Mão de obra e força de trabalho.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Quem quiser saber o que é mão de obra, chame um pedreiro, um eletricista ou outro profissional dessa linha. Mande-o fazer um trabalho em sua casa, mas passe na farmácia e compre remédio pra dor de cabeça. Você pode dar sorte e o profissional contratado fazer tudo direitinho. Alvíssaras! Por isto, refiro-me a grande maioria deles que, de longe, pode ser chamada de força de trabalho.
O conceito de mão de obra é fordista, ou seja, surgiu quando a Ford montava seus carros na visão antiga de produção em que havia os que “pensavam” os carros e os demais que não precisavam pensar, mas apenas “emprestar” suas mãos para fazer a obra – daí mão de obra. Pelo menos no Brasil, especialmente no Nordeste, mão de obra é o que não falta, falta força de trabalho. No conceito de força de trabalho, o profissionalismo impera. Implica que ele seja alfabetizado, tenha passado por alguma capacitação ou formação em escolas técnicas de sua áreas. Já “mão de obra” pode até conter certo nível de competência adquirida intuitivamente ou pelo exercício prático durante anos. Contudo, não raro é mesma “mão de obra” no pior sentido da palavra em que a improvisação, a falta de planejamento e critérios técnicos fica patente.
Tomando por base um pedreiro, nunca ele acerta quando pede, por exemplo, o material da construção. Nunca ele acerta nos prazos de entrega. Nunca ele acerta no cumprimento do apalavrado acerca do seu pagamento. Acerta-se “X” do seu pagamento por semana, mas geralmente ele pede, (por semana) além do acordado. Pode ocorrer também que termine a obra antes do prometido ou muito tempo depois, principalmente na modalidade "EMPREITADA". Muitas vezes ele chega a terminar a obra, mas já não tem mais dinheiro a receber e, nesses casos, algumas vezes deixam o serviço sem conclusão. Como se sentem profissionais “sem patrão” se enchem de direitos e reconhecem que têm poder sobre os eles ao ponto de torná-los reféns dos seus caprichos de mau caratice. Na minha avaliação pedreiros e eletricistas são os maiores “caras de paus” dessas profissões. No geral são trabalhadores que se desempregam em outro ramo de atividade e acham que podem ganhar a vida improvisando na construção doméstica de casas e reformas residenciais, bem como nos serviços elétricos de pouca monta. A rigor, colocam as famílias em perigo. A imprensa sempre está divulgando lajes que caíram, pessoas morrendo eletrocutadas, geralmente por serviço mal feito, gambiarras, etc.
Deste modo, a mão de obra que já deveria ter saído do cenário do mercado de trabalho está mais presente do que se pensa. Os poderes públicos têm suas culpas na medida em que não investiram em escolas técnicas com esse fim. Mesmo assim, as escolas técnicas exigem ensino fundamental ou médio e a maioria dos nossos profissionais do improviso não tem. Já se percebe em alguns estados como Pernambuco a preocupação com o aumento de novas escolas técnicas. nas mais diversas modalidades. Mesmo essas não resolverão esse problema considerando que a escolaridade dos trabalhadores, no geral, é baixa. Para nossa surpresa, alguns profissionais pedreiros e eletricistas, etc, da nova geração, embora sem muita capacitação, já trabalham como foco em algum tipo de planejamento. Talvez já por influencia da internet e das ferramentas que ela dispõe para isto.
Resta-nos torcer e acreditar na sorte. Torcer para que em breve os pedreiros, marceneiros e assemelhados, descubram que não há tempo para improvisação, para bico, para não ser profissional. Acreditar na sorte para que, sempre que um desses profissionais adentrar em nossas casas tenha um pouquinho mais de profissionalismo. Quem sabe um dia eles não começam, mesmo por osmose, a trabalhar com metragem, com cálculos de orçamento e pedido de material, planilhas, etc.? O Brasil de hoje está exigindo FORÇA DE TRABALHO, mas há uma multidão de trabalhadores que insistem em ser MÃO DE OBRA... FORÇA DE TRABALHO dentro do conceito de gestão de pessoas e distante da ultrapassada lógica do "eu mando e você obedece". O ideal é que uma atividade laboral seja planejada por todos os atores para que o seu resultado seja o melhor possível.
