Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância

VALTIVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2012

Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância

A prática tutorial e desenvolvida por tutores à Distância e tutores locais ou presenciais, na Educação à Distância e tem como objetivo a aprendizagem efetiva dos alunos. A atividade tutorial é desenvolvida através de fóruns, chats, e-mail, telefone e outros meio tecnológicos.

O tutor local ou presencial pode desenvolver algumas atividades dentre elas: criar grupos de estudo trocar informações com os alunos, conceder orientações pessoais, fazer seminários e mesa redonda, atividades de visitas a empresas e instituições públicas para aprimorar e complementar o estudo dos alunos.

As qualidades necessárias para um tutor local são: ser incentivador, motivar os alunos para que os mesmo não desanimem no curso; ser comprometido com o aprendizado do aluno; ter persistência; não desanimar nos momentos de dificuldade; ter empatia com o grupo e com cada aluno em particular; ser desafiador e desafiar os alunos, motivando-os BA busca de respostas e soluções, o tutor ensina aprendendo e aprende ensinando.

A educação a distância, também deve ser inclusiva e seguir as determinações do MEC, no atendimento aos alunos com Necessidades Especiais, e seguir o Decreto n° 3.284, de 2003, que determina a acessibilidade de pessoas com deficiências sensoriais e físicas nas instituições de ensino superior, e a lei n°10.436, de 2002, a lei do ensino com libras.

O atendimento aos alunos com Deficiência Auditiva, e com Libras – Língua Brasileira de Sinais, que é a língua materna dos surdos no Brasil e pode ser ensinada aos professores que pretendem trabalhar com alunos com essa necessidade especial. O Bilingüismo também é importante, pois, o gesto, para a pessoa surda facilita a compreensão da fala. Ele colabora na estruturação do pensamento e, por conseqüência na estruturação da fala.

A Deficiência Motora ou Física é um comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. Portanto, qualquer problema nesses sistemas acarreta uma deficiência que compromete exclusivamente os atos motores. Alguns problemas motores: a lesão cerebral – paralisia cerebral; Lesão medular – as tetraplegias; seqüelas de politraumatismos e de queimaduras; Amputação dos membros inferiores; Distúrbios posturais da coluna; má-formação congênita por exposição à radiação uso de drogas na gravidez e a L.E. R (Lesão por Esforço Repetitivo) ou conhecida como DORT (Doenças Ósteo - Musculares Relacionadas ao trabalho).

O atendimento aos acadêmicos com Deficiência Motora ou Física, ocorre também com pessoas obesas e idosas, com cadeirantes, e por isso, há necessidade de construção de rampas de acesso, em todas as áreas da instituição educacional.

A Deficiência Visual pode ser atendida em ambiente educacional, com ledores escribas e softwares leitores. É considerado deficiente visual aquele que apresenta desde ausência total de visão até a perda da percepção luminosa, sua aprendizagem se dará através da integração dos sentidos remanescentes preservados. Terá como principal meio de leitura e escrita o sistema Braille.

O Sistema de leitura e escrita Braille, é o mais importante e efetivo recurso inventado para a educação de pessoas cegas. Ele utiliza o tato no lugar da visão. O método Braille foi criado em 1824 por Louis Braille, um jovem cego de 15 anos que estudava na Instituição Real para Jovens Cegos de Paris.

Para entender a EAD, se faz necessário discorrer sobre alguns temas que têm estreita relação com a gestão no contexto educacional, adquirindo novos matizes na educação à distância. A estrutura necessária para ao seu funcionamento envolve quatro áreas distintas, a saber: a consultoria Geral de EAD, a Coordenação Operacional do curso, a Central de Orientação Acadêmica a Distância (tutoria Central) e Orientação nos Pólos de Apoio Presencial.

A consultoria geral de EAD tem o dever: identificar prioridades no cenário social e fomentar, a elaboração de programas e projetos em EAD, criar novos cursos, elaborar novos métodos de aprendizagem usando a tecnologia, estabelecer articulação Universidade – Sociedade.

A coordenação Operacional do Curso tem suas atribuições que são cumprir e fazer cumprir o regimento da instituição e do curso, acompanhar a produção de material didático usado nos cursos, e acompanhar a logística dos materiais e supervisionar as tele aulas.

A Central de Orientação Acadêmica a Distância (tutoria Central), tem a função de: coordenar a tutoria, monitorar a tutoria e acompanhando discente, docente e tutor e elaborar relatórios semestrais dos resultados positivos e negativos atingidos, tomar contato com o material didático e com todas as atividades desenvolvidas pelos alunos, e responder e-mails encaminhados pelos estudantes.

A Orientação Acadêmica nos Pólos deve: participação na tele aulas organizar as dúvidas dos alunos e repassar as mesmas para a tutoria central, ajudar e ensinar aos alunos a acessarem o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Os tutores em EAD devem ter formações diferenciadas e os alunos desempenharem novos papéis nos ambientes virtuais de aprendizagem. Os meios utilizados estão se tornando cada vez mais rápidos e eficazes. A possibilidade de utilizar a internet para fazer com que alunos de diferentes localidades geográficas estudem assuntos de interesse comum.

As novas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de novos projetos instrucionais, mais potentes e que podem permitir que se obtenha qualidade semelhante ou superior aquelas observadas nos ambientes presenciais. O Ambiente Virtual de Aprendizagem está baseado em um site de apoio que utiliza a metáfora de um campus virtual, onde alunos podem integrados, desenvolver atividades de aprendizagem colaborativa.

O AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem proporciona ao aluno independência e cria novas formas, de aprender sem professor presencial. Os alunos desenvolvem avaliações tem orientações sobre como realizar trabalhos e posteriormente postam seus arquivos de atividades, também colaborando com a preservação do meio ambiente, não utilizando papel.

Uma das funções essenciais na modalidade de EAD é a de tutoria. Em EAD, o tutor tem o papel fundamental de propiciar ao estudante um ambiente de aprendizagem personalizado, capaz de satisfazer aos interesses e às expectativas pessoais do cursista. O tutor tem que possuir formação superior, e conhecer as tecnologias usadas nos cursos e ser orientador de aprendizagem.

Em Educação à Distância, todo conhecimento necessita de uma interatividade, para proporcionar a aprendizagem a todos os participantes, desta modalidade de ensino. A Interação deve ocorrer entre alunos, professores, setor administrativo (secretaria) e suporte tecnológico. A EAD proporciona um trabalho colaborativo entre os atores do processo educacional. As ferramentas utilizadas são: médias eletrônicas (internet), telefone 0800, e tele mídias (tele aula) e rádio Web.

REFERENCIA

LITWIN, Edith. Educação a Distância: Temas para Debate de uma Nova Agenda Educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001.

MAIA, Carmem. Guia Brasileiro de Educação a Distância. São Paulo: Esfera, 2002.

MARTINS, Onilza Borges. Teoria e Prática Tutorial em Educação à Distância. Curitiba: IBPEX, 2002.