O QUE ACONTECE NA INFÂNCIA
O QUE ACONTECE NA INFÃNCIA
“Quando você sentir que está tudo acabado...Comunique-se ...que eu venho ajudar a reconstruir. Quando você sentir que o mundo é pequeno demais para sua tristeza...Não se desespere...que eu irei ajudar para que ele ainda possa lhe trazer uma grande felicidade. O portador dessa mensagem é Jesus Cristo”
Feliz do ser humano que teve uma infância vislumbrante e repleta de carisma. Normalmente, a criança de 1 semana a 3 anos de idade não tem sido estudada adequadamente e, em resultado, tem sido subestimada. Será que devemos subestimar as crianças, seja qual for a sua idade? Jamais. As pesquisas realizadas recentemente começou a mostrar que a criança nessa idade está imantada numa situação crítica, visto que os componentes físicos, intelectuais e emocionais se encontram em plena formação e desenvolvimento.
Criança um ser humano, no período da infância, sendo do sexo masculino e feminino. O estágio pode ser considerado o mais excitante da vida. Nesta época as mudanças são mais impressionantes. O ser humano quando do nascimento é totalmente dependente, se não tiver um seio para mamar, ou alguém que lhe proporcione a alimentação adequado, ele perecerá. A criança recém-nascido depende de tudo e de todos. Hoje vemos o bebê, com dependência total, principalmente quando aprende a rolar sobre seu corpo, sentar-se, engatinhar, ficar de pé , e dar os primeiros passos, pois devido à ausência de mobilidade, ele pode se acidentar e qualquer descuido pode gerar consequências graves.
A evolução da criança hoje em dia, é espantosa, mas ainda fica atrás de alguns animais que ao nascer ficam cambaleando até firmar as pernas e alcançar as tetas da mãe para se alimentar. A criança vai necessitar de um excelente apoio físico, intelectual e sócio-emocional para ter uma vida saudável. Molli Ernest compôs versinhos sobre a família que está assim delineado: O recém-nascido, um papagaio subindo cada vez mais alto. Cada palmo de linha entre nossos dedos, um novo movimento, desvenda-se como um carretel que se desenrola...
Alimentar-se na hora certa, os cuidados com as assaduras, higiene de um modo geral, e o afago são essenciais para um desenvolvimento a contento. Não apenas os recém-nascido crescem rapidamente no tamanho do corpo durante seus três primeiros anos, como também as proporções de seus corpos se modificam de maneira marcante. Ganham mais em altura durante o primeiro ano de vida do que no segundo, e quase triplicam o peso que tinham ao nascer durante o primeiro ano, ganhando cerca de um quarto durante o segundo. A incrementação a partir dos três de vida é bem menor, normalmente perto dos quatro anos são mais delgadas comparando com as épocas anteriores. Aos dois anos seu encéfalo alcanço dois terços de seu tamanho adulto final, isto acontece durante o primeiro ano , e quatro quintos durante o fim do segundo.
São experiências estudadas e analisadas em 1975, pelo especialista Nelson. Constantemente ou frequentemente os pais chegam a confundir características transitórias de determinados estágios do desenvolvimento dos filhos como definitivas. O período da infância pode ser aquilatado em estágios ou fases, com características próprias. Como a criança vê o mundo e porque age de modo diferente e sempre está preocupada com questões diferentes. Na primeira infância entre os 15 e 17 meses até aos 3 anos de idade. A segunda infância dos três aos 6 anos, ela vive a fantasia e imaginação. Podemos citar algumas características dessas fases. Primeira infância: Na maturação é o início do desenvolvimento mental, vem à fase da invenção da mão, onde a criança reconhece tudo pelo tato.
A descoberta de si mesma e dos outros, onde existe a necessidade de grandes contatos afetivos. Na primeira fase a criança explora o mundo dos sentidos, descobrindo as formas concretas e a descoberta dos seres. Aprende nomear objetos e coisas, conquista a linguagem e atribui vida aos objetos. Reconhece e nomeia as partes do corpo, começa a formar frase completas, passa a imitar o adulto, forma sua autoimagem e passa a interagir com os adultos, mas sem contestar o que lhe é dito, nomeia o que constrói e desenha. No principal ela conquista a linguagem. Logicamente que nem toda a criança vai seguir essas nuanças sem uma quebra natural da ordenação, principalmente quando nessa fase é constatada alguma dificuldade na realização desses movimentos e aprendizagem.
