O QUE VOCÊ ENTENDE POR DISARTRIA?

O QUE VOCÊ ENTENDE POR DISARTRIA?

“Mesmo que não tenhas estudado em escola de Comunicação, sua vida pode transformar - se numa reportagem modelo. Mesmo que não tenhas grande cultura, podes cultivar a sabedoria da caridade. Mesmo que seu trabalho seja humilde, anônimo, podes converter seu dia a dia em oração”. (Jorge Luiz Brand).

Desde o nascimento, até aos três anos de idade, será de bom alvitre que os pais deem uma atenção toda especial, para o seu filho. Após, o nascimento todos os exames previstos pelo Ministério da Saúde, devem ser rigorosamente executados. O recém-nascido deve fazer na própria maternidade cinco exames. Os exames feitos logo após o nascimento do bebê ajudam na detectação precoce de doenças, visto que algumas doenças não apresentam sintomas de imediato e, podem comprometer a saúde do bebê no decorrer de sua vida.

Esses exames são obrigatórios e os pais ou responsáveis não podem dispensá-los sobre qualquer pretexto. A tipagem sanguínea, o teste do pezinho básico, teste do pezinho ampliado, teste da orelhinha ou triagem auditiva e reflexo vermelho. A identificação do tipo sanguíneo é fundamental, o fator RH deve ser conhecido, positivo ou negativo. Esse exame é executado após 48 horas do nascimento, a amostra é colhida e analisada, e a tipificação do sangue é conhecida, através dos tipos A, B, AB ou O.

O fator RH (AO - 1945: fator Rh), é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de maior importância clínica, estando envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal). Sua determinação, juntamente com a dos antígenos pertencentes ao sistema ABO, no procedimento laboratorial denominado Tipagem sanguínea (ABO e Rh), ou simplesmente tipagem sanguínea, é obrigatória antes de qualquer transfusão sanguínea.

Segundo está inserido no site Brasilescola, o sistema proposto, em 1900, pelo austríaco Landsteiner, classificando o grupo sanguíneo segundo a polialelia do sistema ABO, considerando a relação entre os pares dos alelos: IA, IB e i, em quatro grupos: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O. Por análise desse sistema, as hemácias humanas podem apresentar na membrana as substâncias aglutinógenos ou aglutinogênios, sintetizadas pelos alelos IA ou IB sendo: aglutinógeno A ou aglutinógeno B ou a coexistência dos dois tipos e também a substância química aglutinina contida no plasma das hemácias: Anti-A, Anti-B ou ausência dessas. Na relação alélica existente, o alelo i é recessivo aos seus alelos IA e IB. Assim, quando em um indivíduo é encontrado homozigose do alelo recessivo i, esse pertencerá ao grupo O (genótipo ii).

Caso sejam encontrados em heterozigose os alelos IA e IB, ambos manifestam seu caráter dominante, e o indivíduo será do grupo sanguíneo AB (genótipo IA IB). Um indivíduo pertencerá ao grupo sanguíneo A, se enquadrado em duas situações: quando em homozigose dominante IA/ IA/ ou em heterozigose do alelo dominante IA com o recessivo i, apresentando genótipo IA i. Da mesma forma para o grupo sanguíneo B: quando em homozigose dominante IB IB, ou em heterozigose do alelo dominante IB com o recessivo i, apresentando genótipo IB i. Fizemos essa conotação para mostrar como é importante analisar o tipo de sangue, e de preferência nos primeiros meses de vida. Quando nos ligamos à sigla DHRN estamos nos referindo à genética. Eritroblastose Fetal ou Doença Hemolítica do Recém-nascido é a incompatibilidade sanguínea (fator RH) entre o sangue materno e o sangue fetal.

Existem várias explicações para esse acontecimento, no entanto, como não somos especialistas no assunto iremos citar alguns detalhes: essa incompatibilidade tem causas. Exemplos: “Uma mulher RH-, casada com um homem RH+ poderá ter um filho RH++; Durante o período de gestação há uma estreita comunicação entre a mãe e o filho através da placenta; acidentalmente podem ocorrer hemorragias na placenta e a passagem dos glóbulos sanguíneos do sangue do filho para a circulação materna”.

“As hemáceas do filho, portadoras do fator RH+, irão sensibilizar o sistema imunológico da mãe e esta passará a produzir anticorpos que passarão para a circulação do filho, onde destruirão suas hemáceas, originando a doença”. As consequências podem ser vistas da seguinte forma: “O casal cuja mãe possui RH negativo (-) e o pai RH (+) terá probabilidade de gerar uma criança com RH+, a qual poderá ser portadora da Doença Hemolítica do Recém Nascido ou Eristroblastose Fetal com as seguintes consequências: O feto poderá falecer na gestação ou após o nascimento”. “Pode resultar, ainda, em um recém - nascido gravemente ictério e que a deficiência mental é um acompanhamento possível, além de surdez e de paralisia cerebral (Resultado de Kernicterus)”, o mais importante de tudo é que existe tratamento para essa incompatibilidade. O Teste do pezinho básico é obrigatório e feito em laboratório.