O conceito de mão de obra é fordista, ou seja, surgiu quando a Ford montava seus carros na visão antiga de produção em que havia os que “pensavam” os carros e os demais que não precisavam pensar, mas apenas “emprestar” suas mãos para fazer a obra – daí mão de obra. Pelo menos no Brasil, especialmente no Nordeste, mão de obra é o que não falta, falta força de trabalho. No conceito de força de trabalho, o profissionalismo impera. Implica que ele seja alfabetizado, tenha passado por alguma capacitação ou formação em escolas técnicas de sua áreas. Já “mão de obra” pode até conter certo nível de competência adquirida intuitivamente ou pelo exercício prático durante anos. Contudo, não raro é mesma “mão de obra” no pior sentido da palavra em que a improvisação, a falta de planejamento e critérios técnicos fica patente.
Tomando por base um pedreiro, nunca ele acerta quando pede, por exemplo, o material da construção. Nunca ele acerta nos prazos de entrega. Nunca ele acerta no cumprimento do apalavrado acerca do seu pagamento. Acerta-se “X” do seu pagamento por semana, mas geralmente ele pede, (por semana) além do acordado. Pode ocorrer também que termine a obra antes do prometido ou muito tempo depois, principalmente na modalidade "EMPREITADA". Muitas vezes ele chega a terminar a obra, mas já não tem mais dinheiro a receber e, nesses casos, algumas vezes deixam o serviço sem conclusão. Como se sentem profissionais “sem patrão” se enchem de direitos e reconhecem que têm poder sobre os eles ao ponto de torná-los reféns dos seus caprichos de mau caratice. Na minha avaliação pedreiros e eletricistas são os maiores “caras de paus” dessas profissões. No geral são trabalhadores que se desempregam em outro ramo de atividade e acham que podem ganhar a vida improvisando na construção doméstica de casas e reformas residenciais, bem como nos serviços elétricos de pouca monta. A rigor, colocam as famílias em perigo. A imprensa sempre está divulgando lajes que caíram, pessoas morrendo eletrocutadas, geralmente por serviço mal feito, gambiarras, etc.
Deste modo, a mão de obra que já deveria ter saído do cenário do mercado de trabalho está mais presente do que se pensa. Os poderes públicos têm suas culpas na medida em que não investiram em escolas técnicas com esse fim. Mesmo assim, as escolas técnicas exigem ensino fundamental ou médio e a maioria dos nossos profissionais do improviso não tem. Já se percebe em alguns estados como Pernambuco a preocupação com o aumento de novas escolas técnicas. nas mais diversas modalidades. Mesmo essas não resolverão esse problema considerando que a escolaridade dos trabalhadores, no geral, é baixa. Para nossa surpresa, alguns profissionais pedreiros e eletricistas, etc, da nova geração, embora sem muita capacitação, já trabalham como foco em algum tipo de planejamento. Talvez já por influencia da internet e das ferramentas que ela dispõe para isto.
Resta-nos torcer e acreditar na sorte. Torcer para que em breve os pedreiros, marceneiros e assemelhados, descubram que não há tempo para improvisação, para bico, para não ser profissional. Acreditar na sorte para que, sempre que um desses profissionais adentrar em nossas casas tenha um pouquinho mais de profissionalismo. Quem sabe um dia eles não começam, mesmo por osmose, a trabalhar com metragem, com cálculos de orçamento e pedido de material, planilhas, etc.? O Brasil de hoje está exigindo FORÇA DE TRABALHO, mas há uma multidão de trabalhadores que insistem em ser MÃO DE OBRA... FORÇA DE TRABALHO dentro do conceito de gestão de pessoas e distante da ultrapassada lógica do "eu mando e você obedece". O ideal é que uma atividade laboral seja planejada por todos os atores para que o seu resultado seja o melhor possível.