O olho dos pais e da família deve ser mágico e poderoso e absorver todas as facilidades e dificuldades que seu filho apresente nessas duas fases, isso é primordial e muito importante. É de bom alvitre lembrar de que crianças bem alimentadas e cuidadas ficam mais altas e pesadas do que as de lares pobres, amadurecem sexualmente e atingem a altura máxima mais cedo e seus dentes rompem antes. Usualmente estas diferenças transparecem no primeiro ano e permanecem constantes através da vida (Academia Americana de Pediatria, 1973). Voltando as fases iremos abordar a segunda fase que deve ser ainda mais aviltante do que a primeira, pois na segunda, começa a fase lúdica e o predomínio do pensamento mágico.
Enriquece seu vocabulário, torna-se tagarela e faz muitas perguntas onde quer saber “como e o “por que”“. Torna-se egocêntrica e imanta o narcisismo. E o que seria narcisismo? O descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo. A palavra é derivada da Mitologia Grega. Narciso era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que desesperadamente o desejava. Como punição, foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se incontrolavelmente por sua própria imagem refletida na água. Incapaz de levar a termos sua paixão.
Narciso suicidou-se por afogamento. Em psicologia e psiquiatria o narcisismo excessivo é o que dificulta o indivíduo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido por estado patológico e recebe o nome de Transtorno de personalidade narcisista. Indivíduos com o tratamento julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso. Já na psicanálise o narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade, sendo um conceito crucial para formação da teoria psicanalítica tal qual conhecemos hoje.
Em 1914, Freud lançou o livro Sobre a Introdução do Conceito de Narcisismo, onde Freud especifico o narcisismo primário e o secundário, um é a fase autoerótica, e a segunda quando o bebê já consegue diferenciar seu próprio corpo do mundo externo ele identifica quais as suas necessidades e quem pode satisfazê-las, então concentra em um objeto suas pulsões parciais, geralmente na mãe, ou vice-versa. Não deixe que seu filho assuma essa função que podem ser confundidos com vaidade e egoísmo. Continuando na segunda fase, a criança desenvolve o sentido do “eu”, e tem mais noção de limites, entre eles: meu, teu, nosso, certo e errado.
“Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade; o elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança. Dos 6 aos 6 anos e 11 meses, aproximadamente. Interesse por ler e escrever. A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas; o egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo; seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas; só consegue raciocinar a partir do concreto; começa a agir cooperativamente; textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto; o elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança. Histórias para crianças (faixa etária - áreas de interesse - materiais - livros)”. Não existe a diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil.
Tanto a criação, como a educação dos filhos é primordial e muitas vezes difícil e complicada que o casal só deveria colocar filho no mundo se a responsabilidade fosse integral na criação e na educação da criança. Na infância isso é possível, entretanto na adolescência a coisa complica um pouco. É preciso muito atenção e que Le seja redobrada, pois muitas nuanças educacionais são encontradas até os seis anos de idade. Existem as fase do psicossexual que também requerem cuidados extremos dos pais. Na fase oral: “de 0 a 18 meses - O bebê é egocêntrico, narcisista e enxerga a mãe como extensão dele (como se fosse um adendo)”. Como se o mundo fosse ele ou que gira ao redor dele.
Temos aqui a dependência primária : precisamos literalmente da mãe para sobreviver física e emocionalmente. E quem vai promover ou ajudar a romper com esse egocentrismo é a mãe.
A primeira separação que sofremos é com o nascimento. Saímos do nutrido, do calor e somos "expulsos". Nascemos sofrendo o processo de separação. Existem alguns bebês que resistem a esse processo de separação, porque eles percebem que não são desejados (o não desejo de sua existência). Assim, esses bebês possuem menor resistência física e/ou emocional. Já nascem deprimidos ou com pouca pulsão de vida. A segunda separação é quando o bebê começa a enxergar a mãe como "outra" pessoa. Ela é efetivada quando a mãe tem motivos para voltar aos outros papéis em sua vida : mulher, esposa, profissional, social.
