Mania de escrever

Escrevo...

Escrevo...

Não só por ser letrada,

mas pelo pulsar da emoção.

Palavras são sinos de vento

que inquietam meu coração.

Escrevo o que sinto,

o que vivo,

o que quero viver.

Palavras não passam...

Escrevo para não morrer.

(Profa. Ana Maria Bezerra de Almeida)

Li, não sei onde, que certo escritor grego escrevia cerca de 500 linhas por dia. Ao final de sua vida havia escrito mais de 700 livros. Acho feito memorável dedicar a vida a deixar impressões e marcas do cotidiano de uma geração para gerações futuras.

Não é nossa intenção, aqui, deixar lições ou mesmo aproveitar os nosso editoriais para futuro livro. Estamos apenas utilizando o Tudo@Ler par exercitar nossa criatividade ou mesmo pela necessidade de expressar ou deixar registrado o que pensamos acerca dos assuntos abordados. Trata-se sempre de opinião pessoal, embasada, muitas vezes, em fatos e dados apanhados na literatura. Opiniões que não necessariamente correspondem ao que é verdadeiramente correto. Somos adeptos da busca da verdade, mas abominamos aqueles que acreditam havê-la encontrado.

Aqui já falamos sobre convívio social, o CED e as eleições; as bodas de ouro do Curso de Pedagogia da UECE; as novas diretrizes curriculares da Pedagogia; a produção científica brasileira e da UECE; violência na e contra a escola; a Semana Universitária da UECE, Educação de qualidade e Educação a Distância.

Não estamos sozinhos nessa necessidade de comunicação. Os jornais, as revistas e até mesmo os telejornais e jornais radiofônicos mantêm o seu editorialista e suas colunas de opinião sobre política, economia local e global, meio ambiente, esporte, o meio artístico e a arte, do cotidiano das pessoas comuns, e até mesmo sobre a vida mundana da sociedade.

O editorial é uma forma de falarmos aos leitores sobre aquilo que não podemos fazê-lo pessoalmente. Como diz Gilles Deleuze, filósofo, autor de “O ato da Criação”, se uma pessoa qualquer pode falar com outra qualquer, se um cineasta pode falar com um homem de ciência, se um homem de ciência pode ter algo a dizer a um filósofo e vice-versa, e na medida e em função das atividades criativas de cada um. Basta que existam espaços e tempo para essa criação.

E aqui acrescentamos: e prioridade. Se não dermos prioridade para aquilo que desejamos criar, nada será criado.

Gilberto Carvalho Pereira

(Publicado no nº 28 e 29, edição de abril a setembro de 2007, do Jornal Tudo@Ler, do Centro de Educação da Universidade Estadual do Ceará).

Gilberto Carvalho Pereira
Enviado por Gilberto Carvalho Pereira em 02/05/2012
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