a uma visão critica d que os teóricos falam a respeito da educação, ou ainda a cerca da postura dos pais em relação a como as crianças tem acesso as informações, já que cada dia mais cedo as crianças são rasgadas do âmbito familiar e colocadas em creches e pré-escolas, onde muitos, na verdade poucos profissionais, são qualificados para lidar com crianças de um modo gera.

É necessário que os pais busquem conhecer e compreender o universo de convívio dos filhos, talvez daí venha também o precoce envolvimento com drogas, roubos, crimes, violência, e tantas outras mazelas que deixam muitos pais, abismados ao verem seus filhos, inseridos em situações tão catastróficas e absmantes.

A família é, e não se sabe até quando será, a maior responsável pelos avanços das crescentes ondas de violência, drogas, gravidezes precoces, prostituição. Não cabe a esta pesquisadora lançar mão de conselhos, puristas ou até mesmo de tentar reclamar o que fora esquecido. O fato é que a família mudou sua estrutura rápido de mais e as crianças que estavam e meio a esta mudança não conseguem entender, e ficam sem saber ao certo o que fazer. Por mais que um filho se sinta auto-suficiente da família que eles só serviram para lhes dar a vida, mas lá no fundo ele sente falta do pai, de conversar de brincar, de ouvir as historias da mãe e até mesmo de tê-los por perto. E isto se reflete no contexto escolar, crianças que não respeitam professores, colegas, direção, que cada vez mais cedo se revoltam e tentam abandonar a escola, por mais que se lutem eles estarão sempre revoltados. O fato de a mãe trabalhar e do pai também, e de muitos de nossos pequenos passarem o dia ou com tios, avos, padrinhos isso causa neles uma sensação de rejeição de que ninguém os quer por perto e que tudo é descartável.

A ausência dos pais causa na criança uma serie de transtornos emocionais capazes de criar traumas inimagináveis, onde pode ser desde uma dislalia em relação à linguagem tatibitate, ou uma postura rebelde, incansavelmente criticada por maus profissionais da psicopedagogia, que como alertara a Mantovani, criaram um sistema imediatista de diagnósticos e qualquer sintoma por menor que seja é diagnosticado como dislexia, e busca-se tratar apenas o sintoma (falando de forma o mais medica possível), não a fonte em si, muitas vezes a criança apresenta uma dificuldade expressar dado pensamento ou em abordar tal assunto, e assim o psicopedagogo que se encontra na escola o diagnostica como dislexo, ou ainda como dislaico, ou quem sabe como deficiente, o que causa um problema ainda maior.

Desse modo, lembramos como entenderam Barros e Lehfeld (1986, p.70) a respeito da forma como as crianças costumam agir e do modo como o conhecimento chega até elas

“... se efetua tentando-se resolver um problema ou adquirir conhecimento apartir do emprego predominante de informações advindas de material gráfico, sonoro e informatizadas”. Barros e Lehfeld (1986, p.70)

Deste modo é visível a todos que a família é a maior base de toda a sociedade, e que é nela que consiste adquirir conteúdos e principalmente o dialogo, que tão fundamental a todos. A família como dizem os mais velhos é o alicerce da sociedade e os costumes de cada família vão sendo mostrados pelos filhos. Os pais bem como as mães têm um dever primordial o de acompanhar os filhos, seus desenvolvimentos, por que educar não é só mandar pra escola. Muitas vezes uma criança deixa de freqüentar a escolar por um motivo que poderia ter sido evitado muito antes de chegar a um estado irreversível. Acompanhar, orientar, dar suporte bem como apoiar aos filhos é não só um dever dos pais deve ser também um prazer, fazer uma criança sentir-se parte da família.

Como alertam alguns estudiosos para um dado importante, o de que o alto índice de divórcios é entre outros um ponto que se observado de varios ângulos chagará a ser uma das causas dos fracassos escolares, bem como um dos fatores emocionais que ocasionam a dislalia. O fato dos pais priorizarem a sua ascensão profissional, ou pessoal, mostra ao cônjuge um aspecto de incompatibilidade de interesses, é onde a relação torna-se insustentável, mas o que é deixado de lado são os objetivos familiares, em primeiro lugar os filhos que sofrem mais, até por uma questão que muito mais complica ao que ajuda muitos pais tendem há suportar mais tempo junto por causa da criança e aquele clima de guerra interna piora a situação

“os pais precisam aprender a separar relação marital que termina, em relação parental, que continua... a proporção que as relações dos filhos vai depender da maturidade, capacidade de lidar com a situação e idade dos mesmos.” (Waldemar, 1996, p. 175)

Deste modo é mais que lúcido que os pais possuem um papel insubstituível na vida escolar dos filhos, até porque eles irão refletir seus traumas em sala de aula nas atividades, nas brincadeiras e principalmente no caso de crianças em fase de letramento, que irão apresentar de algum modo uma disfluência em algum momento da aula ou das atividades de recreação.

Aglae Diniz
Enviado por Aglae Diniz em 04/09/2012
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