Comentários sobre a Educação à Distância (EAD)

VALTIVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2012

Não se pode negar que a tecnologia e a internet são bases importantes para que haja evolução na aprendizagem, estamos em uma era de constantes transformações para o ser humano.

Antes tempo tínhamos uma educação voltada somente para o transmissor do conhecimento (professor), somente ele poderia ensinar, não era permitido o uso de meios seja qual fosse porem graças à tecnologia e a nós humanos podemos dizer que tanto a educação como qualquer outro ramo deu um salto enorme, tendo em vista a diversidade de meios para pesquisas. Não se pode dar mérito somente a tecnologia e Internet precisam-se que ambas e os mediadores de conhecimento caminhem juntos para a evolução de um todo.

Com tanta evolução não podemos esquecer o surgimento da educação a distancia (EAD), a qual esta muito presente nos dias atuais, neste ramo de adquirir conhecimento, cabe somente ao educando ir alem das tele aulas, ele precisa estar engajado com os meios tecnológicos para que possa estar fazendo as atividades necessárias para a sua evolução educacional, não é somente as tecnologias que evoluem as mentes humanas também necessitam de evolução não se pode parar no tempo.

Os orientadores acadêmico (tutor) são responsável pela construção de competências e ritmos diferentes para a aprendizagem e buscar a autonomia do sujeito.

Nos ambientes das salas de aula tradicionais os professores têm muitas vezes dificuldades para manter a motivação os estudantes, utilizando diversos recursos para que seja constante durante todo o período de aula e durante os estudos desenvolvidos fora da aula.

Esta responsabilidade para os estudantes faz parte de suas obrigações e requisitos para que não passem a fazer parte de uma elevada estatística de evasão que se observa na modalidade EAD.

O relacionamento entre o aluno e o professor especialista ou tutor se desenvolve no ambiente proposto em momentos diferentes, nos espaços presenciais através de aulas ou atividades de tutoria e nos espaços virtuais através do material didático dialógico e interativo proposto pelo professo.

O contrato com outros alunos pode ocorrer a qualquer momento de forma assíncrona (e-mail e fórum) ou síncrona (salas de discussão). A prática tutorial e desenvolvida por tutores à Distância e tutores locais ou presenciais, na Educação à Distância e tem como objetivo a aprendizagem efetiva dos alunos. A atividade tutorial é desenvolvida através de fóruns, chats, e-mail, telefone e outros meio tecnológicos.

O tutor local ou presencial pode desenvolver algumas atividades dentre elas: criar grupos de estudo trocar informações com os alunos, conceder orientações pessoais, fazer seminários e mesa redonda, atividades de visitas a empresas e instituições públicas para aprimorar e complementar o estudo dos alunos.

As qualidades necessárias para um tutor local são: ser incentivador, motivar os alunos para que os mesmo não desanimem no curso; ser comprometido com o aprendizado do aluno; ter persistência; não desanimar nos momentos de dificuldade; ter empatia com o grupo e com cada aluno em particular; ser desafiador e desafiar os alunos, motivando-os na busca de respostas e soluções, o tutor ensina aprendendo e aprende ensinando.

Os alunos de EAD se não estiverem engajadas no trabalho com as atividades complementares propostas, no trabalho colaborativo que pode ser desenvolvido com seus colegas de turma no ambiente virtual de aprendizagem e não utilizar sempre que necessário, a colaboração dos professores tutores, que estarão desenvolvendo o acompanhamento a estas atividades, certamente seu aproveitamento será baixo.

Na EAD, os locais de aprendizagem são diferenciados o aluno possui autonomia na construção de seu conhecimento. O docente é apenas um suporte para o aluno, um orientador. O aluno é sujeito orientado, e há uso ilimitado de meios para a sua aprendizagem. Em Educação à Distância, todo conhecimento necessita de uma interatividade, para proporcionar a aprendizagem a todos os participantes, desta modalidade de ensino. A Interação deve ocorrer entre alunos, professores, setor administrativo (secretaria) e suporte tecnológico. A EAD proporciona um trabalho colaborativo entre os atores do processo educacional. As ferramentas utilizadas são: médias eletrônicas (Internet), telefone 0800, e tele mídias (tele aula) e rádio Web.

Em EAD, o material didático deve garantir algumas características = ter uma linguagem acessível e ser adequado ao grupo social a que se destina: garantia e estar em consonância com os princípios norteadores do Projetos Político Pedagógico; ser problematizado, impulsionando para o trabalho investigativo que estimule habilidades reflexivas e de ação dos sujeitos; estar inserido uma lógica que garanta o dialogo, a contextualização do conteúdo e do autor e assegurar uma estética de linguagem apropriada ao processo de auto estudo, tendo claro os objetivos pedagógicos dos textos de leituras e a busca de referencias bibliográficas complementares.

A preocupação maior que um professor ou uma equipe de planejamento e produção de material didático da EAD deve ter e a compreensão de que como parte de um currículo, que se insere num determinado projeto político, o material didático tem uma função e um papel importantíssimos.

Os textos, de qualquer natureza, veiculadas por qualquer meio de comunicação, devem ser compreendidos como um dos terrenos propícios para possibilitar aos alunos a construção e interpretação da vida social de forma critica, preparando-o para intervir e participar dela de forma democrática, responsável e solidária.

Dentre algumas aspectos da comunicação em EAD, destacam-se: o próprio processo de comunicação, que é uma característica que diferencia a EAD, já que a comunicação é sempre mediatizada e pode ocorrer de forma síncrona e assíncrona, também há as dispersões geográficas, que se encontram em zonas periféricas, a flexibilização de horários, em larga escala, e para isto, é preciso uma equipe para promover as interações com os alunos e entre alunos. Com a Internet os alunos e professores podem interagir e estabelecer trocas que produzam uma aprendizagem colaborativa.

Sem dialogo não há como falar em interação de colaboração e de relações cooperativas dever estar claro para os envolvidos em praticas educacionais = Coordenadores, Tutores, Monitores, Professores e alunos, de outra forma estava reproduzido o modelo tradicional.

Em um quadro de contradição, o panorama entusiasmador criado pela visão das novas tecnologias de informação e comunicação aplicadas ao processo educacional tem provocado reações de desagrado, em face de tantos problemas por que ainda passa a educação brasileira, sobretudo em regiões econonicamente deprimidas.

A tecnologia, a Internet e nós seres humanos estamos em constantes mudanças, sendo esta um caminho para a evolução de um todo, prova disso é a EAD que com este desenvolvimento todo se expandiu de maneira gigantesca, pois reúne inúmeras pessoas em prol de um mesmo fim: conhecimento.

De uma forma cada vez mais acessível a toda a classe que evolui a cada dia com os materiais didáticos fornecidos que ajudam a complementar as atividades propostas pelo professor.

Enfim pode-se disser que graças ao desenvolvimento por nós “sofrido” temos ambientes mais significativos que em outros tempos predominava o tradicionalismo, temos agora um espaço informatizado nas escolas e fora delas para que possamos nos aperfeiçoar, utilizar e aprender a conviver com as mudanças enfim com o novo.

Referência

DEMO, Pedro. Complexidade e aprendizagem: a dinâmica não linear do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2002.

NEDER, Maria Lúcia. Metodologia para a elaboração de Materiais Didáticos. Curitiba: IBPEX, 2005