A Inteligência Musical de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância
VALTÍVIO VIEIRA
Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.
SÃO BENTO DO SUL - SC
2012
A Inteligência Musical de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância
A Inteligência Musical é a competência de pensar em termos musicais, reconhecer tons e sons musicais, observar como podem ser transformados e produzir criativamente música, é a habilidade para produzir ou reproduzir uma peça musical, para discriminar sons, perceber temas musicais, ritmos, texturas e timbres. Apreciar música, tocar um instrumento, compor.
Muitos músicos conhecidos não tiveram aprendizagem formal. A pessoa que tem esta inteligência: é sensível à entonação, ritmo, timbre e à emoção contida em uma música; gosta de cantar ou tocar instrumentos, reconhece e discute diferentes estilos e gêneros musicais, etc. cantores, instrumentistas e compositores seriam exemplos desta inteligência.
Muitos dos alunos que realizaram o questionário possuem esta inteligência e realmente não conseguem ler um livro ou estudar sem estarem ouvindo uma música que os estimula, porém possuem muitas dificuldades em realizar cálculos matemáticos e decorar fórmulas de física e também da matemática, por sinal, disciplina esta que todos os cursos superiores possuem na suas grades curriculares. Também o aluno com esta inteligência com as palavras chaves do assunto, seja, texto ou livro, que estará estudando, para poder decorar para uma posterior avaliação, deve fazer uma música, com estas palavras.
O tutor deve estimular os alunos a fazerem músicas das fórmulas e cantarem, pois, se possuem a inteligência musical, pelo uso da própria música, irão decorar as tão temidas fórmulas.
Sobre a inteligência musical, Gardner descreve:
A inteligência musical do violonista Yehudi Menuhin Manifestou-se mesmo antes de ele ter tocado um violino ou recebido qualquer treinamento musical. Sua poderosa reação aquele som particular e seu rápido progresso no instrumento sugerem que ele estava biologicamente preparado, de alguma maneira, para esse empreendimento. Dessa forma, a evidência das crianças-prodígio apóia nossa afirmação de que existe um vínculo biológico a uma determinada inteligência. Outras populações especiais, como a das crianças autistas que conseguem tocar maravilhosamente um instrumento musical, mas não conseguem falar, enfatizam a independência da inteligência musical. Uma breve consideração desta evidência sugere que a capacidade musical é aprovada em outros testes para uma inteligência. Por exemplo, certas partes do cérebro desempenham papéis importantes na percepção e produção da música. Estas áreas estão caracteristicamente localizadas no hemisfério direito, embora a capacidade musical não esteja claramente “localizada” em uma área tão específica como a linguagem. Embora a suscetibilidade particular da capacidade musical ao dano cerebral dependa do grau de treinamento e de outras diferenças individuais, existe uma clara evidência de “amusia” ou perda da capacidade musical. Aparentemente, a música desempenhou um importante papel unificador nas sociedades (paleolíticas) da Idade da Pedra. O canto dos pássaros proporciona um vínculo com outras espécies. Evidências de várias culturas apóiam a noção de que a música é uma faculdade universal. Os estudos sobre o desenvolvimento dos bebês sugerem que existe uma capacidade computacional “pura” no início da infância. Finalmente, a notação musical oferece um sistema simbólico acessível e lúcido. Em resumo, as evidências que apóiam a interpretação da capacidade musical como uma “inteligência” chegam de várias fontes. Mesmo que a capacidade musical não seja tipicamente considerada uma capacidade intelectual, como a matemática, ela se qualifica a partir de nossos critérios. Por definição, ela merece ser considerada; e, tendo em vista os dados, sua inclusão está empiricamente justificada (GARDNER, 1995, p. 22).
REFERÊNCIA
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A teoria na prática. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação à distância: algumas considerações. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
MARTINS, Onilza Borges. Teoria e Prática Tutorial em Educação à Distância. Curitiba: Ibpex, 2002.