Muitas mulheres agarram no papel de mãe porque se sentem poderosas, reconhecidas e amadas. O filho traz a vida que ela não tem. Ela vai ter um "único" filho neste momento e depois ela pode ir "segurando" os seus outros filhos sucessivamente. O processo de separação dá-se junto com o final da amamentação. Quando a mãe começa a substituir o peito, criança e mãe sentem muito. Neste momento o bebê vivencia muito ódio, frustração, raiva, angústia, dor, ansiedade, impotência (Fase depressiva, descrita por M. Klein). E a mãe sente ansiedade, angústia, com a possibilidade do bebê não precisar mais dela.
Melaine Klein : Nesta separação, a criança vive a cisão do seio em seio bom e seio mau. Exemplo : Quando a mãe sai (seio mau), a ansiedade é muito grande. Se o bebê sabe que ela vai voltar, ele aprende a esperar. Se ela demora demais ou mesmo que ela volte, mas não está disponível, ele vive o sentimento de abandono e rejeição e se torna muito ansiogênico. (Posição esquizo-paranóide). Mas, se também só o seio bom é ativado traz a dependência pura ou simbiose. Todo esse processo é inconsciente e o ego começa a estruturar quando ocorre a separação mãe-filho. Na fase anal: de 18 meses a 3 anos e meio aproximadamente: Controle dos esfíncteres. Aqui o bebê vai aprender sobre limites. São dois movimentos : expulsão e retenção. Retenção : ter- segurar- reter- controlar- guardar.
Expulsão : doar- eliminar- excluir- separar. Tem bebê que demora a reter (faz xixi e cocô na calça) e tem bebê que fica segurando (fica dias sem fazer cocô). Aqui estamos aprendendo o equilíbrio em dar e receber , internalizando o não. Começou a ser introduzido na 1ª fase e aqui é introjetado de vez = formação do Superego. O não é acompanhado de testes . Exemplo : "menino , não ponha o dedo aí !" Ele vai e testa. E quanto mais ele desconfia do amor do pai e da mãe, mais ele testa esta autoridade. Na verdade, a criança quer ver se pode "confiar" nestas pessoas.
Ele está testando a coerência. Aqui se dá os primórdios do Complexo de Édipo = a criança testa a coerência e a autoridade dos pais e na verdade ele testa o AMOR. Testa também a relação do casal, se tem coerência, se o casal tem afinidades, se estão verdadeiramente juntos ou não. Assim, a criança vai aprender o que é autoridade. O desequilíbrio é a resistência de sair do narcisismo, do egoico, da dependência.Fase fálica : aproximadamente de 3 a 6 anos. - Se tudo estiver acontecendo de forma funcional, à criança "entende" que a mãe tem um outro "objeto de desejo" que é o seu pai. Neste momento que vai acontecer a "triangulação" ou a questão "edipiana".
Complexo de Édipo Funcional - O menino "seduz" a mãe . Aqui acontece a primeiro choque entre pai e filho. O pai é que faz o corte e para isto acontecer, depende da relação estabelecida entre o casal. Essa é a oficialização do Pai Internalizado. Aqui acontece a identificação masculina : o menino quer ficar poderoso como o pai para ter uma mulher como a que o seu pai tem. Aqui precisa de um pai tranquilo do seu papel masculino e de um casal saudável. Se essa mãe for viúva por exemplo, um outro homem (tio, padrinho, avô, namorado da mãe) é que deve fazer o corte. Esse corte tem que ser feito por um homem da família.
Complexo de Édipo disfuncional
(1º caso) - É um casal disfuncional : esse homem não tem desejo e satisfação com essa mulher. Ele pode funcionar como seu pai, filho , inimigo, sócio dela, etc. Quando esse filho vai seduzir a mãe , ela gosta porque esse marido não corresponde a seus desejos. Então, ela elege o filho como "parceiro" e o marido não faz o corte entre essa mãe e o filho. A mulher "sobe" esse filho para o lugar de "marido" (substituindo a carência marital). Aqui o filho fica órfão de pai. Hipóteses para o futuro disso :esse filho pode ter muita dificuldade de relacionamento e de se entregar a outra mulher, ficando solteirão para cuidar da mãe. Pode acontecer também da mãe não desqualificar o pai , embora esse homem não preencha sua carência afetiva e aí ela fica com 2 homens (pai e filho). Esse filho pode casar, mas somente com uma mulher escolhida pela mãe, que não vai roubá-lo dela. Fonte:( http://jcassia.sites.uol.com.br).