O Teste do pezinho ampliado é importante, pois podem ser identificadas 30 doenças diferentes, não é obrigatório, no entanto pode ser indicado pelo pediatra e pode ser solicitado na maternidade. O teste da orelhinha ou triagem auditiva é feito (a) com equipamentos específicos, se o bebê escuta perfeitamente. Deficiência desse tipo detectada cedo facilita a reabilitação e a aquisição da fala. Em hospitais públicos é obrigatório e são oferecidos em instituições privadas. Já o Reflexo vermelho é um exame feito com oftalmoscópio. Esse aparelho emite luz que emite uma cor avermelhada e contínua nos olhos saudáveis, eliminando a possibilidade da presença de tumores ou de catarata.

Esse exame também recebe o nome de teste do olhinho, não é obrigatório, mas os pais devem solicita-los na maternidade aos pediatras responsáveis pelo bebê. Um exame muito simples, e não costuma ser cobrado. Os profissionais médicos são responsáveis por todos esses exames, os psicopedagogos mais tarde irão lidar com crianças que apresentem algum tipo de dificuldade de cognição. Na medida em que a criança se desenvolve é notório que ela procure relacionar-se e comunicar-se com o meio em que vive. Passa por aprendizado para superar suas dificuldades.

A comunicação seja falada ou escrita, está no rol de um sistema complexo, integrador de vias e centros do sistema nervoso. Na deficiência do sistema nervoso, do motor ou do auditivo podem surgir distúrbios na fala e na escrita, e essas crianças precisam ser ajudadas a superar falhas. Nessa hora a função da psicopedagogia é de fundamental importância. A Disartria é um defeito na emissão dos sons, existindo dificuldade entre a articulação deles, e na conexão de sílabas e palavras, sendo esta dificuldade originada por lesões ocasionadas, geralmente, no sistema nervoso central e, especialmente, nos centros bulbares que comandam o mecanismo fonador. A Disartria - são quadros característicos de tetraplégicos, hemiplégicos, pacientes acometidos por neurites bulbares, esclerose em placas, encefalopatias crônica da infância e, também, na paralisia infantil, quando o bulbo é atacado. Também podemos dizer que a disartria é a má coordenação dos músculos da fala. É caracterizada por uma fala “pastosa” e flutuações incontroladas do volume. Um indivíduo com disartria também pode exagerar o movimento dos músculos dos lábios e maxilar ao falar.

Assim como na disartria, vários tipos de distúrbio da coordenação podem ser decorrentes de uma lesão no cerebelo, que é a parte do cérebro mais responsável pela coordenação das sequências dos movimentos e também controla o equilíbrio e a postura. O uso abusivo e prolongado de bebidas alcoólicas é a causa mais comum de uma lesão no cerebelo assim como os acidentes vasculares cerebrais, os tumores, a esclerose múltipla, ingestão crônica determinadas substâncias químicas e a desnutrição. Alguns distúrbios hereditários raros, como a ataxia de Friedreich e a ataxiatelangiectasia, também podem lesar o cerebelo. (Fonte site: tuasaude).

Segundo a especialista Dulce Consuelo Huggins de Lemos, em seu livro Disartria, para uma boa aprendizagem sobre a Disartria devemos incluir em nossos estudos: “Válvulas Mioesqueléticas e Emissão dos fonemas; Neurônios Atuantes; Nervos Comprometidos nas Lesões Bulbares; Comprometimentos correlatos com a Fonoaudiologia; Distúrbios Motores (Vago); Paralisia Labioglossolaríngea; Esclerose Lateral Amiotrófica; Lesões Bulbares de Origem vascular; Tabes (Sífilis); Siringobulbia; Siringomielia; Lesões do Segundo Neurônio; Síndromes Vasculares e Tumores; Síndrome Pseudobulbar Encefálica Paralisia Pseudobulbar; Síndrome Piramidal Bilateral; Lesões Extrapiramidais (Disartria Hipocinética); Enfermidade de Parkinson; Lesão Cerebelar (Disartria Atáxica); Paralisia Cerebral e esclerose em Placas; Acidentes Vasculares Encefálicos ou Cerebrais; Encefalopatias Senis Primitivas; Traumatismos Cranioencefálicos e Tratamento das Disartrias (Reabilitação Fonoaudiológica)”.

Um assunto muito importante que requer uma excelente aprendizagem. Os profissionais que trabalham com crianças portadoras de deficiências na aprendizagem deveriam ter seu valor redobrado, visto que lidar com crianças saudáveis já é um problema, imagem com deficiência de cognição. Para quem não ouviu falar em Bulbo existem: o bulbo raquidiano, bolbo raquidiano, medula oblongata, medula oblonga, ou simples bulbo, que é a porção inferior do tronco encefálico, juntamente com outros órgãos como o mesencéfalo e a ponte, que estabelece comunicação com o cérebro e a medula espinhal.

A forma do bulbo lembra um cone cortado, no qual a substância branca é externa e a cinzenta interna. É o órgão condutor de impulsos nervosos. Controla funções autônomas e retransmite sinais entre o cérebro e a medula espinhal. O bulbo é responsável por controlar diversas funções autonômicas para o corpo, sendo: respiração ( via grupo respiratório dorsal e grupo respiratório ventral), pressão sanguínea, frequência cardíaca; ato reflexo e vômito. O corpo humano é uma verdadeira máquina, no entanto é muito difícil encontramos peças de reposição. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 21/05/2012
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