Riscos que não corremos, resultados que não atingimos
Nossa mente é impressionante. Uma palavra, uma imagem, nos remete a análise de situações que sequer estávamos levando em consideração naquele instante.
Por essa razão, a melhor forma de “turbinarmos” nossa criatividade e melhoramos nossos resultados é nos colocarmos em movimento.
Há momentos em que, mesmo nos dedicando para encontrar a solução para um problema, nos sentimos presos num labirinto. A pergunta é: O que fazer?
Pare! É hora de sair, conversar, olhar a questão sob um novo ângulo.
Dia desses convidei meu filho para acampar, enquanto ele ria e me dizia que achava que estava numa nova fase, do conforto, frigobar e dos lençóis limpos, um filme passava pela minha cabeça.
“Via e ouvia”, nitidamente, seus amigos chegando à nossa casa, dizendo que haviam passado nos vestibulares, em escolas que não imaginavam um dia conseguir aprovação.
A frase era sempre a mesma: “Nossa, nunca imaginei conseguir!”.
Uma verdade para o lado consciente, uma inverdade para o inconsciente.
A voz interior, aquela que deixamos de ouvir, dizia a eles para estudarem, fazerem as inscrições para os vestibulares, realizarem as provas e irem ver os resultados; enquanto o lado consciente dizia, tudo bem, mas não vai dar certo!
Quando eu lhes perguntava: “Você nunca acreditou nisso, então porque fez a inscrição e as provas?”.
Acredite, a resposta sempre era: “Ah, lá no fundo eu tinha uma pequena esperança!”.
Na vida tudo é assim. Temos que nos preparar, mas principalmente dar ouvidos à voz interior e uma chance àquela pequena chama: a esperança.
O tempo passa, nos formamos, nos tornamos profissionais e cada vez ouvimos menos a voz interior.
Isso me remeteu a outra questão, a dos resultados de muitas empresas e como são administrados.
Os primeiros meses do ano não lhes trouxeram uma contribuição satisfatória, o semestre praticamente se encerra sem nenhuma mudança no panorama, e pior, não conseguem prever o que vai acontecer daqui para frente.
Uma correção! Conseguem sim prever, mas não se arriscam a colocar no papel e enfrentar a questão.
Empresas com essa configuração são dependentes de uma melhoria substancial no mercado. A voz interior já está lhes dizendo que nesse ritmo os resultados serão os mesmos, há necessidade de ação.
O “planejamento” que fazem são cópias fiéis do cenário desenhado para o ano que se encerrou, apesar de não tê-los atingidos.
Um plano, partindo da base zero, estabelecendo novas metas e compromissos, traz um enorme risco.
No mundo dos negócios duas coisas são constantes: mudanças e riscos. Resultados diferentes jamais serão conseguidos com as mesmas atitudes.
Imagine o atleta que treina para uma olimpíada. Ele terá aquele chance , só aquela.
Alguns esportes são coletivos, mas o que dizer dos individuais?
Nos negócios, como no esporte, as regras são: Aprenda, treine com os melhores, estabeleça suas metas, se comprometa , vá lá e traga o resultado.
Considere que você como gestor é um atleta olímpico e terá pela frente seus concorrentes nessas provas, que medalha acredita que conseguirá este ano?
Você já conhece as regras, está procurando aprender, tem estudado as questões que dificultam sua empresa de obter melhores resultados, tem procurado os melhores colaboradores, já estabeleceu suas metas, está comprometido?
Ótimo, agora ação!
Sem correr os riscos não obterá os resultados. Corra, salte, nade, faça o que o seu esporte determina, mas se arrisque a conseguir uma medalha!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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