Tem que ser uma mulher forte como a mãe, mas que, enquanto estiver viva não a ameace e que quando ela morrer, essa mulher cuide de seu filho como ela cuidava. Esse homem que ficar com uma mulher não escolhida pela mãe, "brocha" na cama ou tem pouco desejo por essa mulher porque sente que está traindo a mãe.
(2º caso) –Pai (morreu, sumiu, figura ausente)- A primeira tendência é a mãe fazer do filho o seu "marido". Essa mãe faz dois papéis : de mulher do filho e de pai do filho, querendo o ensinar a ser homem. A grande hipótese do homossexualismo é aqui. O filho vai seduzir a mãe, e não tem ninguém para fazer o corte (um homem), então, sobrou para ele se identificar com a mãe. Ele cria uma resistência por mulher, porque foi uma própria mulher (sua mãe) que tentou ensiná-lo a ser homem. Essa mãe, na verdade, acha muito bom que seu filho não tenha "outra" mulher. Ele pode até transar com quantos homens quiser, mas nunca com "outra" mulher. Aqui também, pode acontecer dele ficar com raiva de mulher (e não ser homossexual). Ele até transa com elas, mas não vincula, porque ele está casado com a mãe (fica solteirão).
(3º Caso)- Esse casal está feliz de ser assim : pai ( gênero masculino, papel feminino) e a mãe ( gênero feminino, papel masculino). Aqui não existe angústia, dor. Eles estão satisfeitos com seus papéis. Então, por instinto o filho seduz a mãe, o pai não faz o corte. É a própria mãe que faz isso , porque ela tem a função masculina do casal e porque ela já tem o seu namorado ( que é o marido) . Assim, a mãe não impede que o filho faça a identificação com o pai, porque eles (o casal) têm uma boa relação afetiva. Esse filho se identifica com o pai e vai buscar uma mulher forte como a mãe.
O filho não será homossexual e será um homem mais sensível (como o pai) e vai viver como seus pais vivem : felizes ! Esta família não é tão disfuncional.(4º Caso) - Esse casal vive essa troca de papéis, mas a mulher vive muito incomodada e diz -"Seu pai é um banana!" Então, a mãe não deixa o filho se identificar com o pai. Ela sutilmente diz : "Não seja igual a seu pai que é um banana ! Seja igual a mim que sou forte !" Aqui o homossexualismo também é uma grande possibilidade. Assim, ele é homem (gênero masculino) , seu papel de identificação (que é a sua mãe) é masculino, ele vai buscar um homem, no papel feminino (como o pai). Ou seja, vai buscar uma figura feminina no gênero masculino, porque o feminino está no pai (no homem). Houve uma "truncagem" edipiana.
Existe ainda o complexo de Electra, que também está delineado em três casos, no entanto envolve crianças do sexo feminino. È de muita importância que haja o corte (isto é a separação). No caso do menino o Pai ou membros da família, não pode ser executado por pessoas desconhecidas. E no caso da menina que se agarra ao pai deve ser feita pela mãe, no impedimento pessoas da família do sexo aqui enunciado. A descoberta do órgão genital dá início ao Complexo de Édipo. O menino ao descobrir o pênis cria a necessidade de buscar o objeto que permitirá a obtenção de prazer, ou seja, segundo Freud, um elemento do sexo oposto, neste caso, a Mãe. Porém, se tudo ocorre de maneira funcional, à criança "entende" que a mãe tem outro "objeto de desejo" que é o seu pai.
É quando acontece a "triangulação" ou a questão "edipiana". Nesse caso deve haver o corte. No caso das meninas o procedimento é o mesmo. Vejam como é complicado o trabalho de educação escolar, social e psicossexual sexual dos filhos. Nesse fase sexual os pais muitas vezes por ignorância, ou falta de intimidade com os filhos protela as perguntas sobre sexualidade feitas pelos filhos. Não existem segredos, é responder na hora certa e com a maior tranquilidade possível. Na confecção desse trabalho contamos com os ensinamentos de Diane E. Padilha e Sally Wendkos Olds. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA AVSPE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE